My Broken Hero escrita por july_hta66, JulieAlbano, Haverica


Capítulo 10
Chapter IX - Katrina Hurricane


Notas iniciais do capítulo

Hello, it's me
Hello. Can you hear?
So Hello from the other SIIIIIIIDEEEE
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Aí você pensa: olha! Ela não morreu.
Sim pessoas, não morri, mas quase, e de tristeza. Tava vivendo um summertime sadness vulgarmente conhecido como bloqueio de escritora. Eu tava muito chateada, abria o word escrevia, e odiava o que tinha escrito, daí eu apagava tudo. Reescrevia e voltava a não gostar. Bom... Minha vida virou de cabeça pra baixo com acontecimentos bons *é o que importa* e agora tive um tempo para refletir minhas perspectivas pra fic e consegui voltar a escrevê-la. O que é ótimo! *TUTS TUTS TUTS* Escrevi mais de um capítulo e pretendo postar o próximo em breve. MUITO breve dessa vez, já que já tá escrito né? ashusauhsuah Peço perdão MAIS uma vez pela demora de postar, mas em bloqueio a gente não manda ou escolhe. E agradeço a paciência de quem abriu para ler a atualização *-*
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Hoje é uma dia especial pra mim, por dois motivos. Saindo da fossa do bloqueio oficialmente no dia de aniversário de uma leitora fofíssima. Parabéns Bia Chan! Dedico o capítulo a você, sua linda! *-* (Eu sei que você ama a Petunia. Então meio que combinou esse capítulo) aushuhasshua
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*** Contém link de música e imagem camuflados ***
— A imagem se refere apenas a uma demonstração da aparência da personagem, ignore roupas e demais contextos



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Capítulo IX - Furacão Katrina

 

O descongelamento e revitalização do Projeto Fênix havia sido um sucesso, todos os experimentos foram acordados e encontravam-se saudáveis. Bom, não exatamente todos.

            Apesar dos esforços, a Stark, o Ford e a equipe médica-científica foram incapazes de corrigir por completo o dano neuro lombar no Experimento XY-47; assim, o Sr. Leo Ryan encontra-se infelizmente paraplégico. 

            Quanto ao despertar deles, Samuel ficou encarregado de visitá-los, checar suas estabilidades vitais e explicá-los suas situações. Afinal, Dolores andava bastante antissocial desde todo o incidente.

            XY-32 cumpriu seu papel visitou os experimentos XY-47 e XY-55, ambos adormecidos pela quantidade de drogas em seus sistemas quando partiu para checar o último experimento. Foi preciso uma injeção para acordá-los, entretanto, com XX-19 as coisas foram diferentes. Ao chegar diante do último estande hospitalar da enfermaria daquele andar, Samuel deparou-se com uma loira sentada em sua cama encarando os próprios pés em baixo do cobertor, como se estivesse em estado catatônico.

Ela parecia perdida em um mundo de reflexões, desconectada com o mundo físico. Inatingível. Há quilômetros de distância. 

            Não demorou muitos segundos e ela finalmente notou a aproximação de Samuel; a feição da garota se alterou de maneira evidente. Ela usava uma camisola hospitalar cinza como todos os outros, suas madeixas luminosas pendiam na frente de seu busto como uma cachoeira dourada, seu olhar parecia perdido e deslocado, mas ao notar Samuel olhou-o de cima abaixo e sua expressão de choque foi mudando para uma mistura de admiração, um tipo específico e constrangedor para o objeto alvo, era quase malícia. 

— Olá, Doutor. - A loira sorria. Havia uma pitada de perversão no que o homem de jaleco segurando uma prancheta e uma caneta notou. Nem de longe parecia com a reação das outras cobaias que acabaram de ser despertadas também.

            XY-32 não conseguiu evitar sentir um início de desconforto com o olhos azuis que davam a impressão de despi-lo e o tom de voz da mulher, foi de imediato. Ele limpou a garganta tentando manter o foco de sua razão em estar ali. 

— Boa... Boa tarde. - Samuel gaguejou, ela denunciava as próprias segundas intenções que surgiram em sua mente sem intenção de disfarçar. - Eu sou... -.

Ela o interrompeu.


—... O Experimento XY-32, assim como eu, pertencente ao Projeto Fênix... Fomos congelados cada um por seu motivo fatal, reanimados agora em 2015 pela S.H.I.E.L.D... Querem usar nosso DNA para tentar achar uma cura para sei lá o quê que aconteceu com o Capitão América, que sim, está vivo como nós, e também esteve congelado, mas numa situação diferente da nossa... Estou esquecendo alguma coisa? - A loira completou. 

