The New Age escrita por FairyTales


Capítulo 6
Roubando o amor.


Notas iniciais do capítulo

Mais um Capítulo de The New Age para vocês garanto que não vão se arrepender.



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Otávio ouviu a porta abrir, a luz invadiu o quarto escuro e ele avistou Natália, ela estava vestida com um vestido vermelho que ia até o pé, cheio de cristais nele.

– Otávio meu querido – Ela sorriu - Eu lhe trouxe algo para matar a sede.

Ela entregou a ele um pequeno frasco com um líquido azul. Otávio sem pensar duas vezes arremessou o vidro para longe, que se estilhaçou derramando todo o seu conteúdo. Natália fechou a cara, como se fosse arrancar a cabeça do príncipe com os dentes.

– Já que você é tão mal educado– Ela fez um gesto simples com as mãos e quando Otávio se virou deu de cara com um leão, mas não era um leão comum, ele devia ter mais de cinco metros e sua pele estava revestida com armadura pesada - Não o mate meu pequeno mascote, Divirta-se!

A fera se lançou para cima de Otávio dando nele patadas e tentando morder sua face. Natália fez um sinal com as mãos e o mascote parou.

– Vamos nos divertir mais ainda!

Em seguida estalou os dedos, o chão começou a tremer, pedras e muros começaram a sair dele se reerguendo, a sala agora era um labirinto enorme e largo, ela botou o leão de um lado e Otávio do outro que agora tinha escudo e espada. Ela sussurrou no ouvido de seu pet:

Hora da caçada!– Ela sorriu.

A fera rugiu e saiu em disparada, enquanto a bruxa se teleportava para a sala do trono, sentou-se no trono e pediu a um guarda para chamar alguém, o soldado fez que sim com a cabeça e saiu. Alguns minutos depois entra um cavaleiro com a armadura branca e dourada, tinha uma espada enorme presa as costas e não havia escudo em local nenhum.

Lord Blank– Natália sorriu, levantou do trono e se curvou - É uma honra tê-lo novamente em meu castelo, preciso da sua ajuda de novo meu caro.

– E que ajuda seria essa majestade?– O cavaleiro agora estava de joelho perante a princesa.

– Bom, o principezinho quebrou uma poção bastante importante– Ela fez aparecer um papel em sua mão – Aqui estão alguns ingredientes que eu preciso para fazer outra, acha que consegue para mim?

– Claro.

Ela entregou a lista ao Lord, que levantou e saiu logo em seguida.

Assim que amanheceu Tânia levantou, ficou alguns minutos olhando a janela e pensava em um plano para salvar Otávio, um guarda entra e avisa que o rei a aguardava na mesa do café. Tânia se aprontou e saiu, quando estava quase chegando a mesa reparou que havia uma mulher conversando com Talorc, ela reconheceria aquela voz em qualquer lugar que fosse. Correu para ver quem era e teve a certeza.

O que essa mulher está fazendo aqui!? – Tânia cerrou o punho - Talorc, eu te falei que foi ela quem sequestrou Otávio!! Prendam esta mulher agora!

Relaxe minha cara Tânia– Ele fez sinal com a mão para que ela sentasse, mas ela continuo em pé - Natália só veio aqui para mostrar sua tristeza pelo sumiço do príncipe.

– Viu Talorc – Natália fingindo um choro - Essa camponesa só me acusa, quem sabe não foi ela que sumiu com Otávio e está tentando jogar a atenção para mim.

Ah, mas é muita falsidade para uma pessoa só – Tânia não pensou duas vezes e acusou a princesa de novo - Talorc tem que confiar em mim, foi ela!

Tânia, tenha mais educação! Natália é nossa convidada, exijo um pouco de respeito! – O rei fez um sinal para que ela parasse de falar - Não vê que a princesa está mal com tudo isso também?– Talorc consolava Natália que continuava chorando.

Mas Talorc ...

Mas Nada! – Ele a interrompeu - Natália diga a ela que você não fez nada com meu filho!

Tânia eu juro que eu nunca machucaria um fio de cabelo do meu amado noivo, eu o amo! – Ela levantou da cadeira e foi até a plebeia - Sei que tivemos nossas desavenças, mas pode confiar em mim.

Natália abraçou Tânia que em seguida empurrou a bruxa para longe e saiu da sala. Talorc carregou Natália para fora dali e Tânia foi para seu quarto, ela queria arrebentar a cara da bruxa. Sabia que Natália estivera mentindo, se jogou na cama e ficou pensando na cena de humilhação que passara. Algumas horas mais tarde, alguém bate a porta do quarto, ela levanta e abre.

Talorc? – Ela estava com a expressão de tédio - Olha se veio aqui me dar outro sermão de como eu não sou confiável, volte outra hora por favor, não estou com paciência.

Oh minha querida, mas eu confio em você– Ele sorriu.

