Whole Lotta Love 3 escrita por mlleariane


Capítulo 13
Emboscada


Notas iniciais do capítulo

Antes de mais nada, só quero lembrá-las de que meu coração é bom, quem pediu o angst foram vocês rs.

Obrigada a todas que estão comentando. Em tempos de hiatus, vocês não me deixam desanimar :) e um obrigada especial à Karev por ter favoritado :))

Beijo, Ari ;)



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Na terça-feira...

Castle: Obrigado por ter vindo, mãe.

Martha: Sempre que precisar.

Martha adentrou a casa e as crianças vieram até ela.

Castle: Não devo demorar mais que duas horas.

Martha: É algo na editora?

Castle: É – Castle mentiu, mas logo pensou que isso seria algo que Martha poderia soltar numa conversa com Kate – Na verdade, não. É sobre quinta-feira.

Martha: Ahh você está preparando alguma surpresa para Katherine!

Castle: Sim, mas como é surpresa, a senhora não vai falar nada, não é mesmo?

Martha: Claro Richard!

Castle deixou Martha na sala com Johanna e Alexander e foi até o escritório. Juntou os papéis que estavam na mesa e guardou de volta ao envelope, levando-o consigo. Era hora do encontro.

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Terça-feira, 14:00.

Castle chegou no local combinado. O galpão abandonado tinha sido escolhido para que não fossem levantadas suspeitas sobre o encontro. Castle sabia que o sigilo era importante. Se Bracken descobrisse sobre aquilo, intimidaria novamente aquelas pessoas, e isso era exatamente o que ele queria evitar.

O local estava vazio quando o adentrou, mas logo ouviu-se um barulho de carro, e Claire e Adam Swinfts vieram ao encontro de Castle. O casal havia feito parte de um antigo comitê eleitoral de Bracken. Depois deles, chegaram Tom Benfrey, Carly Popes e Edgar Jones, todos igualmente testemunhas do processo contra crimes eleitorais no qual o ex-senador William Bracken havia sido inocentado.

O único que ainda não chegara era Dr. Trager. Pedindo mais um minuto aos convidados, Castle telefonou ao advogado, mas seu celular aparentemente estava desligado.

Ele decidiu então que começaria, e colocou os presentes a par do andamento do processo. Explicou seu interesse naquele encontro, tudo que Bracken tinha feito e ainda ameaçava fazer com sua família, e todos pareciam prestar atenção e analisar os papéis entregados.

Cerca de 30 minutos depois, Castle viu Dr. Trager entrando pela porta. Ele tinha uma expressão séria.

Castle: Ah aí está! Comecei dando uma visão geral da situação em que nos encontramos e... – Castle parou de falar quando avistou Bracken, J. Simons e mais um homem entrando. Ele lançou um olhar para o advogado, que não precisou dizer nada. Havia sido rendido e forçado a ir ao encontro de Castle.

As testemunhas olharam com medo para Bracken. Ele as encarou, mas voltou-se para Castle.

Bracken: Boa tarde, escritor.

Castle não respondeu.

Bracken: Sem palavras agora? Bem, eu devo dizer que admiro sua audácia. Ou seria melhor dizer inocência? Porque sinceramente, escritor, pensar que conseguiria passar por cima de mim foi bem inocente.

Castle: Você não é tão intocável assim. A justiça está do lado da verdade, e a justiça pode protegê-los – Castle apontou as 5 testemunhas.

Bracken: Isso é o que você pensa. A Justiça? Bem, ela está do meu lado. Como é que você acha que eu soube desse seu plano? – Bracken agora andava pelo salão – Quando seu advogadozinho procurou o promotor do caso, eu soube imediatamente. Eu tenho amigos. Os mais influentes possíveis.

Castle: A sua influência não será eterna. Uma hora você irá cair.

Bracken: Não, eu não vou. É por isso que agora essas pessoas vão sair daqui e vão voltar para suas casas, de onde nunca deviam ter saído – Bracken voltou os olhos a eles – Essa é a segunda chance que dou. Ou ficam do meu lado, ou sabem qual será o fim dessa história.

As pessoas, assustadas, se levantaram e saíram.

Bracken: Eu dispenso você também, advogado. Meu negócio é com o escritor aqui.

O advogado olhou para Castle, sem saber o que fazer.