            Samuel piscou pesado umas duas vezes processando a situação. Estava se desconcentrando graças ao assédio visual e perdeu momentaneamente a eficiência de seu raciocínio imediato.

— Como você...? -.

            Ela apontou com a cabeça para a cortina divisória. 

— Escutei as duas vezes que falou, não precisa repetir uma terceira o que acabou de dizer aos meus coleguinhas de quarto, Doutor. Não sou uma civil, faço eu era uma agente como você, ou seja, não precisa tentar preparar meu cérebro com a burocracia habitual. E na verdade, me voluntariei para participar do Projeto. Então... Pode pular logo para a parte em que me examina. - Ela ergueu uma sobrancelha e soltou um meio sorriso charmoso. Oh, sim! Ela era uma predadora. Samuel soube na hora. 

            Incomodado com o flerte nem um pouco sutil, limpou a garganta novamente e se aproximou dos pés da cama para pegar os gráficos e exames que já tinham feito nela. Fez isso com receio, parecia até ter um pouco de medo, a presença que ela exalava parecia ameaçadora, não do tipo violento, mas do caçador; capaz de agarrá-lo caso fizesse movimentos bruscos.

— Bons resultados, levemente anêmica e com um pouco de deficiência em vitamina D. Sem vestígios radioativos. Talvez receba alta para os exames físicos antes do XY-55. – Samuel folheava a papelada nervoso. Suas mãos tremiam de leve, e não via a hora de sair dali.

 

A paciente pode até ter acabado de acordar de um coma congelado de anos, mas não perdeu tempo em dar em cima dele, com certeza seus hormônios sexuais não havia sofrido danificações e ela não perdeu tempo.

— Eu discordo, não estou me sentindo tão bem assim. - Ela atuou de forma péssima de propósito. - Acho que precisa mesmo me examinar. - A loira viu uma morena também de jaleco e prancheta chegando silenciosa por trás de XY-32, mas nem isso a impediu de começar a desabotoar sua camisola.


            Samuel ficou mais nervoso e constrangido do que antes, aquela loira desconhecida e atrevida era linda e bem atraente para qualquer outro homem. Belo corpo, loiro natural, olhos azuis, traços faciais agradáveis. Contudo, como explicar a ela que não fazia seu "tipo" sem ser grosso fazendo-a compreender da melhor forma a situação dele? 

            Há pouco Ford está inserido nos anos dois mil, nem sequer está acostumado com a liberdade que isso traz e com a desnecessária razão de continuar fazendo segredo sobre o que pouco mais de duas pessoas sabiam dele. 

— Não sou esse tipo de Doutor. Sou cientista, não médico. - Ele alertou rapidamente. 

— Ooh, é uma pena. - A loira parou de se despir frustrada antes que revelasse qualquer coisa. – Mas... Se quiser treinar anatomia comigo... - Ela deu um sorriso cínico depois o guardou, fixou os olhos sobre ele talvez pensando numa nova respostinha afiada quando passou a mão nos cabelos retirando-os da frente de seu rosto.

A morena ao fundo assistia calada, sem ser notada por Samuel e, até então, sendo ignorada pela loira. XX-19 mantinha sua concentração apenas no pedaço de mau caminho que era aquele cientista bonitão diante dela. 

— Não será... Necessário, XX-19, minha especialidade é em radiações. Agora se me der licença... – Ford estava quase virando de costas, por pouco descobriria a morena, mas foi abordado pela paciente.

— Katrina, por favor! Nada de Experimento 19 ou Agente 8, prefiro que me chame de Katrina. - Ela deu uma piscadela para ele. 

— Eu prefiro mil vezes Petunia. - A morena se pronunciou pela primeira vez chamando a atenção no ambiente. 

            Samuel se virou e exclamou contente em vê-la vindo interagir.


— Lola! -.

— Stark? - Katrina indagou quase com o mesmo tom de surpresa apertando os olhos tentando encontrar algo de familiar.

“Ela estava no futuro também?” Era o que a Agente 8 queria saber, mas segurava seu queixo para não cair. Bem... Avaliou a mulher em pé do outro lado da cela, e sua semelhança com Maria Stark era irrefutável. 

            Lola revirou os olhos para a alegria de Samuel. 

— Aqui sou Experimento XX-23, obrigada por entregarem minha identidade inteira para os outros. - A morena riu para sua ex cabrita de estimação e foi em sua direção. 

            Katrina se ergueu da cama. Lola havia sido sua antepenúltima missão até sofrer o “acidente” que propiciou seu congelamento. Na verdade, ela havia sido abatida em combate.

