Whole Lotta Love 3 escrita por mlleariane


Capítulo 3
/In/ decisão


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!
Hoje vim com mais calma dizer MUITO OBRIGADA por estarem aqui comigo mais uma vez!
Obrigada às 21 pessoas que favoritaram a história (Aline Freitas, Sam, Bru (Serena), Cuddy Beckett, Grazi, No Potter, CastleVideo, Álica, Lary, Carol, Laine, Karen, Sofia, Houghton Beckett, Ana Karla, Babi, Ayla, Leni, Bru Freitas, RêSuzy, Amanda ♥♥♥), e aos 53 comentários em apenas 2 capítulos o/ Obrigada pela confiança que vocês estão depositando nessa história que mal começou!
Falando em confiança, por favor, confiem em mim. Tirei Bracken da prisão, mas ele vai ter o que merece #prometo. Só não posso dizer quando... (é um plot que será trabalhado ao longo da história, posso afirmar isso).
Por hora, vamos ver como Kate reagiu à notícia, e qual foi a decisão dela. Ou a indecisão.

Beijo, Ari ;)



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Alex: Mamãe? Mamãe? Mamãe!

Kate: Ah... oi?

Alex: É a sua vez de mexer a pecinha!

Kate: Ah sim, a pecinha...

Kate olhou para o tabuleiro perdida. Ela não sabia dizer há quanto tempo estava naquele jogo com os filhos. Enquanto fingia prestar atenção, sua mente viajava pela notícia que ouvira logo cedo. Bracken estava solto. Como isso era possível?

Ela precisava fazer algo, precisava saber exatamente o que estava por trás daquilo. Mas de que jeito? Ela não poderia dizer nada a Castle, pelo menos não agora, que ele estava realizando a tão esperada turnê pela Europa. Foram meses tentando negociar datas, meses planejando minuciosamente os dias e horários em que o escritor participaria de debates, convenções e encontros com fãs por cidades de 5 países: Reino Unido, Alemanha, Espanha, França e Itália. Era um projeto grande, e Kate faria de tudo para não o atrapalhar essa empreitada.

Alex: Nossa mamãe, como você é ruim!

Jo: O papai jamais mexeria essa pecinha.

Kate: É, acho que eu não sou mesmo muito boa nesse jogo... – Kate fez um bico e os filhos vieram até ela.

Alex: Não tem problema, mamãe, nós te perdoamos.

Jo: Nós sabemos que você está esquisita assim por saudades do papai.

Kate: Como vocês são fofinhos! – Kate abraçou os filhos e pensou como era bom que eles não soubessem nada do universo que a assombrava por dentro.

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Bracken solto.

Depois de digerir a informação, Kate passou as horas seguintes pensando em como aquilo poderia ser possível. Após telefonemas e conversas com contatos do FBI, a capitã finalmente soube o que havia acontecido.

Bracken, o ex-senador, assassino de sua mãe e mandante do atentado contra sua vida, havia sido legalmente solto por cumprir parte da pena com bom comportamento.

Kate estava inconformada. A soma de todos os crimes que Bracken havia cometido dava um prazo muito maior dentro da cadeia, antes que o advogado pudesse pedir sua liberdade. Era aí que entrava a grande jogada do senador. Os crimes eleitorais – corrupção, fraude, lavagem de dinheiro – haviam sido contestados. De forma quase mágica, as provas sumiram dos autos do processo, e testemunhas “reviram” seus depoimentos. Tudo majestosamente arquitetado.

Kate respirou fundo. Não podia acreditar que aquilo estava acontecendo novamente. Dez anos de paz, dez anos em que havia conseguido finalmente justiça por sua mãe, e agora o monstro estava à solta novamente. Não, Kate não permitiria.

Imediatamente, começou a pensar em como agir. Começaria com os processos, as acusações iniciais, e tudo que fora se perdendo ao longo do caminho. Fazia algumas anotações quando foi interrompida.

Alex: Mamãe, o filme vai começar, você não vem ver com a gente?

Kate: Meu amor, a mamãe está um pouquinho ocupada. Não pode ficar para depois?

Alex: Mas vai começar agora... – Alex insistiu.

Kate olhou para os papéis e para o filho, parado à porta do escritório de Castle.

Kate: Vai indo filho, eu prometo que daqui a pouquinho eu vou.

Alex fez que sim e saiu. Kate voltou então às suas anotações.

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Uma hora depois, com um plano minuciosamente pensado e dentro dos conformes da lei, Kate se levantou. Esticou os braços e as pernas, e foi em direção ao seu quarto, onde Jo e Alex estariam vendo o filme. Quando entrou, encontrou os dois adormecidos. Um milagre – ela pensou. Ou talvez nem tanto. O tempo havia mudado, e um vento gelado entrava pela janela. As crianças estavam escolhidas por cima da colcha da cama.

Kate então pegou uma coberta e colocou delicadamente em cima dos filhos. Ao notar sua presença, Alexander abriu os olhos, ensonado.

Alex: Você perdeu o filme, mamãe...

Kate: Me desculpa, filhote... – Kate acariciou o filho, e ele adormeceu novamente. Ela ficou então parada observando os dois.

De repente se deu conta de que, enquanto pensava em tudo que mudara entre ela e Bracken naqueles dez anos, esquecera-se dos filhos. Ela não era mais detetive, ele não era mais senador. Ela havia se casado, ele havia sido abandonado pela mulher. Mas acima de qualquer mudança, Kate agora era mãe. Duplamente mãe.

O que a sua mãe diria se soubesse que ela pretendia recomeçar uma guerra onde sempre valera de tudo? Imprudência? Loucura? Total falta de bom senso?

