A História de Boruto Uzumaki e Sayuri Sakurai escrita por Cyber Girl 01


Capítulo 20
Um "Adeus" nunca é eterno!- O Final.


Notas iniciais do capítulo

Eis aqui o último capítulo! Tudo estará explicado nas notas finais!
LEIAM AS NOTAS FINAIS!!!
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Eu sei...


 

Narração da Autora


 

Horas depois...


 

A noite tinha um ar sombrio, mas não estava tão escura pois a enorme lua iluminava aquele céu. As estrelas não brilhavam tanto, pois eram encobertas pelas pequenas e muitas nuvens que ali possuía. Alguns poucos pássaros já iam para seus ninhos, pois a noite também era fria e o vento era um tanto congelante. As poucas folhas secas no chão logo foram pisadas por passos calmos e lentos.

Ali, faltando apenas um único passo para adentrar naquela floresta, estava Mitsuki olhando fixamente para uma das árvores mais a frentes. Parecia sério, não calmo como antes. Não ligou quando uma enorme nuvem passou pela lua e a cobriu, fazendo ali ficar mais escuro que antes.


 

—Harumi, sei que está aí.-Falou, ainda olhando fixamente a árvore.


 

Qualquer um diria que estaria ficando louco, pois parecia que ali tinha nada. Porém, ela realmente estava lá. Escondida, sobre as folhas. Quando a lua voltou a iluminar a noite, foi realmente percebível a presença da Sakurai. Esta estava sentada sobre o galho da árvore, com suas roupas negras um pouco manchadas de vermelho. Os cabelos negros estavam meio bagunçados, como se não tivesse cuidado com eles. Mas o que era mais notável era seu olhar. Seus olhos tão lindos azuis sumiram, estavam roxos e possuía um ''desenho'' semelhante a de uma shuriken. A morena ajeitou sua franja e cobriu o olho esquerdo, como quisesse esconder o seu novo poder ocular.


 

—O que é isso Harumi?- Perguntou-a.


 

—A Nee-chan tem um também... Por que eu não teria?- Respondeu, e o azulado se surpreendeu. Pois, pela primeira vez, ela tinha falado em tom triste. Mesmo já sendo esperado pela expressão dela, jamais virá ela, uma pessoa tão sorridente, estar dessa forma. Deu-lhe um pequeno aperto no coração, mas isso não tiraria seu foco.


 

—A Sayuri falou que você não tinha... Ela te conhecia bem... Imaginava realmente que não tivesse... E o seu é bem diferente dela.


 

—É claro que é... A Nee-chan não conseguiu evoluir como o meu... Assim como o Sharingan, o nosso poder ocular também possuí um ''Mangekyou'' por assim dizer... Uma evolução... E esta é a evolução do meu.


 

Ela desceu da árvore em um pulo, delicadamente e sem fazer qualquer som. A passos lentos, Harumi caminhou e ficou a frente de Mitsuki. A proximidade era tamanha, que era possível o azulado notar cada detalhe da morena, diferente de antes. Desda primeira vez que viu-a, certamente via uma garota sorridente e sádica, e via o quanto ela desejava o sofrimento da irmã. Agora, era totalmente diferente. O olhar dela demonstrava algo que jamais achava que ela pudesse sentir... Culpa... Decepção... Solidão. Seu costumeiro sorriso maldoso desapareceu, isto era óbvio. Algo nele pareceu mudar, como se a tristeza dela ele sentisse e se torna-se pior. A verdade era que ele não suportava a ver dessa forma.


 

—Harumi... O que aconteceu?


 

—Mitsuki-kun... Você nunca me viu desse jeito, não é? E tampouco o meu poder, né?- Ela abriu um mínimo sorriso, ainda triste.- Foi mal... Mas... Eu sou muito mais do que aparento ser. Nunca pense que eu só sou somente aquela kunoichi que só se importa com uma vingança contra a irmã. Mitsuki... Preciso te contar algo que venho escondendo a muito tempo...


 

Segurou o rosto dele e o olhou com lágrimas nos olhos. Ele estava confuso, e isso piorou quando Harumi o abraçou e começou a chorar em seu ombro. Mitsuki estava em choque, o que tinha acontecido com ela? A resposta veio em seu ouvido... Com a voz trêmula, ela contou tudo que estava passando. Não imaginava que ela sofria tanto... E jamais pensava que o motivo dela ter matado tantas pessoas era para o bem de algo.


