My Broken Hero escrita por july_hta66, JulieAlbano, Haverica


Capítulo 3
Chapter II - The Survivor


Notas iniciais do capítulo

Olá Vingadores! Como vão?
Consegui voltar com mais um mais cedo também.
Fico grata por cada comentário lindo que recebi, obrigada pelo incentivo *-*
E dedico o capítulo à leitora Queen que me deixou uma linda recomendação na primeira temporada da fic *----*
Espero que gostem.



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Chapter II - A Sobrevivente

A garotinha apertava com firmeza a mão do homem sentado ao seu lado. Era incrível o quanto seu sentimento por ele cresceu em tão poucas horas.

Instantes atrás ela nem queria conhecê-lo graças ao que tinha escutado da avó, mas bastou poucas conversas, poucas palavras de consolo que vinham dele e já foi o suficiente. Ela o amou. Por mais que toda a dor do mundo estivesse caindo sobre ela, por mais que tenha visto com os próprios olhos coisas bastante perversas, mesmo tendo sua infância destruída e algo tendo se quebrado em seu coraçãozinho de criança, ela foi capaz de amá-lo mais rápido do que ele mesmo pensava. Culpa talvez da Mãe Natureza que programou pais e filhos a se amarem incondicionalmente.

– Já chegamos. - Ele disse, o helicóptero havia acabado de pousar. Despejou um olhar terno sobre sua passarinha acuada. - Antes de descermos quero pedir uma coisa. Não comente nada com Maria sobre a presença de mulheres no seu resgate. Sua mãe é ciumenta demais, principalmente quando se trata da Senhorita Carter, o que é totalmente desnecessário. Mas quero também que saiba que a partir de hoje vou me empenhar dia-a-dia para te proteger, te proteger de tudo e de todos. Você nunca mais vai sofrer daquele jeito, eu te prometo! E quando essa ferida aí dentro cicatrizar não vou deixar que nada mais te magoe desse jeito. Você é a minha Princesinha, te amei desde o momento que soube que de sua existência, e nada nem ninguém nesse mundo vai machucar você... - O Stark olhou pela janela do helicóptero por um segundo. - Acho que devo encurtar seu discurso, tem alguém querendo te ver lá fora. -.

– Mamãe! - Os olhos da menininha se encheram de lágrimas novamente, ela se agitou ao ver a mãe correndo no heliporto em direção a aeronave que ainda estava terminando de bater suas hélices.

– Bem-vinda ao lar, minha linda. - Ele disse ao abrir a porta.

Como um foguete a menininha pulou da nave e partiu também correndo em direção à mulher. Ao se alcançarem, Maria se jogou ao chão de joelhos enquanto chorava, abraçava, e beijava a filha.

– ¡Dolores! ¡Mi corazón! ¡Cariño mío! -.

– ¡Mamá! Mataron todos... ¡Mataron abuelita, yo vi! - A menina chorava agarrada à mãe.

– ¡Yo sé, mi amor, pero todo va ficar bien ahora, no te preocupes, cariño! - Maria chorava ao tentar acalmar a filha. Ambas haviam perdido quase todas as pessoas que amavam, e só uma entendia a dor da outra.

Howard observou, mas não conseguiu ficar parado. Ajoelhou-se junto a elas e as abraçou, seu coração na mão por não ter como fazer mais nada além de dizer frases de conforto para consolá-las. Mentalmente fez mais uma promessa, prometeu que seria o melhor pai e esposo que fosse capaz de ser. Nunca queria vê-las sofrer como agora depois daquela tragédia.

– Vai ficar tudo bem. - Ele disse apertando as duas em meio ao abraço grupal, seus próprios olhos estavam marejados e cheios d'água. - Vai ficar tudo bem, meus amores. -.

– Sim, vai ficar tudo bem, Lola. - Maria repetiu como se fosse um mantra para si e uma promessa para a filha.

"Vai ficar tudo bem. Vai ficar tudo bem. Vai ficar tudo bem, Lola. Vai ficar tudo bem, Lola! Vai ficar tudo bem! Vai ficar tudo...".

Foi a primeira coisa que martelou na cabeça da garota, a primeira lembrança que surgiu do nada em sua mente seguida de uma reprodução esquisita da mesma frase. A frase que era para ter sido uma nobre e linda realidade, mas que não passou de uma mentira, uma imensa mentira desinteressada. As coisas melhoraram depois daquele dia, mas elas nunca ficaram "bem". Podem ter ficado "quase bem" em alguns poucos anos, mas não cem por cento bem, como quando era antes do massacre da família Carbonell.

