A Flor da Carnificina escrita por Essa conta não existe mais, Niquess


Capítulo 17
Capítulo 16 - Qual é o nome?


Notas iniciais do capítulo

Oii!!
Como estão vocês? Tudo bem?
Aí está mais um capítulo, e a estória já está na metade! SIM, NA METADE.
Boa leituraaaaaaa, e se puderem, deixem um review. Um review ajuda o autor, e faz um bem danado ao coração! Bjxxxxx



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Denise atingiu seu orgasmo, e deitou. Aline, que já havia se satisfeito, deitou-se ao lado da mulher.
– Foi bom... nunca fiz sexo com uma mulher - Falou Denise.
– Gostou? Eu nunca fiz sexo por vontade própria. - Falou Aline, ficando de pé, e catando as roupas pelo chão.
– Como assim? Um namorado dominador? - Perguntou Denise, sentando na cama, abraçada com um travesseiro.
– Eu era prostituta, dona Denise. -A patroa arregalou os olhos - Minha mãe morreu quando eu era pequena, eu tinha apenas 7 anos. Meu irmão e eu fomos para um abrigo, mas lá é como o inferno - Aline vestiu a blusa que usava - então fugimos, e uma mulher que se dizia ''boa'' - falou a garota, usando aspas - Nos ''acolheu'' em sua casa. Na verdade, era um prostíbulo, e tinhamos que nos prostuír para trazer dinheiro para casa. - Denise estava chocada. Nunca pensou que dois irmãos tão jovens teriam tantas cicatrizes deixadas pela vida.
– Bem, aqui você vai estar segura. Fique tranquila. - Aline sorriu.
– Obrigada. Mas como vai ficar nossa situação?
– Sexo casual, pode ser? - Sugeriu Denise. Aline balançou a cabeça e se inclinou para beijar os lábios da patroa. Elas iniciaram um beijo terno, mas cessaram logo.
– Vou pro meu quarto. Boa noite - A mais nova abriu a porta, e saiu.
Denise ficou perplexa por um tempo. Havia tido relações sexuais com uma mulher, e era a segunda vez que ela traia o marido, mas desta, na própria cama deles. Depois, pensou no que a garota tinha falado. Precisava saber mais sobre isso, e agir, porque poderia ter outras meninas e meninos na ''tal'' casa, vivendo dessa maneira indigna.

Isaac entrou irritado no quarto. Aline, que havia acabado de tomar banho, estava secando os cabelos, quando o irmão, possesso, pegou um cigarro no maço, e começou a fumar, totalmente irritado.
– O que aconteceu? - Perguntou Aline, se aproximando de Isaac.
– Eu sou um cretino, Aline.
– Por que?
– Eu fui na casa do Fábio. Eu fui atrás dele, porque hoje nos encontramos e nos beijamos. Eu sinto falta dele, mas ele estava transando com outro homem. - Soltou a fumaça.
– Você é doente?!- Aline aproximou-se do irmão, e deu um empurrão na cabeça dele. Isaac ficou de pé, e encostou a cabeça na porta do quarto.
– Sou! Eu estou carente, porra! Eu até cogitei voltar pra ele.
– Esqueceu que ele ia nos entregar de bandeija pro tal Patrick? Eles me estupraram! Engula que ele não presta.
– Nós vamos matar ele - Falou Isaac, balançando a cabeça e soprando a fumaça do cigarro.
– E cadê o seu ajudante? São quase meia-noite, se a mãe dele sonhar que você está em casa e ele não, nos ponhe pra fora - Falou Aline - Ou melhor, só eu, porque eu e ela transamos. - Isaac olhou para Aline com um olhar assustado.
– QUÊ?! Não basta eu ter feito isso com o pai do moleque, você faz com a mãe?
– Ela estava carente, coitada. - Aline pegou um cigarro, e acendeu.
– Tá, mas e aí, como fica? Ela te pagou?
– Não foi um programa, foi espontâneo.
– Não sabia que você gostava de mulher, Aline. - A garota riu. De repente os irmãos ouvem 2 batidinhas na porta, e Isaac abre, pois já sabia quem era.
– E aí, o que viu? - Perguntou o irmão mais velho, enquanto Inácio entrava e se sentava na cama.
– Vi o cara que você falou, e com ele estava uma garota ruiva. Conhecem?
– Não... mas já apanhei de uma, uma vez.- Falou Aline.
– Então... eles estavam lá, e tinha alguns jovens parados próximos à eles. Provavelmente usuários. E o que vamos fazer? - Perguntou Inácio.
– Agir. - Falou Isaac. - Eu preciso de armas primeiro.
– Minha mãe tem um amigo policial, que pode nos dar essas armas de graça... - Falou Inácio.
– Sério? Quando podemos entrar em contato com ele? - Perguntou Isaac.
– Agora mesmo, vou subir e mandar um email pra ele.
– Vai lá, faça isso - Falou Isaac.
– Então, boa noite - Falou Inácio, levantando e saindo.