 

Sim, fora Harumi. Ela havia matado todas aquelas pessoas para a culpa ser de Sayuri. Mas tinha porquê ela fazer isso além de vingança? Sim novamente. Este motivo, ninguém, nenhum outro ser poderia saber. Tudo que a levou a cometer este crime não poderia ser revelado nem mesmo para sua irmã e tampouco pra qualquer outra pessoa. Somente ele sabia, pois ele era especial pra ela.


 

—...Desculpa Mitsuki... Essa é a verdade... -Terminou, se separou e olhou com os olhos, agora azuis, tomados pelas lágrimas.


 

—Harumi... Eu... Não sabia...- Continuava paralisado com tudo que havia ouvido.


 

—E tem mais uma coisa que você não sabe...


 

Tocando de leve os ombros dele, aproximando-se lentamente e fechando os olhos aos poucos, selou os seus lábios no dele. Era doce e calmo. Mitsuki não conseguiu negar e retribuiu o beijo. Uma sensação única, que jamais havia experimentado. Nem mesmo o primeiro beijo que Harumi lhe dera fora tão bom quanto este. Envolvendo seu pescoço com os braços, aprofundou aquele beijo, que tornava-se cada vez mais desejoso. Aquilo tão bom teve que acabar pela falta de ar, e a morena o olhou com um sorriso triste.


 

—...Eu te amo Mitsuki, e infelizmente, sempre vou te amar. Adeus.


 

Em um simples piscar de olhos, ela desapareceu de sua visão. Ele não podia acreditar nas palavras dela. Ele sabia que já tinha a beijado uma vez, e passaram certo tempo juntos, mas nunca chegou a imaginar que o que ela sentia por ele. Não sabia o que fazer... A única certeza que tinha é que seu coração estava acelerado, ao mesmo tempo que doía a cada batida. Assim como o dela, pois a cada passo que ela dava distante dele, doía ainda mais. Principalmente pelo fato de alguém descobrir o que ela havia contado para ele, tinha medo que por causa disso ele sofresse.


 

E foi assim, desta forma dolorosa, com a lua de testemunha, que se viram pela última vez.

...Que a rosa vermelha ainda será admirada pela luz da lua...


 

No dia seguinte...


 

A manhã era agitada nas ruas de Konoha, por mais que o céu estivesse nublado novamente. Sim, os dias eram de chuva, de acordo com a previsão do tempo. O barulho constante era de conversas alheias entre os moradores. Ainda rodava na boca do povo o famoso massacre que ocorreu a dias atrás. Uns acreditavam que realmente tinha sido a Sakurai e que ela fez isso somente para chamar atenção, outros diziam que não tinha motivo para ela fazer isso e poucos achavam que a culpa não tinha sido dela. O que era mais constante é sobre porquê a Sakurai não teve punição alguma ainda.


 

Alguém que certamente se incomodava com isso era Katashi, do qual passava pela rua com um olhar baixo. Detestava ter que ouvir de todos que sua irmã era uma assassina. Ele conhecia Sayuri bem, mais do que qualquer um. Ele viu a crescer, aprender a falar, andar, lutar e via fazendo ela fazendo brincadeiras com suas coisas junto da outra irmã. Sim, um dia, Harumi e Sayuri já foram mais ligadas ao ponto de ser cúmplices em travessuras. Mas... Harumi, para Katashi, era um mistério. Até certa idade, ele realmente a conhecia como a clone da irmã, apenas sendo um pouco mais talentosa nos treinamentos e mais esperta. Depois disso... Ele desconheceu totalmente ela. Ela tinha ficado mais dura, não ligava mais para ninguém, tinha ficado mais fria e suas travessuras as vezes passavam do limite. Se tornou o tipo de pessoa que certamente iria cometer o crime e a culpa seria de outro alguém.


 

Tantas coisas assim atormentavam a sua mente. Ele queria ajudar a irmã, mas não sabia como. Ele se achava inútil, e pensava que se fizesse algo mais, Sayuri não teria que sair da vila. Sim, a morena contou que fugiria, e não voltaria por um longo tempo... Não só por causa do que aconteceu, mas porque não aguentava mais ali. Queria melhorar, e conhecer melhor o mundo, além de tentar manter longe Harumi para não trazer problemas a vila. Mas pra isso... Ele não poderia ir. Ele tinha que ficar para...


 

—Katashi-kun! Como vai?


