Online Dating escrita por Sunny Deep, Ally


Capítulo 15
Capítulo 15 // jour 1


Notas iniciais do capítulo

YEY!
Só temos a agradecer a vocês pelos reviews maravilhosos que foram deixados no capítulo anterior, e pela compreensão de vocês por causa do hiatus pelo qual OD passou (não mais, GRAÇAS)!
Aos que começaram a acompanhar a fic agora, sejam muito bem-vindos e se divirtam com a vida de Rose :3
Como a Ally andou prometendo pelos comentários (o que me deixou pirando, claro haha), aí está mais um capítulo!

Boa leitura, ovelhinhas ^-^



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capítulo 15

jour 1

.

A vida de Rose sempre fora como o planejado. Todos seus namoros, experiências e até mesmo imprevistos saiam da perfeita forma com que a ruiva imaginava — ou quase isso. Quando não acontecia dessa forma, era decepção pura. Mas, daquela vez, não havia sido assim. Em tudo que ela poderia esperar da vida, aquilo, aquilo, ela jamais imaginou.

Scorpius Malfoy — O Scorpius Malfoy, garoto que ela fez questão de deixar claro que não era seu amigo — havia cedido a sua vaga de trabalho por ela. Para ela. Assim, sem mais nem menos, sem justificativas e sem reclamações. Por livre e espontânea vontade ele simplesmente desistiu.

E Rose não sabia como lidar com aquilo.

A garota não se encontrava em seu melhor estado quando havia saído da Butter & Burguers e também não naquele momento, horas depois. Parecia que tinha acabado de levar um soco na boca do estômago, visto seu personagem favorito morrer ou ficar sabendo de algum segredo de estado... Nem sequer o programa das ciganas assassinas, que era sua paixão, conseguia animá-la.

— Como ela consegue aceitar ser traída pelo o namorado e a prima? — Domi murmurou pra sim mesma, e depois encarou sua prima, que insistia em manter aquela expressão horrorosa no rosto. Elas estavam sentadas no sofá já havia um tempo. — Senhor-do-meu-céu, Rose... Eu tô até assistindo esse programa ridículo contigo, mas eu não vou aguentar ver você nessa fossa pelo resto do dia!

Rose revirou os olhos, ainda atenta na irmã cigana que fingia não se importar por ter sido traída pelo marido.

 Ela não estava na "bad" ou na “fossa” por ter ganhado um emprego. Por favor, ela finalmente estava livre para pagar as contas e comprar livros loucamente sem se importar com o que os pais pensariam depois de verem a fatura — não, esse último definitivamente não. Ela não ganharia tanto assim na lanchonete, e seria até mesmo um milagre conseguir comprar roupas novas no final do mês...

Mas ela não tinha chegado ao ponto de estar na bad, tinha?!

— Eu não estou na bad, só estou... Refletindo sobre.

— Rose! — Domi insistiu, cruzando os braços e se aconchegando melhor para ficar em uma posição que pudesse interrogar sua amiga.

— Tudo bem, tudo bem... Eu só — respirou fundo — sinto que não mereço esse emprego. Quer dizer, não dessa forma. Ele foi um tremendo esforçado no dia do teste...

A loira negou com a cabeça, como se não acreditasse no que ouvia. Era óbvio que achava muito estranha a atitude do outro estudante de medicina, mas talvez ele simplesmente fosse legal ao ponto de fazer aquilo. Ele aparentava ser legal, pelo menos, nas vezes em que eles conversaram ou se viram na faculdade ou fora de lá.

— Você se culpa demais, Rose, esse é o problema.

Rose não podia negar, é claro, mas nada fazia ela mudar de ideia. Na verdade, as coisas pioraram um pouco em seu primeiro dia de trabalho. Florence se esforçava para não voar na garganta de Rose por causa de algumas de suas burradas, e não parecia mais tão aliviada por ter contratado alguém para lhe ajudar — provavelmente porque Rose mais atrapalhava do que qualquer outra coisa. Ela se esforçava ao máximo, mas não parecia o suficiente. E isso a irritava, a irritava muito!

Depois daquele primeiro dia frustrante, só conseguiu chegar em casa, ligar seu notebook e revisar um trabalho que precisava entregar naquela semana para uma de suas professoras mais chatas. No meio de uma correção gramatical e outra, sentiu-se obrigada a mandar uma mensagem para aquele ser que, com algumas palavras, deixava seu dia mais leve.

“O que fazer quando a gente se sente frustrado com nós mesmos?”

 — Você

“A gente bebe. Muito.”

“Whiskey é uma ótima pedida, mas cerveja também serve”

— Loirosexy_

“HAHAHAHA”

“Pena que não posso agora, terminando trabalho da facul”

— Você

“IHHHH, deve tá um saco”

“Quer que eu te conte algumas piadas?”

