The New Age escrita por FairyTales


Capítulo 8
Adeus.


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo que promete ser otimo :D



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Otávio estava de cara de cara com a fera. O leão não pensou duas vezes antes de saltar para cima do príncipe, porém Otávio foi mais rápido e desviou do ataque, os dois voltaram a se encarar e novamente o mascote de Natália partiu para cima, contudo dessa vez com êxito com uma patada o monstro retirou o capacete do filho de Talorc. A fera começou a deferir mordidas em direção ao rosto de Otávio, que se defendia usando seu escudo, mas a mordida do leão era tão forte que acabou partindo escudo em duas partes. A besta continuou seus ataques em direção a face, dessa vez Otávio teve que se defender com o braço, ele observou que a armadura do animal era muito rígida e o único onde não tinha nada era sua boca, o príncipe pensou bem e com um golpe rápido de espada, ele atingiu a cabeça do bicho que ficou atordoado e cessou por um instante os ataques, nesse momento Otávio pegou sua espada e quando a fera conseguiu se recompor e voltou a atacar o príncipe, que num rápido movimento impôs sua lâmina atravessando o palato do animal e saindo pela sua cabeça. A fera recuou, deu um último rugido e virou cinzas. Assim que a fera morreu o labirinto se desfez, Otávio se viu na mesma sala escura que Natália o aprisionara. Ele deu alguns passos e foi ao exato local onde o leão havia sumido, agora naquele lugar existia um pequeno colar com uma pata de leão como pingente, Otávio não entendeu muito bem, mas pegou e colocou em seu pescoço.

Enquanto isso a batalha entre Hélase e Talorc, não estava nada favorável ao rei. Ele estava esgotado, cheio de feridas e sujo. A bruxa abaixou, se transformou em um lobo e correu na direção do homem, que recebeu uma mordida em seu braço, a maga negra recuou e voltou a forma normal.

Acha mesmo que é pálio para mim?– Ela riu em tom de deboche - Você não possui a magia branca necessária para me matar.

O rei olhou para Tânia que ainda estava aprisionada, ela entendeu na hora que "não dava mais para ele lutar", a bela camponesa abaixou o rosto com um olhar triste.

Oh que meigo! Sinto muito em acabar com esse momento entre sogro e nora– Ela falou debochadamente - É bem simples Talorc, desista e eu deixo vocês dois viverem como meus eternos servos, no meu novo reino!

Talorc continuava focado olhando para Tânia, ficou algum tempo assim até que Hélase ficou sem paciência e virou um gigante.

Acabou seu tempo de pensar!

Ela chutou e o rei bateu em uma árvore. Talorc não conseguia levantar, estava cuspindo sangue e com algumas costelas quebradas.

Renda-se logo Talorc - Hélase riu - Você sabe que não é capaz de me matar HAHAHAHA...!

O rei não conseguia se levantar ou pronunciar uma palavra se quer, ele se virou para Tânia mexeu os lábios, não saiu som algum, Tânia começou a chorar mas concordou com a cabeça. Hélase virou uma guerreira amazona e possuía uma lança que soltava raios.

Adeus Talorc! - Hélase enterrou a lança no peito do rei.

Tânia virou a cara, não aguentava ver aquela cena, começou a chorar. O círculo roxo foi desfeito, ela correu chegou perto do rei e deitou sua cabeça sobre o peito dele.

Não tem mais volta Tânia - Hélase fingiu estar com pena - Somos só eu e você querida, então vai vir comigo e obedecer a sua nova rainha ou vai ter o mesmo destino desse patético homem?

– Não... - Tânia sussurrou.

O que? eu não ouvi - Hélase chegou perto da camponesa.

Eu não vou lutar, pode me levar com você - Tânia esticou as mãos para fazer um acordo com Hélase.

A bruxa sem pensar duas vezes apertou a mão de Tânia. A plebeia sacou seu arco e apontou para a bruxa.

Acha mesmo que pode me derrotar? - Hélase riu.

30 – Tânia disse a ela.

Agora além de insana em me enfrentar, ficou louca foi? falando números aleatórios?

– 29 - Tânia puxou a flecha contra seu peito.