 

Ficou surpreso e levantou a cabeça. Ao olhar ao seu lado, segurando seu ombro direito, estava Sarada com um sorriso simpático no rosto. Andavam por um longo tempo juntos, ambos ajudavam um ao outro sempre que precisavam. Mas agora... Nem mesmo a Uchiha poderia ajudar.


 

—Oi... Sara-chan.-Respondeu triste, e voltou a abaixar o olhar. Ela se surpreendeu, principalmente por olheiras notáveis no amigo, e por jamais tê-lo visto assim.


 

—Katashi-kun... Você tá bem? Aconteceu alguma coisa?- Sua preocupação era notável na voz, mas sua perguntar fez o Sakurai suspirar.


 

—É a Sayuri... Sara-chan... Ela tá mau... Ela vai sair da vila.


 

—C-Como é?! Por quê?!- Perguntou assustada.


 

—Você sabe do que todos estão falando... Do famoso massacre que ocorreu na vila e que as gravações indicam que foi ela... E-Ela não aguenta tudo isso. A minha irmã sofreu muito Sara-chan... No passado... Ela contou que ao menos esperava algo diferente daqui, mas não... Nem mesmo o Uzumaki-san acredita nela, só eu, o Kou e a Tenten-san... O Hokage-sama também acha que não foi ela, mas está complicado fazer algo para ela não receber uma punição. Eu não fiz nada Sara-chan... Nada além de observar tudo, eu tentei animar minha irmã, mas não adiantou nada!- Sua voz estava trêmula, mau conseguia falar os fatos.


 

—Katashi-kun...-A morena estava surpresa, não sabia que a amiga passava por tanta coisa.-Eu também acredito nela, mas por favor... Não fique assim.


 

—Não tem como Sara-chan... Sayuri não quer nem ao menos que eu vá com ela.


 

—C-Como assim? Nem mesmo isso? O que raios deu nela pra dizer isso?!

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Nenhum dos dois sabiam, mas atrás deles, tinha alguém ouvindo tudo. Um certo loiro de olhos azulados ouvia cada coisa que Katashi disse. Sentia culpa, em seu interior. Ele realmente não tinha acreditado em Sayuri, por motivos banais como só uma prova ridícula de vídeo. Doía lhe cada célula de seu corpo, assim como sua consciência pesava. Realmente, foi errado o que fizera. Mesmo sabendo que ela não seria capaz disso, e sim a irmã dela, a sua ira momento era tamanha que esqueceu-se de tudo. Tudo que havia ouvido da boca da Sakurai, tudo que ela passou, tudo que passaram juntos... Da promessa que fez de protegê-la... Tudo, até que a amava demais. O certo teria ouvido a razão invés de ter ido pela emoção. O que estava feito já tinha ido, agora, ele precisava era falar com ela.


 

—Eu sou um idiota... -Falou para si mesmo e se retirou.

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—Mas... Ela tem razão... Não porque sou um fardo, mas ela disse que eu tinha que cuidar de algo precioso.- Continuou, levantando o olhar, fitando o céu cinzento, mas a franja de seus cabelos negros cobriam um pouco seu rosto.


 

—O quê?


 

—Você Sara-chan... -Ele finalmente a olhou, com um mínimo sorriso e com suas bochechas coradas.- Minha irmã acha que não devo ir porque tenho que cuidar de uma amiga muito preciosa. E você é Sara-chan, uma amiga valiosa para a Sayuri e para mim. Sabemos que você pode se cuidar, mas... É porque também quero ficar do seu lado Sara-chan. Com você, eu me sinto bem, muito mais do que perto da minha família. Você não deve entender, e não precisa... Apenas saiba disso.


 

A Uchiha estava tocada com as palavras dele, mas não acreditava no que este falava. Não esperava nem um pouco daquilo. Mas seus pensamentos foram interrompidos por um trovão, do qual se assustou no mesmo instante, e uma forte ventania fria percorreu ali. Vendo que a amiga sentia frio, o Sakurai deu seu casaco para ela e a cobriu.


 

—Obrigada Katashi-kun... -Agradeceu com a voz tremendo pelo frio.


 

—De nada Sara-chan. Vamos, temos que ir. Vai chover logo... Ao que aparenta.


 

—Sim.