“Não precisa responder, eu sei que quer”

— Loirosexy_

Deu risada, bloqueando o celular e voltando sua atenção para o arquivo aberto em seu computador. A tela de seu celular brilhou, indicando mensagens do loirosexy_ — mas ela disse a si mesma que para ver as piadas dele primeiro teria que terminar aquilo, porque senão acabaria se distraindo e não seria nada bom para seu desempenho na faculdade. E com muita dificuldade e auto-controle, assim o fez. Pelos primeiros cinco minutos.

No outro dia ela havia esquematizado algumas coisas para conseguir se organizar na lanchonete. Lily havia ido lhe visitar (mentira, ela havia ido lá para puxar o saco da sogra) e ouvido suas ideias de como se organizar melhor sendo garçonete, mas logo foi embora, dizendo que precisava almoçar em casa. Estava indo bem, até, na medida do possível. Mas então o sininho acima da porta tocou, como sempre, indicando um cliente. Mas não era qualquer cliente, oras, claro que não.

Rose levantou o rosto e teve que se segurar para não fazer uma careta.

Merda — murmurou, passando rapidamente o paninho em cima do balcão e resgatando em sua memória maneiras de fingir que não o havia visto.

O loiro caminhou até onde ela estava e sentou em um dos banquinhos em frente ao balcão. Ele carregava uma mochila no ombro direito e os cabelos estavam bagunçados. Moto — pensou Rose — ele havia vindo de moto.

Ela odiava motos.

Não, não, mentira, não odiava. Ela nunca tinha andado em uma antes.

— Oi — ele disse, sorrindo. Rose se esforçou para ignorar esse fato, assim como todo o resto. — Pouco movimento, hein?

— É, pois é, ainda tá cedo. — disse, pegando um cardápio plastificado, e colocando na frente de Scorpius. — Qualquer coisa é só chamar.

Isso. Ele era um cliente, ela era a garçonete. Era isso! Ela não podia ver ele como aquele cara legal com quem havia compartilhado situações constrangedoras e que havia lhe dado aquela vaga.

Domi estava certa, droga, ela se culpava demais.

— Na verdade, eu queria saber como minha concorrente estava se dando aqui.

Ela o encarou, e precisou piscar algumas vezes pra entender o que ele acabara de dizer. Ela não queria realmente externalizar aquilo que se passava em sua mente, mas não se conteve, com um incômodo crescendo em si.

— Isso é sério?! Olha, você não precisa vir aqui e jogar na minha cara que a probabilidade de você se dar melhor que eu trabalhando aqui é estratosférica! — saiu de trás do balcão, irritada. Havia visto uma mesa sendo desocupada no fundo do salão, e esperava que ele simplesmente saísse da lanchonete enquanto ela ia até lá. Esperou que ele não fosse tão ruim em interpretar aquilo como era em interpretar mapas.

— Ei, não... — ouviu a respiração pesada do Scorpius atrás de si, mas continuou andando até a mesa. — Não foi isso que eu quis dizer.

— Ah, não?! — retorquiu, irônica.

Não. Olha... Eu fiquei sabendo que você anda mal com essa situação, sabe. Por eu ter dado a vaga pra você. Por isso eu vim aqui, pra te dizer que não tem motivo pra ficar assim, entende?

Ela semicerrou os olhos na direção do garoto, respirando fundo logo em seguida. Um entendimento passando pelo sua cabeça.

— Dominique é uma baita fofoqueira.

Ele riu. O som daquela risada, por um motivo muito inexplicável, fez com que Rose não conseguisse impedir que seus lábios se curvassem em um sorriso. Só... bem pouco. Mesmo. Não dava nem pra ver — ou era isso que ela havia tentado se convencer.

— Ela só me contou porquê disse que não aguentava mais você ficar assistindo uma série, eu acho, que era sobre...

— Ciganas assassinas e barraqueiras em potencial, pois é.

— Parece interessante.

— Não parece, é interessante. — afirmou categoricamente enquanto pegava umas latinhas de refrigerante e checava se estavam com líquido dentro.

— Vou confiar na sua palavra, então — disse, divertido.

Ela abanou com a cabeça, não acreditando que a cada palavra que ele dizia tornava sua raiva interior menor. Mas ela ainda não acreditava, ainda não entendia o porquê dele ter feito aquilo no outro dia — e em algum momento insistiria em saber.

— Você sabe que ela mentiu pra você, não sabe? A Domi, no caso. — ele levantou uma sobrancelha, não sabendo a resposta. Ela pegou os lixos de cima da mesa, e pensou (de um jeito bem bobo, precisou admitir) triunfante que pelo menos nisso ela tinha o ganhado. — Ela tem medo que eu não vá na festa do Albus por desânimo.

— E você vai?

Rose riu, como se a resposta fosse óbvia.

— Não.

