Online Dating escrita por Sunny Deep, Ally


Capítulo 20
Capítulo 20 // postcards from italy


Notas iniciais do capítulo

Eu, Ally e a Dona Sunny nem precisamos falar o quanto sentimos muito pela a demora em postar esse capítulo, mas Ensino Médio, provas, trabalhos, projetos, seriados no netflix e o pior de tudo, o bloqueio criativo, fez com que nós duas levássemos todo esse tempo.
Durante esses meses que ficamos fora muitas coisas aconteceram, tanto em nossas vidas particulares como em quem nós somos como pessoas... amadurecemos, crescemos e estamos vivendo situações novas e acho que vocês vão perceber isso enquanto leem o capítulo.
Quando eu e a Sunny criamos essa fanfic a dois anos atrás nós nunca imaginamos que ela tomaria as proporções que tem hoje, que receberíamos tanto amor e carinho de vocês mas apesar do quão grata nós somos por esse tempo a fanfic começa a entrar em sua fase final...
Obrigada!
Ps: Nós levamos 3 meses pra escrever esse capítulo e ele só foi possível a um feriado muito longo e um "boom" que o açaí oferece nas pessoas.

Boa leitura!



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capítulo 20

postcards from italy

“Ruiva?”

“Eu odeio despedidas, sério.”

“Mas… enfim, acho que por agora o loirosexy merece uma”

“Acho que você merece uma”

“Eu vou desativar essa conta”

“Muitas coisas  andaram acontecendo desde a última vez que nos falamos, acho que todo esses dias sem nenhum contato foi também culpa minha...”

“Mas, olha só, você é uma pessoa incrível”

“Meio paranóica, mas incrível”

“Enfim...”

“Nos vemos por aí”

“Ah, aliás, dê uma chance ao blues. É muito bom.”

— Loirosexy_

Ao segundo em que a Weasley, com seus cabelos ruivos emaranhados de uma noite mal dormida, viu a mensagem piscar na tela do pequeno celular, se viu sem reação. Quer dizer, de um instante para o outro, sem qualquer aviso prévio, Loirosexy_ estava apagando sua conta?

Antes mesmo que Rose tomasse consciência sobre seus atos, em certo desespero de perder o contato com alguém que havia se tornado tão importante, a ruiva começara a teclar nas letras miúdas de seu celular - em uma tentativa de ao mesmo tempo, em seu cérebro, encontrar uma resposta lógica para aquela situação.

Talvez ele nunca tenha realmente gostado da minha companhia”  pensou. E isso apenas foi o suficiente para apertar seu peito. Era irracional ele ter fingido aquela amizade por tantos meses, mas suas ideias embaralhadas e inseguras a faziam sofrer por antecedência de um jeito sem comparação.

“Espera, como assim?”

“O vácuo foi minha culpa também, aliás…”

“Desculpa por isso”

“Nossa essa não é uma mensagem fácil de responder kk”

“É estranho pensar que não vamos falar sobre filmes de terror na madrugada”

“É meio triste, também”

“Espero que você tenha encontrado sua loira arrasadoramente gata por aí haha”

“Ou talvez esteja concentrado na faculdade hein?”

“Enfim, te desejo tudo de bom”

“Boa sorte aí, viu, loiro”

“um dia talvez eu ouça alguma música boa de blues, mas não prometo”

— RedHead0841

  Sabia que aquelas palavras eram o máximo de racionalidade que poderia exprimir no momento - enquanto que, em sua mente, tudo o que mais gostaria é de que fosse apenas um sonho ruim no meio de uma semana corrida.

 Respirou fundo e continuou a digitar ao tempo que a memória das inúmeras conversas entre a dupla em sua cabeça começava a formar um sorriso entre os lábios dela. Foram conversas maravilhosas, ele era ridiculamente engraçado e estupidamente insano.

 Algo lhe passou pela cabeça. Talvez uma última tentativa, talvez uma forma de fechar um ciclo. De certa forma Rose não pensou muito bem, mas sentia que era o certo. Digitou e enviou rapidamente a mensagem antes de voltar a afundar sua cabeça no travesseiro.

“Ah, acho que agora é válido dizer…”

“Eu moro em Londres”

— RedHead0841


 

 Rose suspirou de leve enquanto via a comida em seu prato acabar (em uma velocidade estranhamente devagar e anormal) agradecendo mentalmente por perceber que todos também já estavam terminando a refeição.  

— Então, filha, como está sendo sua faculdade? – Ronald Weasley perguntou, fingindo não reparar que a filha revirava as cenouras em seu prato, exatamente como quando criança. Para o pai ela não havia mudado nem sequer um centímetro desde seus 10 anos.

