Online Dating escrita por Sunny Deep, Ally


Capítulo 9
Capítulo 9 // 1234


Notas iniciais do capítulo

Heey pessoas! Eu sei, eu sei que eu fiquei dois capítulos sem dar sinal de vida e tudo mais mas aqui estamos de volta e com um capítulo novo! ♥ E o que falar sobre essa capa nova de Online Dating, assim, não tem como ♥
Infelizmente... esse capítulo não tem loirosexy_, ou tem, sei lá... é muito confuso...
A Sunny mandou um beijo para todos vocês por serem seres iluminados que comentam. ( e que também deveriam favoritar e mandar mais recomendações e.e)
Bem, não vou ficar enrolando ( mesmo que eu já esteja fazendo isso agora ) e vou deixar o capítulo para vocês.
Até as notas finais ♥



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capítulo 9

1234

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Rose Weasley precisou de exatos 5 segundos e 43 milésimos para entender o que estava acontecendo em sua frente.

Mas não, Rose não precisou de exatos 5 segundos e 43 milésimos para entender o motivo da animação do avô, reconhecer a cara redonda de Albus, ou para tentar achar uma explicação lógica do porque Dominique tinha escolhido usar um vestido tremendamente apertado numa noite fria como aquela. Ela precisou desses 5 segundos e 43 milésimos para sentir um ponto a cima do estômago dar um solavanco, suas mãos suarem, os olhos se arregalarem e uma onda de vergonha tomar conta de si mesma quando viu os cabelos loiros do jovem.

"X-Men"

— Meu Deus, garotos, entrem, entrem logo. Esse clima está cada vez pior e vocês vão pegar uma gripe se não aquecerem logo. — A Senhora Weasley começou, puxando a dupla de amigos para dentro da casa e tirando seus casacos molhados por causa da garoa, os fazendo sentar no mesmo segundo.

Os olhos da Rose encontraram o do primo que acabara de chegar, e era provável — muito provável mesmo — que sua cara de pânico estava bem evidente, já que ele teve que segurar um riso. Albus devia saber que as últimas pessoas que ela queria ver eram eles, e pra piorar ainda se divertia às custas daquilo.

— Bom, já que todos estão aqui — Hermione sorriu, após cumprimentar o visitante. — Que tal jantarmos?

Era impossível definir o alívio de toda a família ao ouvir aquilo. Não importa quando, ou as circunstâncias, qualquer um que tiver o gene Weasley amará comida de uma forma um pouco acima do normal. Se serviram depressa, e quando Dominique virou-se para pegar um pouco de carne não se assustou ao ver Albus atacando a massa feita pela Vovó Molly.

Ficar em silêncio em uma mesa, na Toca, com quase todos os Wealseys juntos, era impossível. As risadas eram um pouco escandalosas e chamava os mais próximos para a conversa. Menos Rose, elas estava quieta, no seu canto. As vezes dando uma leve risada ou concordando com a cabeça sobre algo.

— O que você têm? — perguntou Fred, sussurrando.

— Absolutamente nada. — respondeu, cortando um pedaço de cenoura em seu prato em um pedacinho menor. Ele deu de ombros e voltou a conversar com James.

— Ah, por favor, né? Vai dar uma de tímida agora, Rô?! — provocou Domi, que também estava prestando atenção nela.

— Não é dar uma de tímida... — ela suspirou e se inclinou em direção a prima, como se em algum dimensão paralela aquilo fosse o suficiente para fazer ninguém na mesa ouvir a conversa que estavam tendo. — É...

Mas logo a prima estava rindo de uma piada de Teddy, e a ignorando totalmente.

— Esquece...

— Ah, oi, fala. — tentou ficar séria e se concentrou em Rose. — Pode dizer.

A ruiva revirou os olhos e falou o mais baixo possível.

— É ele.

— Ele quem, menina? — a olho sem entender.

— Pensa um pouco. — Rose repetiu na esperança que a jovem percebesse. Mais a frente a Sra. Weasley perguntava se Scorpius, visitante/amigo de Albus, precisava de alguma coisa. — Ele.

Dominique não entendeu nada, de qualquer forma. Rose, quase com vontade de amassar o cérebro da prima, exclamou.

— O mutante!

— Ahhh... tá... Mutante... — Domi falou para si mesma enquanto virava a cabeça para os lados e via os cabelos loiros de um garoto alto e de olhos cinzas que, definitivamente, estava longe de ser alguém que elas conheciam. Mas mesmo assim, não entendeu direito o motivo do apelido que Rose dera pra ele ser “mutante”.

—O loiro do lado de Albus? – questionou, abrindo um sorriso. Ela encarava ele sem conseguir desviar o olhar, o que, no mínimo, era assustador. E descarado. E estranho

— É.

— Ele é gostoso, puta merda.

— Domi! — protestou Rose, checando se ninguém prestava atenção em sua conversa. Mas ficou tranquilizada ao perceberem que estavam falando sobre um filme com uma atriz famosa que mudava de corpo.

— O que? É verdade, ele é muito gostoso. Por que você brigou com ele? Eu aproveitaria pra fazer outras coisas, como agar...

