Whole Lotta Love 3 escrita por mlleariane


Capítulo 18
A enfermeira


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Obrigada mais vez pelos comentários e compreensão. Prometo levar a fic até onde conseguir ;)
Castelinho ganhou uma enfermeira diferente, será que ele vai gostar?
No próximo capítulo ele volta para casa e nós veremos nossas duas fofuras dengando o papai.

Beijo especial para Tatiana por ter favoritado :)

Beijo, Ari ;)



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Na sexta-feira, a boa notícia veio cedo. Por volta das 8h da manhã, Kate recebeu um telefonema do hospital. Castle finalmente poderia ir para o quarto. Como já tinha deixado as crianças na escola, Kate arrumou tudo e foi ao seu encontro.

Kate: Bom dia! – ela entrou com um sorriso enorme.

Castle: Hum... me achou rápido...

Kate: Que ilusão você achar que possa dar qualquer passo sem que eu saiba – Kate chegou até a cama e o beijou – E quando você quase consegue, eu chego a tempo – ela arqueou a sobrancelha o encarando.

Castle: Eu... – Castle engasgou – ... ainda não estou pronto para essa conversa.

Kate: Jura?

Castle: Aham... – ele fez sua melhor cara de coitadinho.

Kate: Bem, não de acordo com os médicos.

Castle: Como?

Kate puxou a prancheta onde estava pregado o prontuário do paciente.

Kate: De acordo com os médicos você já está fora de perigo e não pode fazer nenhum esforço físico. Mas discutir suas desobediências está permitido, olha – ela apontou o papel de longe – Está escrito bem aqui.

Castle fez uma cara contrariada. Kate se aproximou dele.

Kate: Por que, Rick?

Castle: Eu queria que essa história toda acabasse – ele fez uma pausa – Não dessa forma, claro.

Kate: Nós havíamos combinado...

Castle: Você não estava bem, Kate, estava infeliz por vê-lo solto novamente, e com medo pelas ameaças a nós, às crianças... Eu não queria que você vivesse assim.

Kate: E se colocou na linha de frente?

Castle: Às vezes é necessário coragem.

Kate: Mas também é necessário pensar nas pessoas que você ama e dependem de você – Kate depositou sua mão em cima da mão dele, mostrando que, apesar do teor da conversa, ela não estava brava – Foi o que eu fiz quando não me deixei agir por impulso. Eu pensei neles.

Castle: Me desculpa... – Castle a olhou triste e sincero – Eu não pensei que pudesse dar errado.

Kate: Eu sei... – Kate olhou no fundo dos olhos dele – Mas você me promete que nunca mais fará algo escondido de mim?

Castle: Prometo.

Kate: Mesmo?

Castle: Mesmo – ele deu o dedinho e ela o enlaçou com o dedo dela, os dois imitando um costume das crianças.

Kate: Agora me diga, como você tem se sentido?

Castle: Muito bem! Na verdade, eu acho que já podia ir para casa.

Enfermeira: Eu discordo.

Kate e Castle olharam para a porta, agora entreaberta. Uma enfermeira os encarava.

Enfermeira: Castle, como essa poltrona veio parar aqui?

Castle: Ela... se moveu sozinha?

Enfermeira: Você arrastou essa poltrona do quarto vizinho que eu já estou sabendo.

Kate: Castle! – a voz dela denotou o teor bravo.

Castle: Você vai ficar comigo agora!

Kate: Você acabou de sair de uma UTI!

Castle: Mas eu estou ótimo!

Enfermeira: Não está não. Você pensa que está, mas o corte é muito recente – a mulher se aproximou dele – Você não vai nem descer dessa maca sozinho, está me ouvindo?

Castle: Sim – ele balançou a cabeça.

Enfermeira: Eu volto mais tarde – ela se dirigiu a Kate – Fique de olho que seu marido é pior que criança.

Kate: E eu não sei?

A enfermeira saiu.

Castle: Que exagero...

Kate lançou um olhar fuzilante para Castle.

Castle: Amor...

Kate: Você ouviu o que ela falou, não ouviu?

Castle: Vocês me tratam como se eu estivesse...

Kate: Doente? Porque é isso que você está!

Castle: Eu não estou doente! Eu nem tive febre ontem...

Kate: É, você não está doente. Só tem um corte na sua barriga!

Martha: Bom diaa! – Martha entrou com um sorriso, que se desfez ao olhar para o casal – O que ele aprontou?

Castle: Nada.

Kate: Arrastou essa poltrona – Kate apontou, dando ênfase – do quarto vizinho para cá.

Martha: Richard!

Jack: Isso não é nada, uma vez eu estava ferido e... – Jack parou de falar ao receber olhares de Kate e Martha.

Castle: Elas exageram.

