Whole Lotta Love 3 escrita por mlleariane


Capítulo 1
Vampiros


Notas iniciais do capítulo

Well, who knows, Castle. Maybe third time is a charm. BECKETT, Katherine.

Well, well...

Cá estou eu tomada pelas emoções (e pelas pressões) escrevendo mais uma Whole Lotta Love.
Ainda não sei exatamente o que dizer sobre essa nova fic. Que WLL é predominantemente fofa todo mundo já sabe. Só quero ressaltar que os plots dessa vez não são exatamente dramáticos. Acho que isso é resquício do sofrimento exagerado que o final da sétima temporada nos causou. Mas isso não quer dizer que a fofura reinará forever and ever rs.
Preciso dar uns recadinhos primeiro:
1. Eu costumava marcar as leitoras do twitter a cada capítulo postado. Acontece que agora o número aumentou e eu sempre acabo esquecendo alguém :( Para que isso não ocorra mais, não vou avisar mais pelo twitter. Quer dizer, vou, mas sem marcar ninguém. Só lembrando pra quem quiser me seguir: @frecklesnthings ;)
2. Ainda não posso garantir a frequência de postagens, mas pelo menos toda semana tem.
3. Se você é um leitor novo, saiba que essa história é continuação de:
— Whole Lotta Love
— WLL Especial de Natal
— Whole Lotta Love 2
— WLL Especial 100 capítulos
— WLL Especial Dia das Mães

É, essa história tem chão já!

Só mais uma coisa:
Esses dias estava aqui pensando... alguma vez vocês já se perguntaram quando é aniversário das crianças? Não, né? Pelo menos nunca me perguntaram haha Pois bem, vocês se lembram que Kate anunciou a gravidez no Natal? Naquele capítulo é dito que ela estava de 5 semanas. Como o parto adiantou e Kate teve os bebês na metade do oitavo mês, isso nos dá uma data aproximada de final de julho. Eu escolhi dia 28, por motivos de: meu aniversário é num dia 28 também. Então Johanna e Alexander nasceram dia 28 de julho. Ahh, e eles ainda estão com 7 anos :)

Beijo, Ari ;)



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Castle: Preparada?

Kate: Eu estou sempre preparada.

Castle: Tem certeza?

Kate lançou um olhar intimidador para Castle.

Castle: Ok. Três. Dois. Um.

Kate: Já!

Kate e Castle saíram correndo ao mesmo tempo pela extensa pista de cooper de um dos parques da cidade mais movimentada do mundo. NY abrigava muitos povos e costumes, mas correr às onze da noite de uma sexta-feira nublada talvez fosse um hábito pertencente só aos Castles mesmo.

Kate corria com um sorriso nos lábios. Ela estava na frente, ganhando. Ela sempre ganhava. Aliás, não entendia porque Castle insistia em querer disputar com ela. O que antes era apenas uma corrida de casal se transformou numa disputa acirrada entre dois atletas. Ou quase isso. Afinal, Castle sempre ficava para trás. Ou... quase sempre.

Foi numa das curvas da pista que Kate sentiu um vulto passando por si. Seus olhos acompanharam abismados Castle a ultrapassando. Ok, talvez ele estivesse mesmo melhorando com o tempo, pensou. Mas ainda não era páreo para ela. Não tinha como ser. Para eles, não havia treino. O casal corria apenas ocasionalmente, quando sobrava um tempo na agenda – geralmente às sextas-feiras, que era quando Johanna e Alexander dormiam na casa de algum dos avós.

Enquanto tentava entender, Castle ganhava distância. Mais e mais. Kate então apertou o passo e se aproximou.

Kate: Parece que alguém andou treinando...

Castle: É... e aparentemente não foi você!

A encarada de Castle fez o sangue de Kate ferver. A capitã correu mais rápido ainda e ultrapassou o marido, sorrindo e provocando quando passou a seu lado.

Kate: Eu não preciso treinar – agora ela corria de costas e olhando para ele, que parecia estar cansando e diminuindo o ritmo – 20 anos, Castle. 20 anos correndo pelas ruas dessa cidade.

Castle: Não devia ter parado.

Kate: Como?

Castle realmente estava mais devagar, o que faz Kate diminuir o ritmo também.

Castle: Eu disse que você não devia ter parado.

Kate: Você está insinuando que eu perdi a forma depois que virei capitã?

Castle: Não – ele se aproximou um pouco mais – Eu só disse que você não devia ter parado.

Antes que Kate pudesse responder, Castle passou rapidamente por ela. A capitã bufou de raiva e voltou a correr novamente, a passos largos e precisos.

Uma volta. Duas voltas. Três voltas.