  Rose pigarreou, alarmada com a pergunta do pai. Não que a jovem não estivesse acostumada a vê-lo preocupado com sua vida - nos últimos dias as ligações tornaram-se extremamente frequentes e repetitivas, mas ela entendia a intenção, apesar de precisar se esforçar para não reclamar ou bufar pelo telefone - mas as palavras “Rose” e “Faculdade” na mesma frase nunca acabavam na das melhores discussões quando sua mãe estava presente.

Como era o caso daquele almoço de domingo. Que, aliás, apesar da comida aceitável (com traços das receitas da vó materna e um pouco de sal demais), parecia um caminhar por cima de ovos. As costas rígidas de ambas mãe e filha indicavam que apesar do esforço de um almoço familiar, a situação era tensa e constrangedora.  

Ah— hesitou - Normal. Quer dizer, tá tudo bem, em alguns meses eu vou estar indo pro terceiro ano do curso... então… Eu estou animada!

Rose não precisou olhar para a ponta da mesa para saber a cara que Hermione devia estar fazendo, e ela não a culpava - na maioria das vezes - pela as caretas feitas e suas opiniões sinceras. Hermione sempre imaginou sua filha na faculdade de Direito, com honraria e orgulho de manter o legado da mãe, resolvendo um caso de tribunal no melhor estilo How Get Away With Murder; ou correndo por corredores de hospitais para salvar vidas - ou qualquer outra coisa, menos aquilo.

Para ela, Rose havia desperdiçado todo seu potencial no dia em que desistiu de entrar na faculdade de Medicina e optou por Língua Francesa. Todos naquela mesa sabiam disso.

— Que bom filha - seu velho pai sorriu, carinhoso. -  Você não tem ideia de como eu, sua mãe e principalmente Hugo sentimos sua falta.

Nenhum comentário do tipo “estamos orgulhosos de você! Vai Rose!”, mas já era o esperado. Ela estava de bem com aquilo. Em algumas vezes as únicas pessoas que vão nos apoiar fervorosamente somos nós mesmos, e ela havia entendido isso há certo tempo.

— Mas que bomque você tá aproveitando essa sua faculdade. Parece interessante, vocês tem algum tipo de... projeto complementar?

Rose não conseguia mais distinguir se sua mãe estava realmente pensando aquilo ou não, talvez tivesse perdido essa capacidade há muito tempo. Sabia que seus pais provavelmente haviam discutido sobre o almoço muito antes dele acontecer, e reconhecia em sua mãe certa tentativa de não estragar com tudo - provavelmente a pedido de Ronald, ou da própria consciência.

Antes que a garota pudesse responder, seu irmão, que parecia meio distraído em sua própria bolha até então, virou para ela curioso.

— É verdade que na faculdade vocês tem muita festa?

Ela quis rir. Olhando pra ele, assim de perto, reconhecia que suas bochechas estavam mais protuberantes e seu nariz menos achatado. Sentia falta desses comentários típicos de alguém na fase mais intensa da adolescência.

— Não quero estragar seus planos, mas isso é mentira - disse, segurando o riso. Seu pai, ao contrário, ria em alto bom som.

— É óbvio que você sabe disso, não, Hugo? - os olhos da mãe brilharam sem ela ao menos perceber - E talvez pelo menos você continue com a ideia de cursar Engenharia, não é? Imagine só, meu filho, engenheiro! - um risinho animado escapou de seus lábios. Então seus olhos captaram o sorriso desconfortável da filha, e ela reparou o quão inconveniente seu comentário havia sido.

Rose havia dito para mãe, aos quinze anos, que faria Medicina. Hermione cheia de orgulho, espalhou para a família toda, porém, pelo contrário, sua filha escolhera Letras. Pelo menos você escolha Engenharia, Hugo, pelo menos você pode ser o orgulho da família.

Foi a vez de seu pai pigarrear e puxar algum assunto qualquer.

Rose continuou a rolar as pequenas cenourinhas por seu prato enquanto parecia ouvir seu pai fazendo alguma piada e tentar fazer tudo aquilo voltar a ser um “perfeito almoço ensolarado, com a perfeita família reunida, tendo uma perfeita discussão sobre quem tem a vida mais perfeita”.

Nada daquilo pareceu adiantar.

Era simplesmente inegável o ar que havia se instalado, Rose se recolheu ainda mais em seu canto enquanto Hermione parecia se tornar mais distante.

Todos - TODOS - na família Weasley-Potter já estavam acostumados  com as extensas e sem fim brigas entre Hermione e Rose. Nenhuma estava disposta a aceitar o pensamento da outra e Rony - que tinha esperanças em reconciliar a família naquele almoço - se sentia derrotado com a forma que as coisas começaram a caminhar.