Kate e Martha se olharam. Castle daria mais trabalho do que elas imaginavam.

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A sexta-feira foi marcada por visitas: Castle recebeu em seu novo quarto Jim e Maggie, Espo e Lanie, Ryan e Jenny, e mais os amigos escritores. A movimentação fez com que o dia passasse rápido, o que ele gostou muito.

Castle: Tão bom poder rever todo mundo!

Kate: É verdade... – Kate sorriu para ele – Você está se sentindo bem? Digo, mesmo com toda essa visitação?

Castle: Claro, amor! Como você é preocupada... – ele sorriu – Eu não poderia ter uma enfermeira melhor.

Kate: Você tem razão, eu sou a melhor enfermeira que você poderia ter!

Castle: Quando você diz isso eu já imagino coisas...

Kate: Que tipo de coisas?

Castle: Do tipo que envolvem roupas curtas e safadas...

Kate: Castle! Eu não me vestir de enfermeira para você! Já basta aquela fantasia de Princesa Leia que você me fez comprar!

Castle: Amor, aquilo é tão lindo! Você devia usar mais vezes!

Kate: Aquilo é ridículo!

A porta se abriu, e uma enfermeira diferente apareceu.

Enfermeira: Senhor Castle, é hora do banho.

Kate: Ah sim, claro – Kate se levantou – Vem, Rick.

Castle e a enfermeira se olharam, e olharam para Kate.

Castle: Amor, acho que ela quis dizer que ela veio me dar banho...

Kate olhou para a enfermeira, que sorriu.

Kate: Pode deixar que eu faço isso.

Enfermeira: Mas senhora... o senhor Castle está sob meus cuidados.

Kate: Não, ele está sob meus cuidados. Eu sou a acompanhante, eu posso fazer isso.

Enfermeira: É que são normas do hospital que eu cuide dele e...

Kate: Veja bem – Kate voltou-se para a enfermeira, lendo o nome no crachá – Shana. Eu sei que é seu trabalho e eu realmente agradeço, mas pode deixar que o banho eu mesma dou.

Enfermeira: Ta... – a jovem disse meio contrariada, notando a mão da capitã, que discretamente repousou sobre a arma em sua cintura. Kate sorriu, enquanto a enfermeira saía.

Kate: Tchau Shana. Te vemos na hora dos remédios!

A porta se fechou e Kate olhou sorrindo para Castle.

Castle: O que foi isso?

Kate: Nada.

Castle: Você ameaçou a enfermeira!

Kate: Eu não ameacei! Eu sou capitã, tenho direito de entrar em qualquer lugar com minha arma. Se isso incomoda as pessoas, o que eu posso fazer?

Castle: Sério? Pra cima de mim?

Kate: Você está enxergando coisas onde não tem, meu amor.

Castle: Sei... – ele parou e a encarou – Kate, você já teve muitas crises de ciúme, mas essa superou todas!

Kate: Isso não foi nem de longe uma crise de ciúme – ela deu os ombros.

Castle: Não? – Castle riu alto – Você acabou de impedir uma enfermeira de fazer o trabalho dela por ciúme!

Kate: Em primeiro lugar, eu não impedi ninguém de fazer nada. Eu apenas me dispus muito solicitamente a te dar banho – Kate andava pelo quarto – Em segundo lugar, o fato dela ser enfermeira não exclui o fato dela ser uma mulher. E em terceiro lugar – ela parou perto da maca e o encarou – Mulheres demais já viram seu corpo.

Castle: Ciúme detectado!

Kate: Proteção ao patrimônio particular!

Castle: Admita...

Kate: E vem cá, posso saber por que essa defesa toda às enfermeiras?

Castle: Amor, você já esteve internada antes, sabe que banhos em hospitais são inocentes.

Kate: Está com medo de que eu faça alguma coisa com você, Richard?

Castle: Bem, nós temos que admitir que você conhece partes perigosas do meu corpo... – ele balançou as sobrancelhas e ela riu.

Kate: Sem vergonha.

Castle: Ciumenta.

Kate: Claro que eu sou cimenta! Você acabou de falar que tem fantasia com enfermeiras!

Castle: Não com enfermeiras, com VOCÊ vestida de enfermeira.

Kate: Sei... – ela cruzou os braços.

Castle: Eu só quero uma enfermeira cuidando de mim – ele a puxou para perto de si, beijando-a pelo rosto todo – Você.

Kate: Você não vai se arrepender, gatão – ela mordeu os lábios.

Castle: Você está com cara de quem vai abusar de mim durante esse banho...

Kate: Espere e verá, Castle. Espere e verá.