Fábio havia discutido com o rapaz o qual havia transado naquela noite. O mesmo rapaz foi embora, e deixou Fábio sozinho, com seus pensamentos e arrependimentos. Fábio queria beber, fumar e se drogar, porque já podia admitir que sua vida era uma merda. Ele queria poder voltar pra casa da mãe, e dormir ao lado de Carolina, ou com Isaac, mas como sempre, ele estragava tudo. E o que mais pesava na cabeça dele era a proposta feita do Patrick, de matar Isaac. Mas ele sabia o que fazer.
Pensou em passar na casa da mãe quando fosse bem cedo, iria pedir desculpas, ou implorar pra voltar pra casa. Porém, sabia que sua mãe era dura na queda, e NUNCA aceitaria sua volta para sua casa.
Fábio pegou as chaves de casa, e foi andar por aí sem rumo. Iria beber, ou comprar drogas, apenas queria se sentir cheio por dentro.
O rapaz ficou caminhando por um tempo, até que encontrou Juk e Ermina, quem ele só havia visto uma vez. Os dois estavam sentados em um banco de praça, Juk fumava um baseado, e Ermina conversava com o rapaz. Fábio se aproximou deles, e sentou-se no banco que estava vazio.
– Que coinscidência você por aqui - Falou Juk, meio avoado pelo efeito da droga.
– Eu vim tomar alguma coisa. Trabalharam muito hoje? - Perguntou Fábio, rindo irônico.
– Sim. Patrick nos deu muita mercadoria. E ainda tivemos muitos clientes. - Falou Ermina.
– Ah sim. E ainda há um pouco da mercadoria? Eu te pago - Fábio puxou uma nota de 50 do bolso, e a garota sorriu.
– Ele também é seu chefe, se resolva com ele. - Ermina pegou um pouco de cocaína que estava dentro de um saquinho transparente, e entregou para Fábio.
– Obrigada. Você vai usar?
– Não... não por enquanto - Respondeu Ermina. Jonhy jogou o resto do cigarro no chão, e pisou em cima com seu tênis All star.
– Por que ''não por enquanto''? - Perguntou Fábio.
– Porque ela tá grávida - Falou Juk. - Acho que nós podemos ir tomar uma cerveja pra comemorar a novidade.
– Por mim está ótimo - Falou Fábio. Os 3 levantaram e foram até o barzinho mais próximo.
Fábio tinha uma estratégia. Ele queria conhecer mais coisas sobre os ''colegas'', e Patrick. Era necessário para poder botar o plano em prática.

Enquanto Isaac e Aline ainda dormiam, Inácio trocava emails com o tal policial amigo de sua mãe. O nome do sujeito era Cristiano, e ele iria fornecer revolveres, facas e socos ingleses. Era as armas que ele tinha disponíveis para eles.
Inácio topou a proposta de armamento, e marcou com o tal Cristiano às 18 horas da noite, na casa dele. Iria levar Isaac e Aline com ele.
O encontro da noite passada havia rendido para Inácio um convite para o cinema no próximo final de semana. O rapaz estava animado, pois tinha enfiado na cabeça pedir Yasmim em namoro, e iria fazê-lo, mas logo após que cumprisse aquilo que lhe foi imposto por Isaac.
O rapaz sentia fome, e logo viu que eram 6 e 50 da manhã, e ainda por cima era domingo, sua mãe não estaria mesmo acordada, e seu pai provavelmente nem a noite em casa havia passado. Então desceu as escadas e foi até a cozinha. Preparou um sanduíche para ele e para os irmãos que viviam no quarto dos fundos.
Quando ia abrir a porta para sair, viu o pai entrando pelo portão. O homem tinha olheiras enormes em volta dos olhos, e parecia muito abatido.
– Pai? Onde esteve? - Perguntou Inácio, fechando a porta com a mão que estava desocupada.
– Trabalhando, filho - Falou Gilberto, passando pelo filho, e abrindo a porta em seguida. O garoto sabia que era mentira, mas sustentou a mentira contada pelo pai, e foi em direção ao quarto dos irmãos.
Isaac já tinha acordado, mas Aline ainda estava em sono profundo. Inácio bateu na porta 3 vezes, e Isaac, que já sabia quem era, foi abrir.
– Trouxe sanduíches pra vocês. - Falou Inácio, colocando o prato em cima da cama vazia de Isaac.
– Obrigado, cara - Falou Isaac, pegando um sanduíche e comendo.
– Eu consegui falar com o carinha amigo da minha mãe.
– O policial? - Perguntou Isaac, com a boca cheia.
– É. Ele disse para irmos na casa dele hoje buscar nossas coisas.
– Hm... Que horas?
–Às 18. Fique tranquilo que não vai haver nenhuma possibilidade da minha mãe ficar sabendo.
– Ótimo.


