O dia em que a Terra parou escrita por U5H10


Capítulo 9
Desta vez em meu peito cravado


Notas iniciais do capítulo

Ah garotas, vocês não fazem ideia do quanto eu estou feliz por ter vocês acompanhando! (Beijinho especial para a Lunna que comentou no Nyah!)
Eai, quem será esse cara que apareceu no último capítulo, hein?
Lembrando novamente que essa história é apenas um spin-off, espero poder ver o rosto de vocês na continuação! (Só não prometo que sairá tão cedo...)

E com vocês o último capítulo, com muito carinho



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Olá novamente, querida. – Ele, elegantemente, jogou o pequeno rádio em um lugar qualquer e voltou sua atenção para mim e olhou para a nossa esquerda. – Eu deveria cumprimenta-los também? – Ele perguntou com um sorriso de bochecha a bochecha enquanto apontava para três figuras, uma delas caída, cercadas por soldados, que pareciam a própria morte com sua foice em formato de arma de fogo, pronta para ceifar até o último pingo de vida de cada um de nós.

Arquejei e senti meus joelhos bambos num misto de agonia e alivio por vê-los vivos.

Vá lá, querida. Fale com seus adoráveis companheiros. – Ele apontou com um sorriso duvidoso em face para os três. Eu já não sabia mais o que pensar, minha cabeça estava embaralhada e codificada de modo que eu não conseguia mais entendê-la.

Corri ao encontro deles obrigando-me a controlar o choro preso em minha garganta.

Quando me aproximei o suficiente para poder observar suas faces um frio me percorreu a espinha. Mais pálidos que papel, eles tinham expressões vazias, mortas, quase em êxtase. Arregalei os olhos e não me deixei abalar por isso, cheguei primeiro em Aaron, que a me ver levou suas mãos à cabeça e pôs-se de joelhos. Assustada e hesitante eu toquei de leve seu ombro sendo recebida por um grito esganiçado.

Retesei-me ao ver que Jake e Leo também me olhavam do mesmo modo.

O-O que... – Eu exclamei fracamente e ele me atropelou com suas palavras tirnado de seu paletó um maço de cigarros.

Belark’s, já ouviu falar? – Vendo que não receberia resposta alguma deu de ombros e continuou com a maior calma do mundo e estudou a embalagem – “Consumida em altas dosagens pode causar alucinações... Ataques de pânico... Alter...”

– EU PERGUNTEI O QUE VOCÊ FEZ!

Ele suspirou e anuiu para os soldados que estavam em volta dos três. – Tragam os outros convidados do show! – Ele disse com uma falsa animação levantando seus dois braços ao ar.

E um vulto esverdeado surgiu à minha direita.

Oh céus, o tanque.

– NÃO! – Juntei todas as minhas forças e corri para o seu encontro planejando dar uns bons tapas em seu semblante zombeteiro, mas antes mesmo de chegar a ele braços fortes me envolveram e imobilizaram. – O que... O que você quer de nós afinal?! – Perguntei exausta para ele.

Ele nem ao menos deu o trabalho de virar seu rosto para mim.

Mande-os sair. Eles precisam apreciar o espetáculo! – Ele dizia agora eufórico aos soldados que somente anuíram em ações frias e robóticas.

E então as pessoas que há 5 anos ela protegia com seu sangue estavam todas ali, e ela não podia fazer nada mais por eles, pela sua nova família...

Ana, Leo, Jake, Aaron! – Um arfar coletivo novamente soou pelo ar.

Ignorando todos ali presentes menos eu, o homem de cabelos castanhos deu as costas aos meus amigos, e com uma expressão perfeitamente calma em seu rosto ele fez um sinal para que os soldados tomassem conta das pessoas que até então estavam no tanque. Não demorou muito para que dirigisse novamente a palavra a mim.

Sabe... Ana. – O homem tomava a palavra para si. – Às vezes, eliminar a raiz de nossos problemas não é suficiente... – Ele pegou das mãos de um dos soldados a bandeira que tanto aterrorizara a garota.

E então a Terra parou.

Tal pai, tal filha... – Naquele momento Ana viu o céu cada vez mais distante.

Não se preocupou muito com o incomodo que a familiar haste metálica causava em seu peito, apenas sentia por ter deixado tantas expressões aterrorizadas na face daqueles que tanto amava.

A garota se sentiu preenchida pelas estrelas que timidamente tomavam lugar sobre o céu, e então se lembrou de uma bela canção que sua mãe uma vez cantara para ela na hora de dormir.

“Essa noite eu tive um sonho
de sonhador
Maluco que sou, eu sonhei
Com o dia em que a Terra parou
com o dia em que a Terra parou”

Raul Seixas


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Notas finais do capítulo

Mil beijinhos e até um futuro nem tão distante, eu espero :3
(Talvez eu poste um especial, um pequeno gostinho para a continuação...)



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