Online Dating escrita por Sunny Deep, Ally


Capítulo 6
Capítulo 6 // mistakes


Notas iniciais do capítulo

Heey!
Adivinha quem está aqui? Ally!
Antes de vocês começarem a ler eu e a Sunny só queriamos agradeçer DE NOVO por cada review, cada mensagem, cada uma de vocês por estarem aqui e continuarem mantendo Online Dating viva!
Também queriamos falar que tanto a Sunny como eu demos o máximo de nós para esse capítulo e que a gente espera que vocês gostem muito, favoritem, comentem e escrevam recomendações e.e
Não, sério, eu quero recomendações u.u hahah
Okay, tá, eu não sei mais o que falar x-x vejo vocês nas notas finais e espero que tenham uma boa leitura!

Beijos, Ally



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capítulo 6

mistakes

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Se havia alguma coisa que Rose havia aprendido em vinte anos de convivência, centenas de sorvetes e incontáveis horas esperando sentada em meio a luxuosas lojas com Dominique Weasley, era que jamais - jamais -, em hipótese alguma, deveria acreditar quando a estudante de medicina dissesse "já estou quase pronta".

Não que Dominique não tivesse a incrível e maravilhosa capacidade de se arrumar em questão de segundos, passar maquiagem em menos de cinco minutos, entrar no banheiro e sair como uma deusa que passara uma eternidade se arrumando – ela tinha essa capacidade.

Só que quando possível, ela demorava ao máximo.

E justamente naquele dia, quando Rose precisava, Dominique sequer tinha aparecido. Quer dizer, quando uma pessoa verbaliza algo usando o plural “nós”, ela obviamente inclui alguém além dela, porém, para a loira, parecia que o tal “nós” não incluía nem ela mesma.

— Domi, onde você está? — Rose perguntou impaciente no telefone. A garota andava de um lado para outro na frente do prédio onde os primos e os amigos deles moravam.

A prima murmurou algo do outro lado da linha, mas o barulho de secador impedia a ruiva de entender qualquer palavra sequer.

— O quê?! — a Weasley aumentou o tom da voz e grudou ainda mais o celular no ouvido.

— Moça, para aí — Domi gritou para alguém. — Desculpa, Rô, mas eu disse que tinha cabelereiro hoje. Acho que você vai ter que ir sem mim... Não vai dar tempo!

— Como assim ir sem você?! Eu já estou aqui na frente...

Dominique checou o relógio.

— Mas faltam dez minutos para o horário que a gente combinou de ir pra lá...

— Droga! — murmurou baixinho, arrancando uma pequena lasca de unha com os dentes. Se não fosse por ser extremamente pontual, Rose podia ter continuado de assistir mais um episódio de seu seriado sobre ciganas assassinas (que, com toda a certeza, era muito mais interessante do que saber sobre a vida amorosa de Albus — nada contra, claro, mas Rose não tinha o menor interesse na vida amorosa dele ).

— Tá, faz o seguinte: vai lá, conversa com a garota, e depois me fala se ela é legal. — respondeu simplesmente, logo mostrando um pouco mais de empolgação. — Ah, e não esquece de ver se ela tem um anel no dedo! Quero saber das fofocas, ok? Quando eu acabar aqui pego um táxi ou saio correndo.
— Certo — suspirou Rose, encarando o prédio na sua frente. — Vem o mais rápido possível.

— Pode deixar — a outra respondeu, mas sem colocar muita verdade naquilo. Domi demorava o quanto fosse preciso para o que fosse preciso. — Nos falamos. Beijinhos.

— Tchau.

Um pouco desanimada, Rose se encaminhou até a recepção e foi em direção às escadas. Como o prédio não era luxuoso ou algo assim, não haviam elevadores para facilitas as coisas — mas tudo bem, Rose poderia dar uma exercitada nas pernas subindo quatro andares. E enquanto ela subisse provavelmente imaginaria assuntos interessantes para ter o que conversar com a namorada do primo.

Aliás, qual era o nome dela mesmo?

Ótimo, eu nem sei o nome da minha futura alguma coisa... — Rose pensou enquanto começava a sentir os efeitos da escada em sua perna.

Talvez ainda desse tempo para uma ligação rápida ou uma acessada no Facebook para olhar o perfil da namorada do primo, mas... Ah, ela iria assim mesmo. Se tivesse sorte lembraria o nome dela antes de chegar no devido andar.

Se bem que ela não acreditava em sorte ou destino ou horóscopo, então fazer o mínimo esforço para acreditar naquilo não era fácil.

Porém, mesmo depois de subir milhares de degraus, ela não fazia ideia do nome da garota. Respirou fundo. Agora não adianta mais, Rose, você vai entrar aí — disse pra si mesma. Bateu uma vez e esperou. Esperou alguns segundos, mas ninguém se manifestou para atender a porta ou gritar um “já vai” lá de dentro.