Tânia pareceu assutada e confusa. Talorc tirou um frasco de dentro do bolso e mostrou a ela que na mesma hora sorriu.

– Claro! como sou burra– Tânia sorriu admirada pela esperteza do rei e o deu um abraço - A poção da verdade! O que vossa Majestade descobriu?

Me chame de você, somos amigos agora– ele parecia feliz - Descobri que meu filho, de fato, está com a Natália, precisamos de um plano e rápido.

Bom, de uma coisa sabemos não da para ganhar de magia negra sem magia branca– Tânia sabia onde deveria ir - Eu já sei onde conseguimos uma ajuda.

Mas magos brancos não nascem a milênios e os que estavam vivos morreram - O rei estava confuso - Onde nós iremos conseguir tal feito?

Uma antiga lenda dizia que no meio da floresta, onde a luz da lua brilha mais forte, você poderia chamar a rainha das fadas e se você estivesse realmente necessitado, ela o ajudaria.


Você acredita em lendas?– Talorc disse rindo da cara dela - Acha mesmo que elas são reais?


Só tem um jeito de descobrirmos– Ela tinha um olhar corajoso e destemido - Partiremos amanhã cedo.

– Está mesmo determinada em salvar meu filho.

– Você não imagina o quanto– Ela parecia ter raiva agora - Se prepare.

Talorc abraçou a plebeia e se retirou do quarto. Tânia botou um pijama que o rei lhe dera e se deitou, ficou pensando no quanto seria legal ver Natália derrotada aos seus pés, pensara também que nunca se imaginou ajudando a realeza, muito menos ficando amiga do rei. Assim que amanheceu Talorc deu um pulo da cama animado, havia muito tempo que não se aventurava, botou sua armadura e saiu do castelo. Tânia estava no estábulo arrumando os cavalos, o rei chegou alguns minutos depois.

– Bom dia Talorc!– Ela sorriu, era incrível como era bela mesmo tendo acabado de acordar - Está pronto para partir?

– Bom dia Tânia– Ele parecia bem animado - Mais do que nunca!

Os dois subiram em seus respectivos cavalos e partiram em direção a floresta, cavalgaram muito tempo até pararem próximos a um riacho para dar uma pausa e alimentar seus animais.

– Quanto tempo acha que ainda falta?– Talorc estava ofegante.

– Pelos meus conhecimentos sobre essa floresta mais uns vinte minutos e chegamos lá– Ela tomou a água do riacho.

– Pelo menos falta pouco – Talorc se abaixou, olhou para dentro do rio, lavou o rosto e viu uma mulher piscando para ele - Você viu isso?

– Vi o que ? – Tânia ficou confusa.

– Uma mulher! – O rei estava assustado - Tinha uma mulher dentro do rio, temos que ajuda-la!

Como aquela ali!? acho que ela não precisa de ajuda– Tânia apontou surpresa para a garota em pé sobre a água do rio, ela era morena, tinha olhos azuis, sua beleza era divina, vestia um sutiã de conchas e uma saia de tiras de folhas tropicais até os pés.

A linda mulher começou a cantar, sua voz era como se tivessem esfaqueando os tímpanos de Tânia, mas para Talorc parecia que ele havia encontrado o amor de sua vida, novamente, ele rapidamente se levantou e começou a andar em direção ao lago

.

– Talorc!!– Tânia segurou o braço dele - Aonde pensa que está indo!?

O rei pareceu não dar a mínima importância para o que Tânia dizia e seguiu em frente, assim que Talorc botou o pé sobre a água não afundou, ele simplesmente andava como se fosse chão. Tânia correu, pegou seu arco, mirou na cabeça da mulher e disparou, uma barreira de água subiu e impediu a flecha de continuar. Enquanto isso Talorc continuava andando.

– Talorc acorde! – Ela grito mas foi em vão, o rei continuava seu caminho - Não podemos morrer agora, saia daí!

Era inútil nada faria o rei despertar, Tânia se jogou na água, ela passou por de baixo da barreira e subiu para a superfície.

– Talorc eu preciso de você– Ela gritava - O reino precisa de você, Otávio precisa de você!

Assim que terminou a frase, a mulher sobre a água mexeu as mãos e algumas algas puxaram Tânia para baixo, afundando-a. Talorc estava cara a cara com a mulher morena, que parou de cantar e o beijou, uma aura rosa começou a ser extraída do corpo do rei, passando para a linda mulher diabólica, antes que pudesse terminar de sugar toda aquela aura, uma flecha passou e raspou em seu braço que afundou junto com Talorc. Tânia conseguiu se soltar das algas com uma faca que guardava em sua bota, pegou o corpo do rei e o levou para fora do rio, a mulher saiu e lançou um jato contra Tânia, que foi arremessada para uma árvore. A cantoria começou novamente, Talorc despertou e voltou a segui-la. Tânia se levantou e mesmo com dor apontou seu arco na direção da mulher.

