Carta a uma incógnita insolúvel escrita por Santinie Estevão


Capítulo 1
Desabafo




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Era noite. Uma música tocava. Eu sentia a voz da cantora ecoando em meus ouvidos. Espere. O que é isso? Uma lágrima.

E foi assim que você surgiu. Seus olhos cintilantes, sua boca bem desenhada, seus cabelos ruivos e uma franja para compor a doçura. Ah, não podemos nos esquecer das sardas. Tudo tão bem colocado em cada lugar. Sua delicada ousadia me encantou e me encorajou. Sua presença me fazia feliz, e era só o que eu precisava. Eu fechava os olhos e podia te sentir. Era tudo que eu precisava.

Com o tempo, uma frase: eu te amo. Sua frase. Para mim. Não soube como reagir. Não quis reagir. Eu só conseguia retribuir cada palavra com a emoção que um gesto pode ter. Definitivamente você me ensinou a amar. A entender o que é o amor.

Ah, Zel. Se soubesses como te amo também. Se soubesses como te quero, e como necessito de ti. Zel, te dedico minha vida, minha alma. É tudo o que eu tenho. Quero penetrar no teu espírito. Quero que eu seja você e que você seja eu. Quero que nos entrelacemos para sempre. E quando esse dia chegar, não precisarei mais do ar. Viverei para te amar.

Meu amor por ti é maior do que meu coração pode suportar. É tão forte que me dói. Mas o que dói mais é saber que nunca te terei. Nunca te verei.

Beijo, de sua maior e única admiradora. Aquela que te criou e cultivará sua existência para todo o sempre.


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