Estranho.

Bateu na porta mais uma vez, com um pouco mais de força, porém aquilo não tinha chamado a atenção, de qualquer forma. Mais uma vez e...

Ah, que se dane! Se abaixou e levantou um vaso de planta já seca e pegou a chave reserva do apartamento. Rezou um pouquinho para que ela não encontrasse Albus e a namorada fazendo coisas que pessoas fazem com outras pessoas, porque seria bem constrangedor.

Quando foi levantar quase se desequilibrou, mas a porta estava ali para apoiá-la. Ou quase isso. O peso do corpo da ruiva fez a porta se abrir um pouco, a deixando um pouco espantada.
A porta estava destrancada?!

Certo, agora ela tinha algo pra reclamar com aqueles garotos. Se fosse um ladrão teria entrado facilmente e eles nem teriam percebido! Mas se ela encontrasse o casal... Enfim, ela já tinha rezado, não ia encontrar os dois.
Daquela forma.

Recolocou a chave no seu lugarzinho não tão secreto e entrou no apartamento, lentamente.

— Albus?! — gritou — Gente, vocês estão aqui?!

Nada.

— Vocês sabiam que a porta estava aberta?

Apenas silêncio.

— Têm alguém aqui?!

Então algo a assustou. De um dos quartos parecia que algo de vidro havia caído no chão e se espatifado completamente. Certo, se fosse o seu primo, Albus, ou qualquer um dos garotos que moravam ali, eles iriam gritar algo como resposta. Mas o que deixou Rose um pouco tensa foi que... Ninguém a respondeu e...

Prendeu a respiração.

E se a porta estivesse aberta porque havia um ladrão ali dentro?!

Sem pânico, Rose, sem pânico. Ninguém vai apareceu com uma mascara estranha e te matar... Ninguém...

Não era Albus que estava ali. Era sim um ladrão. As probabilidades eram altas, e Rose acreditava nas probabilidades. Com certeza. Todo mundo deveria acreditar nas probabilidades.

Quase entrando em estado de pânico, pegou um abajur estranho que Gina Potter, sua tia e mãe do primo que deveria estar ali, havia dado para ele. Segurou o objeto fortemente como uma arma, algo que fosse salvar sua vida, e tomou coragem para ir em direção ao estranho barulho. Andou pé ante pé pelos cômodos, e atravessou o corredor sem respirar, com medo de que se fizesse algum barulho um cara com motosserras iria aparecer e decepá-la.

Talvez Rose tivesse assistido filmes demais.

É.

Ela definitivamente tinha assistido filmes demais.

A ruiva se aproximou do quarto de hóspedes — exatamente de onde parecia que alguém estava mexendo nos supostos cacos de vidro — e segurou a maçaneta devagarzinho, com a imagem do cara da motosserra na cabeça. Fez força, ainda lentamente, e quando iria abrir a porta na mesma velocidade, alguma força a fez de forma brusca e...

Rose pulou de susto.

— Meu Deus! — gritou. — Eu juro, pode levar qualquer coisa daqui, eu não vou contar pro pessoal. Eu até sei onde fica guardado o dinheiro deles e se você não tentar me matar eu não chamo a polícia — vomitou as palavras, com o abajur na frente do rosto. Não queria nem ver a cara do ladrão/assassino/serial killer, mas saber que ele era bem mais alto que ela e isso não era muito legal.

— Ei, calma aí. — o ladrão, quer dizer... rapaz, falou. — Eu não quero roubar nada...
Rose afastou o objeto da sua frente e deu uma olhada rápida nele. Alto, com um corpo bem invejável (pra não dizer outra coisa) e olhos incrivelmente cinzas. Espera, isso é possível? Não, eles não deveriam ser cinza, deve ter sido a iluminação do apartamento mesmo.

Porque, ok, isso é geneticamente impossível. Olhos cinzas? O que ele é? O Wolverine?

Se bem que o Wolverine não tem olhos cinzas, nem é loiro, mas...

O suposto não-ladrão segurava alguns cacos de vidro na mão esquerda.

— Ah, não?! — ficou um pouco envergonhada e segurou o abajur no colo, fingindo que nada havia acontecido. — Então, quem é você?

— Sou Scorpius, prazer — disse, olhando pra ela como se fosse uma louca, mas com um sorriso. Estendeu a mão livre.

— Ah, Rose. — respondeu e deu meia volta, não cumprimentando ele. O que ela menos queria era continuar ali, feito uma doida. — Se você não é assaltante, então deve ser amigo do Albus.

Colocou o abajur no seu lugar e andou até o sofá, ligando a televisão no canal do programa das ciganas assassinas.

— É, eu sou.

— E onde ele está?

— Hãm... Eu não sei?

Ela o encarou um tempo e cerrou os olhos.

