—Então ela pode ser minha dama de companhia?

Parecia que a frase ficou suspensa no ar, pois ninguém falou mais nada. Lucy estava com os olhos cheio de lágrimas. Ela não imaginava que eu pediria Sílvia para ela se tornar a minha Dama de Companhia e ,quem sabe, no futuro ser como Sílvia. Eu queria poder ajudar todas as minhas criadas. O sorriso de Sílvia se apagou e eu acho que já sabia o porquê.

— America, eu não tenho autoridade para isso. — Falou Sílvia com um sorriso para nos consolar. — Só a rainha pode fazer isso. Eu posso, no máximo, marcar um horário com ela. Infelizmente, esse é o máximo que posso fazer por vocês.

Ela terminou e se levantou graciosamente.Caminhou até a porta fazendo Lucy se levantar e abri- la para Sílvia.

— Obrigado, Sílvia! — Murmurei sorrindo para ela, que sorriu para mim como resposta.

Assim que Lucy fechou a porta, esperei pelo menos uns dois minutos para comemorar como uma louca no meio do quarto, Lucy também me acompanhou na comemoração e ficamos rindo como duas loucas.

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Depois de um tempo, Lucy decidiu vestir seu uniforme novamente, eu disse que não me importava com os vestidos, mas ela rebateu que não se sentia confortável com isso no momento. Então começamos a conversar e cheguei a conclusão que não era bom contar para ninguém o que havíamos conversado com Sílvia.. No fundo, sentia que estava fazendo a coisa certa.

Mary e Anne só chegaram quando estava perto de me arrumar para o jantar. Resolvi ficar com a mesma roupa de manhã tirando o blazer.

O jantar foi quase normal, a não ser que Celeste e Kriss se encarando como se estivesse perto de brigar e eu, sinceramente nem quero me meter. Porém, tem uma pulguinha atrás da orelha dizendo que eu perdi alguma coisa importante.

Assim que cheguei no meu quarto, a primeira coisa que fiz foi tomar um banho e colocar uma roupa para dormir. Acho que Maxon não virá aqui hoje e tudo que quero é dormir. Meu corpo parecia desmoronar de tão cansado, e o mais engraçado… é que nem fiz nada hoje.

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Já era bem tarde quando senti alguém deitando ao meu lado, abri os olhos rapidamente só para ver Maxon sorrindo.Suspirei. Sabia que era errado, e que alguém podia pegar a gente junto, mas o que posso fazer eu gosto de dormir abraçada com ele.

— Boa Noite, querida! — Falou Maxon sorrindo só para me provocar.

Respirei fundo virei de costa para ele, com um pouco de raiva.

— Boa noite, Maxon! — Sussurrei de volta e antes de voltar a dormir acrescentei:. — Eu não sou sua querida.

Ele colocou um dos braços ao redor da minha cintura e eu voltei a dormir.

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Quando acordei, Maxon não estava mais do meu lado. Fiquei um pouco triste, mas sabia que não podia obrigá-lo a ficar aqui até hora que eu acordasse. Nesse momento, mais do que nunca, me bate o arrependimento e lembro que tenho conseguido sua confiança de volta.

Eu tenho que falar com ele sobre Aspen, sei que tenho que consutá-lo antes de tirar minhas próprias conclusões, também sei que ele está inseguro quanto a mim.

Eu me levantei com um pouco de mau humor hoje, só deixei as meninas fazerem seu trabalho e não dei nenhuma opinião, apenas fiquei quieta.

(http://www.polyvore.com/conversa_com_rainha/set?id=163109554)

Pedi para Anne pegar meu café, pois eu queria ficar no meu quarto. O fato era a minha reflexão sobre Maxon, naquele momento não queria ver ele e nem as meninas.

Aproveitei o momento enquanto o meu café não chegava para começar a ler e fazer meu relatório que Sílvia pediu, tomei o café enquanto li as novas leis e propostas para melhoria de vida da população de Illea.

Ouvi alguém bater na porta, Mary abriu. Eu levantei meu olhar para ver quem era e constatei que era a Sílvia

(http://www.polyvore.com/cgi/set?.locale=pt-br&id=163216619)

levantei- me e arrumei a saia do meu vestido e respirei fundo. Fui até a porta.

— Pronta, senhorita America? — Perguntou Silvia sorrindo de uma forma simpática, acho que estava tentando me passar segurança.

— Sim, estou pronta, Silvia! — Afrimei

Silvia deu meia volta, foi andando e eu a segui sem nem questionar. Estava muito nervosa, eu iria conversar com a rainha Amberly sozinha e teria que propor muita ideias sobre minhas criadas.

— Está muito nervosa, hein? — perguntou Sílvia

Soltei o ar e respirei fundo antes que continuar conversa.

— Estou um pouco. Na verdade, estava com medo de que ela não quisesse me receber, e-eu meio que… fique receiosa. Sabe eu sou uma cinco e só faço besteira. — Afirmei baixinho. Mais para mim do que para Sílvia.

Eu sei que o rei não aprova minha estadia, ele sempre deixou bem claro que não me quer aqui, sei que a rainha é diferente porque ela vê o mundo por trás deste castelo. E ainda bem que Maxon puxou muito mais ela, do que ele.

— Para falar a verdade, a rainha ficou muito feliz que alguma das selecionadas quer falar com ela. Ela até irá fazer um chá com você para que conversassem. Mesmo que eu já tenha a deixada inteirada sobre o que você quer falar com ela. — Disse Sílvia pondo fim em alguns dos meus receios.