Provavelmente todas as opções. Johanna sempre protegera a filha, e agora era a vez dela. Kate olhou para os filhos mais uma vez, sincronizados nas respirações calmas do sono tranquilo. E ela sentiu medo. Um medo único. Um medo que nunca sentira antes.

Se aquele homem ousasse chegar perto de suas crianças, Kate morreria.

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Jo: Aí papai, a mamãe perdeu o jogo mais uma vez!

Castle: Onde é que a mamãe estava com a cabeça heim?

Alex: No mundo da lua!

As crianças riram, e Castle também, do outro lado do oceano e da tela do computador.

Alex: Papai, hoje eu brinquei de guerra espacial, igual no Star Wars!

Castle: Que legal, filhão!

Jo: Papai, ele jogou as almofadas em mim, e eu caí em cima da cama da Barbie! – Jo cruzou os braços brava.

Alex: Era uma guerra, as coisas se destroem na guerra, não é papai?

Castle: As coisas Alex, não a sua irmã. E muito menos a paciência dela. Lembre-se, ela é igual a mamãe. Temos que ir com calma.

Jo: Papai, você vai demorar para voltar?

Castle: Mas eu acabei de sair daí! – Castle riu.

Alex: Ahhh papai...

Castle: Mais uns dias, filhote.

Jo: O papai faz muita falta...

Castle: Faço mesmo, minha princesa?

Jo: Um tanto assim ó! – Johanna abriu os braços. Kate sorriu, prestando atenção nos filhos, que estavam sentados na cama dos pais, com o computador à frente.

Castle: Eu também sinto muita falta de vocês, meus amores...

Alex: E da mamãe?

Castle: Não muito...

Kate: Eu estou ouvindo, ta?

Castle: E porque eu não estou te vendo, ham?

Kate se aproximou, sentando-se na cama por trás dos gêmeos. Agora os três apareciam na câmera. O casal fixou os olhos pela tela.

Kate: Então você não tem sentido saudade?

Castle: Acho que ainda não deu tempo... – ele dramatizou.

Kate: Bom saber disso, assim me sinto menos culpada por também não sentir nada.

Castle: Humpf.

Jo: É mentira dele, mamãe, essa é a cara do papai quando ele mente.

Alex: E a mamãe também está mentindo, papai. Ela até perdeu o jogo por sua causa.

Kate e Castle sorriram com os pequenos delatores.

Castle: Será que eu e a mamãe podemos nos falar um pouquinho a sós?

As crianças assentiram e se despediram do pai, com beijos na tela.

Kate: 35 minutos, ham? – Kate olhou para o temporizador da chamada.

Castle: Como eles falam!

Kate: Puxaram a você!

Os dois trocaram um sorriso.

Castle: Babe, está tudo bem?

Pronto. Era a pergunta que Kate esperava. Ela sabia que assim que Castle colocasse os olhos nela perceberia que algo estava errado.

Kate: Não...

Castle ficou sério.

Kate: Você não está aqui, então não está nada bem.

Castle reagiu com um sorriso.

Kate: Essa cama fica grande demais.

Castle: Tenho certeza que você vai preenchê-la com os dois grilos falantes.

Kate: Ontem eles acabaram dormindo no quarto deles, mas hoje já vieram de mudança – Kate mostrou Fluffy, o urso, e o capitão América.

Castle: Fico mais tranquilo em saber que você está duplamente protegida.

Kate: Porque seria um perigo muito grande eu dormir sozinha, não é?

Castle: Não gosto nem de pensar.

Kate: Bobo.

Os dois riram.

Castle: Kate... tem certeza que está tudo bem?

Kate: Claro, amor. Não se preocupe.

Castle: Eu sempre me preocupo.

Kate: Não precisa. Sou eu quem carrega a arma, lembra?

Castle: Quando você diz isso eu penso em tantas coisas...

Kate: Pode parar de pensar essas coisas e se comportar, que nós ainda temos 3 semanas longe um do outro.

Castle: Nem me lembre disso!

Kate: Rick...

Castle: Oi meu amor.

Kate: Eu já estou morrendo de saudade.

Castle: Eu também, babe.

Os dois grudaram os olhares mais uma vez.

Castle: Eu te amo.

Kate: Eu também te amo.

Castle: Se cuida, ta?

Kate: Você também.

Kate decidiu que era hora de desligar. As crianças já haviam conversado demais, e Castle estava visivelmente cansado da viagem e pelo dia cheio de compromissos. Mais algumas declarações depois, a chamada foi finalizada.

Enquanto lia uma história para os filhos, Kate pensava em Castle. Seria certo exclui-lo de tudo que estava acontecendo? Ele, que sempre estivera ali, defendendo-a e apoiando-a. Sempre. Seria justo? Ou melhor: Kate conseguiria fazer aquilo sozinha? Em três semanas, ele estaria de volta. Mas Kate se conhecia, ela não conseguiria esperar. O que fazer?

Grudados em seus braços, Johanna e Alexander adormeceram, e nem todo o cuidado do mundo fez com que Kate conseguisse tirar os dois dali sem que eles se incomodassem. Preferiu deixá-los assim, mesmo que isso lhe custasse a noite numa posição nada confortável.

Kate demorou a pegar no sono, e entre as mil coisas que passavam por sua cabeça, uma delas era certa: por mais que tentasse, sua posição não era mais a mesma. Ela tinha dois pequenos seres grudados a ela para sempre. E em hipótese alguma deixaria que eles se soltassem.


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Notas finais do capítulo

Vocês acham que Kate:
( ) Vai contar para Castle sobre Bracken
( ) Vai agir sozinha
( ) Vai ser prudente e esperar que ele volte

ps: Altas emoções no próximo capítulo rs.