— E por que ele te deixou aqui, com a porta aberta, sendo que... Espera, onde está a namorada do... — algo lhe assombrou — ela está aqui, não tá?

— O quê? Namorada de quem?

Ele estava começando a achar aquela garota muito estranha. Primeiro porque, do nada, ela entrou no apartamento. Depois porque ele não fazia ideia se ela era algo do Albus ou se era uma ex-namorada/ex-ficante de um dos garotos que morava ali.

Rose se levantou e foi em direção ao corredor onde ficava os quartos, com a ideia fixa de que aquele tal Scorpius era um cara com quem a namorada do primo estava tendo um caso.

Antes de passar por ele, o garoto a impediu de continuar andando.

— Eu acho que você não vai entrar em nenhum dos quartos, me desculpe, mas eu fui orientado a não deixar uma ex-ficante do (insira aqui um nome másculino e aleatório aqui ) invadir o quarto dele.

— Como?! — ela tentou passar mesmo assim, mas ele a segurou com força. Com raiva ela tentou sair do aperto que os braços dele faziam contra ela, mas era inútil medir forças de uma garota com 1,60 e um cara de 1,87.

— Seu doido, o Albus vai ficar sabendo disso — gritou, tentando se livrar dele. — E eu espero que aquela vaca pague muito caro por ter traído ele.

— Sua doida, que merda você tá falan...

A porta bateu com força.

— O que é que está acontecendo aqui? — a voz do Albus interrompeu.

Eles encararam o moreno e perceberam que estavam em uma posição não muito agradável. Se soltaram e evitaram se olharam.

A ruiva, com um o sentimento de compaixão pelo primo, resolveu ser curta e grossa, para ele já ir processando a triste realidade.

— Ele é o amante da sua noiva! Ela tá te traindo, Albus. — Rose exclamou sem pensar duas vezes andando em direção ao primo que levantava uma sobrancelha. — Eu sei que pode ser complicado de entender isso, mas...

—Noiva? - Albus a interrompeu, tentando não começar a rir da prima. - Que noiva?!

Rose arregalou os olhos e alternou entre encarar Albus e o ladrão-não-ladrão.

— Como assim que noiva?! A Dominique me disse que você estava...

Dominique.

A estudante de francês desejou abrir um buraco no chão e nunca mais sair de lá novamente em sua vida. Como ela podia ter sido tão, tão, tão idiota e ter acreditado no que a Dominique havia falado pra ela? Era o Albus, a última coisa que aquele inútil ia fazer na vida era ficar noivo aos vinte anos.

Ele não era maluco.

— A Dominique disse...? — o moreno perguntou, a incentivando a continuar, e tentando aproveitar o máximo do erro da prima para um dia pode usar contra ela. A situação em si era embaraçosa, mas ele não podia deixar de rir da cara que a ruiva na sua frente fazia.

Rose bufou. Aquilo era ridículo! Sua perna estava queimando por causa daquela merda de escada, tinha um ladrão não ladrão traidor na casa do seu primo e ele não estava noivo — Ah, e Dominique estava em um cabelereiro.

— Disse que você estava noivo. — falou, em tom derrotado, passando a mão pelo rosto.

Albus e Scorpius não conseguiram segurar a risada.

— É, deem risada. Aproveitem bastante esse momento. — falou, enquanto eles se olhavam e apontavam um para o outro, rindo feito bobos. — Sim, e eu também achei que o Wolverine aqui estava traindo você com ela.

— Com a noiva invisível? — Scorpius provocou, logo voltando ao seu ataque de risos.

Rose revirou os olhos, com a cara fechada. Realmente ela não estava gostando do novo coleguinha do Potter.

— É! Com a noiva invisível! — Rose exclamou ainda mais derrotada.

Outra explosão de risadas.

A ruiva balançou a cabeça, realmente ela tinha coisas mais importantes pra fazer do que servir de piada para dois caras que mal deveriam servir para abrir uma janela.

Rose respirou fundo, encarou aqueles idiotas rindo sem parar, pegou o abajur e andou em direção a porta.

— Tchau... — gritou, orgulhosa, com o abajur nas mãos e saiu.

— Tchau ruivinha! — e foi a última coisa que Rose ouviu antes de sair com um abajur pela as ruas de Londres.


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Notas finais do capítulo

e.e
e.e
e.e
e.e

...
...
...
Eu vou nem falar nada sobre essa cena maravilhosa entre a Rose e o Scorpius, vou deixar vocês mesmas tomarem suas próprias conclusões e.e

Mas antes de tudo eu só queria dizer pra vocês que eu acabei de voltar para as aulas, sim, eu sei x-x e que semana que vem eu tenho simulado e daqui duas semanas eu tenho prova global e começo minhas provas bimestrais então eu juro que tentarei o maximo para postar o próximo caps o mais rápido que puder :3

Bem, novamente eu e a Sunny estamos muito felizes por vocês estarem nesse exato momento lendo isso



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