— Minha nossa! Você cresceu... - A loira disse já em pé. Lola deu uma voltinha exibindo-se de brincadeira. - Uau, você virou um pedaço de perdição, deve dar bastante dor de cabeça a seu pai. - Katrina bateu palmas para o mulherão que se tornou a garotinha traumatizada que ela ajudou a cuidar e avaliar por um tempo.


— Com certeza dei, mas não no sentido que está pensando. - Lola sorria ao tentar explicar. Pela conversa anterior que escutava, a Stark já tinha notado que sua cabrita não tinha uma mente tão inocente quanto se lembrava. Na verdade, quando viu sua Petunia pela última vez, ela ainda era adolescente, uma loira com uns 17 anos, mas com corpo já de mulher. Agora, Katrina também estava mais velha. Aparentava quase 26 anos.

            Samuel assistia tentando conter sua felicidade, vê-la com a loira tarada era reconfortante, não tinha visto Lola sorrir tanto desde tudo o que presenciou nesse novo século.

            Katrina avançou em Lola arrancando um abraço de súbito. Sua missão de viver alguns dias como o bichinho de estimação da filha primogênita de seu chefe baseava-se principalmente em uma espécie de guarda costas, mas também uma “psicóloga” infiltrada.

A loira devia observar e relatar o comportamento da garotinha Stark quando ela estivesse longe dos adultos, tinha que descobrir em quais gravidades ter presenciado o assassinato de quase toda sua família influenciava seu comportamento e desenvolvimento saudável.  

— Olhe só para nós, parecemos quase da mesma idade, que bizarro! - Ela soltou a Stark do abraço, mas segurou a mão dela que não estava agarrada a prancheta. 

 

A loira trabalhava para S.H.I.E.L.D. desde criança, pertencia a uma divisão infanto-juvenil que já foi extinta há décadas.

— Eu vou indo... Trabalho a fazer. - Samuel tentava não soltar seu sorriso alegre em ver sua amiga menos séria, mas também não via a hora de se livrar do assédio de XX-19. 

— Tchauzinho, Dr. 32. Espero vê-lo em breve. - Katrina voltou-se para Samuel com sua malícia outra vez.


            Samuel se foi e Lola acrescentou. 


— Você deveria ter vergonha, ele tem idade para ser seu filho. - Lola brincou. 

— Não tenho preconceito com idade. - Katrina piscou para Lola. 


            A Stark riu, a loira a lembrava da parte boa de sua infância roubada pelo massacre familiar, além do mais, Tia Peggy uma vez contou-lhe que a Agente 8 parecia uma versão feminina de Howard Stark antes dele conhecer Maria e se apaixonar de verdade. TRADUZINDO: Katrina era uma espécie de pegadora.


— A única outra vez que o vi tão sem graça assim foi quando tentei beijá-lo. - Lola acrescentou. 

— Ele é tímido? – XX-19 questionou, Lola estava achando esquisito conversar sobre homens com aquela que já foi seu bichinho de estimação, mas um tanto cômico também.

Depois de ter descoberto que ao invés de ter uma cabra, tinha uma mutante que podia se transformar em qualquer animal que entra em contato e comprometer a missão, a pequena Lola encontrou poucas vezes com Katrina, mas vezes o suficiente para começar a gostar da loira em sua forma humana. A Agente 8 era uma adolescente legal e levava jeito com crianças.


— Ele é gay. – A Stark rebateu.

— Que injusto com minha pessoa! – Katrina pôs uma mão sobre seu coração, mas depois deu de ombros. – Corrigindo... Não tenho preconceito com idade ou opção sexual. Será que ele tem mente aberta para provar ambas as frutas? Tão lindo! Um pecado eu não poder colocar as mãos nele. - Ela suspirou meio triste. 

— Não sei, mas boa sorte tentando descobrir... Petunia, eu... - A expressão de Lola se alterou de receptiva para suplicante. 

— Sim? - Katrina notou que tinha algo errado. 

 

Lola não queria começar uma conversa de “vamos reviver os velhos tempos”, pois tempo era tudo o que ela menos tinha. Precisava ser objetiva.

— Você poderia vestir esse roupão e me acompanhar até um lugar aqui perto? Sei que está quase totalmente recuperada. Faria esse esforço por mim? -
Lola quase implorava. Ela não estava indo "socializar" sem um motivo por trás, ao contrário do que Samuel pensava.