Antes que Dominique pudesse terminar sua frase, Rose ouviu a voz de sua mãe ecoar pela cozinha da Toca e fazer sua face esquentar.

— Garotas, olha que interessante: Scorpius acabou de se mudar pra cá. Ele foi transferido para Hogwarts a pouco, e é provável que vocês se vejam muito daqui a diante. — sorriu para ele. — Que bom que você já veio jantar conosco, aproveita para conhecer Dominique e Rose, que estudam lá também. Fred se formou ano passado. Graças a Deus.

Rose até teria rido como os outros, mas ao ouvir a parte do “é provável que vocês se vejam muito” conseguiu apenas engolir a seco. Droga! Não bastava ter passado aquele mico?!

— Tia, ele só vai precisar conhecer Domi. A Rose já conversou com ele antes, sabia? — Albus afirmou, trazendo certa surpresa aos olhos de Hermione.

—Verdade?. Por que não disse antes, filha?

"Ah sei lá, porque ele é um babaca que deve estar fazendo piada até hoje da minha cara, e, ah... Por causa daquilo”

— Hãm, eu... eu não achei muito importante. — disse, tentando parecer o máximo normal possível e não totalmente em pânico.

— A gente só se viu uma vez, na verdade. — completou ele.

— É, ela foi lá em casa semana passada só pra conhecer ele. — Albus disse, sorrindo ao perceber a situação que estava metendo a prima.

Rose sentia que sua pele ia corar da mesma forma que um camarão no Sol, mas não apenas de vergonha por agora todos estarem olhando para ela, mas também por que seu primo tinha conseguido dar um sentido maravilhoso e muito mais profundo para aquela frase.

— Bom, não foi bem assim — tentou justificar, dando uma risada nervosa. — Eu não estava indo visitar ele ou qualquer coisa do tipo, claro que não, na verdade eu tinha ido, mas, por que a Domi não foi, espera, foi tudo um mal entendido, eu não...

Os primos dela já estavam rindo da situação.

— Sua comida está muito boa, Sra. Weasley — Scorpius tentou desviar a atenção desse assunto, percebendo o quão incomodada a garota a sua frente estava.

Rose queria se enterrar, definitivamente.

Vovó Molly agradeceu e o assunto se desviou para outras coisas, Rose poderia respirar normalmente agora, sem a pressão de sua mãe. Mas não passava de um falsa ilusão, e isso ficou óbvio no momento em que Ronald perguntou o que o garoto estava estudando.

Foi uma felicidade descobrirem que ele estava estudando nada meia nada menos que...

— Medicina?!

Dominique sorriu de lado, interessada. Ninguém ali era cego, e ela também não seria. O garoto era gato, tinha olhos incríveis e, ainda por cima, estudava medicina. Mas a próxima fala de sua mãe a fez perceber que não era nada daquilo.

— Seus pais devem estar orgulhosos! Eu ficaria tremendamente orgulhosa se Rose finalmente decidisse seguir uma carreira tão brilhante como essa... Ela gosta muito de medicina. Uma pena ter seguido outro caminho.

E então Rose se sentia como uma adolescente de 14 anos preste a receber sua nota matemática depois de passar a semana inteira vendo Netflix ao invés de estudar. Pior do que aquilo não podia ficar.

Ela jurou até sentir o ar ficar mais denso.

Mione— advertiu Gina, assim como todos, sabendo no que aquilo ia dar.

— Ah, Gina, mas não é verdade? Rose pode ter um futuro maravilhoso também, basta ela correr atrás disso. Estudar uma língua estrangeira não é bem a melhor opção, até ela sabe disso, não é filha?

Rose Wealsey não assentiu. Não sorriu. Não gritou dizendo o quanto aquilo era uma injustiça com ela. Não fez nada além de afastar a cadeira da mesa e se levantar.

— Com licença.

Quer dizer, ela entendia que sua mãe se preocupava com seu futuro. Ela entendia que Hermione ainda não tinha superado o fato da filha tecnicamente brilhante ter decidido uma formação não tão brilhante assim. Ela entendia que tinha capacidade pra cursar coisas que dessem mais remuneração ou reconhecimento. Ela entendia tudo isso, mas não concordava. Era a vida dela, ela tinha o direito de escolher o que fazer.

Rose tinha o total direito de decidir algo e de quebrar a cara. Rose tinha o total direito pra viver a vida dela, por que, afinal, a vida era dela.

Hermione veio logo atrás, e como um combinado silencioso, foram para o escritório onde Ronald Weasley trabalhava às vezes.

— Certo, está na hora de termos uma conversa. — começou a mãe. — Você não precisava ter saído da mesa daquela maneira.

— E você não precisa, toda vez que eu estou aqui, jogar na minha cara o “quão erradas” foram as minhas decisões.

— Eu só quero abrir seus olhos, Rose! Te mostrar o que você esta fazendo com sua vida.

— Mãe, por favor, para. — pediu, cansada.

Cansada de sempre ter a mesma conversa, de sempre chegar no mesmo lugar.