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No domingo, Alexis foi escalada para ficar com o pai, enquanto Kate passava o dia com as crianças. Johanna e Alexander já sentiam muita falta de Castle, e precisavam sentir a presença da mãe um pouco. Às 18 horas, quase na hora do banho – que Kate era a única autorizada a realizar – ela voltou para o hospital.

Assim que abriu a porta...

Castle: Hora da troca de babá...

Alexis: É praticamente isso que nós somos, já que você é uma criança teimosa!

Kate: Ele aprontou? – Kate passou reto por Castle, indo direto até a enteada.

Alexis: Aqui – a garota entregou uma folha para Kate.

Kate: Tudo isso?

Castle: O que é isso?

Alexis: Sim – Alexis ignorou o pai – Não comeu direito, fez birra para tomar o remédio...

Castle: Mas tomei!

Alexis: Ia se levantando sozinho duas vezes e quando eu fui ao banheiro e voltei ele estava debruçado na janela.

Kate: Castle!

Castle: O que? Está um dia lindo! E vem cá, o que é essa folha aí?

Alexis: Todas as vezes que você desobedeceu.

Castle: Por que você anotou isso?

Alexis: Foi ideia da Kate.

Kate: Não é o máximo? – ela olhou para Castle sorrindo – Assim eu tenho controle sobre o que você faz mesmo não estando aqui!

Castle: Deixa eu ver essa folha – ele puxou – O que são todos esses riscos aqui no começo?

Kate: São o motivo de você estar no hospital. Valem por 20.

Castle: Isso não é justo! – Castle a olhou bravo. Kate adorava aquela cara.

Alexis: Bem, eu já vou indo antes que... enfim.

Alexis se despediu de Castle e Kate e saiu.

Castle: Isso não é justo! – ele repetiu bravo.

Kate: O que não é justo é nós nos esforçarmos para cuidarmos de você, e você fazer birra para tomar remédio!

Castle: É amargo... você não faz ideia!

Kate: Não faço ideia? Eu já fiquei internada aqui três vezes!

Castle: Não foram duas?

Kate: Você está esquecendo a principal...

Os dois se olhavam e de repente ele sorriu.

Castle: Ahh o nascimento dos nossos filhotes! Foi a única vez que não sofri.

Kate: É, nem eu. Quer dizer... – ela se aproximou – Eu também tinha um corte na barriga e dois bebês para cuidar! E os dois juntos não davam o trabalho que você dá.

Castle: Não exagera – os dois ficaram se olhando – Eu estou entediado.

Kate: Eu sei, Rick. Mas você não quer voltar para casa logo?

Castle: Claro!

Kate: Então!

Castle: Ta, eu vou me comportar. Mas... o que você pretende fazer com essa lista?

Kate: Te punir futuramente.

Castle: De que forma?

Kate: Bem, eu ainda escolherei... – ela arqueou a sobrancelha.

Castle: Ai... existe a possibilidade de eu gostar dessa punição?

Kate: Nunca se sabe, não é mesmo?

Castle: Ei, você não me deu um beijo... – ele fez um bico, fazendo Kate se aproximar e o beijar – Bem melhor assim. Como foi com as crianças?

Kate: Adivinha? Falamos muito sobre você.

Castle: Estou morrendo de saudade deles.

Kate: Eles também, e mandaram um recadinho.

Kate pegou o celular e colocou um vídeo. Nele, Jo e Alex falavam sem parar, contando as coisas que fizeram na ausência do pai.

Castle: Ei, espera – ele pausou a imagem e voltou – O dentinho de Jo caiu?

Kate: Eu não disse para testar se você ia perceber – Kate riu.

Castle: É claro que eu ia perceber! Eu sempre percebo tudo neles – Castle voltou na imagem mais uma vez – Ela ficou tão linda...

Kate: E Alex todo orgulhoso.

Castle: Se fosse o contrário ele teria ficado enciumado, como da primeira vez.

Kate: É verdade. Mas agora demorou, não? Esse mesmo dentinho de Alex caiu há um mês, e da Jo só agora.

Castle: Como nós dissemos aquela vez, eles são diferentes...

Kate: Eu tenho a impressão que Alex está crescendo mais, você não?

Castle: Sim, eu já notei também. Bom, se eles seguirem nossa tendência, Alexander será maior mesmo – Castle a puxou para que chegasse mais perto.

Kate: Hum... eu ainda estou brava.

Castle: Mas ainda vai rolar aquele banho divertido?

Kate: Castle, fala baixo!

Castle: Diz que sim...

Kate: Mas é só hoje!

Castle: Aham. E ontem era só ontem, e amanhã vai ser só amanhã. Quem nós estamos enganando mesmo?

Kate: Ninguém.

Castle: Ninguém...

Os dois balançaram a cabeça negativamente, em meio a risos. Enfermeira Beckett estava cuidando muito bem de seu paciente.


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