Whole Lotta Love 3 escrita por mlleariane


Capítulo 11
Provocação


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Que saudade de vocês!
Demorei mas voltei o/
Sobre o capítulo passado, quem não teria ciúme se estivesse no lugar de Kate, ham? Haha
E quem é que não queria apertar a bunda daquele homem? #EuQuero
Fiquei muito feliz que gostaram da carta ♥
E aí, todo mundo pronto para voltar pra casa? :)

Beijo, Ari ;)



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Jo: Nossa casinhaaa!

Johanna e Alexander entraram correndo e se jogaram no sofá. Castle, que vinha arrastando algumas malas, olhou para Kate, e os dois sorriram juntos.

Kate: Eles já aprenderam a melhor coisa de uma viagem...

Castle: Voltar para casa – ele concluiu, soltando as malas e olhando ao redor – Três semanas longe...

Kate: Você nunca esteve longe – ela o abraçou – Você está em casa pedacinho dessa casa.

Os dois se beijaram, mas soltaram os lábios um do outro ao ouvirem um miado alto, seguido por um resmungo de Alexander.

Alex: Papaaai o Tiger não gosta mais da gente!

Kate e Castle fitaram os filhos, e Johanna já tinha sua melhor cara dramática.

Castle deu uns passos e avistou o gatinho escondido atrás da estante, assustado.

Castle: Aposto que vocês o apertaram, não é?

Jo: Nós estamos com saudade, papai...

Alex: Tiger, volta aqui! – Alexander intimidou com voz brava, o que não resolveu. Ele então amoleceu – Vem aqui Tiger, por favor...

Mas o gatinho não deu um passo sequer. Continuou escondido no pequeno espaço que separava a estante da parede.

Kate: Daqui a pouquinho ele sai. Aposto que está com saudade de vocês também!

A empolgação de Kate não convenceu os dois, mas eles esqueceram do gatinho assim que Martha adentrou pela porta. Johanna e Alexander correram até a avó, quase a derrubando no chão.

Alex: Vovó como você sabia que a gente ia chegar agora?

Martha: Porque eu tenho uma bola de cristal.

Jo: Você tem uma bola de cristal, vovó?

Os olhinhos de Johanna e Alexander já brilhavam com a novidade.

Martha: Eu tenho sim, e ela me diz exatamente onde vocês estão sempre!

Castle: É, e ela se chama Richard Castle.

Martha: Como você é estraga prazeres...

Martha ganhou um beijo do filho e também da nora.

Castle: Correu tudo bem por aqui?

Martha: Na mais perfeita ordem.

Jo: Mamãaae, cadê o presente da vovó?

Kate: Hum, acho que está naquela ali – Kate abriu a mala e começou a procurar.

Martha: Tem presente para mim? – Martha abraçou a netinha.

Jo: Tem vovó, e é lindo! Nós compramos em Paris.

Martha: Ahh Paris... isso me lembra uma vez que eu estava por lá e tinha um italiano que... – Martha olhou para os olhos bravos de Castle – Talvez eu conte essa história daqui alguns anos.

Kate: Achei!

Kate entregou o embrulho para os filhos, que entregaram juntos à avó. Ela abriu e se maravilhou com o grande colar de pedras, perfeitamente no estilo que ela tanto gostava.

Martha: Meu Deus, eu adorei! É lindo!

Alex: São pedras azuis porque combinam com os seus olhos, vovó.

Jo: E fomos nós que escolhemos!

Kate: Isso é verdade – Kate sorriu para a sogra.

Martha: Obrigada, minha querida.

Kate: Eu é que tenho que agradecer por tudo que você nos faz, sempre.

Sogra e nora se abraçaram. As crianças aproveitaram a presença da avó, e enquanto Castle desfazia as malas, Kate telefonou para a delegacia. Espo e Ryan, seus amigos e funcionários mais confiáveis, a colocaram a par dos acontecimentos. Tudo tinha ocorrido bem até agora. Até agora.

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Castle: Eles dormiram.

Kate: Nem esperaram que eu chegasse?

Castle: Estavam cansados...

