Online Dating escrita por Sunny Deep, Ally


Capítulo 12
Capítulo 12 // caught in the middle


Notas iniciais do capítulo

Heeeeey!
Preciso dizer uma coisa, e é muito sério: Vocês são simplesmente demais! Cês não tem ideia do apoio que vocês nos dão, mesmo com a demora nos capítulos e tudo mais. Os comentários de vocês são tão fofos, motivadores e amorzinhos. E, é, todos já devem ter ouvido isso alguma vez, de algum autor, mas é puramente verdade! YOU GUYS ROCK!
Enfim, aproveitem.



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capítulo 12

caught in the middle

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— Lily! — Rose puxou a prima pelo braço, encarando o estabelecimento do outro lado da rua.— Quando você disse que tinha um emprego pra mim, eu pensei que era um emprego de verdade.

— E é um emprego de verdade! — exclamou Lily, não gostando da forma como a prima falava. — Não seja preconceituosa.

— Não é preconceito — afirmou, encarando a lanchonete a sua frente —, eu só não esperava algo tão... Clichê.

— Ah, lá me vem você com essas exigências! É o melhor que você vai conseguir em tão pouco tempo. E é temporário se você quiser, basta jogar algo bem quente na cara de um dos clientes e tá tudo resolvido, você só vai precisar encontrar outro lugar para trabalhar.

Rose encarou a prima com divertimento.

— Meu Deus, Lily — deu risada, não acreditando nas coisas que ela falava. — Como é que você sabe dessa vaga?

— Bom... Eu tenho meus contatos, e quem sabe eu conheça a dona da lanchonete, também.

— Ah, é?

— Sim, e é por isso que nós vamos entrar lá dentro e você vai conversar com ela sobre o trabalho, ok?

Tendo que encarar aquilo com seriedade, Rose sabia que não conseguiria o melhor emprego do mundo do nada. E, enquanto isso não acontecia, ela poderia tentar manter-se com o salário razoável que aquele emprego provavelmente tinha.

— Certo, vamos lá.

As duas atravessaram a rua e entraram na Butter and Burger, uma lanchonete do norte de Londres. Preso na parede de vidro estava um cartaz, indicando a vaga de emprego.

A garota mais nova já se dirigiu até o caixa, onde uma senhora de cabelos escuros contabilizava o que um casal havia gasto na refeição. Elas se cumprimentaram e Rose diria que era impossível decidir quem havia sido a mais falsa no sorriso.

Depois de um tempo Lily se virou para apresentar as duas.

— Boa tardeRose percebeu que não fazia a mínima ideia do sobrenome dela, então ficou por aquilo, mesmo.

A mulher forçou um sorriso (comentando educadamente que era Sra. Quinn) e cumprimentou também. Rose não conseguiu deixar de perceber que conhecia alguns traços da mulher, mas tinha certeza de nunca tê-la visto, o que era bem estranho.

— Nós viemos por causa da oferta de emprego — disse, colocando uma mexa do cabelo pra trás. — Eu interessada nela.

— Ah, claro! — o humor da mulher parecia ter melhorado só com a menção do assunto. E, olhando em volta, Rose podia perceber o movimento do local. Ela deveria estar com problemas para administrar tudo aquilo. — Eu até convidaria vocês para sentarem, mas como podem ver, isso não vai ser possível.

— Ah, não tem problema, Florence — Lily a tranquilizou, mais uma vez sendo simpática.

Elas definitivamente se conheciam. E a mulher definitivamente estava se segurando pra não rolar os olhos com aquela insistência de bom humor da garota, mas decidiu não falar nada. Preferiu voltar sua atenção para àquela que estava interessada.

— Bom, é algo realmente simples: você só terá que servir as mesas, anotar os pedidos corretamente e entregá-los da mesma forma. Você estuda em alguma faculdade?

Ela assentiu.

Se você trabalhar aqui, podemos ajeitar os horários, mas eles não poderão ser muito flexíveis por causa do movimento da lanchonete. — um homem se aproximou do caixa e ela pediu licença. — Esperem só um momentinho, só vou contabilizar esse pagamento aqui.

As primas trocaram um olhar otimista, parecia que estava quase tudo resolvido. Mas quando Florence, a dona do local, voltou sua atenção para as garotas, seu olhar se tornou pensativo.

— O salário é esse — mostrou um papelzinho. O dinheiro que ela ganharia trabalhando ali estava bom para um começo, não pagava tudo que ela gostaria que pagasse, porém era um inicio. — Mas preciso lhe dizer uma coisa antes...

