My Broken Hero escrita por july_hta66, JulieAlbano, Haverica


Capítulo 2
Chapter I - The Unknown Past Part I


Notas iniciais do capítulo

Ciao meus midgardianos favoritos na face de Midgard!
Volteeeeeeiiiiiiiiiiii! E voltei mais cedo do que das últimas duas vezes :D
Quero agradecer imensamente as sete pessoas que comentaram até agora, vocês me fazem muito feliz, o poder de um simples comentário na vida dessa autora aqui é imenso *------*
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Espero que gostem...
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**Contém um link de música camuflado**



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Capítulo I - O Passado Desconhecido Parte I

Howard sabia que alguns soldados, animados pelas missões se empolgavam bastante e muitos inocentes acabavam sendo assassinados em meio a empolgação cretina e cruel dos homens. Ele temeu pela vida de sua filha e do resto de sua família.

‘Stark imediatamente ligou para Nick Fury, seu amigo ex-militar e atual parceiro na S.H.I.E.L.D., eles dois e mais um grupo de pessoas pegaram um avião, o mais rápido ao alcance deles, e partiram para Cuba no intuito de salvar a família Carbonell.

Chegando lá, eles não conseguiram salvar toda a família, apenas chegaram a tempo de salvar a pequena Lola das mãos do soldado bem na hora que iam esfaqueá-la.” _______ Prólogo - Árvore Genealógica, The Avengers: My Asgardian Prince Charming

Howard fez o pouso forçado em um dos jardins da vizinhança. Como a família Carbonell era composta por artistas reconhecidos, moravam numa área nobre de Havana, logo os jardins e quintais tinham bastante espaço para o avião que o Stark pilotava.

Por outro lado, não era uma aeronave muito grande, ele estava mais preocupado com a velocidade do que com quantos agentes da S.H.I.E.L.D. poderia transportar. Assim que pousaram todos desceram do avião extremamente armados e com pressa, até mesmo Howard portava uma pistola, apesar de ser o melhor criador de armamentos da história da América, Stark não era fã em usar armas, mas abria uma exceção para salvar a filha que ainda não tinha conhecido.

Eram seis agentes partindo em direção ao Casarão dos Carbonell. O Agente 3, a Agente 8, Howard Stark, o Agente 5, Peggy Carter e Nicholas Fury. A Superintendência Humana de Intervenção, Espionagem, Logística e Dissuasão (S.H.I.E.L.D.), foi fundada por Howard com o apoio da Agente Carter e do Coronel Chester Phillips, mas nenhum deles podia dar cem por cento de atenção para a nova agência secreta em ascensão. Então precisavam treinar alguém de confiança para que pudesse fazer esse trabalho por eles.

O recruta Nick Fury foi o escolhido por eles. Apesar de ser ainda bastante novo, aproximadamente vinte anos, Fury foi um ótimo soldado americano, o que ajudou na aprovação do Coronel Phillips, e também passou uma bela temporada trabalhando para a CIA, o que auxiliou na decisão de Peggy Carter. Entretanto, para Howard apoiar o futuro treinamento de Nicholas para se tornar diretor da S.H.I.E.L.D., ele precisava de mais do que conhecer suas habilidades militares ou espiãs, o Stark precisava sentir confiança por aquele rapazinho.

Howard então decidiu manter Fury perto de si em todas as missões que participava, nas reuniões que marcava com a ONU, e por um tempo até o tornou seu secretário nas indústrias Stark. Manter Nick debaixo de suas vistas também durante o dia da Revolução Cubana, naquela madrugada do ano de 1959, não deixava de ser mais um teste, apesar de Howard também estar querendo usar as habilidades dele no salvamento.

Não precisaram abrir a porta, ela já estava arrombada. Três homens, eram apenas três homens que cometeram a monstruosidade de assassinar os nove parentes de Maria e Dolores que estavam naquela casa. Os pais, os irmãos de Maria, seus cônjuges respectivos, e seus respectivos filhos. Nem mesmo as crianças foram poupadas.

Na verdade, Howard e seus cinco agentes acompanhantes já sabiam desde o início que os alvos eram as crianças com o sangue Carbonell, matar os adultos foi apenas um efeito colateral, não tinha como matar as crianças sem que os pais tentassem impedir, então, acabavam mortos.

Sete corpos sem vida estavam espalhados pela casa, mortes recentes.

Os seis haviam se separado pela casa tentando encontrar alguém vivo, óbvio que o que mais interessava a Howard era a filha. Não precisaram procurar muito, um grito de socorro seguido de outro grito de dor foi dado do primeiro andar da casa. Todos os seis se dirigiram até lá. O corpo do avô de Lola estava no corredor, o da avó estava dentro do quarto.