— Claro! Claro! - Katrina pegou o hobby de algodão branco que estava sobre a poltrona de apoio no recinto. Algo no tom de voz de Lola, na expressão da garotinha quebrada que a Agente 8 conheceu e agora se transformara em uma mulher, partia o coração da loira.


            A loira calçou as pantufas que acompanhavam o roupão e seguiu a morena pelos corredores. As duas eram precedidas por um agente que as guiavam ao destravar as portas com os códigos de acesso. Este só as deixou sozinhas quando destravou a última das portas, Lola tomou a dianteira e Katrina a seguiu.

            A agente 8 não precisava ser uma agente ou uma cientista para compreender que aquela redoma, do que parecia ser vidro dentro daquele galpão, se tratava de uma proteção para o mundo contra o que estava em seu interior. Era algo perigoso.

            Lola abriu caminho e se aproximou com cautela da "parede" transparente. Parecia um garoto, um menino. Raquítico, cabelos num loiro liso e dourado por toda a cabeça. Tubos, agulhas pareciam entrar e sair de todos os lugares de seu pequeno corpo frágil. Estava desacordado e aparentemente sofrendo no meio das máquinas que Katrina deduziu estar mantendo-o vivo. Vegetando. 

— Que horror! - Katrina colocou uma mão cobrindo a boca, seu olhar tremendo de pena. 

            Lola trincou a mandíbula impedindo um par de lágrimas de escapar. 

— Sim. - Ela concordou. 

— Quem é esse coitado? Por que ele está assim? - Katrina se compadecia apenas com o visual, nem precisava da história. 

— É complicado. - Lola suspirou e tocou levemente a parede transparente.


— Ele é outro experimento que falhou? - Katrina engoliu a seco repleta de dó. 

— Não! Ele... Ele... Steve, ele... É a bondade que existe no mundo, a justiça... - Lola se virou para Katrina, não mais se continha, lágrimas rolavam por seu rosto.

— Steve é... O Capitão? - Katrina associou os pontos. 

            Lola balançou a cabeça positivamente, mas soluçou ao
invés de responder verbalmente, mais lágrimas caíam. Ela engoliu o soluço e inspirou para explicar

 



— Mas é bem mais do que o Capitão... Ele é o que existe de certo nas pessoas, ele é o mais gentil, o mais doce, ele... De todos, é o que menos merecia passar por isso. - Lola parou para soluçar entre as lágrimas mais uma vez. 

            Katrina franziu a testa. 

— Você o conheceu... Pessoalmente. -.

            Lola balançou a cabeça num sim mais uma vez. 

— E você se apaixonou por ele. - Katrina constatou suavizando sua expressão e quase sorrindo apesar de tudo. 

— Sim... Como não me apaixonaria? - Lola disse, Katrina riu, Lola também em resposta, mas logo voltou ao seu discurso desesperado e suplicante. - E antes que eu tivesse a chance de sequer dizer isso com todas as letras ele foi arrancado de mim brutalmente... -.

— O quê? Como? Quem? - Katrina soltou a avalanche de perguntas.

— O seu Doutor 32, mas é uma longa história e o que importa é que estou punindo-o lentamente por isso... Katrina... Não suporto ver Steve assim, sinto como se meu coração estivesse definhando junto com ele. Como que sem ele minha humanidade fosse embora de um jeito gradativo. Eu faria tudo para vê-lo curado. TUDO! Tudo mesmo! Ao ponto de... Eu... Não ligaria se fosse cura-lo e quando ele estivesse bem não sentisse o mesmo por mim, não ligaria se fosse acordá-lo para entregá-lo nos braços de outra mulher. A única coisa que eu desejo é vê-lo saudável, sem dor, sem agonia, feliz! - Lola dizia sem parar para respirar, chorava e chorava. 

            Katrina a interrompeu.

— Lola... - Tudo o que ela enxergava era a garotinha quebrada e triste, de poucos amigos, mas tão simpática que conseguia conquistar a todos com pouco tempo de convivência. – Eu não sei o que dizer, tudo o que você passou, o que está passando, é injusto... – Katrina sempre se compadeceu por ela, coração mole, sentia pena da pobre garotinha bilionária que teve sua infância arrancada, perspectivas deturpadas.

            Gotas gordas de lágrimas caiam dos olhos de Lola, ela interrompeu Katrina como se não a estivesse escutado começar.

— Ele me fez sonhar de novo. Steve com toda a sua fé, sua honra, ele me fez... Eu acredito nas pessoas de novo. – A Stark sabia exatamente o que passava na cabeça da Agente 8 enquanto essa escutava seu discurso.