Bracken: Você vai para casa com o Joseph – Bracken apontou para o homem grande, que estava armado – Ele o acompanhará por alguns dias. Se alguém souber do que aconteceu aqui, seu carro pode acidentalmente cair de uma ponte. E nós dois não queremos uma tragédia dessa, não é mesmo?

O advogado lançou um último olhar para Castle, antes de ser arrastado para fora dali pelo capanga de Bracken.

Bracken: Enfim, sós.

Bracken encarou Castle com um sorriso irônico.

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Enquanto isso, na casa dos Castle...

Assim que abriu a porta, Kate estranhou o silêncio. Ela havia conseguido sair mais cedo, uma raridade nos últimos tempos.

Kate: Rick? – ela andou pela sala – Jo? Alex? – Kate passou pela cozinha, foi até os quartos e voltou à sala. Não havia nem sinal de nenhum deles.

“Estranho...” – ela disse em voz alta – “Castle deveria estar aqui” – ao dizer isso, avistou um papel em cima do aparador de fotos.

“Estamos na piscina do meu prédio. Martha, Jo e Alex.”

Kate: Martha está com os dois? – Kate estranhou novamente. Castle não era de se ausentar sem avisá-la. Onde ele estaria?

Caminhou ao escritório, que tinha a porta aberta. Olhou para os lados, parecia tudo normal. Apenas quando ia saindo avistou uma folha jogada ao chão. Pegou e leu.

“Processo judicial nº 3958/2015... réu William Bracken...”

Não precisou terminar a leitura. Kate correu para a gaveta, e o envelope não estava mais lá.

“O que você está aprontando, Richard Castle?”

Tentou o celular do marido, mas ele não atendeu. Kate ligou então para seu número de segurança: o da delegacia.

Kate: Eu preciso que vocês rastreiem o celular do Castle. Rápido!

Ryan: Aconteceu alguma coisa?

Kate: Eu disse rápido, Ryan. RÁPIDO!

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Bracken: É ela ligando? – Bracken sorriu ao toque do celular de Castle – Você deve amá-la muito, não é mesmo? – ele esperou uma resposta que não veio – Para se arriscar assim...

Castle encava o homem à sua frente.

Castle: Sim, eu amo. E enquanto eu estiver vivo, você não toca em um fio de cabelo dela nem de ninguém da minha família.

Bracken: Eis que chegamos à questão: até quando você estará vivo?

Castle: Me matar? É isso que você quer?

Bracken: Talvez...

Castle: Me matar não vai impedi-la de continuar. Ela nunca desistirá de te devolver para o lugar de onde nunca devia ter saído.

Bracken: Eu não teria tanta certeza assim. E além do mais, ainda tem as duas crianças...

Ao ouvir isso, Castle avançou em direção ao homem, com as mãos em seu pescoço.

Castle: Você não fala dos meus filhos!

Bracken riu, enquanto J. Simons puxou Castle de volta, segurando-o.

Bracken: Ok, eu admito que eles são bonitinhos. Se eu tivesse um coração, talvez os poupasse, o que não é o caso.

Castle: Você se acha muito superior, acha que tem o direito de brincar com a vida das pessoas, de matar qualquer um que atravesse seu caminho. Você não passa de um verme, uma falha de ser humano que não consegue admitir que fracassou.

O olhar de Bracken exprimiu uma raiva latente. J. Simons socou o estômago de Castle, que representou uma dor maior do que a que sentia, permanecendo inclinado.

Bracken: Eu não me acho, eu sou. Se eu quiser, te mato e embrulho de presente para ela. E sabe o que mais? Saio impune. Porque sim, eu sou superior.

Simons continuava segurando os braços de Castle quando o telefone de Bracken tocou. Ele se afastou para atender, e tudo aconteceu muito rápido. Prestando atenção à conversa do patrão, J. Simons se distraiu, e Castle conseguiu se soltar, agarrando um pedaço de pau e batendo em sua cabeça, o que o fez cair inconsciente.

Castle saiu correndo, e Bracken fez o mesmo, porém por outra saída. Foi encontrá-lo em frente ao galpão, com uma arma já em punho. Ao mesmo tempo, Kate apareceu, e apontou a arma ao ex-senador. A disposição dos três formava um triângulo, e eles estavam numa distância de cerca de 10 metros cada.

Bracken: Mas que honra, capitã – ele agora apontava para ela.

Kate: Abaixa essa arma!