Seu cérebro continuava lutando contra seu corpo enfermo, ela guerreava contra si para conseguir ficar consciente de novo, entretanto, falhou, não conseguindo encontrar um resquício sequer da força que a tinha auxiliado da outra vez.

Lola estava finalmente acordando, mas era culpa da saída dos fármacos injetados em seu organismo.

– Steve... - Seus lábios balbuciaram acordando-a de um sonho terrível que estava tendo.

Era um daqueles momentos em que você fala dormindo e a sua própria voz faz o favor de te acordar. A Stark ficou grata por ter sido acordada, pois, na verdade, não se tratava de um sonho.

Era mais como um pesadelo, onde por algum motivo seu grande amigo Samuel estava vivo e tinha feito atrocidades com suas habilidades de manusear radiação vita, e uma dessas coisas ruins foi assassinar o Capitão América, a grande paixão dela.

Suas pálpebras piscaram tentando vagarosamente tornar mais clara a sua vista. Ela viu branco, piscou mais uma vez tentando entender porque não parecia com o teto do seu quarto redecorado por seu irmão mais novo. Em seguida, ela entendeu o porquê, de volta à plena consciência, Lola compreendeu sua realidade.

O pesadelo não passara de uma reprodução do que realmente tinha acontecido.

Sobressaltada, a garota ergueu seu tronco rapidamente, sentando-se, ela compreendia que não via o mesmo teto de sua casa porque não estava em casa. Ela foi dopada! Estava nas mãos de Sharon Carter. Sharon injetou algo que a fez desmaiar, mas onde Lola estava? Onde Sharon estava? Pior! ONDE ESTAVA STEVE?

– Woow! Calminha aí... - Uma voz que surgiu do nada começou a falar com a Stark, após Lola se erguer de forma rápida, ela pareceu ficar meio enjoada e tonta. - Vamos sem pressa, um movimento de cada vez, ok? -.

Lola inclinou a cabeça para colocar a pessoa em seu campo de visão e sua própria feição se alterou, contraiu seus músculos, queria explicações.

–Você! O que você fez com o Steve? O que fez comigo? - Lola exigia as respostas com se estivesse em posição de fazer tal coisa.

Seu corpo poderia parecer não estar 100%, mas sua coragem de desafiar o "inimigo" parecia estar intacta.

–Trouxe vocês para o único lugar que "talvez" tivesse as pessoas certas para salvar vocês, e, de nada por isso. - Sharon ironizou.

Lola pareceu ficar atordoada, não era a resposta que esperava. Ela foi apunhalada pelas costas pelo melhor amigo, não estava esperando que a ajuda viesse da ex-namorada de seu... de seu... amigo colorido? Namorado?... Por todo esse tempo ela não tinha parado para pensar em como deveria chamar o que ela e Steve tinham agora.

Lola não teve tempo de fazer nenhum comentário ou pergunta. A Agente 13 se adiantou.

– Bem vinda de volta à Área 51, XX-23. -.

– O QUE? - Lola foi pega de surpresa.

...

– Cadê o Steve? - Lola se reerguia da cama, ficou um pouco zonza mais uma vez e precisou cair sentada.

Sharon foi em seu auxílio um tanto preocupada, colocou uma mão nas costas e outra no ombro da Stark.

– Você está bem? - A loira perguntou.

– Não importa. E o Steve? - Lola recusou o suporte e conseguiu ficar em pé.

– Como eu disse, com calma, vamos um passo de cada vez. Primeiro cuide de você mesma, se preocupe com ele depois. - Sharon tentou fazê-la se sentar novamente.

A Stark quase bufou uma risada sem graça.

– Já disse! Não estou nem aí pra mim. CA-DÊ--O--STE-VE? - Lola não era uma paciente muito paciente.

E a situação de seu herói era a única coisa que realmente estava importando para ela. Steve tinha que estar bem! Não podia estar morto como no pesadelo da garota.

– Entendo que esteja preocupada, mas não te contarei nada sobre o Capitão até acreditar que você está totalmente bem de novo. - Sharon foi direta.

E tudo o que Lola pôde imaginar com a sua mentezinha sádica e paranoica foi que seus temores estavam confirmados. Seu coração assumiu um ritmo diferente, um calafrio percorreu toda a sua espinha e se concentrou na boca de seu estômago.