Kate se esforçava, mas Castle parecia cada vez mais longe. Aquilo não era possível!

Na última volta, Castle parou e esperou que Kate se aproximasse. Quando ela estava chegando, ele caminhou até o que eles haviam definido que seria a linha de chegada. O sorriso que se fez em seus lábios encontrou uma Kate furiosa. Ela não sabia se o xingava ou se pulava em seu pescoço. Fez apenas o que conseguiu: parou e respirou.

Castle: Boa tentativa, capitã.

Kate: O que está acontecendo aqui? – Kate conseguiu dizer depois de um longo gole de água.

Castle: Você já disse. Parece que alguém andou treinando. E sim, fui eu.

Os dois se encararam mutuamente.

Kate: Impossível. Você não tem tempo para isso.

Castle: Eu discordo. E tenho testemunhas.

Kate estava curiosa. Chegou mais perto ainda, agora sem o instinto de querer matá-lo. Pelo menos não antes dele se explicar.

Castle: Eu tenho treinado quando trago as crianças no parque.

Kate: Você o que? – o tom de voz de Kate ficou absurdamente alto – Você deixa as crianças sozinhas nos brinquedos para correr?

Castle: Ei, eu não disse isso! – Castle tomou a água das mãos dela. Ele estava incrivelmente calmo. – Eu corro em volta do parquinho.

Kate: Que? – Kate não conteve a risada – Você está brincando né?

Castle: Não.

Kate: Quer dizer que você fica correndo em círculos em volta do playground?

Castle: Sim.

Kate: Isso é tão ridículo! – Kate riu mais alto ainda.

Castle: Ridículo é o número de mães solteiras e carentes que me olham enquanto eu faço isso.

O riso de Kate cessou e ela destinou seu olhar mais mortal a Castle. Num ímpeto enfiou a mão em seu bolso, arrancando a chave do carro. Saiu, então, a passos firmes.

Castle não pôde deixar de rir, enquanto ia atrás dela. Apertou o passo quando viu que Kate não estava para brincadeira. Ao mesmo tempo em que ela entrou de um lado do carro, ele entrou do outro. Ia dizer algo, mas Kate arrancou com tanta pressa que achou prudente se calar. A vida dele estava em risco agora.

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Castle: Você sabe que eu estava brincando, não sabe?

Quando a porta do elevador se fechou e Kate não teria como fugir, Castle resolveu arriscar uma conversa.

Kate: Não estou falando com você.

Castle: Pensei que você ficaria feliz em saber que estou me esforçando.

Kate se limitou apenas a olhá-lo. Um minuto de silêncio depois a porta do elevador se abriu.

Castle: Foi você mesma que disse que eu tinha que melhorar meu desempenho! – agora os dois andavam pelo corredor.

Kate: Melhorar seu desempenho, não se exibir para mulheres no parque.

Castle: Essa parte eu disse só para te fazer um ciuminho – ele sorriu provocativo.

Kate: Não teve graça.

Os dois entraram em casa e fecharam a porta.

Castle: Nem tem muita mãe solteira lá! Na verdade a maioria das crianças são levadas pelas babás. Elas são novinhas e... – Castle parou de falar quando Kate o prensou contra a parede.

Kate: Você fica batendo papo com as babás?

Castle: Nã... não amor. Claro que não.

Kate: RICHARD CASTLE?

Castle: Uma palavrinha ou outra às vezes, nada demais.

Kate bufou e entrou no banheiro. Contra todas as expectativas dele, ela bateu a porta em sua cara.

Castle saiu então pela casa, em direção a outro banheiro, refletindo que ganhar não era tão legal quando ele pensava. Afinal, mais valia o banho junto da derrota do que a solidão da vitória.

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Castle já estava na cama quando Kate saiu com um robe branco. Ela lhe lançou um olhar e empinou o queixo.

Castle: Você sabe que só me provoca fazendo isso, não sabe?

Kate: Eu ainda não estou falando com você.

Castle: Me diz uma coisa amor, você está brava por ciúme ou por que eu ganhei?

Kate ia revidar, mas ele a interpelou.

Castle: E não me diga que não é uma pergunta justa.

Kate se aproximou e parou próxima à cama.

Kate: Ok. Eu não estou brava porque você ganhou. Eu só estou... surpresa.

Castle: Eu achei que você fosse gostar.

Kate: Me provocando daquele jeito?

Castle: Você sabe que eu gosto. – ele a pegou de surpresa, puxando as pontas do laço do robe e a trazendo para perto de si. Kate se ajoelhou na cama – Posso desfazer esse seu bico?

Kate: Não.

Castle se elevou, alcançando os lábios dela mesmo assim.

Kate: Eu disse “não”.