Um dos homens estava prestes a degolar a garotinha morena em suas mãos quando Nick Fury deu um tiro em cheio na testa deste que segurava a faca. Como eram minoria, o segundo pulou pela janela tentando fugir e foi seguido pelo Agente 5 e pela Agente 8, o terceiro e mais corajoso ficou e começou a lutar com Peggy e o Agente 3, Howard chegou há tempo apenas de ver Fury saindo do quarto com uma menininha no colo. O Stark estava fazendo uma busca pelo porão quando escutou os gritos, por isso foi o último a chegar ao quarto.

Nicholas escondeu o rosto da garotinha em seu pescoço e com pressa a tirou de dentro daquela casa, para que ela não chegasse a ver os corpos sem vinda de seus familiares, Howard o seguiu.

– É a Dolores? – O Stark perguntou andando atrás de Fury.

– Sim, Senhor. – Nick afirmou descendo as escadas e escondendo o rosto da menina que chorava e ainda gritava em desespero

Para o alívio de Howard, aquela nos braços de Fury era a sua garotinha que ele apenas conhecia por fotos.

– Mas algum sobrevivente? – Ele perguntou seguindo-os.

– Negativo, Senhor. – Fury disse.

– E quanto aos agressores? – Howard perguntou preocupado.

– Abati um deles, Senhor, para salvá-la. Um está em fuga, mas o 5 e a 8 estão perseguindo-o, e o 3 e a Carter estão contendo o outro. – Fury já explicava atravessando a porta de entrada.

Colocou a menininha que havia parado de gritar, mas ainda chorava e soluçava na grama do jardim da frente, abrindo espaço para que seu Chefe pudesse se aproximar da filha.

O coração de Howard estava na mão ao ver aqueles olhinhos amendoados derramando litros de lágrimas. Foi muito cruel o que ela acabou de vivenciar, com certeza a pior maneira de um pai conhecer a filha e vice-versa também, ele nem sabia o que começar a dizer.

– Oi... Sei que você não nos conhece, e que esse momento não é nada apropriado para isso, mas... Eu sou Howard, seu pai, Dolores. Você está segura, ninguém vai te machucar agora. – Ele pelo menos tentou uma aproximação tímida.

A pequenina não respondeu nada, apenas se jogou novamente sobre Nick Fury e o abraçou assustada, escondendo seu rostinho na barriga dele. O ex-Coronel ficou um pouco sem reação no momento, depois conseguiu se mexer e começou a afagar o cabelo da menininha agarrada a ele. Howard só olhou de longe um tanto sem jeito.

Fury nunca conseguiu explicar como aconteceu, mas desde esse dia começou a nutrir sentimentos paternais por aquela criança, nos anos que se seguiram, ele não se casou ou teve filhos, culpa do emprego que conseguiu como diretor da SHIELD, logo, mesmo não compartilhando sangue com ela, Dolores era a coisa mais próxima de família que ele chegou a ter.

...

Howard abriu mão de pilotar o avião no caminho de volta aos Estados Unidos, deixou que o Agente 5 pilotasse, enquanto de uma poltrona apenas observava sua filha de oito anos, que até então o ignorava, ainda se mantendo abraçada a Nick Fury, enquanto o Agente 3 e a Agente 8 se mantinham próximos do homem que havia se tornado prisioneiro deles, o terceiro que ficou e lutou. Já o segundo que pulou da janela realmente conseguiu fugir.

Peggy estava sentada ao lado de Howard e já tinha notado o certo “ciúme” que havia se instalado nele ao ver o laço que surgia entre Fury e sua filha.

– Dê tempo a ela, Howard, sua filha ainda não te conhece, e até agora Nick é aquele que ela enxerga que a salvou, logo ela aprenderá a te amar. – Carter sussurrou para o amigo.

– Estou dando tempo a ela. – Ele respondeu meio ranzinza.

– Então pare de fazer essa cara de menino mimado e rico que queria mais atenção dos pais, mas não consegue. O dia de hoje te deu uma filha, e a partir de agora você não pode mais ser o irresponsável que sempre foi quando se trata de garotas, e esta daí, é a única que você nunca poderá decepcionar. Essa é a sua garota. – Peggy aconselhava.

– Você está certa, Peg. Essa é a minha garota. – Howard contraiu os lábios num sorriso fraco ao olhar com ternura para a garotinha sentada ao lado do recruta Fury.