Pelo menos era esta a conclusão que a estudante de francês havia chegado após vários momentos indesejados e perguntas constrangedoras de, principalmente, Albus. Ele adorava ver o circo pegando fogo — não, ele adorava ver ela querendo botar fogo em alguém.

— Por que não? — insistiu.

Caminhou até a enorme lixeira atrás do balcão e despejou o lixo lá dentro, com o garoto em seu encalço.

— Oras, simplesmente porque não quero.

— Você deveria pensar nos motivos pra não te fazerem ir e depois me dar a resposta. Seu não foi muito rápido, quase que automático.

— É porque eu tenho muita certeza de que não vou ir — respondeu a garota, fazendo uma careta por sua insistência.

— Tudo bem — respondeu, sentando-se no banquinho do balcão e, de um jeito bem espontâneo, indicando o cardápio com o indicador. — Quero um achocolatado, por favor.

Ela olhou pra ele, emburrada. O loiro realmente continuaria ali? Ele realmente era péssimo em interpretar os sinais — que, neste caso, pensou Rose, indicavam que ele deveria ir embora.

— Você é um saco, mutante — resmungou mais pra si do que para ele, mas sabia que Scorpius havia lhe ouvido por causa da careta indecifrável que fez. — Vou aproveitar e colocar sal.

— Uh, você 'tá bem afiada hoje, hein. Das últimas vezes tinha sido bem mais simpática. — coçou o queixo, então completou: — Bom, na verdade não.

Ela estava pronta para abrir a boca e também insultá-lo, mas preferiu ficar quieta. Era pura provocação e ela não iria contribuir com os planos do cara com os olhos de mutante, já que, aliás, seu plano era ignorá-lo por certo tempo.

Quando chegou em casa viu Dominique e uma amiga da faculdade rindo de alguma coisa no celular da prima. Curiosa, se aproximou.

Hey, o que vocês estão vendo?

— Uh, nada. — Domi guardou o celular quase que imediatamente, esforçando-se pra manter sua face séria. — É só umas piadas bobas de medicina.

— Ah, entendi — disse, colocando a bolsa no chão e fingindo não estar frustrada pela prima não tê-la incluído no assunto. Nada demais, pensou, em comparação a esconder um namoro secreto com James aquilo era bem aceitável.

— Vocês são muito sortudas por poderem ir em festas no dia de semana, mesmo que seja em dia de semana, no meio dela, mais precisamente — comentou Freya, a garota de cabelo curtinho que era amiga de Domi. Rose gostava dela, apesar de terem essa disputa silenciosa de quem ganhava mais atenção de Dominique.

— Bom, eu não vou ir, tô cansada demais. — Rose levantou as mãos, como se dissesse que havia se livrado daquilo. Se jogou no sofá ao lado da prima pensando se havia donuts na geladeira. Estava precisando de açúcar em suas veias sanguíneas.

EI, como assim?! Você vai ir comigo sim. Alguns ruivos também vão estar lá, vai ser legal. Até James disse que iria.

— Novidade — Rose deu uma risada. James adorava festas, não perdia uma. — Mas eu...

James.

Rose estava tão estressada com os últimos eventos de sua vida que esqueceu completamente de que aquele romance secreto (não tão secreto agora)  de Domi com o formado em Psicologia, seria muito mais interessante se visto por perto e... Bom, aquela era uma ótima oportunidade, não era? Uma festa em que Domi, provavelmente soltinha com alguns copos de bebida, teria que fingir não ter nada com um dos primos mais velhos das duas.

Ah, aquilo seria interessante.

Rose, apesar de saber que ficar em casa e assistir Orange Is The New Black era um ótimo lazer, definitivamente comprovar que Domi e James estavam juntos seria algo maravilhoso.

— Quer saber?! Eu vou.

Sua prima arregalou os olhos enquanto Freya murmurava algo como “mais uma sem cérebro”. Dominique levantou do sofá, dando pulinhos, sem ter ideia do que realmente havia convencido sua prima. 

— Isso! Esse é o espírito, Rose!


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Notas finais do capítulo

OPA, parece que estamos próximos de ter uma festa hein?! E essa ideia de Rose, será que será comprovada ou Dominique e James não vão dar sinais? Pois é, temos coisas bem importantes pela frente haha
Para aqueles que esperavam por mais Scorose, esse capítulo deu pra dar pelo menos um gostinho maior, né? Mas se acalmem, tudo a seu tempo, logo nossos clamores de shippers serão atendidos (espero hein haha).

Espero que vocês tenham gostado! Não se esqueçam de, se quiserem, deixar um reviewzinho do amor pra Ally e pra mim. Gostamos de saber o que vcs estão achando da fanfic :3
Claro, assim como também adoramos favoritações! AH, seres que favoritaram OD, nosso amor por vocês é daqueles sem medidas, acreditem (e aqueles que quiserem fazer uma recomendação, apoiamos super haha)!

Um beijão, ovelhinhas, até!



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