Whole Lotta Love 3 escrita por mlleariane


Capítulo 7
Já está tudo bem


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Estou tão, mas tão feliz com o retorno que vocês andam me dando! Vários comentários aqui e pelo twitter, e tem sempre alguém novo chegando também! Algumas pessoas confessaram lerem desde WLL 1, e só agora se manifestaram. Fico muito feliz por vocês terem criado essa coragem e mostrarem a “carinha”! Sejam sempre bem-vindos! :)
Quero agradecer especialmente à Janaina, Bella Caskett, AngieCoffee, lubeckettcastle, Sophia por terem favoritado. Obrigada meninas!
E um beijo mais do que especial para a Janaina que também fez uma linda recomendação da fic ♥

“Fiquei aqui pensando: Vamos resolver o que é prioridade! Kkkkkkk” (Gabi)

Haha e não é? Kate preferiu que eles matassem a saudade de todas as formas, para depois terem a tão esperada conversa. Castle já sabia que algo estava errado, afinal, desvendar Kate Beckett é uma de suas especialidades. E, pacientemente, ele esperou. Só que agora... bem, agora a verdade vem à tona. Uma hora ela sempre vem, não?

Beijo, Ari ;)



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Castle: Eu te amo, Kate. Amo tudo em você. Tudo. – Castle afastou uma mecha do cabelo dela – Menos quando você não confia em mim.

Os dois se olharam em silêncio.

Kate: Eu confio em você.

Castle: Confia?

Ela fez que sim, agarrando-se ao corpo dele. Os dois giraram juntos, e agora ela repousava seu corpo em cima do dele, com o rosto escondido em seu pescoço. Castle acariciou seus cabelos, e falou com a voz calma.

Castle: Então por que você está com tanto medo de me contar o que está acontecendo?

Kate não respondeu de imediato. Quando conseguiu levantar-se e fitar Castle, já se formavam lágrimas no canto de seus olhos.

Kate: Ok – ela disse séria, saindo de cima dele. Isso por si só já fez Castle pensar que não era algo bom.

Kate se levantou e pegou um roupão do hotel, que estava perfeitamente dobrado ao lado da cama. Castle a seguiu com os olhos, e pensou que talvez devesse fazer o mesmo, mas apenas se sentou, cobrindo-se com o lençol. Ela então sentou-se do lado oposto da cama, de frente para ele.

Os dois agora tinham expressões sérias, mas Castle não disse nada, esperou que ela começasse.

Kate: Bracken foi solto. – ela disse diretamente, sem rodeios.

Castle: O que? – Castle se inclinou em sua direção.

Kate balançou a cabeça afirmativamente.

Castle: Não, não pode ser. Como ele conseguiu isso?

Kate: Influência. Jogando sujo, como ele sempre fez.

Castle absorveu a informação por um minuto.

Castle: Você fez bem vindo para cá – ele se moveu em direção a ela, e segurou sua mão – Eu sei que você tem medo pelas crianças, mas Bracken não chegará perto delas.

Kate pensou um minuto. Não, ela não iria esconder mais nada.

Kate: Na verdade... ele já chegou.

Castle a encarou. Kate buscou coragem para continuar.

Kate: Foi ontem, na saída da escola. Alexander teve aquele problema, e a diretora me ligou. Eu fui buscá-los mais cedo, e quando nós saíamos... ele me abordou.

Castle: Mas... meus pais têm buscado as crianças. Como é que ele sabia que você estaria ali exatamente aquele dia e horário?

Kate: Ele vem me seguindo, não há outra explicação.

Castle: Vem te seguindo...? – Castle tirou a mão de cima da mão dela. Kate tinha os olhos baixos, fugindo dele – Kate, há quanto tempo esse homem está solto?

Kate: Há duas semanas... – ela ainda olhava para baixo.

Castle: E você sabia?

Kate enfim levantou os olhos para ele. Ela não precisava responder.

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O silêncio no quarto era ensurdecedor. Castle se afastou dela e se levantou, vestindo a calça do pijama. Andou pelo quarto e parou diante dela.

Castle: Duas semanas. E em nenhum momento você pensou em me contar?

Kate: Rick... – ela olhou para os olhos bravos dele.

Castle: Pensou ou não, Kate?

Kate: Não.