 

Seguiram caminho juntos, com ele a protegendo da ventania fria que decidira rodar a vila. Ele acompanhou até em casa, mas o vento estava tão forte que a Uchiha insistiu que o Sakurai ficasse em sua casa. Mas só depois de insistir muito, pois Katashi não queria incomodar Sarada. Porém, também havia outro motivo... Por algum motivo, achava que coisas muito ruins aconteceriam em breve. Ele tinha razão.


 

A noite... Exatamente 00:00.


 

O tempo continuava ruim, e ainda mais frio. Porém, as nuvens não cobriam a luz da lua. Mesmo assim, dava um ar sombrio aquela noite. O silêncio era totalmente presente. O vento que batia no grande lago e movia suas águas era o mesmo que batia nas folhas das árvores e não faziam um som mínimo sequer.


 

Um toque da lâmina prateada na água.


 

A dona dos cabelos negros como aquela noite segurava sua katana enquanto a lâmina desta tinha acabado de tocar de dar um pequeno toque na grande poça d'água que foi causada pelas chuvas anteriores. Sayuri matinha em seus olhos azuis claros observando o reflexo instável do céu e de sua arma, mas no fundo estava pensativa. Esperava pacientemente por Kou, mas ele não tinha aparecido ainda para finalmente se manter distante daquele pesadelo que um dia tinha chamado de ''lar''. Konoha já foi sua casa, mas agora, muitos do que conhecia foram contra ela em algo que ela nem sequer fez. Acreditava que ao menos quem ela amava ficaria do seu lado, mas ele deu-lhe uma facada pelas costas e se negou a pensar que ela não era má. Seu coração tinha uma ira e magoa que jamais teve em todos seus anos de vida, tudo por culpa do que tinha acontecido.


 

Os pensamentos da morena foram despertos ao ouvir o som das folhas dos arbustos se mexendo, mas não era pelo vento. Bruscamente, ergueu sua katana, apontando na direção daquele som e ficou em posição de luta, preparada para quem fosse ali perto. Seus olhos cor de céu estremeceram assim que viram o que tinha sido, ou melhor, quem. Com as lágrimas já se acumulando, seu olhar manteve-se no loiro do outro lado do lago.


 

—Como me encontrou?- Perguntou trêmula.


 

—O Kou me falou... -Falou calmamente.- Ele pediu para dizer que vai se atrasar.


 

—Aquele idiota... Me paga.- Reclamou já limpando as poucas lágrimas.


 

—Sayuri... Eu preciso que me ouça... Eu...- Foi interrompido.


 

—Q-Quieto!- Gritou, fechando os olhos e voltando a chorar, mas sua voz era de pura ira.- Você não me ouviu quando disse que não fui eu que fiz tudo aquilo! Você não ligou para as minhas lágrimas naquele dia! Você não se importou comigo desde que conheci o Kou-kun! Você me ignorou! Você nem ligou para a minha dor Boruto!


 

Abaixou o olhar, deixando seus fios loiros cobrirem seu rosto. Aquelas palavras o acertaram com mil kunais perfurando seu coração. Ela tinha razão, sobre tudo que ele havia feito para com ela. Sabia que tinha sido frio como gelo, mas não imaginou que tinha ferido-a tanto. O que mais doía, era ter a machucado-a. Quando levantou um pouco o olhar, notou que os olhos da Sayuri também mudaram. Ela tinha ativado seu poder ocular e o rosto dela, antes tão sorridente, era coberto pela fúria. Pegou sua kunai e apontou para a morena.


 

—Tem certeza disso? Quer mesmo isso?-Perguntou com um olhar triste.


 

—Mais do que tudo!-Respondeu calma.


 

No segundo seguinte, ele parou o ataque da katana de Sayuri com sua kunai. O azul entristecido de seus olhos se encontraram com o roxo enfurecido dela, e viu muito mais que ira, viu o sofrimento guardado dela. Ela era rápida, o suficiente para ter chegado rapidamente a frente dele. O som ensurdecedor das lâminas se colidindo tornou-se presente. Boruto, com sua força, mandou a Sakurai para longe usando sua arma. Ela caiu alguns metros ao longe do Uzumaki, na enorme poça d'água que tinha ali, deixando-a totalmente molhada. Levantou-se com dificuldade, tendo seus braços como apoio, e assim que olhou para o loiro que fazia alguns selos, sorriu desafiadora. Quando enfim ficou de pé, viu vários clones do loiro rodeando-a.


 

—Podem vir.-Falou calma e com o mesmo sorriso de antes.