Castle abraçou Kate por trás. Ela estava penteando os cabelos defronte ao espelho. Tinha sido a última a tomar banho, depois de desfazer as malas, separando roupas sujas, as novas, e tudo mais o que haviam comprado naquela semana.

Castle: Sabe o que eles me disseram? Que adoraram nossa viagem, mas que também estavam felizes de estarem aqui novamente.

Kate: Como nós.

Castle: Como nós – ele afastou uma mexa de cabelo dela, fitando melhor seus olhos – O que foi?

Kate: Nada... – ela balançou a cabeça e desviou o olhar, guardando a escova de cabelo.

Castle: Kate... eu te conheço, lembra?

Kate voltou os olhos a Castle.

Kate: Eu estava lembrando do último dia que passei aqui, antes da viagem. A tensão, o medo, a insegurança...

Castle: Babe, não você não precisa sentir nada disso agora.

Kate: Como não, Rick? Aquele homem está solto, ele nos ameaçou.

Castle: Ele não vai fazer nada, Kate, nós conversamos sobre isso, lembra? Ele não se arriscaria.

Kate: E os outros? Castle, você sabe tão bem quanto eu que ele sempre teve muitos para mandar.

Castle: Eu sei, mas nós não podemos focar nisso – ele a abraçou – Nós não vamos deixar de viver nossa vida por medo, Kate. Me promete que não vai ficar pensando nisso? – ele beijou os cabelos dela, e olhou novamente em seus olhos.

Kate fez que sim, ainda relutante.

Castle: Nós não vamos mexer com ele, e ele não mexerá conosco.

Kate: Quanto a isso... bem, tem uma coisa que eu não te contei.

Castle: O que?

Kate: Vem cá – Kate o pegou pela mão, conduzindo-o até o escritório, e abrindo a última gaveta, retirando o envelope com os papéis – Essa é uma cópia do caso de Bracken.

Antes mesmo de olhar para os papéis, Castle a fitou sério.

Castle: Você disse que não tinha mexido no caso...

Kate: Sim, e eu não mexi mesmo. Foi meu pai que me deu isso daí.

Castle: Seu pai? Parece um pouco improvável...

Kate: Meu pai me conhece, Rick. Ele sabia que...

Castle: Que você ia procurar por si mesma – Castle a interrompeu, completando a frase com uma obviedade recém descoberta.

Kate: Exato.

Castle: Então ele te trouxe isso para que você não fosse procurar.

Kate: E ainda me disse que sempre que eu pensasse em mexer nisso, me lembrasse do quanto você ficaria bravo.

Castle: Boa, sogrão! – Castle falou sozinho.

Kate: Quando é que vocês criaram essa cumplicidade, heim?

Castle: Desde o momento em que o bem mais precioso dele passou a ser o meu também – Castle a puxou pela cintura, dando um beijo no rosto. Depois assumiu o tom sério novamente – Você leu?

Kate: Não. Eu tive medo de começar e não querer parar.

Castle: E deixou os papéis aqui por que?

Kate: Para você saber que não estou mexendo nisso. Você vai tomar conta deles por mim.

Kate e Castle se olhavam nos olhos, e ele podia ver o duelo que se passava dentro dela.

Castle: Ok... – ele pegou uma de suas mãos – Então nós vamos guardar isso de volta aqui, e vamos dar o assunto por encerrado, certo?

Kate: Certo.

Juntos, os dois recolocaram o envelope no fundo da gaveta. Depois, saíram de mãos dadas. E o assunto deu-se por encerrado. Não morto, mas adormecido.

Até que na segunda-feira...

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Ryan: Meu Deus...

Espo e Ryan trocaram um olhar sério. Olharam novamente para a cena do crime.

Ryan: Nós não podemos envolvê-la nisso.

Espo: É impossível não envolvê-la!

Ryan: Nós podemos investigar à parte, sei lá.

Espo: Bro, Beckett não é mais uma de nós. Ela é a capitã agora, e nós devemos reportar tudo a ela. Tudo.

Ryan: Espo...

Espo: Eu sei, vai ser difícil.

Os dois amigos se olharam novamente. Colheram as últimas evidências e saíram.

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Kate tinha os olhos fixos nas fotos. Não eram os olhos da Capitã Beckett, eram os olhos de Kate, a garota que anos atrás vira aquelas mesmas fotos, mas com outro corpo caído ali. O corpo de sua mãe.