Deseja me enfrentar? - a bruxa sorriu - Terei o prazer de matar você!

Hélase tentou se transformar, porém nada aconteceu, ela ficou sem entender o que havia acontecido, fez o gesto de transformação novamente e nada voltou a acontecer. Tânia soltou a primeira flecha em direção a coxa direita da bruxa, acertou em cheio. A plebeia pegou outra flecha, colocou em seu arco, seus olhos lacrimejaram "por Talorc" pensou e, dessa vez, acertou a coxa esquerda. Hélase estava agora de joelhos.

O que você fez com meus poderes sua imunda!? - Hélase disse assustada.

15 ... - Tânia tirou sua faca de dentro da bota - Aprenda uma coisa, nunca aperte a mão de alguém sem olhar antes o que tem nela.

Hélase arregalou os olhos e olhou sua mão direita, um dado de cor branco e dourado estava enterrado em sua palma.

Zelani! - a bruxa gritou - então ela ajudou a vocês, aquela fadinha ainda me paga!

– De onde você a conhece? – Tânia ficara confusa.

– Um dia você saberá minha cara, o porque de você estar viva e seus pais não... - antes que a bruxa terminasse a frase, Tânia indagou.

– Hélase! o que você sabe sobre meus pais? – Tânia estava confusa.

– Own minha querida – Hélase ainda de joelhos – A fadinha não te contou nada? você nem ao menos lembra por quem foi criada?

– Eu vivi sozinha nunca precisei de ninguém para sobreviver! – Tânia começava a lacrimejar, afinal ela nunca gostou de fato de ter ficado sozinha.

– Então foi essa memória que ela impôs na sua cabeça? – Hélase gargalhou.

– Ela quem!? – a camponesa estava furiosa.

– Deixa de ser burra – a bruxa continuava rindo - Você sabe tanto de magia quanto eu, então me responda, Somente quem tem a capacidade de alterar a memória de outro ser?

– Aquele no qual deu a vida a este ser – Tânia começara a chorar - minha mãe está viva!?

Antes que a bruxa conseguisse pronunciar a próxima frase, a voz dela simplesmente sumiu, ela nao conseguira mais falar uma palavra se quer. Tânia não entendera o porque da bruxa ficar sem a fala, mas pensou que se não matasse Hélase o que fez ela emudecer, poderia ser bem pior e mais mortal. Aos prantos, ela se aproximou da bruxa e fez um corte no rosto da mesma, pegou seu sangue com o frasco que Zelani deu a ela e sacudiu a poção misturando os dois líquidos.

Acho que deve dar - Tânia pegou mais uma flecha, se afastou da bruxa. - Hélase, chegou a sua hora, chegou a hora de pagar tudo o que você fez em terra, morra bruxa pelas minhas mãos!

Tânia lançou a flecha que acertou a garganta de Hélase arremessando ela para trás e fincando numa árvore. Ela foi até a bruxa retirou as flechas, limpou-as num lenço e guardou em seu aljave. A camponesa pegou o corpo do rei, botou em seu cavalo e o levou para um lugar perto do rio, ela colocou ele no chão, pegou flores em locais próximos, cortou madeira, fez um suporte para colocar o corpo do rei, pediu para que Zelani o guiasse para sua próxima vida, Tânia não podia acreditar que estava chorando pelo homem que matou seu pai, o homem que ela sempre odiou, desejou morto e agora mesmo depois de seu desejo se realizar, ela estava inconformada com aquilo, não podia aceitar que alguém morresse daquela forma. Ela colocou o rei sobre aquele monte de madeira amarrada, botou flores em volta dele e empurrou a pequena balsa, ficando em silêncio vendo o corpo do rei ir mar à dentro.

Eterno companheiro eu sempre me lembrarei de você - Tânia não podia controlar suas lágrimas - Eu vingarei sua morte, salvarei seu filho e cumprirei seu desejo de não deixar o reino sem um rei.

Tânia secou as lágrimas, deu as costas, montou em seu cavalo quando estava indo embora, parou, olhou para trás e disse com a voz calma e triste.

Adeus Talorc, meu eterno amigo...


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Notas finais do capítulo

Também estou chorando. T.T Porque cara?