Castle: E desde quando eu te obedeço? – ele agora estava entre os lábios dela.

Kate: Péssima coisa para se dizer antes de uma viagem.

Castle: Ops. – ele fez uma carinha culpada, mas Kate não riu. Ele, que agora também estava de joelhos, envolveu os braços em sua cintura, levantando seus cabelos e deixando o pescoço exposto para seus beijos – Eu vou sentir tanto a sua falta... – os beijos aumentaram de intensidade, e foram subindo por todo o rosto dela – Tanto...

Kate: Rick... – Kate suspirou, quando sentiu que as mãos dele subiam por sua coxa.

Castle: O que? – ele parou os beijos, e os olhares se encontraram. Os olhos verdes nos olhos azuis. Ou seriam os olhos azuis nos olhos verdes? Impossível dizer. As duas cores se misturavam, e agora se escureciam de desejo.

Kate não disse nada. Apenas desfez o laço do robe, deixando o corpo nu exposto. Era um convite a ele.

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Kate: Eu ainda estou brava.

Castle: Eu sei. Gosto assim. – Castle riu, mas soltou um “ai” com o beliscão que levou – Babe, você sabe que eu só tenho olhos para você.

Kate: Eu sei. – a voz saiu abafada. Castle estava sentado na cama, encostado na cabeceira, enquanto Kate, encolhida em seu colo, tentava de todas as formas que entre seus corpos não sobrasse um mínimo espaço sequer. Os dois corpos nus, totalmente abraçados, trocando calor.

No silêncio do quarto, só se ouviam as respirações dos dois. Mas eles, interligados, sentiam o coração do outro, como se batesse em seu próprio peito.

Kate: Eu fiquei feliz.

Castle: Com o que?

Kate: Com você ter ganhado de mim.

Castle: Sério?

Kate: Aham.

Castle: Por que?

Kate: Porque eu te quero saudável, bem disposto. Digamos que... – Kate se moveu, levantando a cabeça para que os olhares se encontrassem – ... eu tenho meus motivos – ela mordeu os lábios, arrancando um olhar sem- vergonha dele.

Castle: Devo dizer que são motivos bem justos.

Kate: Ahh são! – os dois sorriram, mas logo ficaram sérios de novo. Não era o “sério” de briga, nem de preocupação, nem de culpa. Era o sério de “nós vamos nos separar por um tempo, e não há nada pior do que isso”.

Castle: Me desculpa.

Kate: Castle, você não tem que se desculpar. É o seu trabalho, o reconhecimento dele, e eu me orgulho muito disso.

Castle: É só que... é tão difícil...

Kate: Sim, é... – Kate repousou sua cabeça no ombro dele – eu também odeio ficar longe de você.

Castle: Você podia ir comigo...

Kate: Babe, nós já conversamos sobre isso.

Castle: Eu sei...

Kate podia imaginar o bico que Castle fez quando disse a frase. Ela continuava deitada em seu ombro.

Kate: Você sabe que eu gostaria, mas não posso deixar a delegacia agora.

Castle: Você nunca pode.

Kate levantou os olhos para ele.

Kate: Você sabia que seria assim, como eu sabia das suas viagens.

Castle: Só que dessa vez são 3 semanas...

Kate: O que são 3 semanas perto de toda a vida juntos? – Kate enlaçou os braços em volta do pescoço dele.

Castle: Eu estou achando que você não vai sentir minha falta... – Castle dramatizou.

Kate: É, com certeza não vou. Nem um pouquinho.

Castle: Você me magoa.

Castle fez um bico, que Kate rapidamente desmanchou com um beijo demorado.

Kate: E você ainda tem coragem de dizer que eu não vou sentir falta... – Kate soltou os lábios dele devagar.

Castle: Eu te amo... – Castle agarrou os lábios dela de novo, agora com força. Os corpos foram se movendo juntos, ele sobre ela, caindo lentamente nos lençóis macios. Entre beijos desesperados, o telefone tocou. Kate tentou sair debaixo dele, esticando o braço.

Castle: Não.

Kate: Cas...

Castle: Não, Kate... é a nossa despedida!

Kate: Castle... eu acho melhor...

Castle: Não, não e não.

Kate: Vai cair na secretária...

Castle: Deixa cair...

Castle prendeu os lábios de Kate nos seus novamente, até que se ouviu um “bipe” no telefone residencial que ficava no quarto.

“Eu não quero deixar um recado, eu quero falar com a mamãe!” – a voz de Alexander ressoou no quarto. Castle se ergueu e encarou Kate, que mordeu os lábios.

Castle: Você sabia que eram eles, não sabia?

Kate: Eu pedi para eles ligarem antes de dormir.

Castle: É incrível como eles conseguem interromper mesmo estando longe!

