POV Fernanda
Acabei de me arrumar e me olhei no espelho. Estava ótima com minhas calças jeans clara, uma blusa de frio fininha, sapatilhas, cabelos soltos, só faltava a maquiagem mais eu estava com uma preguiça enorme para fazer maquiagem então iria daquele jeito mesmo. Iria para minha última aula de direção, tomara que desta vez eu consiga passar. O Rapha iria comigo o que me deixava bastante tranquila.
Pego minha bolsa e saio do meu quarto. Entro na sala de estar e vejo que Rapha conversava algo com Eva e assim que eles me vêem encerram a conversa, pelo jeito não era da minha conta ou talvez fosse por isso ele tinha acabado, e pelo jeito era uma conversa bem tensa. Aproximo - me dos dois e dou um beijo na bochecha de Eva que sorri.
– Vamos? - Diz Rapha me olhando.
– Sim! - Digo com um sorriso leve.
Nos despedimos de Eva e saímos de casa. Entramos no carro e Rapha da a partida, fico o observando por alguns instantes, até que resolvo dizer:
– Vocês estavam falando de mim na sala de estar?
– Não! Porque? - Rapha tenta disfarçar.
– Porque parecia. Pois assim que cheguei vocês encerraram a conversa.
– É minha mãe e as paranóias dela. Sismou que eu tenho que voltar com a Ana que ela é a pessoa certa para mim...
– Sei...
– Ela pode pensar assim. Mais para mim a única pessoas certa neste mundo é você Fe!
Quanta fofurice! Olho para ele que sorri, faço o mesmo. Ele torna a prestar atenção na direção e eu fico olhando os pedestres andando pelas calçadas. Alguns minutos depois chegamos na alto escola e eu começo a ficar um pouco nervosa e tensa. Estava com muito medo de não conseguir. Saio do carro e após resolver algumas pequenas coisas entro no carro da alto escola e o professor se assenta no carona, vejo Rapha me olhando fixamente e aceno para ele. Dou partida, tento manter a calma da melhor forma e maneira possível.
Faço tudo exatamente como o professor manda. Só esperava está fazendo certo para que eu conseguisse passar desta vez. Dou algumas voltas pelas ruas próximas do colégio da alto escola e enfim ele me pede para estacionar em frente ao colégio novamente ele já tinha um resultado. Meu Deus! E agora.
Ele me olha e faz um super suspense que quase me deixa louca de tanta ansiedade, curiosidade já nem sabia mais dizer o que era. E de repente ele diz:
– Você conseguiu! Está aprovada!
Eu faltei pouco pular no pescoço do professor de tanta alegria e euforia. Vejo que Raphael me olhava do outro lado da rua com um sorriso enorme nos lábios. Agradeço ao professor por tudo e vou correndo em direção ao Rapha me jogo em cima dele que me segura tirando - me do chão e me fazendo tirar os pés do chão, me rodando.
– Eu estou muito feliz! - Digo assim que ele me coloca no chão.
– Eu também fiquei muito feliz por você Fe! - Ele diz e me dá um beijo leve nos lábios.
– De hoje em diante quem dirige sou eu! - Digo em tom convencido.
– Aham! Vai sonhando! - Ele diz e sai correndo em direção ao carro.
Saio correndo atrás dele feito um maluca. Na verdade nos dois parecíamos dois malucos correndo pelo rua, feito crianças. Ele para enfrente ao carro e eu para de frente para ele, que me olha e depois de abri um lindo sorriso, abre a porta do motorista para mim. Sorrio para ele que me entrega a chave e assim que vê acomodada no acento do carro, se assenta ao meu lado. Dou partida, agora era hora de ir para faculdade. Estávamos fazendo provas. E eu queria me dar super bem nelas assim como na carta de motorista. Papai ficaria muito orgulhoso de mim.
***
Chegamos a faculdade e eu estaciono o carro. Saio do carro e vou andando de mãos dadas com o Rapha até a porta da minha sala, nos beijamos e eu entro na sala. Teríamos algumas horas para fazer as provas e depois poderíamos ir embora.
Entro na sala e sento - me em uma mesa atrás de Isis. Começo a fazer minhas provas, que já estavam nas mesas para que os alunos já chegassem e começassem a fazê - las. Fiz todas as provas com a maior calma e paciência do mundo. Lendo tudo com muita cautela e cuidado para que não errasse por uma mera bebeirinha.
Gasto quase duas horas fazendo todas aquelas provas chatas e confusas. Pego minhas provas e depois de revisa - lá levanto - me e coloco minha prova na mesa do professor. Saio da sala e resolvo dar uma passadinha em frente à sala do Rapha. Quando chego lá vejo que ele já havia saído da sala de aula. Então vou procura - ló.
Vou andando de vagar pelo corredor enorme da faculdade distraída. Tão distraída que não vejo um cara bem na minha frente e praticamente caio em cima dele.
– Me desculpe eu não te vi. Estava distraída! - Digo um pouco sem graça.
– Não tem porque se desculpar! - Ele diz gentil.
Abro um sorriso completamente sem jeito. Olho para o cara de cima a baixo. Ele usava uma calça jeans justa com um rasgo no joelho esquerdo, um camisa preta, tinha os cabelos pretos. Um corpo bem malhando pelo que pude perceber. Até que era bonito, mais eu nunca o tinha visto aqui na faculdade. Talvez fosse novato.
– É... Nem me apresentei. Eu sou o Christian, mais pode me chamar de Chris. Eu sou novo por aqui, e estou meio perdido. - o cara se apresenta
– Ah sim! Eu sou a Fernanda. Prazer! - Digo lhe estendendo uma de minhas mãos.
– O prazer é todo meu Fernanda! - Ele diz pegando a minha e a levanto até seus lábios.
Que cavalheiro! Depois de beijar minha mão, ele continua a segurando e começamos a conversar. Ele me falou que estava entrando para faculdade de enfermagem e que estava empolgado. E eu me empolguei na conversa do tal Chris.
– Fernanda quem é esse cara? - Diz Raphael acabando de chegar.
– Esse é o Chris! - Digo com um sorriso.
– Chris? E o que vocês fazem de mãos dadas? - Diz Raphael sério.
– É... - Gaguejo.
Se ele não sabia o que eu estava fazendo segurando a mão dele muito menos eu sabia. Fiquei toda sem graça se sem jeito. Raphael nos olhava com tamanha fúria. Na verdade aquilo se chamava ciúmes. O Rapha estava com ciúmes de mim com um cara que nunca tinha visto na vida.
– É o que? - Ele torna dizer.
– É... Ele é novo por aqui!
– Tá. Mais o que isso tem a ver com vocês estarem de mãos dadas até agora?
Percebo que ainda estava segurando a mãos de Chris então a solto rapidamente. Olho para o Rapha e abro um sorrisinho sem jeito. Ele me olha sério e diz:
– Acho melhor eu ir embora. Já está ficando tarde!
– Ei! Eu vou com você. Me espera! - Digo indo atrás dele. - Até mais!
Aceno para Chris e saio correndo atrás do Rapha. Agora é que eu queria ver, como eu faria para explicar para o Rapha o porque deu está de mãos dadas com o Chris.