O otimismo de Rose quase se foi embora. Ah, aquele odiável "mas".

— Alguém já veio em busca da vaga. — adivinhou ela, lembrando o uso do “se” na frase dita antes pela mulher.

Florence suspirou.

— Exatamente, mas não se preocupe. Esqueci de tirar o cartaz do vidro e não está tudo certo com a outra pessoa. Podemos fazer um teste com vocês dois na quarta, não? Quem se sair melhor fica com a vaga. Ah, mas não se preocupe, tenho certeza de que você se sairá muito bem!

E com aquela frase Rose queria revirar os olhos, bufar (quem sabe?) e sair dali imediatamente. Não que ela estivesse braba, mas porque sabia que não ia conseguir o emprego daquele jeito. A outra pessoa interessada deveria ser muito mais qualificada que ela, com certeza.

Rose era um completo desastre em equilíbrio, assim como em outras diversas coisas, portanto equilíbrio e um monte de mesas e pessoas passando seria um desafio gigantesco.

— De qualquer forma obrigada, Sra. Quinn — falou, pegando uma caneta e escrevendo em baixo do papelzinho que continha o salário (que provavelmente não receberia) uma sequência de números. Rasgou e entregou para ela. — Vou deixar meu celular pra que, se algo acontecer, você possa me ligar.

— Claro, claro, querida. — ela sorriu, segurando o papel. Meio conta a gosto falou, por fim, algo para a prima de Rose. — Aliás, Lily, muito obrigada por trazer sua amiga aqui para me ajudar.

— Ah, que isso. — Lily abanou a mão, como se aquilo não fosse nada. — Acho que já vamos indo, né, Rose?

— Sim... Tchau, Sra. Quinn, nos vemos na quarta.

A mulher assentiu e elas saíram de lá. No caminho até a porta de vidro, Rose conseguiu ver rapidamente uma foto de família pendurada na parede e não acreditou naquilo. Não podia ser, sério. Os traços familiares, o cabelo escuro e encaracolado... Fazia sentido, então.

Do lado de fora as duas pararam e ela encarou a prima, quase que furiosa. Quase.

— Pode ir falando, que eu ainda não acredito no que você fez.

— Tá, desculpa não ter te avisado. — Lily suspirou, percebendo que um pequeno detalhe de tudo aquilo havia sido descoberto pela outra. Um detalhe, aliás, que ela não achava tão importante. — Florence é...

— A mãe do Felix, isso eu percebi. Sua sogra, isso eu também percebi. Agora me diz uma coisa: desde quando você é uma pessoa de puxar o saco de sogra?

—Eu não estou puxando o saco dela! E Florence não é minha sogra oficialmente. Estamos esperando até meu pai tomar uma posição favorável a tudo isso.

— Ou seja, que ele aceite o namoro de vocês e perceba que a filhinha dele não pensa mais em brincar com bonecas.

— Isso aí. Poxa, eu tô tentando criar uma relação legal com a mãe dele pra que nem todo mundo das famílias envolvidas fiquem contra nosso relacionamento.

— Meu Deus, Lily, não vou falar nada. Imagina os problemas que isso vai dar...

— Eu realmente prefiro não imaginar, Rose — confessou

Ela entendia Lily, já tinha passado por isso: por essa falsa ilusão de que um relacionamento não iria acabar, ou pelo convencimento de que o “enquanto durar” vai ser muito tempo. Sua prima não queria pensar na possibilidade de não dar certo com Felix e, consequentemente, se Rose conseguisse o emprego, a situação ficar um pouco delicada. Tensa.

Rose entendia isso.

— Aliás — ela mudou de assunto, desviando de uma poça de água a sua frente —, você já falou com a Domi sobre... Aquilo?

— O quê? Sobre ela e James? Não. Ela vai negar, tenho certeza.

A mais nova revirou os olhos, sabendo que sua prima não teria coragem pra abordar Dominique sobre o fato delas terem descoberto seu rolo com James. Em parte, acreditava ela, Rose havia ficado desiludida pela garota não ter contado isso, já que sempre foram muito próximas. Em outra, sabia que Rose esperaria até o momento certo.

— Mas você pensou em falar com ela? — insistiu.

— Pensei, mas acho que falar com ela do nada não é a melhor solução. Vou esperar um tempo.

