Olicity - Muito Além da Amizade escrita por Buhh Smoak


Capítulo 3
Capítulo 03


Notas iniciais do capítulo

Demorei, mas cheguei. kkkk
Espero que gostem e não desistam da história pela Felicity estar grávida do Palmer, ok?
Muita coisa ainda está por vir. =**



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– A Felicity ainda não chegou?

Oliver olhava para a mesa vazia de sua assistente e se virou para Diggle que vinha logo atrás.

– Pelo visto não. Mas você não ia busca-la hoje? - lembrando do que Oliver lhe disse na noite anterior.
– Sim, mas ela me ligou a uma hora dizendo que ia vir com seu carro porque teria que sair mais tarde. - pegando o celular e ligando pra ela.
– Ela deve estar a caminho, Oliver.

As palavras de Diggle mal chegaram nos ouvidos de Oliver quando ele foi em direção aos elevadores. O celular de Felicity tocava, mas logo caia na caixa postal.

– Peça que a assistente da diretoria desmarque a reunião da manhã, Diggle. Vou atrás da Felicity. - apertando o botão do elevador vezes seguidas.
– Oliver. - encostando na parede que dividia os elevadores. - Não acha que está se preocupando demais?
– Não, ela não está bem. - apertando o botão de novo. - Alguma coisa aconteceu.
– Tenta ligar pra ela mais uma vez.
– Faço isso no caminho. - entrando no elevador e já apertando o botão para fechar a porta.

Antes que a porta fechasse, Diggle a impediu com a mão. Oliver o encarou com um desespero que o amigo nunca viu antes.

– Se precisar é só me ligar, ok?
– Obrigado.

Assim que soltou a porta Diggle teve certeza de Felicity estava passando por algum problema grave. Por mais que ambos escondessem o que sentiam um pelo outro, aquela reação de Oliver era quase desesperada.

Mal tinha entrado no carro e Oliver ligou pela decima vez para o celular de Felicity antes de ligar o carro. Sem sucesso ela só conseguia pensar no pior. Esperava que tudo que tinha se formado em sua mente fosse só fruto do seu desespero e que ela estivesse sã e salva como a deixou na noite anterior.

–--

Oliver estacionou o carro na frente da casa da Felicity e já pulou pra fora, correndo em direção a entrada. Bateu várias vezes na porta sem receber resposta. A luz estava acesa, o que o deixou ainda mais aflito.

– Felicity. - chamou alto para ver se ela respondia, o que não aconteceu.

Girou a maçaneta e constatou que a porta estava aberta. Entrou com calma, mesmo querendo gritar por ela.

Assim que entrou ele viu que sua bolsa estava caída perto o sofá, junto com as chaves do carro e seu tablet. O pânico tomou conta dele, que disparou pela casa, já chegando ao ponto de chamar Diggle, mas antes que pudesse pegar o celular ouviu um barulho vindo do banheiro.

– Fel? - abrindo a porta e se deparando com ela debruçada sobre o vaso.
– Sai daqui, Oliver. Preserve o pouco da dignidade que ainda me resta.

Ignorando o que ela disse, ele tirou o terno e o jogou para fora do banheiro. Se ajoelhou ao lado dela, segurando seu cabelo para que não caísse sobre seu rosto.

– Você já me viu em momentos piores.
– Meus Deus, isso não termina. - sentindo mais uma onda de ânsia, voltando a vomitar.

Quando ela respirou fundo, tendo uma pausa no mal estar, ele pegou uma toalha no armário ao lado da pia e a molhou. Voltou para perto dela, que estava sentada no chão, encostada na parede, de olhos fechados.

– Você comeu alguma coisa antes de começar a vomitar? - passando a toalha em seu rosto coberto de suor.
– Só café, mal tomei um gole e já estava aqui.

Quando ela já estava confiante de que não vomitaria mais, ela tentou levantar, mas a fraqueza não permitiu. Pegou a toalha das mãos de Oliver e escondeu o rosto.

– Que derrota.
– Logo isso passa, pelo menos é o que dizem.
– Assim espero. Estou me sentindo péssima. - olhando para ele e vendo o quanto ele estava preocupado. - Desculpa te dar tanto trabalho.
– Não vi você na empresa e já pensei o pior. - sentando na beirada da banheira. - Estou tão acostumado a lidar com bandidos que fico aliviado de encontrar você nesse estado. Me desculpe. - sorrindo.
– Te perdoo desde que esse meu estado fique só entre a gente. - sorrindo de volta.
– Combinado.