– Você me salvou? – Foi a primeira coisa que a pequena Dolores disse. O fez em sussurro para Nick.

– Sim, nós todos salvamos. – Fury sorriu para ela.

– Como você se chama? – Ela sussurrou mais uma vez.

– Meu nome é Nicholas Fury, mas a Princesinha pode me chamar apenas de Tio Nick ou Tio Fury. – Ele disse.

– Eu não sou uma Princesa! – Ela se defendeu como se ele houvesse sido chamada por uma ofensa.

– Mas é claro que é. Seu pai é uma espécie de Rei. – Fury brincava com ela.

– Ele é? – Dolores encarou o pai do outro lado do avião.

– Sim. Ele governava seu reino e não fazia ideia de que tinha tido uma filhinha, pois sua Princesinha, que no caso é você, foi levada para um reino distante. Mas ele descobriu e assim que soube viemos resgatá-la. – Ele explicava.

– Quanta besteira! – A garotinha quase balançou a cabeça incrédula. – Quantos anos pensa que eu tenho? Sete? -.

– É, pode ser, mas sabe, você deveria ir lá falar com ele. – Fury disse.

– Não. Eu não o conheço. – A garotinha ficou um tanto acanhada novamente.

– Justamente. Precisa conhecê-lo. – Nick disse.

– Não preciso não! Vovó me disse que meu pai era um vagabundo riquinho conquistador. Ela me disse para me manter longe de vagabundos riquinhos conquistadores. – Dolores esqueceu por um segundo da morte de sua avó.

– Você sabe o que é um “vagabundo riquinho conquistador”? – Nick a olhou com os olhos semicerrados, ela era só uma garotinha, mas era bastante cheia de personalidade e o conquistava cada vez mais.

– Não faço ideia. – Ela deu de ombros, mas logo ela se recordou de tudo e começou a chorar em silêncio dessa vez. – Por que aqueles homens maus fizeram aquilo com a vovó? -.

Dolores não tinha visto, mas Howard há pouco tinha se levantado, motivado por Peggy ao vê-la começar chorar de novo, e escutou sua pergunta.

– A resposta está na sua pergunta, querida. Eles fizeram isso porque são maus. – Howard colocou as mãos nos bolsos e a encarou com pesar.

Dolores o encarou o pai entre lágrimas.

– Mas, por que? Por que eles são assim? Não fizemos nada para eles. – Ela disse.

– Venha se sentar aqui comigo que eu posso te explicar algumas coisas sobre o mundo dos adultos que você não deveria saber, mas as circunstâncias pedem que eu as explique. – Howard estendeu uma mão. A pequena Lola a tomou e permitiu-se ser guiada.

...

– Howard! – Peggy o puxou por um braço e o bronqueava por meio de sussurros, a garotinha estava adormecida no sofá após ter tido mais momentos de lágrimas. – Você vai mesmo contar a ela essa história de que soldados americanos corrompidos e empolgados com a batalha assassinaram a família da sua futura esposa e da sua filha?! -.

– Mas é claro que vou, Margareth! O que quer que eu faça?! Ela só tem oito anos de idade! Acha que eu posso dizer a ela ou a imprensa que na verdade esse trio de idiotas entrou em contato com um alienígena que fez lavagem cerebral neles e os induziu a matar todas as crianças da família Carbonell por causa de algo que ela poderia ser em outra galáxia no futuro?! Carter, isso é confuso demais para a cabeça de um adulto aceitar, imagine a de uma criança?! – Howard também sussurrava. – Não vou contar a verdade para a Lola, e muito menos para a Maria, ela vai enlouquecer! Minha futura esposa não tem o temperamento para compreender minha vida dupla secreta. Prefiro que ela tenha ciúmes de mim e de você do que realmente saiba que somos parceiros de trabalho. -.

– Um dia você terá que contar a verdade para a sua filha, Howard. – Peggy tentava fazê-lo entender.

– Sim. Talvez um dia. Quando ela estiver pronta. – Howard Stark concluiu.


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Notas finais do capítulo

Well done... Um capítulo inteiro de flashback, sei que a curiosidade provavelmente não está nessa parte da história, provavelmente o que querem saber é sobre o presente, e não o passado, mas esse capítulo foi necessário. É como diz o Grande Filósofo Contemporâneo Pitbull, de Miami, em sua música tema de MIB-Homens de Preto 3: "Mas para entender o futuro, temos de voltar no tempo".
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Espero que me deixem saber o que acharam e se alguém tiver ficado confuso sinta-se livre para fazer perguntas pelos comentários.
Posto novamente quando conseguir arrumar tempo
Beijos