 

O primeiro veio em sua direita, tentando acertá-la com um soco no rosto, mas ela segurou e com sua katana o perfurou, fazendo o desaparecer em fumaça. O próximo veio de trás, e foi acertado por um chute, o que fez ele colidir com o chão e sumir. Vindo de sua esquerda, outro dos clones veio querendo acertá-la com uma kunai, porém também foi impedido por um corte profundo da lâmina da Sakurai e desapareceu. Foi assim por mais de vinte vezes, sendo impedidos por golpes rápidos e fortes da morena. O último veio de frente, também sendo golpeado no estômago.


 

No momento que este último foi acertado, Sayuri, com a respiração ofegante, olhou para o céu noturno. A lua iluminava seu adversário nos céus que vinha com o Rasegan preparado em mãos e este lançou a esfera de vento, que no momento desapareceu. Os olhos da Sakurai podiam ver perfeitamente que a técnica não sumiu, e sim se tornou invisível. Com grande dificuldade, impediu o golpe com sua katana e finalmente desapareceu por completo. Estranhamente, estava ficando exausta demais. Porém, Boruto, assim que desceu e ficou de pé também na poça de água, ela notou que ele não estava diferente, mas menos que ela.


 

Os olhares encontraram-se novamente, porém cansados. O som da grande katana caindo na água foi presente, enquanto o mesmo acontecia com a kunai que estava nas mãos de Boruto. Ambos ficaram em posição de luta, esperando o outro tomar a iniciativa. O Uzumaki a tomou, indo em direção a Sakurai com uma velocidade absurda. Os punhos colidiram, sendo seguidos de vários outros golpes próximos. Golpes fortes, precisos. Sim, idêntico ao estilo de luta Hyuuga. Ambos eram descendentes desse clã importante e poderoso, não tinha como ser diferente os ataques físicos. Tendo tal habilidade, as forças estavam claramente em empate.


 

O último golpe foi dado por Sayuri, mandando Boruto metros longe. O corpo de ambos doía como nunca. Os ataques tão fortes e precisos ficaram marcado em ambos. Mesmo com certa dificuldade, ela fez alguns selos enquanto tentava se recuperar. Quando o Uzumaki se levantou, também dificilmente, viu uma enorme bola de fogo em sua direção, que com sorte desviou. Ainda ofegante, correu na direção da Sakurai. Mas ela foi mais rápida, logo fazendo o kaiten para impedir o golpe. Isso fez com que o loiro fosse novamente para longe, caindo no chão molhado.


 

—V-Você... Melhorou muito... Sayuri.-Comentou se levantando com dificuldade e muito ofegante.


 

—E-Eu sei... E você também melhorou Boruto.- Respondeu também ofegante.


 

—Vamos acabar com isso...?-Perguntou já de pé.


 

—Sim.


 

Nesse instante, uma enorme nuvem cobriu todo aquele céu. A escuridão tomou todo aquele local. A luz parecia que tinha sumido por causa desta. Um completo negro, sem qualquer sinal de luz, e os trovões logo foram ouvidos. Porém, duas luzes azuladas tornaram-se presentes naquele momento, juntamente com mais outros dois sons. Sons e luzes vindo tanto de Sayuri quanto de Boruto. Na mão esquerda da Sakurai, estava a luz e o som do Chidori, um bem poderoso. Enquanto na mão direita do Uzumaki, estava o Rasegan, também forte. As técnicas iluminaram os rostos de seus donos. A morena ainda tinha seu poder ocular ativado, e neles havia seriedade, e o desejo de enfim acabar com tudo. Nos olhos do loiro, era diferente, encontrava-se a tristeza. Pois ele sabia que depois desse último golpe, tudo mudaria, pois ela iria embora.


 

—Sayuri... Por favor... Estou te implorando... Me perdoe, por favor, fica.-Falou tristemente.


 

—Nunca!- Gritou.


 

Com um suspiro longo e derrotado, a expressão do Uzumaki também mudou. Ficou sério, decidido, assim como a Sakurai.


 

—SayuriBoruto!!!- Gritaram, ambos, em uníssono, enquanto avançavam com tudo que podiam.