Quando os garotos a informaram que uma advogada de 40 anos havia sido morta no mesmo beco onde Johanna fora, e com os mesmos ferimentos, Kate exigiu ver as fotos do local. Ela agora não conseguia tirar os olhos das fotografias. Estava nisso há cinco minutos.

Espo e Ryan não sabiam se falavam algo ou esperavam que ela tomasse a iniciativa. Se decidiram pela segunda opção, mas como Kate não falava nada, Espo tomou a iniciativa.

Espo: Nós temos uma testemunha.

Kate levantou os olhos para os dois.

Kate: Prossigam.

Espo: Um mendigo que dormia do outro lado da rua. Ele acordou com os gritos, e conseguiu anotar uma placa de carro. Está no nome de Jeremy Simons.

Kate: Simons...? – Kate sentiu o estômago embrulhar.

Espo: Nós também pensamos. E sim, eles têm uma ligação. Jeremy é sobrinho daquele outro Simons.

Ryan: Já emitimos um alerta e estamos tentando encontrá-lo.

Kate: Eu quero esse homem aqui. Hoje.

Espo e Ryan apenas assentiram e prosseguiram as buscas.

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Kate passou o dia lendo relatórios que não faziam sentido. As letras se misturavam, e em toda linha ela só conseguia enxergar o nome de sua mãe. Os trabalhos do dia foram perdidos. Sua mente não se concentrava em mais nada. O mesmo beco, a mesma disposição dos cortes. Uma advogada. Morena, magra, quase a mesma altura de sua mãe. Simons. Aquele nome maldito que levava a outro mais maldito ainda.

Espo: Beckett?

Kate: Oi – Kate saiu dos pensamentos e olhou para Espo, parado à porta de sua sala.

Espo: Ele está aí.

Kate se levantou rapidamente, seguindo Espo. Ele e Ryan interrogariam Jeremy Simons, e a capitã acompanharia tudo. Mas apesar dos esforços dos detetives, Simons não falou nada.

Tentativas em vão, Kate entrou na sala. Ela iria fazê-lo falar, ela sempre fazia qualquer um falar.

Jeremy Simons, porém, não falou com ela também. Exigiu que seu direito a advogado fosse cumprido, e Kate não pôde fazer nada. Apenas autorizou o telefonema.

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Kate: Ele telefonou?

Ryan: Sim.

Kate respirou fundo.

Espo: Nós vamos pegá-lo, Kate – Espo tentou acalmá-la.

Kate: A prova testemunhal é muito fraca, vocês sabem disso.

Ryan: Nós encontraremos outro meio.

Kate: Eu quero esse caso investigado a fundo. Eu quero...

Kate parou de falar quando o viu. Imponente e pisando firme, Bracken adentrou a delegacia como se fosse sua casa. Kate sentiu uma onde gelada percorrer todo o seu corpo. Espo e Ryan, num impulso, se adiantaram, como se tentassem protegê-la atrás deles. Ela, porém, passou pelo meio dos dois.

Bracken: Capitã Beckett.

Kate: O que você está fazendo aqui? – Kate tinha a voz firme.

Bracken: Boa tarde para você também – ele olhou à volta – Pensei que esse lugar era um pouco melhor. Sério que você ama isso daqui?

Kate: O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI?

Bracken deu um sorriso cínico ao perceber que conseguia mexer com ela.

Ryan: Kate, calma.

Bracken: Você recepciona muito mal as pessoas em sua delegacia, capitã.

Kate: Eu recepciono bem quem merece ser recepcionado bem.

Bracken: Não vou levar isso para o lado pessoal. Eu só vim buscar meu cliente.

Kate: Cliente?

Bracken: Jeremy Simons – Bracken retirou uma carteira do bolso e mostrou a Kate, que leu de longe – Meu cliente.

Kate: Você é advogado?

Bracken: Depois que você me tirou da carreira política eu tive que buscar outros meios de sobreviver.

Kate: Você fala como se eu tivesse feito algo errado – ela o encarou.