Castle pegou o telefone e atendeu.

Castle: Fala, filhote.

Alex: Papai, quem é que atendeu o telefone?

Castle: É... eu posso explicar depois?

Alex: Você sabe que a mamãe vai ficar com ciúme, não sabe?

Castle: É só uma gravação, filhote. A mamãe está aqui comigo.

Alex: Ufa!

Jo: Eu quero falar!

Alex: Eu não acabei!

Jo: Vovó, o Alex não me dá o telefone!

Kate e Castle trocaram um olhar. A voz de Martha apareceu ao fundo “Bendito seja aquele que inventou o viva voz!”. O botão foi apertado e agora se ouvia a voz das duas crianças ao mesmo tempo.

Kate: Pronto, podem falar.

Jo: Mamãe, eu comi todo o macarrão que a vovó fez!

Kate: É mesmo minha princesa? Parabéns!

Alex: E eu também!

Jo: Você sempre come tudo!

Alex: Por isso eu sou mais forte!

Jo: Não é não!

Alex: Sou sim!

Castle: Vocês dois são fortes e ganham de mim na queda de braço, lembram?

As crianças riram vitoriosas.

Jo: Vocês estão com saudade da gente?

Kate: Muita, princesa!

Castle: Morrendo de saudade!

Jo: Nós podemos voltar e dormir aí....

Castle: Não! – a espontaneidade de Castle fez Kate dar-lhe um beliscão.

Kate: Princesa, se vocês vierem, a vovó Martha e o vovô Jack ficarão tristes.

Jo: É verdade...

Alex: Mas o papai não vai embora agora não, né?

Castle: Não filhote, pode ficar tranquilo que é só amanhã.

Kate: E vocês vão comigo levá-lo ao aeroporto, lembram?

Alex: Eu adoro o aeroporto!

Jo: Eu também!

Kate: Agora é hora de dormir, já está muito tarde. – Kate olhou para o relógio, que marcava quase 1h.

Alex: Já é de madrugada! – havia muita empolgação na voz de Alexander – é hora que os vampiros atacam!

Jo: Papai! Eu não quero ser atacada por um vampiro e virar uma vampira!

Alex: Quem disse que o vampiro ia querer te morder?

Jo: Papai! Por que o vampiro não ia querer me morder?

Castle: To vendo que hoje não rola mais nenhuma despedida...

Jo: Que despedida?

Kate: Meus amores, vampiros não existem, isso é invenção do papai. Podem dormir tranquilinhos. Amanhã vocês voltam para casa e nós vamos levar o papai ao aeroporto, ok?

Jo: Ok.

Alex: Ok mamãe.

Kate: Eu e o papai amamos muito vocês!

Jo: Nós também, mamãe.

Alex: Boa noite, mamãe, boa noite, papai.

Castle: Boa noite, filhotes.

Kate: Obedeçam a vovó, heim? Tchau.

Kate desligou com um sorriso nos lábios.

Castle: Que coisa feia Kate, mentindo para os filhos.

Kate: Quando eu menti?

Castle: Quando disse que vampiros não existem.

Kate o encarou. Ele veio deslizando pela cama em sua direção.

Castle: Tem um bem aqui querendo te sugar inteira...

Kate: Castle, para que isso é muito brega!

Castle: Quero ver você dizer isso quando estiver sem forças nos meus braços. – ele parou à sua frente, encarando seu corpo nu. Kate sentiu um arrepio.

Kate: Eu não vou dizer...

Castle: Ah vai... – ele começou um caminho de beijos pela barriga e foi subindo.

Kate: Não vou...

Castle: Ah você vai!

Kate: Não vou não... – as palavras dela saíram roucas, ao sentir os dentes de Castle roçando em seus seios.

Castle: Vamos Kate... admita que eu sugo sua energia...

Kate: Não! Aaai! – Kate sentiu a mordida no pescoço – Seu, seu...

Castle a encarou com os olhos cheios de desejo. Seu corpo todo enrijecido agora a prensava contra a cabeceira da cama.

Castle: O que eu sou?

Kate sentiu seu corpo latejando, pedindo por ele. As palavras saíram suplicantes.

Kate: Meu vampiro forte e gostoso... Vem, vem me sugar...

Os dentes de Castle, visíveis no sorriso, foram certeiros no pescoço de sua vítima. Beijou, mordeu, sugou. A brincadeira durou horas, e as marcas vermelhas foram surgindo. Kate não se importou, ele poderia fazer o que quisesse. E Castle... Bem, ele sabia exatamente o que estava fazendo. De forma alguma que ele iria viajar sem antes marcar o que era seu.


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Notas finais do capítulo

Já estava com saudade de vocês!