Online Dating escrita por Sunny Deep, Ally


Capítulo 8
Capítulo 8 // coffee


Notas iniciais do capítulo

GENTE, para tudo e repara na nova capa da nossa fanfic (e com 'nossa' eu incluo vocês também, porque são vocês quem nos motivam e inspiram para continuar escrevendo OD). Sério, a ahlupin arrasou! O que vocês acharam? Nós amamos!
Mas entãoooo, vocês não vão me esquartejar por ter demorado quase um tempão, né? Vocês serão bonzinhos, certo?
A Ally continua sem computador, e vocês terão que me aguentar aqui. Pensem bem antes de me matarem pela demora kkkk
Enfim, está aí o capítulo! Espero que gostem, ele tá bem grandinho :3



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capítulo 8

coffee

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Haviam se passado dois dias.

Dois dias em que Rose Weasley levou o maior susto da sua vida, se sentiu mais envergonhada do que nunca e se tornou alvo das piadinhas de mau gosto do seu primo. Assim como se passaram dois dias conversando com o loirosexy_, continuando a evitar ao máximo Albus, seu amigo mutante, ou qualquer pessoa possivelmente relacionada à eles.

Afinal, Rose havia superado tudo aquilo, com certeza, 100%. Super.

“Então você vai me deixar sozinho por causa de um jantar?"

— Loirosexy_

"Eles combinaram de última hora! Eu nem queria ir..."

— Você

 

"E você não vai ficar sozinho. Tenho certeza que deve ter alguém desesperado para ficar com você agora mesmo."

Você

"É provável que tenha alguém que possui uma mulher desesperada por mim."

— Loirosexy_

"u.u"

— Você

"Mas você ainda está trocando a minha companhia por um jantar qualquer."

— Loirosexy_

"Se eu pudesse não ir e ficar assistindo Grey's Anatomy eu ficaria... mas é minha família..."

— Você

"O marido da Meredith morre na 11° temporada."

— Loirosexy_

"Eu te odeio."

— Você

— Rose! — Dominique gritou sem pensar duas vezes no ouvido da prima, que parecia ter dormido com um cabide na boca, já que não parava de sorrir para a tela do laptop. — Meu Deus, larga isso e me ajuda com esse vestido, Rô, Deus! Vamos chegar atrasadas!

Rose revirou os olhos, mesmo sabendo que elas já estavam atrasadas. Extremamente atrasadas.

A ruiva se afastou do laptop e foi salvar a prima, que brigava com o zíper de seu vestido como se estivesse em uma batalha — na qual, evidentemente, estava perdendo.

— Prende a respiração — aconselhou, puxando o zíper com força. Aquele vestido deveria ser, no mínimo, dois número a menos que Dominique geralmente usaria. Parecia até que ela morreria asfixiada naquele treco.

— Merda, Rose, acho que eu deveria ter começado com a dieta antes. — falou com a voz pausada, tentando ficar com uma postura ereta mesmo parecendo que iria explodir como um balão soltando glitter para todos os lados.

Rose até imaginou se na faculdade de medicina eles ensinavam alguma coisa sobre explodir em vestidos por falta de oxigênio, mas logo percebeu que não. Por que se eles ensinassem, Domi não estaria prestes a explodir em um.

— Dominique, você vive de dieta desde os quatorze anos...

— Exatamente, eu deveria ter começado com onze — respondeu dando um longo suspiro.

— Tem certeza que você não quer que...

— Não. Eu vou usar esse vestido, ponto final. — ela se apoiou na prima e conseguindo voltar a andar.

A Weasley revirou os olhos e se sentiu muito feliz por estar usando calça jeans e a blusa básica que tinha escolhido. Era um jantar de família, afinal, todos sabiam que esse era o máximo pelo o qual a filha de Ronald Weasley passaria . Ela não tinha paciência — nem cabeça — pra suportar uma noite inteira em um vestido, saia, ou qualquer outra coisa que mostrasse as pernas demais, corpo demais ou que precisaria um equipamento de mergulho para respirar.

Jeans sempre foi a melhor escolha.

E jeans sempre será.

— Certo, agora vamos logo antes que vovó pire com a nossa demora. E antes que minha irmã chegue, ela anda meio impaciente.

Rose deu risada e pegou sua bolsa enquanto pensava no fato que, em Victorie, sempre faltava paciência. Ela até se lembrava do dia em que a garota jogou no chão e pisoteou a pilha de livros que Rose segurava, apenas por que a mais nova não conseguia decidir qual gostaria de ganhar de aniversário. No final, para piorar o humor dela, a livraria a obrigou à pagar cada um deles – e levá-los para casa.