Bracken: Você é rancorosa, detetive. Ops, é capitã agora. Às vezes me esqueço que o tempo passou – Bracken olhou para um oficial que passava ao lado – Ei você, pode buscar meu cliente.

Kate: Quem você pensa que é para chegar dando ordens aqui? – ela estava brava.

Bracken: Tudo bem, capitã, você dá as ordens – ele mexeu os braços e dramatizou.

Kate fez sinal para oficial, que foi em busca do suspeito.

Bracken: Você sempre carrega os dois guarda-costas? – Bracken olhou para Espo e Ryan com um sorriso cínico.

Kate: Por que você não cala a boca?

Bracken apenas a encarou. Os dois se odiavam, e eram bem conscientes disso. Ele, porém, se divertia com a situação.

O oficial retornou com Jeremy, que parou ao lado de Bracken.

Bracken: Foi um prazer encontrá-la, capitã.

Kate: Não vá pensando que ganhou esse jogo, Bracken. Vocês estão envolvidos e eu vou provar.

Bracken: Me avise quando fizer isso.

Bracken deu as costas, e caminhou alguns passos com Jeremy. Depois, parou e se virou novamente.

Bracken: Mande lembranças à sua Johanna, ela é adorável.

Kate voou em direção a ele, puxando-o pela camisa e jogando-o contra a parede. Bracken apenas riu.

Kate: Cala a boca, seu verme.

Ryan: Kate... – Ryan tentou fazê-la soltar o homem, em vão.

Bracken: Quanta falta de educação, capitã, eu só tentei ser simpático.

Kate: Se você tocar no nome da minha filha novamente, eu acabo com você, está me ouvindo? ACABO com você.

Bracken: Isso é uma ameaça, capitã?

Kate: É, é uma ameaça – Kate apertou mais ainda seu pescoço, e ele buscou o ar.

Ryan: Kate... – Ryan e Espo a puxaram para trás.

Bracken: Não é muito prudente você me ameaçar assim, diante do que? – ele olhou à sua volta, todos os policias estarrecidos observando a cena – Umas vinte pessoas?

Kate: Some daqui.

Bracken: Passe bem, Kate.

Bracken virou-se e saiu. Kate andou rapidamente para sua sala, batendo a porta. Toda a delegacia observava. Espo e Ryan a seguiram.

Ryan: É muita insolência a desse homem!

Espo: Kate, você não devia tê-lo ameaçado assim, na frente de todos...

Kate: E você queria que eu fizesse o que? O ouvisse falar da minha filha e não fizesse nada? Nem parece que vocês têm filhos!

Ryan: Kate, o que o Espo quer dizer é que você não pode cair no jogo dele.

Espo: Um jogo baixo, sujo, que ele sabe muito jogar para te enfraquecer.

Kate: Ele matou aquela mulher apenas para afrontar – Kate arremessou um objeto de vidro, que se estraçalhou na parede – Mais uma vida perdida...

Espo: Nós vamos provar, Kate. Bracken e Simons não sairão livres dessa.

Ryan: Vá para casa, Kate.

Kate: Não... eu vou cuidar desse caso sozinha.

Ryan: Ei, desde quando você não confia na gente?

Kate: Eu confio em vocês, mas...

Espo: Vá para casa, Kate. Amanhã, de cabeça fria, nós olhamos o caso. Nós três, como sempre foi.

Apesar de relutar, Kate acabou cedendo e foi mesmo para casa.

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Castle: Olha quem chegou!

Johanna e Alexander olharam rapidamente para a porta, deram um “Oi mamãe” rápido e voltaram os olhos para a TV.

Castle: Que recepção, ham? – Castle se levantou do sofá e foi até ela – Não se importe, amor, é o “Madagascar 3”, você sabe como eles amam.

Castle a beijou no rosto, mas logo percebeu algo estranho. Segurou sua mão e estava fria.

Castle: O que houve?

Kate o puxou para o escritório.

Kate: Ele esteve lá, Rick...

Castle: Ele quem?

Castle perguntou no impulso, mas não precisava de resposta. Ele sabia exatamente quem deixava Kate daquele jeito.

Castle: Na delegacia? O que ele foi fazer lá?

Kate: Eu vou te explicar tudo desde o começo.