Bracken: Não... não quero. Vamos fazer assim, você abaixa a sua, e nós conversamos.

Kate: Você não quer fazer isso – agora Kate caminhava a passos cautelosos em direção a ele – Você não suja as mãos.

Bracken: Eu sujo quando vale a pena – ele também dava passos em direção a ela.

Castle olhava aflito a cena. Kate estava de colete, mas se Bracken tivesse uma boa mira, um tiro na cabeça seria fatal.

Kate: Nesse caso não vale. Você sabe muito bem que se me matar vai direto para a cadeia.

Bracken: A recíproca é verdadeira.

Os dois se encararam.

Kate: Então nós vamos abaixar as armas e continuar lutando pelos meios legais.

Bracken: Me parece uma boa proposta, capitã – os dois se olharam por mais um minuto. Ele então fez menção de abaixar, e Kate fez o mesmo. Os dois lentos, cautelosos. Mas em vez de prender a arma na cintura, Bracken fez um rápido movimento para o lado e atirou em Castle.

O barulho do tiro foi quase instantâneo ao “NÃO!” de Kate, que correu em direção a ele.

Bracken: Não era uma proposta ruim – Bracken falou sozinho – Mas aí eu teria que te ver brincando de casinha feliz e eu não quero isso – ele finalizou com um sorriso nos lábios, enquanto via Kate desesperada caindo ao lado do escritor.

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

Kate: Rick.... – Kate estava ajoelhada no chão, com as mãos em seu rosto. Castle forçava a respiração.

Castle: Me desculpa, meu amor.... me des... culpa...

Kate: Rick, respira, olhe para mim, fique comigo – Kate forçou a mão esquerda sobre o buraco da bala, enquanto a direita tremia tentando discar um número de ambulância.

Castle: Eu só queria que você fosse feliz...

Kate: Não fale nada, meu amor, não... Oi, eu preciso de uma ambulância, rápido!

Enquanto Kate falava o endereço, Bracken se divertia observando a cena.

Kate forçava as mãos contra o ferimento de Castle, que jorrava muito sangue.

Kate: Vai ficar tudo bem... – ela tentava se convencer, em meio a lágrimas.

Castle: Eu te amo tanto, eu... sempre te amei...

Kate: Não meu amor, não fale, apenas respire... aguente firme, você é forte.

Castle: Eu não queria... – Castle sentia o ar esvaindo dos pulmões – Mentir...

Kate: Shii....

Castle: Eu só quero... que você... seja feliz... Kate... você vai... ser feliz?

Kate: Eu já sou feliz, e continuarei sendo feliz ao seu lado, meu amor. Nós dois, always. Lembra? Always.

Castle: Eu te amo, Kate. Eu te a...

Castle pendeu a cabeça para o lado e fechou os olhos.

Kate: Não, Rick, não... – Kate deitou sobre ele. O sangue de Castle escorrendo, molhando seus cabelos e misturando-se às suas lágrimas.

Bracken: Me desculpa, Kate, mas foi você quem quis assim.

Kate levantou os olhos para o homem, que tinha um ar de glória. Ele havia se aproximado, e puxado sua arma, que estava no chão, para debaixo dos pés dele.

Bracken: Eu paro por aqui, se você também parar. Agora, se você continuar... bem, você sabe que eu não hesitarei em continuar também.

Bracken se agachou, pegou a arma dela e saiu caminhando tranquilamente. Cinco passos apenas e ele caiu, derrubado pelo tiro que adentrou suas costas.

Kate caminhou até ele, com a arma reserva em mãos.

Caído no chão, o olhar de Bracken agora era de medo. Tentou levantar a arma em sua mão, em vão. Os movimentos já estavam lentos, e Kate a chutou para longe.

Kate: Qual é a sensação de me olhar de baixo? – ela ainda tremia, mas tentava segurar a arma firme.

Bracken: Você não.... pode...

“Kate” – um grito ressoou no local. Kate olhou para Espo e Ryan, que vinham correndo. Os olhares dos amigos estavam divididos. De um lado, Castle caído, ensanguentado e inconsciente. Do outro, a capitã apontava a arma para Bracken, que já parecia ferido. Não houve tempo para explicações. Sirenes já anunciavam a ambulância se aproximando. Kate voltou os olhos para o homem que tentava respirar à sua frente.

Um. Dois. Três. Quatro. Cinco tiros.

Kate descarregou a arma.


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