Online Dating escrita por Sunny Deep, Ally


Capítulo 10
Capítulo 10 // superstar


Notas iniciais do capítulo

NÃO, ISSO NÃO É UMA MIRAGEM!
O que vocês estão vendo é sim um capítulo sendo postado sem completar uma semana. Ou um mês. Milagres acontecem, gente, agora vamos agradecer, né kkkk
Como esse é o décimo caps, teremos momentos... Bons. Ótimos. Scorose. Mas vou deixar vocês aproveitarem e verem por si só.
Queremos dedicar esse capítulo pra linda-maravilhosa-fofa Lily Lovegood pela recomendação PERFEITA que ela fez. Agradeço muito a Nina Malfoy pela dela também, que foi um amor em nos dar nossa primeira recomendação. Obrigada, seres lindos!! Espero que gostem, um beijão e até as notas finais :3



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capítulo 10

superstar

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“Eu tô mal, me anime, por favor.”

—Você.

“ Agora meu dever é te animar todos os dias, é isso?”

— Loirosexy_

“Uhum”

— Você.

“Mesmo sendo sete da manhã?”

—Loirosexy_

“Uhum”

— Você

“Mds.”

— Loirosexy_

Ultimamente loirosexy_ era o ser que mais animava Rose — pelo menos foi assim que aconteceu naquele final de semana. Dominique também ajudou, obviamente, com seus filmes sobre pessoas fitness que mudaram o mundo e dicas de alimentação saudável que Rose decidiu ignorar. Mas, a garota tinha que reconhecer, aquele ser virtual a fazia rir demais mesmo nos piores dias.

Na noite do acontecido, a única coisa que Rose Wealsey queria fazer era dormir, e só comentou que estava tendo uns dias de porre na manhã seguinte, enquanto se recusava levantar da cama. E desde aquele momento as manhãs estavam passando da mesma forma, com a Weasley deitada na cama ignorando a existência humana e conversando com ele.

Já em relação as críticas da mãe e a última briga, ela tinha decidido tomar uma posição. Portanto quando segunda-feira chegou, Rose acordou decidida. Digitou um “já pensou?” para Loirosexy_ pelo celular, já que naquele final de semana ela havia descoberto o aplicativo LoveTedx para dispositivos móveis — o que, pra ela, melhorava muito as coisas.

— Nossa, encontrou o pozinho que vai te levar para Nárnia? — Domi questionou, risonha, ao ver a prima pronta, tomando um café.

— Como?! – Rose perguntou assustada com a pergunta, virando o rosto para a loira no mesmo segundo.

— O pozinho. — repetiu, logo fechando a expressão e revirando os olhos. — Pelo o amor de Deus, Rose! A porcaria do pozinho que leva as pessoas pra Nárnia! Você tão animada.

A garota encarou por um tempo a loira, e logo começou a gargalhar.

— Não é pozinho, Domi, é um guarda-roupas. — respirou fundo tentando recuperar um pouco do ar que havia perdido rindo. — De onde você tirou essa história de pó mágico?

— Sei lá, menina. — parou pra pensar um pouco e logo constatou: — Nossa, que chato, eu prefiro ir para lugares de pozinho que ir em vez de com um guarda roupa.

— Você é inacreditável, Domi, sério. — olhou para o relógio e arregalou os olhos. — Droga, eu preciso ir.

— Pra quê?

Coisas.

Rose pegou sua pasta e saiu do apartamento apressada, agradecendo por não estar chovendo, ainda. Aqueles dias tinham sido os mais chuvosos do mês. O que parecia uma grande piada de Deus para Rose.

Já no campus, para chegar até os edifícios de línguas, precisou passar por um campo enorme, perto da sessão de engenharia, quase sem ninguém por causa do barro. Para sua infelicidade — ou nem tanto assim — ela avistou Albus um pouco mais a frente com alguns colegas, se protegendo da garoa.

Ainda bem que o amigo loiro de Albus não estava junto, e pensando dessa forma andou um pouco mais rápido se dando conta do horário. Rose não tinha muitas coisas contra o tal Scorpius. Só... Queria evitar mais confusões constrangedoras — das quais duas eles haviam estado juntos. E era um pouco desconcertante tem alguém definitivamente mutante ao seu lado. Não era normal, não pra ela.

Chegou à uma das salas do seu curso e foi em direção a uma das alunas. Stella Martinez.