Castle se sentou na cadeira e Kate na beira da mesa à sua frente. Ela então o contou tudo: o homicídio que se parecia muito com o de sua mãe, o sobrenome Simons envolvido, Bracken como advogado do acusado e a provocação sobre Johanna.

Castle: Advogado?

Kate: Ele fez tudo isso para me insultar, Rick. Uma vítima inocente, uma vida perdida. Tudo para me insultar, para mostrar que ainda pode fazer isso e sair impune.

Castle: Mas ele não vai sair impune, não dessa vez!

Kate: Eu já não sei mais de nada... – Kate olhou para baixo.

Castle: Ei, essa não é a Beckett que eu conheço. Você não desiste, você busca por justiça, lembra?

Kate: Eu estou tão cansada, Castle. O sistema está do lado dele – ela fez uma pausa e respirou – E o sistema é mais forte do que eu.

Castle a entendia. Conseguir justiça não era uma luta fácil, nunca fora. Ele então se levantou e parou diante dela, com as mãos em suas coxas e o rosto colado ao seu.

Castle: Kate, você vai conseguir. Isso um dia vai acabar.

Kate: Quando?

Castle: Eu não sei... Mas você não pode deixar Bracken te atingir. Ele te enfraquece, e para vencer essa luta você precisa de força.

Kate repousou as mãos em cima das dele.

Kate: Você pensava que eu era mais forte, não é?

Castle: Eu sempre soube a força que você tem, e é uma força incrível. Você algum dia já parou para pensar em tudo que nós já passamos?

Kate: Foi muita coisa...

Castle: Sim, foi muita coisa. Bracken é apenas uma delas. E nós vamos superá-lo, porque é isso que nós fazemos. Você vai achar uma ponta solta desse crime e vai puni-lo.

Kate: E se não tiver?

Castle: Ei, cadê aquela detetive que dizia não existir crime perfeito? – ele a olhou no fundo dos olhos.

Kate: Está aqui escondida em algum lugar...

Castle: Mas está aí, não está?

Kate fez que sim e ganhou um beijo.

Castle: Então vamos colocá-la para trabalhar! Chega dessa vida fácil de capitã.

Kate: Vida fácil? Eu cheguei ontem às 3h da manhã e ainda ganhei uma bronca sua dizendo que trabalho demais!

Ele riu e a beijou.

Kate: Eu queria viver em um de seus livros...

Castle: Aí você não seria casada com um escritor, nem teria duas coisinhas lindas para cuidar.

Kate: Falando nisso, e o bebê de Nikki, já se decidiu?

Castle: Quando em penso em menino, olho para a Jo e não consigo imaginar minha vida sem ela. Quando penso em menina, olho para Alex e penso como eu amo ter um menino comigo em meio a tanta mulher.

Kate deu enfim um sorriso.

Kate: Você tem razão, nós temos muita sorte em ter os dois.

Alex: Papaaaaaaaai a Jo arrancou os fios todos da tomada! – Alexander entrou gritando.

Castle: Os fios da TV?

Alex: Não, do videogame. A gente tava jogando – Alexander falava afobado – E ela perdeu uma fase e arrancou tudo!

Castle olhou para Kate e riu.

Castle: Ainda temos muita sorte?

Kate: Muita!

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Kate: Não... não... minha mãe de novo não... NÃO!

Kate acordou assustada, mas rapidamente sentiu os braços de Castle a envolverem.

Castle: Está tudo bem, está tudo bem...

Ela não disse nada. Abraçou-se a ele até a respiração acalmar. Depois, deitou a cabeça em seu peito e recebeu carinho dele até que adormecesse.

Quando percebeu que Kate dormia um sono tranquilo e pesado, Castle se levantou com cuidado. Caminhou silenciosamente em direção ao escritório, entrou e fechou a porta. Abriu a última gaveta e pegou o grande envelope. Antes de olhar seu conteúdo, sua mente percorreu tudo que aquele homem havia feito com Kate. Para Bracken, não havia limites, não havia razão. Era tudo ou nada. Ele jogava sujo, ele jogava baixo. Castle não queria Kate remexendo no passado, mas também queria vê-la sofrer. A solução ele já tinha encontrado: quem iria investigar aquele caso era ele.


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