Inclusive Hermione.

E Rose.

Porém, por mais que ela tentasse ao máximo segurar seu choro naquele instante, e da vontade de fazer tudo funcionar corretamente, Rose sentia como se seu cérebro começasse lentamente a fritar e as coisas começassem a parecer fora da realidade de tempo e espaço.

A ruiva estava cansada de tudo aquilo, cansada de sempre ter alguém tentando decidir o que era o certo e errado, o que ela devia e não devia fazer, para onde ir e quais caminhos ela devia evitar. Não importava se esse alguém era Hermione, Dominique, Albus ou qualquer pessoa. E talvez houvesse uma pontada de ciúmes naquele mix de sentimentos, mas não importava, ela mal conseguia distingui-lo em sua bagunça emocional - o que importava é que a consumia, e isso era o pior.

— Hora da sobremesa! - Rony anunciou animado fazendo com que todos os pensamentos de Rose evaporassem por um décimo de segundo

Ela precisava de ar.

— Pai,olha… - Rose hesitou tentando decidir se aquilo era certo -  O almoço estava maravilhoso, de verdade, mas… - pensou novamente. Seria muito ruim tomar aquela atitude? Ela seria considerada uma péssima pessoa? -  eu já tinha combinado com uma amiga que ia ajudar ela escrever uma dissertação para nossa apresentação, eu… eu tenho que ir.  Desculpa não poder ficar para a sobremesa . - A filha mais velha inventou a desculpa que mais parecia uma tentativa engraçada.  

E, antes mesmo que qualquer um dos Weasleys pudesse pronunciar alguma palavra, Rose havia levantado, pegado sua bolsa e saído da A Toca.

 

 

 Quando Rose saiu da grande casa de madeira, residência dos Weasleys e lugar onde nasceu e passou grande parte de sua vida, a jovem não imaginaria que acabaria se deparando com aquele pequeno balanço de madeira quase podre no fundo do quintal do lar.

Talvez parte do choque que a ruiva sentia se dava pela a quantidade de tempo que ela não via o balanço, as condições dele ou pelo o fato de trazer uma onda de memórias na mente da garota que ela mal lembrava já.

Memórias como o dia que Albus brigava com ela para ser o próximo ir no balanço que, de alguma forma estranha, acabou resultando na Weasley de pé quebrado, o primeiro beijo que ela deu em seu namoradinho de infância, as festas da adolescência que ela fazia questão de se esconder ali e até o ataque de ódio que ela teve quando viu Victória e Teddy se pegando no lugar.

Rose suspirou fundo e se sentou no banco preso por cordas desbotadas em um galho, segurou as cordas com força e começou a se balançar lentamente com medo de que elas se arrebentassem e ela caísse estupidamente no chão.

— O que você tá fazendo? - Uma voz aguda e masculina soou, fazendo Rose parar no mesmo instante de balançar e olhar para trás com cara de susto.

— Meu Deus, Hugo! Você quase me matou de susto! Que droga... - Falou irritada, mas rindo, olhando pra cara cheia de sardas do irmão.

— Que susto nada, eu achei que você estava indo embora, você que me deu um susto!— Hugo respondeu, fazendo a irmã mais velha revirar os olhos enquanto ele andava em sua direção e tentava compartilhar o pequeno espaço do balanço com ela.

— Não tem espaço para nós dois. - Rose argumentou mas Hugo pareceu nem ouvir, a empurrando em meio a risos.

— Você claramente não vai ajudar nenhuma amiga a escrever um texto ou seja lá qual foi a desculpa que você inventou, Rose. Você nem sequer tem amigas. - o adolescente de 14 anos ironizou, o que fez Rose Weasley ficar corada tanto de vergonha por saber que seu irmão sabia de sua mentira assim pela a idiotice do mesmo.

Ela tinha amigos.

Vários.

Tipo… A Dominique. Tudo bem, elas estavam brigadas, mas isso não diminuía sua amizade. E tinha também Lily, que não falava com ela por umas semanas por causa dos próprios problemas, mas tudo bem, coisas desse tipo acontecem. E havia seu amigo virtual que havia desistido dela, mas eles ainda eram amigos, certo?! Tinha Scorpius, que a fazia se sentir eufórica com apenas um olhar, mas ela mal o conhecia…

Olhou irritada para o irmão.

— Cala a boca Hugo..

Ele deu risada, mas olhava pra ela como se fosse um conselheiro antigo de algum filme de fantasia. Seu irmão estava realmente diferente, e ela se perguntou quando aquela mudança havia acontecido. Ele continuava bobão e infantil, mas… Havia algo. E ela não esteve presente para saber o quê.