O lado bom é que Rose ficou com os sete livros. E mesmo com a raiva da prima aquilo não a impediu de achar aquele o melhor presente que havia ganhado... Mas, qual é, ela tinha treze anos!

— Você quer dizer a minha mãe, né? Ela se irrita com tudo o que eu faço. — falou, fechando as abas da internet e digitando uma mensagem de despedida para seu amigo virtual o mais rápido que podia, antes que Dominique começasse a falar qualquer coisa.

— Isso é amor. — constatou a prima, colocando os seus saltos e olhando para a amiga.

E por um instante Rose ficou em dúvida de quem ela estava falando.

— Minha mãe ou...?

— Sua mãe! Meu Deus, Rose, eu sei que você ama o loirosexy_, já que prefere passar mais tempo com ele do que comigo — a ruiva revirou os olhos com a manha da prima —, mas, pelo o amor de Deus... Se controla.

—_

O carro da irmã mais velha de Domi já estava estacionado do outro lado da rua quando as duas apareceram na porta do prédio.

— Finalmente! — exclamou Victorie, balançando seus cabelos loiro-avermelhados. — Eu já acreditava que vocês não apareceriam mais — a jovem reclamou.

Mesmo com a voz irritada e com os olhos azuis prontos para atacar, Victorie parecia uma princesa de algum reino europeu perdido — ou uma deusa desconhecida. Mas na realidade não era apenas ela. Todos da família de Dominique, os Delacour, pareciam não ser totalmente humanos — ou sequer humanos.

— Ted não parava de falar sobre uma coisa chata do trabalho dele. Ele repete a mesma história desde semana passada, parece que não cansa! — resmungou mais um pouco, uma mania típica dela.

— Ei! — exclamou, indignado, o homem com cabelos azuis sentado no banco do motorista. Todos achavam que, quando Ted tomasse um rumo na vida, casasse, começasse a trabalhar, ele largaria o cabelo colorido. Mas, bem, todos estavam enganados, obviamente.

Não que Teddy Lupin não tivesse um bom emprego, rumo em sua vida ou uma ótima mulher como Victorie — ele tinha, ele tinha tudo aquilo e um pouco mais. Mas Teddy nunca seria Teddy sem seus cabelos coloridos e algumas coisas mais punks.

— Não é uma história chata, Vic! Eu vou contar pra vocês duas — ele olhou para Rose e Domi pelo retrovisor — e comprovar que é uma história hilária.

E então ele começou a narrar o que havia acontecido. A duas mais novas no carro trocaram um olhar cúmplice e deram risada, discretamente, da empolgação do rapaz — enquanto ouviam uma história envolvendo copiadoras e cerveja, até chegarem no local onde o jantar de família (marcado de última hora), aconteceria.

Os quatro chegaram meia hora depois na casa dos avós, pois tiveram que atravessar toda a cidade e ainda passar pela parte rural ao redor de Londres para chegar na casa dos patriarcas (a.k.a. Toca). O único lugar que conseguia suportar todos os Weasley’s de uma vez só, já que a cada vez mais a família aumentava.

Com sua arquitetura aconchegante, uma paisagem de filme americano e cheirinho de torta de maçã, Rose amava aquele lugar. Era seu lugar preferido de todo universo. Ela havia basicamente crescido ali, tido seus primeiros passos e seu primeiro beijo com o filho dos Longbottom, só que ela não amava tanto assim jantares em família. A garota tinha até uma definição para eles. Jantares em família não são apenas jantares em família, eles são criadores de intrigas e discussões familiares com apenas a função de gerar o caus. Ou apenas um “evento” para tornar todas as questões da sua vida um pouco mais embaraçosas do que elas já são.

Enfim, ela odiava. Principalmente depois de terminar o Ensino Médio e decidir o que cursar. Seus pais não gostaram nem um muito de saber que ela não trabalharia em algo “digno de sua inteligência”, mas o que fazer quando parece que você não se encaixa em nenhum lugar? Rose tinha notas boas em matemática, mas sua cabeça doía só de pensar em números; gostava de biologia e tudo mais na natureza, mas não o suficiente como a prima para estudar medicina; era uma vergonha redonda em artes e qualquer matéria de humanas, e então, lá ela tinha francês.

Rose gostava de literatura francesa. Era diferente, encantador — mesmo apesar da leve falta de educação dos franceses.

Aparentemente quem mais a apoiou foi Fleur, mesmo que seus primos nunca tivessem contra sua decisão. Já que era dela. Somente dela.

Rose e Dominique foram recebidas com um abraço apertado da vó, Molly. A senhora olhou as duas rapidamente e logo constatou que Rose precisava comer mais — nada que aquele jantar não resolvesse —, e Dominique precisava urgentemente passar um tempo na Toca para ficar “saudável” novamente.