— Filha, você era uma das melhores da sua turma. Quase um prodígio. Inteligente, centrada e totalmente a frente de sua idade. Todos nós sempre fomos orgulhosos de ter você como filha. Mas aí chegou um ponto, no último ano, que você parecia perdida.

— Eu não estou perdida, mãe. — sussurrou, tentando colocar isso como uma verdade até mesmo pra si mesma.

— Claro que está. Você não sabe o que fazer, eu vejo isso em você. Eu só quero te ajudar...

— Não, mãe, você quer me colocar pra baixo. Eu tô cansada disso. E eu tô bem, tá? Não vou desistir de fazer o que eu gosto só porque, no futuro, não vou ter uma mansão ou algo assim. Por que, uma vez na vida, você não me apoia?

— Eu te apoio, Rose, só quero que você tenha um futuro digno de sua capacidade!

— Viu? De novo, de novo e de novo. Sempre as mesmas falas, as mesma justificativas. Eu cansei. Se você acha que me apoiar é fazer e me sentir uma idiota na frente de todo mundo, então espero que você não me apoie.

A ruiva deu meia volta para se retirar do local, e quando estava já na porta, com um pé fora do cômodo, sua mãe a chamou, tentando continuar com aquele ciclo vicioso que as acompanhava sempre.

— Rose...

— Eu não vou discutir mais com você, ok? — disse, com uma firmeza que até então sua mãe não tinha visto desde que ela passou a morar com Dominique em um apartamento próximo ao campus da faculdade. — Acabou, chega disso. Posso viver sem os jantares em família e posso passar meu Natal em casa, não vai fazer diferença. E eu até posso estar passando por uma fase estupidamente confusa da minha vida, mas também sei me virar. Posso agir como uma adolescente, mas acredite, eu posso tomar decisões de uma adulta.

Mas ainda existiam barreiras a serem cruzadas até ela provar isso. Barreiras que ela decidiria, naquela mesma semana, passar por cima. Por que, dessa vez, ela precisava provar algo. Não para sua mãe, mas para si mesma.

Rose pegou se casaco e ao passar pela sala, Albus disse que iria dar uma carona pra ela até Londres. Ele também estava indo embora, mas pediu que ela chamasse Scorpius, que estava no jardim, para poderem irem embora.

Meio a contra gosto e com raiva, Rose foi atrás dele, e o encontrou sentado na escada de madeira nos fundos da Toca.

— O Albus já tá indo embora. — informou o loiro com cansaço na voz enquanto o observava . — Ou você quer ficar aí pra sempre?

— Não, não. Eu já tô indo.

Ela deu um passou para entrar novamente na Toca quando ele se virou pra ela.

— Desculpa por essa noite, acho que não deveria ter vindo. Causei problemas entre você e sua mãe, certo? Foi mal.

— Ah, não. Tudo bem. É normal isso acontecer em jantares em família. Sabe? Muita gente, muita energia, muita fome... — soltou o ar e uma fumaça branca saiu pela sua boca. Tomou coragem para olhar nos olhos do garoto, e tentou não parecer extremamente envergonhada ao lembrar do episódio na casa de Albus. — E meio que desculpa pelo dia do abajur, ele continua intacto, pelo menos. E você também, então...

— Normal. O Albus também fez parecer que era outra coisa...

— Deixa isso de lado, mutante.

Eles não falaram mais nada. Eram praticamente desconhecidos e nenhum dos dois parecia ter coragem o suficiente de começar uma conversa nova ou falar sobre o quão merda o clima estava. E ficaram em silêncio.

Ao chegar na sala, Rose deu um “tchau” pra ninguém em específico. Estava chateada com tudo que aconteceu e sua cabeça ainda tentava entender o que acabava de ter acontecido..

A viagem até Londres foi silenciosa, apesar de Albus às vezes puxar um assunto totalmente aleatório — o que era a cara dele. Rose nem se deu ao trabalho, apenas continuou com a cara encostada contra o vidro do carro enquanto olhava os carros do lado de fora passarem como flashes.

Aquilo tudo era como receber nota de matemática. A vida de Rose Wealsey, para a própria Rose Wealsey, era uma gigantesca prova de matemática. Para cada tipo de questão existe uma fórmula a ser seguida para se encontrar a resposta certa— mas Rose simplesmente não sabia qual fórmula usar para ajeitar as coisas.

E talvez era por isso que ela odiava jantares em família: porque eles sempre a lembravam que ela não tinha descoberto a tal fórmula para sua vida.


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Notas finais do capítulo

FHDJGDFKDS ESSE FOI O FINAL MAIS FILOSIFICADORIZISTICO DO MUNDO PQP
Sério, esse capítulo foi ,eu acho, o que eu e a Sunny mais "wow", desde o começo da fic a gente estava esperando para poder escrever essa briga com a Hermione e a Rose e finalmente está aqui! AH, E JÁ PERCEBERAM QUE O PRÓXIMO CAPÍTULO É O DÉCIMO? Gente, 10 capítulos, pode não parecer muita coisa mas socorr.
Logo, logo, talvez ainda essa semana e.e tenha capítulo novo em OD.
Espero que vocês tenham gostado tanto quanto eu e a dona Sunny e até os comentários