— Rose, eu sei que hoje a mamãe parecia estar irritada com tudo de novo quando você e o papai começaram a falar da sua faculdade mas…

A estudante voltou a se balançar lentamente como se aquilo de alguma forma afastasse aquela conversa dela e de seu irmão. Era inútil. Ambas as coisas. O peso acrescentado ao balanço fazia a atividade mais difícil. Seu irmão percebeu e impulsionou o balanço também, fazendo o vento bater contra seus rostos e depois trazendo seus cabelos para frente.

Ela apenas queria continuar se balançando, falar sobre as novas séries da Netflix e não ter que ouvir mais seu pai, seu irmão ou qualquer pessoa com o mínimo de conexão familiar com ela falando sobre Hermione ou drama - ou drama e Hermione.

Rose até pensou no momento em como sentia falta de Scorpius, dos beijos dele e… bem, de todo o momento que eles tiveram juntos na última sexta-feira antes de serem interrompidos por Dominique. Antes de Rose se ver no meio de um almoço familiar e, agora, se balançando em um pedaço de madeira flutuante que devia ter há alguns anos deixado de existir.

— Hugo, eu não quero realmente conversar sobre isso…

— A mamãe não te odeia Rose. Isso é nóia da sua cabeça.

A ruiva não respondeu. Não deveria existir resposta prática para a situação, um manual de como se comportar quando alguém usa as palavras “mamãe” e “odeia” na mesma frase.  

— Eu sei. De verdade, Hugo.

Rose não sabia, claramente.

Hugo não parecia satisfeito com a resposta, exatamente como uma criança que acaba de provar uma comida amarga, que parece estranha para seu organismo.

— Eu sei que você e a mamãe vivem brigando por causa dessa sua porcaria de faculdade…

— Hugo! - Rose repreendeu. “Até ele?” pensou.

— Não nesse sentido, Rose! - arregalou os olhos, assustado com a facilidade da irmã de tirar conclusões precipitadas. - Meu Deus, nem todo mundo realmente é contra sua faculdade, respira fundo e pensa um pouco.

Rose queria entender quando seu irmão havia passado a tratá-la como a mais nova dos dois, mas havia ficado sem saber o que dizer. No fundo, queria mesmo saber o que ele diria. No fundo, queria mesmo saber como não ser tão… bagunçada na vida. Talvez seu irmão mais novo tivesse as respostas. Talvez ele fosse um conselheiro de filme de fantasia.  

— A mamãe apenas quer o seu bem, de um jeito estranho e meio assustador mas ela quer… Rose, você sempre foi a filha predileta dela, você sempre soube disso. - Hugo continuou, passando as mãos em seus cabelos vermelhos e cacheados que ele puxou perfeitamente tanto de Hermione quanto de Ronald.

Era impossível  não ver no rosto do menino a cara do pai, desde o estranho gosto por comidas e passar o final de semana gritando por causa de vídeo-games os dois tinham em comum. Rose não conseguiu segurar o sorriso.

—A gente te ama, Rose. Ela te ama, sua bobona, só falta você perceber.

Antes mesmo de perceber, seus braços apertaram o irmão, e ele a abraçou de volta, talvez meio desconfortável (seus óculos estavam completamente tortos), talvez sabendo exatamente o tipo de abraço que ela precisava. Céus, como havia sentido falta daquilo! Como sentia falta de seu irmão, de sua família imperfeita e ridícula, e de seu jeito estranho de agir quando as coisas não iam como o planejado.

— Sabe, não tem problema você buscar sua independência e tudo mais, mas você não precisa sumir das nossas vidas pra conseguir isso, tá?

Ela sabia… E sabia o quão errada havia sido por se afastar, mas também lembrando que tinha seus motivos. E também que se fosse manter-se agarrada ao irmão, não conseguiria segurar as lágrimas. Por isso o soltou, rindo sem graça, e levantando do balanço.

— Valeu por isso, acho que eu tava precisando.

Ele assentiu. Rose não precisava pedir para ele não contar aos seus pais sobre aquilo, ela sabia que ele não o faria.

— Ah, e antes que eu me esqueça, se você manter seu canal no Youtube escondido por muito tempo saiba que eu vou descobrir. Irmãs sempre descobrem.

Então, depois de uma risada, deu meia volta e saiu do gramado, deixando seu irmão com um sorriso constrangido e as bochechas avermelhadas.

 

 

Quando chegou em casa, uma única mensagem, no topo de suas notificações.

“Eu também”

— Loirosexy


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Notas finais do capítulo

Não vou comentar nada... e.e

Ah, os comentários vão ser respondidos aos poucos (nos perdoem se o seu ainda não foi!), e mais uma vez: desculpa pela demora.



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