— Que isso, vovó! Eu? Eu estou ótima! — sorriu constrangida, na esperança de manter sua dieta sã e salva.

— Não discuta comigo! Vamos, entrem, está frio aqui fora.

Ela deixou as deixou passar e começou o ataque à Ted e Victorie — o casal mais enrolado da família até então.

— Meu Deus! Teddy Lupin, quando você irá parar de pintar o seu cabelo com essas cores estranhas? E você Victorie?! Como ousa não visitar a sua avó? E pelo o amor de Deus, quando irão ter filhos? — O batalhão de perguntas foram o suficiente para fazer o casal ficar vermelho, apertarem o cachecol no pescoço e entrarem na casa com cheiro de Natal mesmo sem ser Natal.

As duas primas gargalharam com a cara que eles fizeram a cada pergunta, mas pararam ao ouvirem Victorie bufar. Não queriam ser atacadas por uma mulher envergonhada e raivosa, apesar de que todas as mulheres da família Weasley eram relativamente perigosa.

— Olha quem chegou! — exclamou um senhor ruivo quando elas entraram na sala, levantando do sofá e indo em direção ruiva baixinha. — Eu estava com saudades de você, filha. — Rony disse esquentando a filha mais velha no abraço.

— Eu também. Onde está a mamãe?!

— Na cozinha.

— Oh, isso não é bom. Nem um pouquinho — murmurou Domi, logo percebendo que havia acabado de dizer em voz alta. — Quer dizer, vocês sabem, tia Hermione é uma ótima cozinheira, maravilhosa na verdade.

— Não comece Dominique. Eu estou te ouvindo! — Hermione gritou da cozinha.

Os que estavam na sala deram risada e, após as duas terem cumprimentado todos os presentes, foram dar um “oi” para ela e tia Gina, que faziam coisas aleatórias na cozinha (sem se preocupar muito com a comida, já que Molly era a comandante daquela parte da casa – senão de todas.)

— Não vejo vocês duas faz um tempo! — Hermione deu um abraço em sua sobrinha e em sua filha, demorando mais no último. — Não sabem a falta que vocês fazem. E olha que não digo só das duas, mas de toda a geração de vocês.

Ela sorriu para a filha.

— Vamos conversar depois sobre algo, sim? — disse, mansamente. Rose sabia sobre o que sua mãe queria falar, mas evitaria o máximo possível ouvir aquele mesmo batido discurso de sempre.

— Onde está o Hugo? — perguntou, mudando de assunto.

— Hugo está lá em cima brincando com uns joguinhos dele. Parece até uma criança. — seu pai respondeu, encostado na batente da porta. Gina trocou um olhar cúmplice com Rose pela forma com que seu irmão se referia aos videogames, já que o homem estava acostumado a passar o tempo todo jogando xadrez com seu melhor amigo Harry, ou com Hermione.

— Os meninos estão lá também. Papai levou Harry, Gui e George para os fundos, e agora devem estar analisando o novo carro dele — afirmou a tia que, apesar de ter três filhos crescidos, ainda mantinha a mesma juventude. Não em aparência, mas em sua atitudes e personalidade. — E é vídeo-rames, Rony, vídeo-rames.

Foi impossível não rir.

Enquanto Vic e Teddy ficavam conversando com a família, como adultos, Rose e Domi escaparam para ir até o quarto do Hugo — onde os “jovens” estavam reunidos. Até então elas não tinham ouvido nada sobre Albus, mas secretamente a ladra de abajures rezava para que ele nem aparecesse. Humilhação possui limites.

— E aí, crianças, estão fazendo o quê? — Dominique abriu a porta e se deparou com cinco adolescentes vidrados na tela da televisão, onde um vídeo-game se passava.

— Gente estúpida não é aceita neste recinto, ou você não viu o cartaz preso na porta? — James provocou, ganhando um tabefe na cabeça. — Por que que ser tão agressiva?!

— Já deveria ter se acostumado, queridinho — retrucou, dando risada.

— Ah, cala a boca!

— Mano, se concentra aí! — reclamou o irmão mais novo de Rose, enquanto ela bagunçava seus cabelos. — A gente vai perder feio pros irmãos aí.

— Isso aí, Roxy, não vamos deixar fácil pra eles! — Fred gritou, animado com o jogo.

— Nós nunca deixamos, Ed Sheeran... — Roxy disse, praticamente entediada. Ela tinha prática com jogos, e se pudesse faria com as duas mãos presas nas costas. Como? Ninguém saberia dizer, mas Roxy sempre acabava surpreendendo.

— Eles não vão dar a mínima atenção pra gente. — constatou Rose, cumprimentando Lily, que apenas assistia o jogo.