— Eu me sinto... Não sei o que dizer... Fico feliz que ele tenha te dado tudo isso. E porra! É errado pra cacete isso o que o destino está fazendo. Não é justo, você não merece voltar a sofrer desse jeito. Eu sinto muito. – A loira pegou Lola pelos ombros com um pesar, ela mesma também derramava lágrimas. – Se tivesse alguma coisa que eu pudesse fazer... – A loira sentia o próprio coração destruído ao intercalar olhares entre sua garotinha crescida e o rapaz desacordado do outro lado do ambiente.

— Já que você tocou nesse assunto... – Lola saiu dos braços de Katrina e deu as costas para ela, encarando a parede, a Stark esfregou um de seus punhos e suas lágrimas secaram por um instante. – Eu sei que você fez um contrato com a S.H.I.E.L.D. que impedia a corporação de usar seu DNA numa experiência científica... – Ainda de costas para a loira, a morena fechou os olhos por uns instantes buscando forças para continuar o que estava fazendo ali. Os abriu de novo e se virou, automaticamente as lágrimas retornaram a correr por seu rosto. – Por favor! Eu sei que é pedir demais, mas eu preciso estudar o seu DNA, ele possui algum fator resiliente que te dá a capacidade de se adaptar às mudanças de habitat e sua mutação talvez seja capaz de me dar respostas para entender como posso dar resiliência, e Steve precisa disso. Precisa resistir ao choque da ultradose de radiação... Pelo amor de Deus, Katrina, ME AJUDA! – Lola agarrou os cotovelos da loira e suplicava por entre o escorrer de suas lágrimas generosas.

— Claro, Lola! Tudo o que você precisar! – Katrina a agarrou em prantos tanto quanto a morena, abraçando-a apertado e soluçando dentro de seu próprio choro.

            No momento que teve a cabeça enterrada no ombro esquerdo da loira, as lágrimas da Stark cessaram, enquanto alisava as costas da loira e fingia tremer sua caixa torácica. Bem, Lola não sentia remorso em estar fazendo aquilo. E provavelmente, nunca lamentaria isso. As únicas emoções que sentia era a tristeza, que é bastante real, e a vontade de trazer o Capitão de volta.

            Não era mentira, ela faria de tudo MESMO para curar o homem pelo qual estava apaixonada, não havia limites morais para ela; por isso, não sentiu dificuldade em criar coragem para manipular alguém que também gostava em nome de alguém que gostava mais. Podia não parecer o certo, mas no momento, a Stark não dava a mínima para o certo e sim para o necessário, e pensando bem, nada do que ela falou acabou de contar foi uma mentira.

Lola sabia muito bem que Katrina não resistiria na hora que a visse chorando e em desespero, então precisava dar o melhor de si em uma das performances mais dramáticas de sua vida.

— Vai ficar tudo bem, Lola! – Katrina dizia chorando e apertando a morena mais ainda.

            Naquela situação, a Stark tinha plena certeza de que os fins justificavam os meios de uma forma razoável. Havia usado de pressão psicológica sentimental para convencer Katrina a ceder seu DNA, e nem fazia ideia de que o karma se fazia presente ali. Afinal, fora exatamente dentro da Área 51 que Nick Fury usou das mesmas táticas apelativas para convencer Steve Rogers a ajudá-lo no despertar da própria Dolores.

            Lola sentiu seu coração congelar quando, ainda abraçada a Katrina, viu outra loira adentrar o salão. A tal outra estava quase sem fôlego, seu rosto iluminado e encarava a morena transparecendo certa empolgação e esperança.

— Achamos! Nós o achamos! – Sharon anunciou. – Ele já está a caminho! – Ela começou a sorrir, e Lola fez o mesmo deixando a esperança crescer em si também.

            Katrina soltou Lola e se virou para descobrir quem era a invasora. Encontrou uma loira que sorria olhando para o pequeno corpo atrás das proteções transparentes.

— Quem está a caminho? – A Agente 8 soltou a pergunta no ar.

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Okay. (1) Eu gosto dela em forma de cabrita tanto quanto na forma humana. (2) Tia Peppa Peggy (3) Lolita, migs, tá andando muito com Pirata do Caribe. (4) Aposto que todo mundo vai adivinhar quem está a caminho.
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Sei que devo resposta a alguns comentários. (Devo não nego, pago quando puder e com o maior amor)
Adoro recebê-los, Lê-los, Relê-los e respondê-los.
Então, continuou esperando ser digna de merecê-los.
*Fui criativa não fui?* Só por isso merecia um comentáriozinho. Não acha? Diz que sim. Diz que siiiiiim *eyes do cat de botas*



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