Juk e Ermina transaram loucamente na madrugada que encontraram Fábio. Ermina estava decidida a abortar a criança, mas precisava de dinheiro pra poder fazer isso. Juk não queria que ela abortasse, mas também se o fizesse ele não iria ligar muito. Quando Ermina acordou, olhou para o rapaz que dormia profundamente do lado da cama, e começou a alisar o rosto alvo de Jonhy, o que fez o rapaz acordar.
– Bom dia. - Falou ela, se inclinando para beijar os lábios de Juk.
– Bom dia. Você quer levar o dinheiro pro Patrick no meu lugar? Acho que estou doente. - Ermina encostou a costa da mão na testa de Juk e viu que a temperatura de seu corpo estava realmente mais alta.
– Você está quente mesmo. Pode deixar que eu levo o dinheiro por você, tá? - A garota levantou e foi se vestir, enquanto Juk permaneceu deitado.

Patrick assistia a um programa de tv qualquer, enquanto fumava maconha. Ele havia passado a noite produzindo cocaína para ser vendida mais tarde. Quando terminou de fumar o seu ''cigarro'', ouviu alguém batendo na porta.
Quando abriu viu Ermina encostada no muro, ao lado do portão.
– Você por aqui? - Perguntou Patrick.
– Vim trazer o dinheiro do Juk. - Ermina entrou, e antes que Patrick fechasse a porta, ela deu um selinho no homem.
– O que deu nele? Ele sempre vem. - Patrick sentou no sofá e desligou a Tv, e Ermina sentou ao lado. A garota puxou do bolso da calça Jeans um bolinho de notas e entregou ao homem.
Patrick era um cliente fiel de Ermina, e uma vez os dois acabaram se envolvendo, mas Ermina acabou conhecendo Juk, e iniciou um relacionamento com ele, mas Jonhy nem sonhava que Ermina conhecia Patrick. Os dois se relacionavam de vez enquando às escondidas de Jonhy.
– Parece que vocês venderam bastante coisa. - Falou Patrick.
– Você não vai acreditar em quem nós vimos ontem. - Falou a garota.
– Quem?
– O Fábio. Ele encontrou a gente na praça, e depois fomos para um barzinho. Ah, ele pegou um saquinho de coca, e não pagou, resolva com ele depois.
– Eu vou resolver. Mas, você ter vindo de manhã, assim... toda bonita... - Patrick colocou as mãos sobre a coxa esquerda de Ermina, e apertou-a com força. - Você sabe que... faz um tempinho que nós não fazemos nada. - Depois o homem puxou o rosto da garota para ele, e iniciou um beijo, que foi bem recebido por Ermina.
– Você vai me pagar? - Perguntou a garota quando o beijo foi cessado.
– Claro... - Ele colocou as mãos sobre os seios redondos de Ermina, e os dois voltaram a se beijar.


Inácio, Isaac e Aline estavam parados em frente à uma casa de reboco que ficava em uma periferia da cidade. Inácio bateu no portão de madeira e gritou o nome de Cristiano, até que um homem negro, alto, de black power apareceu no portão. Inácio apertou a mão de Cristiano e apresentou os novos amigos.
Aline e Isaac entraram e Inácio entrou junto com o amigo fornecedor.
Quando eles chegaram na sala, havia todos os tipos de armas sobre a mesa. Aline olhou para aquelas armas como se fossem coisas asquerosas, um bicho nojento, e Isaac olhou com gosto. Não fazia a mínima ideia de como usá-las, mas queria muito iniciar aqueles instrumentos.
– Posso pegar? - Perguntou Inácio para Cristiano.
– Claro. Elas não estão carregadas. Você sabe como usar? - Perguntou Cristiano para Isaac.
– Sei.- Mentiu Isaac.
– Então... moleza. Se quiserem uma aulinha... - Sugeriu Cristiano.
Isaac pegou o revólver 38 e pensou em Fábio enquanto passava a mão no objeto metálico pesado. Aline pegou o soco inglês e encaixou na mão. Era pesado, mas parecia divertido.
– Tem certeza que é de graça, né? - Perguntou Inácio.
– Claro. E se quiserem munição, eu tenho um estoque. Venha quando quiser aqui buscar.
Cristiano se dispos a dar uma carona para os três, pois seria menos arriscado do que se eles saíssem por aí cheios de armas a tira colo. O policial deixou os 3 na esquina da casa de Inácio e foi embora. Antes deles entrarem em casa, Inácio parou os dois irmãos e começou a falar.
– Somos uma gangue? - Perguntou o rapaz.
– Quê? - Perguntou Isaac.
– Uma gangue, Somos?
– Pode ser... se vamos agir a noite, somos - Falou Aline.
– Qual é o nome?
– Nome de quê? - Perguntou Isaac.
– Da gangue, Isaac. - Falou Inácio.
– Pode ser...


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