Castle balançou a cabeça negativamente e se afastou novamente. Kate se levantou da cama e foi em sua direção.

Kate: Mas é porque estava tudo bem!

Castle: Tudo bem? Com Bracken? Nunca está tudo bem com Bracken!

Kate: Você tem razão, nunca está. Mas estava sob controle, Rick.

Castle: E o que é estar sob controle para você, Kate?

Kate: Ele... ele não tinha se aproximado.

Castle: E você? Você se aproximou?

Kate: O que você quer dizer com isso?

Castle: Você mexeu no caso, Kate?

Kate: Não.

Castle: Por que eu não acredito nisso?

Kate: Porque você está bravo e com razão, mas eu não mexi em nada Rick, eu juro!

Castle: Você devia ter me contado, Kate... – ele andava pelo quarto agitado.

Kate: Eu sei, mas eu não queria atrapalhar sua viagem.

Castle: Atrapalhar? E quando foi que eu coloquei meu trabalho acima de vocês?

Kate: Nunca.

Castle: Exatamente, Kate. Nunca!

Kate: Rick, calma...

Castle: Calma? Você me diz que colocou sua vida, a vida dos nossos filhos em risco, e vem me pedir calma? Você não pensou neles, Kate?

Castle finalmente parou de andar e a encarou, esperando uma resposta. Foi quando viu seus olhos cheios d’água. Havia neles uma mistura de medo e culpa.

Kate: Eu não atravessei o oceano para ouvir você me dizer tudo que eu já sei.

Kate abaixou a cabeça e saiu do quarto.

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Não era à toa que Paris possuía o título de Cidade Luz. A capital da França era incrivelmente linda à noite. Linda se você não estivesse com o coração partido e os olhos cheios d’agua. Definitivamente Paris não era uma cidade para se sofrer.

Kate estava em pé, encostada na grade da sacada, olhando as luzes da Torre Eiffel. Fazia um minuto que estava ali, mas parecia uma eternidade. Já havia secado os olhos quando sentiu que Castle se aproximava por trás dela. Ela, porém, não se virou.

Castle: Me desculpa – ele parou devagar, beijando-a no ombro, por cima do roupão.

Kate: Você não disse nada que não seja verdade. Eu errei. Coloquei as duas pessoas que eu mais amo no mundo em risco.

Castle: É, colocou. E na minha conta você pode acrescentar mais uma aí.

Kate: Eu nunca me importei com o quer que acontecesse comigo. Eu só queria justiça, eu sempre quis justiça. Só que... – Kate parou.

Castle: Só que a justiça é relativa. Não seria nem um pouco justo você voltar para a linha de frente nessa guerra e deixar os dois sem mãe – Castle a abraçou pela cintura, colando seu corpo no dela, e falando em seu ouvido – Me desculpa por duvidar de você. Eu sei que você não mexeu no caso. Você não teria coragem, não por você, mas por eles.

Kate balançou a cabeça levemente, concordando.

Castle: E me desculpa por repetir tudo que já está te corroendo por dentro. Não foi por isso que você veio.

Kate não respondeu. Ele então a fez virar-se para ele.

Castle: Você veio para que eu te abraçasse e te dissesse que vai ficar tudo bem.

As lágrimas tomaram conta dos olhos de Kate, mas ela não evitou. Escondeu seu rosto no pescoço de Castle.

Castle: Pode chorar, meu amor – ele acariciou os cabelos dela – Isso não faz de você menos forte.

Kate chorou. Chorou o quanto quis. Até que se levantou e olhou para ele. Castle deu um leve sorriso e enxugou o rosto dela.

Kate: Eu tive medo, Rick.

Castle: Eu sei.

Kate: Ele sabe de tudo, Rick. Tudo que aconteceu na nossa vida desde então.

Castle: Isso já era de se esperar, Kate.

Kate: Você precisava ver a cara que ele fez quando me ouviu chamando Johanna. Ele zombou de mim, Rick.

Castle: Se eu estivesse perto quebraria a cara dele.

Kate: Foi a minha vontade também. E eu quase fiz.

Castle a olhou sério.

Kate: Quando ele ameaçou as crianças eu o puxei pela camisa e quase o enforquei – ela olhou para Castle – E na frente deles. Eu sei que não devia, mas foi mais forte do que eu. Eles ficaram tão assustados...

