Enquanto isso....

–Então é você o famoso Orochimaru?- A voz da Sakurai ecoou, assustando o homem a sua frente, do qual encontrava-se distraído com algo.

–Quem é você e o que faz aqui?- Perguntou chateado, não fazia ideia de que a aquela garota, aparentemente inocente, fizesse ali.

–Me chamo Harumi, do clã Sakurai.- Ela o respondeu meu entediada, mas mudou seu semblante para sorridente ao ver que ele arregalou os olhos.- E vim lhe perguntar algumas coisinhas... Como por exemplo... -Ela abre um sorriso- Primeiramente, ouvi falar muito bem de você e queria ser sua discípula... Quero muito matar um certo alguém...

–E por que não pede para os anciãos do seu clã para tal?- Perguntou incrédulo, mas notou que a morena mordeu o lábio inferior, e já supos o que se passara.- Quem foi que massacrou seu clã Harumi-chan?

–Minha Nee-chan, ela que fez isso. Por isso, para vingar cadê um, vou matá-la!- Quase gritou em determinação.- Não importa o que tenho que fazer, eu vou matá-la!

–Interessante sua determinação... Mas não farei isso.- Ele a respondeu sério, o que fez ela gritar.

–QUÊ?!!!! COMO É QUE DISSE?!

–Exatamente o que ouviu.

–Ah! Que droga! Bom, pelo menos não vim aqui pra nada...- Ela salta pra frente, retirando-se e, assim que pousou, tinha um pergaminho na mão.- Obrigada pela conversa e pelos pergaminhos e todo o conhecimento em jutsus que eles tem... Depois eu retribuo o favor.

–Como é que ela....

–Bye Bye!- Ela saiu correndo, em seguida, apareceram várias “Harumis” correndo com vários pergaminhos. Na verdade, aparentemente, foi quase tudo que Orochimaru tinha, e o mesmo ficara impressionado. Nem deu tempo de atacá-la, pois a mesma já tinha fugido pra bem longe.

–O QUE FOI ISSO?!!!- Perguntou Karin ao chegar no local e ver como tudo estava.

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No dia seguinte....

–Ai! Tô cansada!- Falou deitando-se em um sofá, exausta.- Bem, ainda é um pouco cedo... Posso fazer algumas coisinhas pro Mitsuki-kun....

Harumi, com um grande esforço, levantou-se do sofá que pra ela era um tanto confortável. Duas horas depois, ela saiu, mas, obviamente, depois voltou. Suas roupas estavam mudadas, usava uma blusa vermelha com um casaco preto e um short bem curto de mesma cor, e os cabelos estavam presos em rabo-de-cavalo alto e um boné vermelho. Ela retirou o último citado e deitou-se novamente no sofá, pegou no casaco um “game” simples e começou a jogar no aparelho. Ouviu passos, mas não ligou, muito menos com um grito surpreso.

–H-H-HARU-CHAN!!!!- Gritou extremamente assustado Mitsuki, finalmente, a Sakurai deu sua atenção pra ele.- O que você fazendo está aqui?!!!

–Simples;- Ela volta a olhar o jogo.- Vou morar aqui. Não tenho lugar pra ficar, então... Mas é só temporariamente.... Até eu arrumar um lugar pra ficar, eu vou cuidar da casa em troca de você guardar segredo sobre mim e me aturar.

–Enten-- QUÊ?!!!!!!!!!!!!!!

–Isso que ouviu, não quero repetir, se falar mais alguma coisa, pode ir esquecendo o café da manhã que eu preparei.- Respondeu a mesma apontando para a cozinha, mesmo dando atenção ao pequeno aparelho em mãos, do qual tinha uma mesa cheia de comida.- Faça um bom proveito, levei horas pra preparar aquilo tudo. Posso ser especialista em roubos e infiltração com apenas essa idade, mas também sei cozinhar pra sua informação.

–Oh... Valeu Haru-chan.- Agradeceu com um sorriso calmo.