 

Os golpes se colidiram, a força do ar quanto a dos raios, causando uma grande explosão. Nem mesmo quando Naruto e Sasuke lutaram desta forma quando eram de mesma idade se compararia ao estrago que essa colisão trouxe. Boruto tinha conseguido superar seu pai, assim como Sayuri um de seus mestres, e ainda tão jovens. O impacto tinha sido tão forte dos golpes de ambos que causou mais danos do que antes, o que fez caírem quando tudo acabou, claramente desacordados. E no momento que os corpos de ambos encontraram o chão, o último trovão foi ouvido e começou a chover.


 

Com um pequeno gemido de dor, abriu seus olhos. O velho azul claro tinha voltado e abandonado o roxo de ira. Estes, agora viam o céu alaranjado e com as poucos nuvens indo embora. Ainda algumas gotas de chuva caiam, mas eram tão poucas e finas que ela nem ligou. A luz do sol davam inicio ao novo dia mais ensolarado. Com toda força que tinha nos braços, tentou se levantar, mas o chão ainda molhado fez seus braços escorregarem e seu rosto ir de encontro ao chão. Tentou novamente, dando seu melhor, e seus olhos se estremeceram ao olhar o que tinha em sua frente.


 

Sayuri não podia acreditar que em sua frente estava Boruto, machucado e desacordado. Sua visão ficara embaçada por conta das lágrimas, e tentou impedi-las fechando os olhos. Ficando de joelhos, pegou o corpo do seu amado em prantos. Quando abriu novamente seus olhos, fitou o Uzumaki.


 

—B-Boruto-kun... Me perdoa!-O abraçou mais forte do que antes.- Eu estava fora de mim... Eu jamais iria querer te fazer mau! Nunca quis... Te machucar. A verdade é que eu... Eu te amo Boruto-kun. Eu te amo com todas as minhas forças, de todo meu coração, corpo e alma. Sem você, eu não estaria viva. Desde que me salvou... Eu sempre me senti estranha em relação á você... Mas eu descobri que isso era amor. Eu te amo Boruto-kun. Mesmo você não tendo me ouvido, coisas assim... acontecem né? Eu te perdoo seu grande idiota... Mas eu não posso ficar sabendo do perigo que vou trazer a você e pra todo mundo. Ninguém vai me aceitar de volta... Ninguém... Mas mesmo que eu fique longe, eu sempre iria ter você em meu coração Boruto-kun... Eu te amo mais do que tudo e até a mim mesma. Eu não tinha motivos para viver, até te conhecer. Você se tornou a minha razão de vida... Então não me deixa Boruto! Eu te amo demais pra te perder!-Quase gritou, achando que seu amado já estivesse morto.


 

—S-Sayuri...-O ouviu chamando seu nome, mesmo baixinho.- Eu... Também... Te amo... Muito.


 

Seus olhos se arregalaram ao ouvir aquelas palavras, principalmente por ele estar vivo. Mas ele estava de olhos fechados, significava que ele ainda estava desacordado. Porém, tinha ouvido as palavras dela. Isso preencheu o seu coração de felicidade e de amor! Ela, mesmo corada e nervosa, aproximou seu rosto do dele. E delicadamente, depositou um selinho demorado e apaixonado nos lábios do Uzumaki. O olhando com ternura, fez carinho no rosto dele, e depois o abraçou ainda mais forte, apoiando sua cabeça no ombro dele e fechando os olhos.

Quando os abriu, assustou-se brevemente. Pois, abaixo deles, tinha uma pequena quantidade de água, e esta tinha o reflexo exato dos olhos da Sakurai. Seus olhos estavam diferentes, voltaram a ser roxos. Mas, com uma grande diferença. Ao redor de sua pupila, tinha pequenos desenhos vermelhos sangue semelhantes a pétalas, fazendo com que parece o broto de uma flore de cerejeira. Além de uma estranha marca. Seu poder ocular tinha evoluído, mesmo sem saber se a razão foi o amor que tinha por Boruto ou a dor que sentiu ao pensar que ele tinha sido morto por suas mãos. Também sentiu que todos os seus ferimentos haviam sumido, juntamente com sua dor física. Não havia mais dor nela depois que viu seu novo poder.


 

Levantou-se, e colocou seu amado sobre suas costas. Lembrou-se brevemente da vez em que ele havia feito o mesmo com ela, e agora era a hora dela retribuir. Por estar totalmente curada, conseguiria levar Boruto até em casa, e foi o que fez. Entrando pela janela do quarto dele, silenciosamente para não acordar ninguém da casa. E com cuidado, tratou de todos os seus ferimentos, sem acordá-lo. Ao terminar, o deitou na cama gentilmente e depositou um suave beijo em sua testa.