Castle podia ver o sofrimento nos olhos de Kate.

Castle: Eles sabem a mãe que tem. A mamãe policial que persegue homens ruins, lembra?

Kate: Saber é uma coisa, ver é outra. Eu fiquei preocupada que eles tivessem medo de mim depois disso.

Castle: E eu aposto que isso não aconteceu.

Kate: Não, acho que não.

Castle: Eles te amam, babe – Castle tinha agora as mãos nos cabelos dela – Não se preocupe com isso.

Kate abraçou-se a Castle, repousando a cabeça no ombro dele.

Castle: O que exatamente ele falou?

Kate: Basicamente que eu devia deixá-lo em paz, e que ele estava ali, me vigiando. Não com essas palavras, mas foi isso que ele quis dizer. E depois ele falou das crianças... Rick, se acontecer alguma coisa com eles, qualquer coisa, um arranhãozinho sequer, eu...

Castle: Kate, olhe para mim. Não vai acontecer nada com eles, eu prometo. E Bracken não vai fazer nada com a gente nem com ninguém de nossa família. Se isso acontecesse, ele seria o primeiro suspeito.

Kate: Foi o que os meninos disseram. Mas Rick... havia tanto ódio nos olhos dele.

Castle: Que ele te odeia eu não tenho dúvidas. Você levou aquele homem para a prisão, Kate. Fez com que ele pagasse pelos crimes que cometeu e passou impunemente grande parte da vida. E enquanto você progrediu na vida, ele só regrediu.

Kate: E isso não é motivo para ele querer me matar? Para querer me punir ferindo alguém que eu amo?

Castle: É sim, e é por isso que nós teremos todo o cuidado possível. Mas nós não vamos viver com medo, porque é exatamente isso que ele quer. Foi por isso que ele te procurou, para te desestabilizar, te deixar vulnerável.

Kate: E ele conseguiu. Eu saí fugindo da cidade – Kate balançou a cabeça negativamente, se culpando.

Castle: Não, você não fugiu. Fugir seria abandonar tudo, e você não fez e nem vai fazer isso. Nós voltaremos e viveremos como sempre vivemos. Nós cuidaremos de nossas crianças como sempre cuidamos. E não vamos deixar que Bracken seja uma ameaça à felicidade que sempre tivemos.

Kate: Você é bom mesmo com as palavras, heim escritor?

Castle: É o que dizem... Tem fã que atravessa oceanos para ouvi-las.

Kate sorriu, e Castle passou o dedo pelos lábios dela.

Castle: Eu gosto assim.

Os dois trocaram um beijo.

Kate: Eu não vou deixar que ele me domine, Rick. Eu fui fraca, mas não serei mais.

Castle: Fraca? Você foi é muito forte!

Kate lhe lançou um olhar desacreditando. Há minutos ela estava chorando no ombro dele, afinal.

Castle: O que? Forte sim! Viajar sozinha com aqueles dois?

Kate enfim riu.

Castle: Me conta, o que você fez? Porque alguma coisa você tem que ter feito!

Kate: Eu não fiz nada! É incrível como eles se comportam muito mais comigo quando você não está por perto.

Castle: Katherine Beckett Castle...

Castle a encarou e ela não resistiu.

Kate: Ta bom! Eu dei um antialérgico para dos dois.

Castle: O que? Você sedou seus filhos?

Kate: É antialérgico! Eles tomam direto!

Castle: Eu não acredito! E eu achando que você tinha superpoderes... – Castle balançou a cabeça desacreditando. Os dois riram juntos, mas logo se olharam sérios de novo.

Kate: Vai ficar tudo bem, não vai?

Castle: Já está tudo bem, meu amor. Quer ver?

Castle a puxou pela mão. Os dois pararam na porta que dava acesso ao quarto dos filhos. Pela fresta de luz, observaram os gêmeos dormirem tranquilos. Kate repousou a cabeça no peito de Castle, e ele beijou seus cabelos. Ela então bocejou.

Castle: Há quantas noites você não dorme?

Kate não respondeu, apenas se virou para ele.

Castle: Muitas – ele concluiu – Vem, você precisa descansar.

Castle a conduziu ao quarto, e, envolvendo-a, deixou Kate dormir nos seus braços. O melhor sono em dias. O sono nos braços seguros de seu amor.


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