Ela e eu caminhamos por um parte do castelo que eu nunca passei, era um corredor longo e branco, tinha um porta dupla no final dele (que tinha dois guarda em cada lado dela) e mais umas três portas em cada lado.Entramos na primeira porta a esquerda. Antes de ter qualquer reação sobre o escritório da rainha, vi uma foto de Maxon criança.

(https://sapatilhadecristal.files.wordpress.com/2013/05/escritorio.jpg)

A Rainha Ambrely estava sentada atrás da mesa de vidro, ela tinha um sorriso feliz e sincero, seu olhar era acolhedor. Ela parecia mais com uma mãe do que uma rainha .(http://www.polyvore.com/conversa_com_rainha/set?id=163110595).

— Boa tarde, rainha. — Falei reverenciando na sua direção.

Ela riu meio desconfortável, e ,ao mesmo tempo, de um jeito materno e acolhedor. Fez um gesto para me sentar na sua frente.

— Boa tarde, senhorita America. Como tem passado ultimamente? — Perguntou a Rainha para começar a nossa conversa (eu acho).

— Estou bem. E a senhora, Majestade?

Repirei fundo, eu estou muito nervosa já tinha falado com rainha no salão das mulheres, nas preparações para as recepções e outras poucas vezes. Só que agora era a primeira vez que eu conversaria com ela sozinha. Estou uma pilha de nervos.

— Estou muito bem, mas curiosa. — Disse a rainha.

— Curiosa sobre o que, majestade? — Perguntei desconfiada, Sílva me garantiu que a rainha já estava ciente do que conversaríamos.

Amberly riu, acho que da minha cara de espanto.

— Maxon me aconselhou ontem em não te chamar de querida. Por que disso? — Sua pergunta me pegou de surpresa por dois motivos.

Primeira: não era a pergunta que esperava e segunda: porque ela e Maxon ficaram conversando sobre mim, uma simples cinco... quer dizer... uma três.

— Ah, é porque eu sempre acho que é da mesma forma que ele chama as outras meninas que só faltam se derreter por ele, o que eu acho ridículo. — Afirmei e continuei. — Eu meio que não gosto que ele aja ou fale comigo da mesma forma que ele age ou fale com as garotas. Eu sou muito diferente delas...

Deixei a frase morrer de propósito, para ser uma deixa para mudarmos de assunto… Maxon vai se ver comigo depois.

— Então, uuhhmm você quer ter uma dama de companhia. Por que desse pedido curioso? — Mumurou a rainha meio sem graça

Respirei fundo antés de falar. Torci mental para não gaguejar.

— Bem, rainha...

—Me chame somente de Amberly. — Me interropeu a rainha. Ela estava rindo. Eu sorri de uma forma confortável.

— Okay, Amberly, como quase todo mundo aqui sabe que eu sou muito ligada com as minhas criadas e as adoro muito, ás vezes até me preocupo com seus futuros. Porque nunca sei quando vou fazer uma besteira e voltar para casa ou quando Maxon vai se enjoar de mim. — Disse essa última parte com uma certa pontada no meu coração, mas resolvi ignorar e continuar meu pequeno discurso. — Não quero que elas sofram muito no futuro, em especial uma delas, que não é somente minha criada, mas sim minha amiga que no caso tem que me servir.

" Seu nome é Lucy, ela já sofreu demais. Primeiro perdeu sua mãe para uma doença, perdeu a casa onde ela e seus pais moravam, seu antigo emprego, ela foi vendida para o castelo junto de seu pai e uma vez quase foi levada pelos rebeldes sulistas. Ela, mais do que ninguém, precisa de ajuda para ser feliz.

"Então pensei que ela poderia se transformar em minha dama de companhia! Ela teria um pouco menos de trabalho, mais de dignidade e amor próprio. Ela é maravilhosa. Uma excelente amiga e companhia."

Amberly me olhou com a compreensão estampada em seu rosto. Ela sorriu como se estivesse admirada com minha atitude. Mas para falar a verdade, eu também estou meio impresionada comigo mesmo.

— America, sinto muito mesmo em não poder te ajudar. — Amberly disse de forma doce como se quisesse que eu não ficasse decepcionada. — Você só pode tomar essa decisão quando for princesa.Agora,o máximo que posso fazer é ter ajudar com coisa menores.

Respirei fundo um pouco frustrada e levei uma das minha mãos á minha testa. Era frustrante não poder realmente ajudar uma pessoa que precisa. Sei que tem gente que precisa de ajuda mais que a Lucy, mas ela era muito especial para mim.

E, de repente, tive uma ideia menor que, pelo menos, agradaria a todas as criadas.

— E se, pelo menos, mudarmos a forma e a cor dos uniformes das criadas de todas selecionadas? Para deixar todas elas mais felizes no dia-a-dia.

Amberly sorriu com a minha atitude de pensar rápido em outra solução.

— Isso eu posso fazer por você, mas, nesse momento, é o máximo. — Disse a rainha Amberly.

O resto da tarde ficamos conversando sobre coisas mais aleatórias. Foi bem legal. Ah… quem eu quero enganar? Foi super hiper mega ultra power legal! Adele tinha razão. Quando o grupo começasse a diminuir, ela ficaria mais próxima da gente. Sei que o rei nunca me aceitará, mas a rainha me fazia sentir que aqui era meu lugar.