— Hey, Stella — cumprimentou. A garota estava escrevendo algumas coisas em alguns papéis. Sua mesa estava cheia deles.

— Rose, oi, tudo bem?

— Tudo sim... — ela sorriu, se escorando em uma das mesas próximas. — Eu queria falar contigo.

— Claro, claro. — ela pegou a papelada e arrumou categoricamente, deixando todo seu material alinhado. — Fala.

— Ahm, você trabalha como tradutora em um escritório aqui perto, né? — Stella assentiu. — Olha, eu tô procurando por um emprego, e queria saber se não tem nenhuma vaga pra mim lá.

Sorriu sem jeito. Aquilo era muito chato. E agora Stella olhava pra ela como se perguntar aquilo fosse um crime.

— Pensei que seus pais pagassem suas contas, Rose — disse enquanto arrumava levemente a pilha de papéis que, de alguma forma, estava desalinhada com a borda da mesa. O que deixou Rose um pouco envergonhada com o fato de ter quase 20 anos e não pagar as próprias contas.

— Olha, eu sei que...

— Só existe uma vaga pra tradutora em um escritório pequeno. Eu tenho ela. — completou, com um olhar penetrante. Ela realmente parecia revoltada com a ideia. Rose Weasley queria bater em si mesma diversas e diversas vezes com o quão idiota parecia a cada minuto que passava.

— Desculpa, eu não quis...

— Meus pais não são bem de vida, eu pago tudo o que está aqui — apontou para sua barriga. Logo fez o mesmo para sua cabeça. — E aqui. Não vou te dar minha vaga, agora se me der licença.

— Eu não estava tentando roubar seu emprego, só estou pedindo uma ajuda. Vai que você conhecesse um lugar pra eu trabalhar, poxa.

— Ah, eu conheço — sorriu maldosamente — Talvez você queira trabalhar na Ruff’s, que é bem pertinho daqui. Garçonete deve cair bem em você.

Definitivamente Rose nunca mais falaria com ela. Agora entendia porque ninguém aturava a Martinez.

Saiu da sala logo depois, indo para onde seria seu primeiro período. Desde que saíra de casa seus pais pagavam suas contas. Apartamento, faculdade, cartão de crédito, tudo. Não que ela concordasse com isso, mas não tinha nada contra. Até agora. Deixar eles arcando com seus gastos, mesmo não a apoiando, significava que ela não estava virando adulta — como sua mãe lembrava bem. E ela, no fundo, tinha medo disso. Então precisava provar pra si mesma de que ela conseguiria se virar, e via o fator trabalhar como uma das formas.

Seu celular apitou e ela sorriu ao ver que era uma mensagem do seu amigo virtual. Desbloqueou-o.

“Sabe o que pode te animar? Um clube de discoteca.”

— Loirosexy_

“Discoteca? Em que década você vive? Socorro, garoto, nem deve existir mais isso.”

— Você.

“Como não? Onde você mora não tem???!!”

— Loirosexy_

“E onde você mora tem, por acaso?”

— Você.

“Não faço a mínima ideia”

“KKKKKKKKKKKK”

— Loirosexy_

“HAHAHAHAHA”

— Você.

Rose guardou o celular no bolso da calça e continuou andando. Ao dobrar em um dos corredores ainda da parte externa, trombou com alguém. Quase caiu e se tivesse segurando algo (como seu celular que, graças a Deus estava seguro) esse algo estaria no chão.

— Caramba, você tá bem?

Ela encarou o ser que acabara de esbarrar nela, e sorriu envergonhada. Sempre as malditas situações constrangedoras!

— Sim, sim, não morri nem nada — falou rapidamente.

Scorpius deu risada.

— Ainda bem. Não quero ser acusado de homicídio nem nada do tipo no meu primeiro dia de aula.

Ah, é, agora ele estuda aqui... — lembrou se do que sua mãe havia dito no jantar.

Rose olhou para os lados e percebeu que a maioria dos alunos já estavam entrando nas salas, mas não se moveu.

— Então, o que um estudante de medicina está fazendo na ala de Línguas?

Ele coçou a nuca, envergonhado.

— Não tenho senso de direção. Absolutamente. — ela levantou uma sobrancelha, decidindo se aquilo era verdade ou não E, claro, esperando pelo resto da resposta. — Eu deveria encontrar a secretaria. Mas, na verdade, a secretaria deveria estar aqui. — ele apontou para o chão.

— Eles não te deram um folheto? Tem um mapa dentro — tentou ajudar.