–Disponha... Agora, me faz dois favores? Primeiro: Se contar pra alguém sobre mim ou daquela pilha ali, eu te mato e mato os seus amiguinhos idiotas, então, guarde segredo sobre isso também.- Ele engoliu a seco, não por ter a chance de perder sua vida, mas sim, a de seus amigos.- Segundo: Quando terminar o café, me dê um daqueles pergaminhos ali.

–Que pergaminhos..- Ele se virou pra trás e se assustou, uma pilha pergaminhos estava ali espalhada.- QUÊ?! DE ONDE VEIO ISSO?!

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–Onde... Estou..?

Olhei para os lados e não via nada. O lugar era um tanto escuro, mas tinha uma certa claridade, o que fazia eu ver que eu estava sozinha. Eu estava de joelhos, com um vestido branco muito bonito do qual nunca tinha usado ou visto antes. O que eu mais estranhei foi que tinha um pouco de água no local, mas era pouco e só chega vai até um pouco em meus joelhos, e notei também que tinha algumas poucas pétalas de cerejeiras ao meu redor. Eu estava confusa, e sentia minha visão um pouco pesada. Ouvi passos se aproximando a minha frente e me assustei, olhando pra frente. Vi um homem de pele pálida se aproximar com um sorriso um tanto mau. Seu cabelo branco com tonalidade azulada era preso em um longo rabo de cavalo e tinha um par de chifres que se assemelhavam a orelhas de um animal.

–Seus olhos são poderosos... Sakurai.- Disse um tanto venenosamente enquanto olhava diretamente em meus olhos.- Pergunto-me se chega ser tão poderoso quanto meu Rinnegan...- Senti uma forte dor e meus cabelos sendo puxados violentamente, e me senti incapaz de me mover. Olhei com um tanto de esforço para trás e vi um homem muito forte puxando meus cabelos, ele era muito parecido com o outro a minha frente. Senti meu queixo ser puxado com força para frente, e vi que o homem de antes estava me olhando com um sorriso ainda maior.

– O que vai fazer?- O questionei com a voz um tanto falha.

–Isso é bem obvio não?- Eu entendi o que ele iria fazer e fechei os olhos.- Não irá adiantar de nada...

Ele, com um pouco de força, abriu meu olho direito. Senti uma imensa dor no mesmo, chegando ao ponto de gritar desesperadamente. Assim que parei, estava um tanto ofegante. Olhei para baixo e vi a água que estava envolta de mim ficar aos poucos vermelha vermelha... Sangue. No que ainda podia ver de meu reflexo nela era a minha franja cobria parte de meu olho direito, mas o que não era coberto, podia se notar ainda mais sangue, e eu sentia um grande vazio no mesmo.

–Não... Não pode ser....- Repetia pra mim mesma assustada.

–Agora... Vamos pro outro...

Ele tentou pegar o outro, mas eu me mexia relutante para ele não o fazer. Sentir a força que puxava meus cabelos sumirem, na verdade, não senti mais os meus cabelos. Quando me toquei que eles haviam sido cortados e levantei minha cabeça, a última coisa que eu vi foi um Rinnegan vermelho, pois depois, não vi mais nada, só senti uma dor imensa em meu olho direito e minha voz rouca gritar desesperadamente.

–Sayuri... Sayuri! Sayuri!!- Ouvi uma voz me chamar.

Levantei minha cabeça e dei de cara com a Sarada-san me encarando um pouco irritada. Foi aí que me toquei: Tinha me lembrado perfeitamente do sonho que tive noite passada, o que me fez ficar “fora da realidade”. Sentindo uma certa dor nos olhos e na cabeça, os cobri com a minha mão, também tentando disfarçar a vergonha por causa daquela situação constrangedora.

–Gomen ne Sarada-san... - Me desculpei envergonhada.

–Sayuri-san, tá tudo bem?- A Chouchou-san me perguntou um tanto preocupada.

–Sim, tá tudo bem. Só uma dorzinha de nada nos olhos.- Levantei um pouco a cabeça, dando um pequeno sorriso desconcertado.- Vamos?