– Desencante ele agora! – Ela estava molhada porém firme.

– Minha cara, acha mesmo que pode me atingir?– A voz dela era doce e suave - Com esse muro de água ninguém me machucará.

Assim que a mulher terminou a frase, Tânia teve uma lembrança de sua infância, lembrou quando pai havia lhe contado a história de uma mulher morena, bem bonita, que morava em um rio, na história ela cantava para os homens, roubava seu amor e os afogava, o conto dizia que a sua única fraqueza era se uma mulher pura com o coração cheio de amor, sujasse sua arma na terra à beira do rio e ferisse a mulher, na qual segundo a lenda se tratava de uma náiade. Tânia tinha que tentar, caso contrário o rei morreria, ela sujou a sua flecha no barro e atirou, porém não ultrapassou a barreira, ela tentou uma segunda vez e falhou novamente, na terceira vez ela parou, respirou, pensou em Otávio, pensou que se não conseguisse acertar, o príncipe perderia a vida. Tânia fechou os olhos, seu arco agora brilhava, então ela tomou coragem e atirou, a flecha quebrou o muro e acertou o peito da náiade que caiu lentamente, todo o amor de Talorc voltara a seu corpo, ele foi levado pela maré até a beira. Tânia fez respiração boca a boca e o rei despertou.

Você... Você salvou minha vida, novamente – O rei sorriu, mas ainda tentava recuperar o ar.

Não foi nada demais– Tânia estava cansada - Apenas fiz o que era correto.

Os dois se sentaram num tronco que havia perto dos cavalos, estavam exaustos.

O que foi que houve? - O rei falou entre respirações.

Uma náiade foi o que houve - Tânia também estava ofegante - Ela encanta apenas os homens para mata-los.

– E você sabe porque apenas homens?

– Dizem por aí que ela teve toda sua família morta por mãos humanas de homens.

Tânia respirou fundou, se levantou e ofereceu a mão ao rei que aceitou e se levantou.

– Vamos!– Ela montou no cavalo - Temos muito o que fazer.

Os dois cavalgaram por mais alguns minutos até chegarem ao seu destino, o lugar era bonito, a luz da lua realmente era mais forte ali. Tânia ficou admirando o lindo lugar onde estava, Talorc estava feliz em estar vivo.

– Tânia?– Ele cutucou a plebeia - O que temos que fazer agora?

– Bom segundo a lenda, é só chamar a rainha das fadas em cima daquela pedra ali - Ela apontou para uma pedra redonda com um símbolo antigo no meio - e se você realmente estiver necessitado, ela aparecerá para te ajudar.

Talorc subiu na rocha e gritou:

Rainha, nós precisamos de você! - Nada aconteceu, porém ele não desistiu - Por favor, eu preciso salvar o meu filho!

Novamente nada aconteceu, Talorc sentou na pedra.

Parece que nem todas as lendas são reais – Ele parecia querer chorar - Eu só queria salvar o meu filho, ele é a única coisa que me restou – O rei começou a lacrimejar - Otávio e a única coisa que eu realmente amo, não posso perder meu filho...

Tânia sentou do lado do rei, o abraçou, ela não podia negar, também se sentia triste.

Olha Talorc, eu prometo, vamos achar um outro meio de conseguir magia branca necessária para derrotar Natália, confie em mim.

O rei continuara isolado, chorando, calado, não queria aceitar que seu filho iria morrer, ele teria que fazer algo. Tânia ouve passos de alguém correndo na direção deles, ela rapidamente levantou e mirou seu arco, quando uma jovem garota saiu do mato e atrás dela um lobo, Tânia deu um passo pro lado e acertou a fera que apagou na mesma hora.

– Muito Obrigada! – A garota estava suja, cansada, fedendo e com fome - Muito obrigada mesmo, eu serei eternamente grata a você!

– Não precisa agradecer– Tânia guardou o arco - Venha vou te servir um pouco de água e comida que ainda temos.

Talorc continuava sentado em cima da rocha, ele chorava. Tânia botou a garota sentada do lado do rei, deu seu cantil a ela e um pedaço de pão, a garota comeu como se fosse seu único alimento em dias.

– Obrigada, Tânia! – A garota sorriu alegremente.

– Peraí... – Tânia mirou seu arco em direção a garota - Eu nunca lhe falei meu nome, Quem é você!?

A jovem sorriu, uma luz branca e dourada muito forte emanou do corpo da garota, quando a luz sessou, a garota era uma mulher ruiva com o cabelo curto, ela tinha asas, sua roupa era amarela dourado e na sua mão uma varinha onde no cabo estava escrito "PAZ".

Eu sou Zelani – Ela se curvou e sorriu - A rainha das fadas e vocês passaram no teste!


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Notas finais do capítulo

E ai, eu continuo?