O garoto tirou do bolso do casaco preto um papel azul e abriu, o mapa ali mostrava todo o campus, não havia como alguém se perder.

— Eu sei, mas de acordo com esse mapa, a secretaria é aqui — repetiu, apontando para o ponto em vermelho que simbolizava o lugar que ele procurava.

— Não, não é.

Ele encarou ela, como se ele tivesse certo e ela totalmente errada. Ela fez o mesmo. Para Rose, ela sempre estava certa. Para Scorpius... Bom, ele queria encontrar a secretaria.

— O que você procura é perto do prédio das Exatas.

Ele olhou para o longo campus e depois para a garota ruiva a sua frente, com uma careta de que não fazia ideia do que ela estava falando. Como se estivesse aprendendo física, mas não entendendo nada.

— Você não sabe onde é? Meu Deus, você só precisa seguir essa linha aqui do mapa. — mostrou, traçando com o dedo o trajeto. — Aqui é o oposto da secretaria. Continua andando pra direita e depois você segue a linha.

Ele continuou com aquela cara, e Rose teve uma imensa vontade de dar uns tapas nele pra ver se seu cérebro começava a funcionar. Porque, obviamente, ele não estava.

— Direita. Você, por acaso sabe qual é a direita? — Rose questionou, perdendo um pouco da paciência. Ele só podia estar brincando com ela, era inacreditável, não era verdade. Não tinha como ser.

— Sem senso de direção, eu disse — murmurou, meio sem jeito.

Tentou analisar novamente o mapa na sua mão, mas a ruiva logo o interrompeu.

— Tá bom, eu te levo lá.

O sinal tocou e ele encarou ela com seus olhos alienígenas e impossíveis.

— Você vai perder o primeiro período.

Rose deveria estar totalmente preocupada com o fato de que a faculdade era o futuro dela? Por que ela não estava nem um pouco preocupada em perder aquela aula. Na verdade, ela tinha percebido que os olhos do garoto a sua frente se semelhavam muito ao azul, quer dizer... Que o dia estava chuvoso. Isso. Muita chuva aquela semana, nossa.

— Eu sei, agora cala a boca e vamos — afirmou, mandona. Ela não era mandona sempre, só quando necessário. Só quando existia alguém a importunando. Só quando...

— Tudo bem.

Ele sorriu, realizado, e a acompanho sem discordar. Rose não podia discordar que, pra um garoto idiota e sem senso de direção, Scorpius era agradável.

Quando Rose chegou em casa após um dia cheio de aulas, mais tarde, enxergou sua prima deitada folgadamente no sofá. Foi até a cozinha para deixar as chaves e se deparou com um pacote de chocolate em cima da pia. Encarou aquilo por alguns segundos.

— Domi! — gritou, e sua prima fez o mesmo da sala. — Você andou comendo minhas comidas?

— O quê? Claro que não! Por que eu faria uma coisa dessas? — respondeu, se levantando e indo para a cozinha também. Passou pela ruiva e colocou o que a denunciava, o plástico, no lixo. — Como foi seu dia?

— Você comeu... chocolate?

— Rose, vamos, seu programa de mulheres assassinas vai começar — desconversou.

— Você nunca come chocolate.

— Rose, olha ali, que divertido. Vai começar.

— Dominique!

A loira a encarou e suspirou.

— Você quer que eu coma cenouras sempre que eu tiver cólicas? E depois de ver um filme do Nicholas Sparks? Não, né. Que coisa!

— Você não gosta de Nicholas Sparks.

— Exatamente.

Sabia que a prima estava estranha, mas preferiu não insistir no assunto.

O celular avisou a entrada de uma nova mensagem e Rose deu uma olhada.

“Descobri uma discoteca. Me parece ser legal. Uma pena, não sei se moramos no mesmo lugar.”

— Loirosexy_

“Você ainda pode ser um assassino em série”

— Você.

“Ainda?! Se você me dissesse onde mora, poderíamos ir juntos ao lugar que eu descobri.”

— Loirosexy_

“Vou tentar encontrar um aqui também”

— Você.

“Você não muda, né ruiva?”

— Loirosexy_

“Óbvio, loiro”

— Você.


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Notas finais do capítulo

E então? Cês gostaram?
Quer agradecer todos vocês por serem uns amores nos comentários, sempre nos motivando e apoiando. Um beijão pra todos, e aproveitem esse FERIADO que caiu do céu!
Nos vemos nos comentários ^-^