E então elas começaram a falar sobre coisas aleatórias, rindo vez ou outra e esperando que não chovesse enquanto estavam na rua. Foram andando juntas pela cidade até seguirem direções diferentes — Rose iria para casa e Lily pegaria um ônibus até o local mais próximo da casa dos Potter’s. E era mais que óbvio que a primeira coisa que Rose fez ao chegar em casa foi se atirar no sofá e reclamar de dor nos pés.

O chuveiro estava ligado. Dominique estava em casa.

“Já foi na discoteca, loiro?”

— Você

“Ainda não. Tô focado na facul agora”

— Loirosexy_

“Ihhh, nem me fale”

“Tenho que entregar um trabalho até sexta e nem comecei direito x.x”

— Você

“Isso soa tão não-você”

— Lorosexy_

“Pq??”

— Você

“Porque sim”

— Loirosexy_

“Nossa, seus argumentos são ótimos!”

“kkkkkkkkk”

— Você

“Muito obrigada, muito obrigada. Os aplausos podem parar agora”

— Loirosexy_

“Caramba, você é mto...”

— Você

“Eu não faço a mínima ideia do que ... quer dizer nessa frase”

“Mas vou levar como um elogio”

— Loirosexy_

Rose deu risada daquilo e digitou uma resposta rapidamente, mas significativa, enquanto ouvia a porta do banheiro sendo destrancado. Dominique saiu de lá com seu tradicional roupão verde e uma escova na mão.

— Tá fazendo o quê? — perguntou ela.

— Vendo umas coisas — respondeu, mesmo sabendo que a amiga saberia o que essas coisas significavam.

— Tudo bem. — passou a escova em uma parte do cabelo molhado. — Eu vou sair com os caras pra comer uma pizza, quer ir junto?

Os caras. Domi realmente sairia com "os caras" ou aquela era uma desculpa para sair com James? Nem Rose saberia dizer, mais. Nem Rose que, depois de tantos anos convivendo com a loira-saudável da família, sabia quando ela mentia ou escondia algo...

Resolveu aceitar o fato de que, se a amiga estava convidando, então realmente sairia com os caras.

— Eu até aceitaria se não fosse com os garotos, e isso inclui o mutante, e se não tivesse um trabalho que eu preciso fazer urgentemente. Como sempre, claro.

— O que você tem contra seu mutante?

— Nada, na verdade. E ele não é meu ou coisa assim. É que, quase sempre que eu vejo ele, alguma coisa constrangedora acontece. E eu realmente preciso fazer esse trabalho da faculdade.

— Tudo bem, vou terminar de me arrumar. — ela ia andando até porta do seu quarto quando lembrou de algo. — Aliás, nem cheguei a perguntar: como foi hoje no trabalho que Lily conseguiu pra você?

Rose largou o celular e bocejou.

— É uma vaga numa lanchonete, acredita? E ela não conseguiu realmente, tem outra pessoa querendo o mesmo emprego, então...

Dominique riu.

— O que foi?

— Nada, é que eu não te imagino trabalhando em uma lanchonete. Quer dizer, você cozinha muito mal, e é meio preguiçosa...

— DOMI! — Rose pegou uma almofada do sofá e jogou em direção a prima. — Eu posso me dar muito bem nesse trabalho, ok? E eu não vou cozinhar.

— Aposto que vai se confundir na entrega dos pedidos!

Ela pegou mais uma almofada e ameaçou atacar na outra novamente. Dominique, ainda rindo, saiu correndo em direção ao quarto, não querendo participar de um ataque de almofadas.

— Sua fraca! — gritou Rose, gargalhando da situação.

As duas tinham uma amizade de anos e esses momentos, juntas, eram maravilhosos. Desde pequenas eram quase inseparáveis, e depois do nascimento da filha mais nova dos Potter’s, elas não desgrudavam da mais nova e vice-versa. Elas eram assim, unidas. E por causa disso Rose não entendia o porquê dela manter o que quer que ela tivesse com James em segredo.

Rose voltou a olhar sua conversa com o Loirosexy, querendo parar de pensar naquilo. Mas tinha virado uma cisma, algo que realmente a estava incomodando.

“Caramba, você é mto...”

— Você

“Eu não faço a mínima ideia do que ... quer dizer nessa frase”

“Mas vou levar como um elogio”

— Loirosexy_

“Eu acho que é”

— Você


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Notas finais do capítulo

Aeeeeeee, que bom que você chego aqui!
Acho que, depois de um mês sem postar nada, desaprendi a fazer notas finais, então desculpinha, viu? hahaha! Espero que tenham gostado, de verdade :3
E então, Rose vai conseguir o emprego?
Nos vemos nos comentários, amores, beijoooos!



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