– Oh Meu Deus! Ele não pode ter mo... Ele não mo... Diga que ele não...?! -Lola não conseguia terminar as orações e nem acreditar que era verdade que a vida de Steve havia chegado ao seu fim.

– Já disse que só entro em detalhes sobre ele quando você me responder como está. - Sharon caminhou até a beirada da cama de Lola e retirou a prancheta médica que estava pendurada e começou a avaliá-la pela milésima vez naquele mesmo dia. - Seus exames mostram que você está bem, mas... Não me leve a mal, você não é um ser humano normal, foi modificada, então precisamos ouvir dos seus lábios que está se sentindo bem e "normal". -.

– Estou bem. Levantei de forma brusca fazendo minha pressão ficar um pouco instável, mas me sinto estranhamente normal. Deixe-me ver isso. - Ela pegou sua prancheta e começou a analisá-la.

A Stark observou cada informação com cautela. Sua quantidade de eritrócitos voltou ao normal, sua quantidade de glóbulos brancos também, mas uma coisa ela não entendia. Seu braço, durante o pequeno momento que ela conseguiu abrir os olhos procurando Steve, estava meio roliço e agora estava novamente parecendo um palito.

Talvez tenha sido uma alucinação, mas fazia sentido se fosse real já que ela viu um Steve magricelo e baixinho diante de seus pés e ao seu lado na maca.

– Eu...? Durante...? Voltei ao meu físico normal anterior ao Projeto Fênix? - Ela liberou a pergunta. Sharon cerrou os punhos sem jeito e desconfortável, não tinha como entrar naquele assunto e não tocar no nome de Rogers.

– Pensei que não se lembraria do instante em que ficou consciente no caminho para cá... Bem... Os médicos disseram que foi um efeito colateral à exposição radioativa que foi submetida. Como radiação vita foi um dos elementos básicos para sua transformação, o modelo de radiação aditivada e enriquecida que foi usada para te atacar meio que funcionou momentaneamente... -.

– Como um antídoto. - Lola completou a frase, compreendia o raciocínio científico muito mais do que a própria loira.

– Isso! E por isso à medida que o decaimento ia acontecendo você ia melhorando muito e voltando ao seu eu "normal" pós-Projeto Fênix. - Sharon finalizou com o que tinha entendido da explicação médica.

Lola voltou a analisar sua prancheta e deteve seu olhar numa explicação gráfica Porcentagem de Radiação X Tempo Transcorrido.

– Ainda estou com 80% da radiação?! Não transcorreu nem uma meia vida sequer e já estou... Estável?! - Isso a Stark não compreendeu.

Seu teor de radiação ainda estava exageradamente grande, ela deveria ser uma bomba de radiação ambulante naquele instante, e ficar perto dela deveria colocar a saúde das pessoas em risco.

– Essa explicação os médicos atribuem a outra parte do seu experimento. Você foi exposta à radiação gama também, e ao soro com o DNA do Doutor Banner. Ele também te modificou. A parte que foi inserida em você advinda do Hulk lhe garantiu resistência e permitiu que seu corpo se adaptasse com certa velocidade às condições adversas. Colocando em outras palavras: com o passar dos dias, ao invés de adoecer e enfraquecer cada dia mais por causa da exposição, seu organismo abraçou a nova radiação e a partir dela mesma retirou a força necessária para se reerguer. Você é uma sobrevivente, seu corpo não aceita morrer. - Sharon concluiu.

– Por favor... Eu não aguento mais. Me fale do Steve. - Lola tinha seus olhos marejados. Todas as justificativas para ela estar viva estavam relacionadas direta ou indiretamente a sua inserção ao Projeto Fênix, que foi uma experiência pela qual ele não passou.

Mesmo mantendo um tipo de relação distante o Projeto Renascer e o Projeto Fênix eram bastante distintos. Estava claro para a mente científica da Stark que a reação de Steve ao acontecimento também seria diferente.

Sharon engoliu a seco antes de contar, se pudesse adiaria esse momento o máximo que pudesse, mas agora não tinha mais jeito.

– O Capitão infelizmente não teve a mesma sorte. - Ela disse.


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Notas finais do capítulo

Entãoooo, o que acharam? Me contem por favorzinho!
.
Mas antes disso... Tenho uma perguntinha: Alguém assim como eu está com saudades do Loki? *-*
.
Até o próximo
Beijossss