 

—Adeus Boruto-kun... Sentirei saudade.-Disse, antes de sair pela porta.


 

Sayuri tinha voltado ao local da luta, e pegou suas coisas. Quando iria sair, olhou em uma das árvores e avistou Kou, apoiado na mesma com os braços cruzados. Ele tinha um pequeno sorriso no rosto.


 

—Está atrasada. -Comentou com o mesmo sorriso.


 

—Ei! É você o atrasado, seu idiota! Eu fiquei te esperando desde de meia noite e o Boruto-kun apareceu e...- Retrucou, mas foi interrompida pela risada do albino.


 

—Ei, ei. Eu sei de tudo. Eu vi tudo. Observei a luta de vocês... Inclusive a declaração linda de amor. Você é bem romântica quando quer, baixinha.- Comentou sorrindo ainda mais, o que deixou a Sakurai rubra como pimenta.


 

—Kou-kun! Idiota! Eu posso ser romântica, mas não sou baixinha!- Respondeu, cada vez mais vermelha enquanto o Yagyu andava em sua direção e ficava de frente á ela.


 

—Claro que é. Se não fosse, não seria menor do que eu.-Riu, bagunçando os cabelos negros dela.


 

—I-Idiota...-Murmurou irritada.


 

—E então? Ainda vai ou pretende ficar?- Parou e se separou um pouco, olhando-a sério.


 

—Eu...-Ela olhou para o céu.- Eu vou... Ainda sim não posso ficar. Todos me acham uma assassina, e todas as provas me incriminam até agora, essa é a verdade. E porque... -Ela o fitou séria.- Eu sinto que algo por aqui está muito errado. E eu preciso descobrir o que é. As respostas não estão aqui.


 

—Certo, mas você esqueceu de uma coisa Sayuri...-Ela ficou confusa, e ele novamente sorriu.- Você não está sozinha, eu vou estar com você, não importa o que aconteça. Tanto porque, alguém precisa cuidar de você.


 

—Ai, ai... Você é bem irritante, mas tudo bem. -Retribuiu o sorriso.


 

—Vamos?


 

—Sim.


 

Sayuri, antes de ir, finalmente notou que o sol já iluminava totalmente o dia. Levantou a mão até ele, como se desejasse alcançá-lo. Em sua mente, a memória de seu amado sorriu passou. Para ela, ele era como o sol. Era brilhante, era aquecedor e iluminou e salvou sua vida. Afinal, o que seria de uma flor sem a luz do sol para dar-lhe vida? Ela queria, desejava do fundo de seu coração, ter novamente a companhia daquele sol, a razão da sua vida. Fechou a mão e abaixou-a, logo seguindo Kou que já estava a sua frente.


 


 


 

...Assim como o lírio branco terá a companhia do sol.


 


 

O fim...?


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Notas finais do capítulo

Pois é pessoal, chegou ao fim... O fim? Não, apenas o começo!
Deixa eu explicar melhor: A fic terá DUAS TEMPORADAS, e esse foi O FIM DA PRIMEIRA.
"Por que acabou tão cedo?" Porque a história estava fugindo do que eu planejava, e que vai mudar, de certo modo, a segunda.
"Como vai ser a segunda temporada?" Vai ser com TODOS na faixa etária de 16 anos, como em Naruto Shippuden. A historia será MAIS focada no BORUTO E NA SAYURI INDIVIDUALMENTE NO ÍNICIO, porém, na metade, já estarão mais unidos como casal cannon.
"Mas Autora, no capítulo anterior, a Sayuri falou coisas que houve no filme do Boruto, mas por que não fez isso tudo em um capítulo ou mais?" Porque eu não consegui passar quase nada do filme do Boruto para a fic. PORÉM, eu possivelmente postarei um extra do aniversário da Hima, do qual vai dar ideias melhores do que houve no filme. Por causa desse capítulo extra, não deixarei a fic como concluída.
"Autora, quando vai sair esse extra e a segunda temporada?" Ainda não tem previsão. Porém, farei o meu melhor para que seja em breve.
Bom, é isso! Espero que tenham gostado da fic e principalmente da luta. E... OBRIGADA POR TUDO MEUS QUERIDOS LEITORES! VOCÊS SÃO DEMAIS! Até a próxima e beijinhos de chocolate! ^3^



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