— É... Eu perdi da última vez e tive que dar lugar para James. — contou. — E agora estou aqui, atirada. Vendo eles jogarem. Então, por favor, me façam companhia.

— Isso é falta de um namorado para... — Dominique começou com um sorriso malicioso

— Cala boca, Domi, não é o meu animo, é tudo. Meu pai soube que eu estou saindo com o Felix, e apesar dele ser legal comigo, isso não é o suficiente para meu pai não ser um chato-super-protetor que acha que se eu tiver um namorado não vou entrar em uma faculdade. Vou virar uma desempregada grávida, sem dinheiro, e decepcionar a família. Ou vou estudar francês como a Rose...

A própria Rose olhou com raiva para a prima, mas sabia que ela estava brincando na parte da faculdade de francês por causa do leve sorriso que se formava nos lábios.

— Obrigada pela consideração.

— De nada — piscou.

E então os gritos de vitória dos irmãos Fred e Roxanne preencheram o quarto.

— Albus? Albus, onde você está? — Gina falava pelo telefone.

Ela recebia os olhares inquisitivos de Molly e os esfomeados de todo o resto. A comida ainda não estava pronta, mas isso não os impediam de culparem Albus e sua demora pela fome que sentiam.

— Eu não quero saber! Você já deveria estar aqui. Não importa. Não sei quem é. Apenas venha o quanto antes. — ela encarou rapidamente todos. — Pode. Saia voando daí.

Ela desligou e tentou sorrir, disse então na maior cara de pau:

— Ele já está chegando.

Mas aquela frase era uma mentira. Ele não estava chegando.

Sabe aquela sensação horrível que você sente quando espera por algo, como se o tempo nunca passasse? Para Rose aquilo era pior. E, talvez, para os outros jovens da família também. Mas principalmente Domi e Rose, já que haviam chegado mais tarde. Elas estavam sendo bombardeadas com perguntas constrangedoras e sem sentido.

“E os namorados?”, “Andou engordando, né?”, “Você parece cansada...”.

A cada observação dos tios, a autoestima parecia desaparecer um pouquinho mais. Não que eles não fossem legais, mas elas não se sentiam confortáveis com toda aquela curiosidade. Pelo menos, Rose. Elas e Albus eram os mais jovens que entraram para a faculdade, então não era difícil serem tratados como irresponsáveis ou pintinhos que acabaram de sair dos ovos. E, sinceramente, para todos, era um porre.

Quando Rose ouviu o som de pneus entrando na propriedade dos avós, ela não sabia se agradecia ou não. Ela realmente não queria olhar o primo nos olhos.

Mas tudo piorou. Seus olhos se arregalaram, ela estacou no mesmo lugar, e se xingou mil vezes mentalmente pelas coisas doidas que havia feito naquele dia, quando foi ver a tal noiva do Albus. Porque ela não tinha superado, nem um pouco, 0%.

E porque ela havia ouvido uma voz mais grave que a do primo também. E isso só podia significa uma coisa.

— Domi — ela sussurrou, ainda parada na mesma posição. — Me mata agora? Por favor...

— O quê? Não, isso é nojento, você já viu muito sangue de uma vez só, nojento, e ilegal.

Bateram na porta, Molly andou até lá sendo uma boa anfitriã, sorriu amavelmente e abriu a porta.

— Sejam bem-vindos, meninos! — ela abraçou primeiramente o garoto de cabelos negros, Albus. Segurou seu rosto e puxou uma de suas bochechas — Você ta tão bonito, orgulho da vovó. E quem é esse mocinho aqui?!

Ela o abraçou da mesma forma e olhou para todos que pareciam estranhar a presença do “mocinho”.

— Parece que temos visita! – comemorou o Senhor Weasley, animado. — Adoro visitas!


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Notas finais do capítulo

Ally mandou dizer que pede desculpas pelo spoiler de Grey's Anatomy (é, eu sei, também não gostei nem um pouco!) e que ela ama todos vocês :) Ah, por favor, ouçam Mrs. Potato também por ela - por que sim, por que Melanie Martinez é um amorzinho.

Então, AMANHÃ É MEU ANIVERSÁRIO :D, legal, né?! É! Mais alguém aqui é virginiana(o) também? Se sim, diga, por que somos divos u.u Ah, mas assim, eu amo presentes. Sério, de verdade. E eu amaria receber uma recomendação linda (alguma alma por aí se habilita?!), umas favoritações por aí, uns comentários maravilhosos (apesar que isso eu já ganho de vocês sempre)...
Vocês não podem me culpar de chantagem, gente. É uma pedida básica e saudável de presente por aqui kkkkk

Enfim, beijooos :3
Nos vemos nos comentários e no próximo capítulo!