Já havia se passado uma semana desde que o Raphael tinha vindo morar na minha casa. Ele era legal, até que eu tinha gostado dele. Estávamos nos dando bem, papai e Eva continuavam dizendo que éramos ‘ irmãozinho ‘ por mais que tentássemos explicar que nos não éramos irmão, mas não tinha jeito, eles continuavam teimando. O final de semana foi horrível tive que ficar em casa o dia todo, só porque eu queria ter levado o Rapha na praia para pegar um solzinho porque o coitadinho estava bem branquinho.

Era o primeiro dia de aula do Rapha na faculdade, e pela primeira vez no ano eu iria chegar no primeiro horário de aula na faculdade. Eu iria ir e voltar para casa de carona com o Rapha todos os dias. E sem contar que eu ia pegar uma carona para ir á academia também, já que ele ia fazer academia junto comigo, pois estava fora já tinha bastante tempo. E havia se desacostumado de alguns lugares. Eu tomava meu café da manhã sozinha, quando Raphael chegou e me deu um beijo na bochecha, dizendo em seguida:

– Bom dia maninha.

E sem contar que agora ele também estava com essa mania idiota de me chamar de maninha, coisa ridícula.

– Ei, bom dia!

Ele se assenta na mesa de frente para mim e começa tomar seu café da manhã. Por ser o primeiro dia dele na faculdade ele até que estava bem animado, já eu como sempre estava com um desanimo tremendo. Me levanto da mesa e o deixo tomando seu café da manhã sozinho. Vou até meu quarto pego minha bolça e meu material. Me viro para sair do meu quarto e dou de cara com o Raphael, dou um gritinho fino e coloco a mão no coração, tinha levado susto. Ele começa a gargalhar e diz:

– Eu sou tão feio assim?

Eu fico muito sem graça, e não falo nada. Peço licença e saio do meu quarto. Hoje o meu humor não estava dos melhores, teria que tomar cuidado para não tratar ninguém mal. Ele vai atrás de mim e me chama para irmos para faculdade, se não iriamos nos chegar atrasados. Eu o sigo até o caro e ele dá a partida, não trocamos nem uma palavra durante o trajeto até a faculdade. Chegamos e antes que eu me virasse para ir embora pra mim sala ele disse:

– Te vejo no intervalo.

Não falo nada, apenas me viro e vou para minha sala de aula.

***

Enfim o tão esperado intervalo chegou, dormir as primeiras aulas como sempre não por sono mais sim por medo de não maltratar ninguém.

Chego no refeitório morta de fome, pego um suco natural de laranja e um sanduiche natural também. Me assento junto com alguns amigos e começamos a conversar sobre algumas coisas sem graça, até que que começamos a falar sobre as aulas, como eu nunca prestava atenção em aula nenhuma, fiquei perdida no assunto e não falava nada.

– E você Fe? Como está indo no curso? – Diz Miguel, um amigo.

Levanto os olhos do sanduiche e respondo.

– Eu estou indo muito mal. Acho que até vou ser reprovada neste período. – Eles começam a rir de mim, só não sei por qual motivo porque o que eu falei não tinha a menos graça.

– Como assim? Seu pai vai te matar se souber. Quer que eu te ajude maninha? – Diz Raphael que tinha acabado de chegar e havia sentado de frente pra mim.

– Olha aqui eu não preciso da sua ajuda, nem dá de ninguém. E eu não sou sua maninha, até quando vou ter que te explicar isso? – Digo, já me arrependendo no minuto seguinte. Ele se levanta e saia sem falar nada. Eu não queria tratar ninguém mal e acabei tratando. Logo o Raphael que eu não que mal me conhecia. Agora ele deveria estar me achando uma idiota, uma estupida pelo que eu disse.

Todos na mesa estavam me olhando me deixando um pouco sem graça. Me levanto sem falar nada volto para sala de aula. Eu fiquei muito mal pelo que eu tinha feito. Entro na sala e me assento, encosto minha cabeça no encosto da cadeira e fico pensando no que eu havia feito, como eu podia ter sido tão burra assim.

A aula acaba e eu deixo todos saírem de sala para que eu pudesse sair. Seio e ao invés de ir para o estacionamento, vou para o ponto de ônibus não queria ver o Raphael, eu estava muito sem graça. Chego no ponto e graças a Deus o ônibus não demorou a passar porque eu não estava com nenhuma pigo de paciência para ficar esperando ônibus.

Não demoro muito para chegar em casa e vou direto para meu quarto, jogo minha bolsa em cima da cama, tiro minhas roupas, solto meus cabelos que estavam presos em um coque. Pego meu celular na bolsa, eram 19:00 horas. Vou para suíte do meu quarto que estava em reformar, mais que agora finalmente estava arrumada. Tiro minhas roupas intimas, abro o chuveiro. Me jogo em baixo daquela água quentinha, tentando relaxar e esquecer o que eu tinha feito mais cedo com o Rapha. Saio da suíte enrolada na toalha. Ouço passos no corredor indo em direção ao quarto do Rapha, deveria ser ele. Me assento na cama, pensando em ir ou não fala com ele, mas eu estava muito sem jeito. Coloquei meu pijama e me deito tentando dormir o que foi muito difícil naquela noite.