Ficaram se encarando por algum tempo até que Felicity sentisse o rosto começar a esquentar. Se ajeitou no chão e sentiu as costas doloridas por ficar tanto tempo curvada.

– Preciso escovar os dentes.
– Vem, eu te ajudo.

Sentir o braço de Oliver envolvendo sua cintura não era algo que lhe trouxesse tranquilidade, mas era o que precisava naquele momento. Não tinha condições de levantar sozinha.

Ele permaneceu do seu lado enquanto ela terminava de escovar os dentes e lavar o rosto. Olhar no espelho não trouxe nenhum alivio para ela, que se viu mais pálida do que já era e com o cabelo todo bagunçado.

– Que estado deplorável. - ajeitando o cabelo.
– Você é linda de qualquer jeito. - sentindo o cheiro do cabelo dela, o fazendo esquecer por um momento o motivo de estar ali. - Está melhor? - percebendo a timidez dela.
– Sim, estou.
– Vamos para a sala, você precisa descansar.

Quase sendo carregada por ele, Felicity se acomodou no sofá sentindo seu corpo relaxar depois de todo aquele estresse da manhã.

– O que tem ai pra você comer?
– Nada que seja leve. - se ajeitando no sofá.
– Então vou comprar alguma coisa.
– Não precisa, Oliver. Daqui a pouco eu já estou melhor.
– Claro que precisa. Não me contraria.
– Não tenho forças pra isso. - fazendo careta.
– Já volto.

Sem prestar atenção no que fazia, Oliver se inclinou e deu um selinho nela. Quando se afastou ela estava paralisada por não esperar aquela atitude.

– Desculpa, foi por impulso.
– Não precisa se desculpar. - relaxando, mas ainda afetada pelo beijo. - Só queria estar em melhores condições. - sorrindo, tímida.
– Logo resolveremos isso.

Sem esperar que ela dissesse alguma coisa, ele pegou seu terno e saiu. Ela fechou os olhos assim que ele fechou a porta, tentando assimilar tudo o que estava acontecendo. Em um dia era somente ela, e agora tinha um bebê e Oliver.

A fraqueza era tão grande que ela sentiu o sono ser mais forte do que a vontade de ficar acordada. Em poucos minuto já estava em um sono profundo.

–--

Oliver estava acelerado, não conseguia lidar com o fato de vê-la tão vulnerável e não poder fazer nada.

Não conhecia nada pelas redondezas, mas logo encontrou um mercado. Nunca foi de fazer compras, mas fez o melhor que conseguiu. Levou o máximo de coisas que deduziu serem leves para Felicity passar o dia.

Em menos de vinte minutos estava de volta a casa dela, se deparando com Felicity dormindo. Depois de deixar tudo na cozinha, seguiu por um corredor perto do banheiro que deduzir dar a seu quarto.

Assim que abriu a porta e deu de cara com a grande cama, vários pensamentos invadiram sua mente, fazendo com que ele esquecesse por um momento a situação que ela se encontrava.

– Foco Oliver. - disse a si mesmo.

Pegou um cobertor que estava sobre a cama e volto para a sala. Pensou em leva-la pra cama, mas isso poderia acorda-la. Por isso a cobriu e foi para a cozinha. Nunca precisou fazer nada na cozinha, mas tinha que tentar para que ela pudesse comer alguma coisa quando acordasse.

Olhou para onde ela dormia e ficou um tempo pensando no que ainda estava por vir. Não sabia qual seria seu lugar na vida de Felicity, mas de uma coisa ele tinha certeza, não abriria mão dela agora que finalmente tinha dado um passo que por tanto tempo se recusou a dar.

–--

– Não, eu não vou voltar hoje.

A voz de Oliver era contida, mas ela o conhecia bem para saber que a pessoa do outro lado da linha recebia aquela frase como se ele tivesse gritado com ela. Felicity abriu os olhos e gemeu ao sentir seu corpo todo dolorido.

– Pensei que o café da manhã que fiz ia virar almoço. - guardando o celular e indo até a cozinha buscar algo para ela comer.
– Nossa, acho que a fraqueza me derrubou. - olhando para o relógio que tinha na estante e levando um susto ao ver dormiu por três horas. - Pelo amor, como você deixou eu dormir tanto? - levantando do sofá, mas voltando a sentar por sentir uma tontura.
– Onde você acha que vai? - colocando a bandeja na mesa de centro e sentando na outra ponta.

A bandeja tinha um copo de suco de laranja, várias frutas, um lanche de pão integral e uma tigela com um mingau que fez com que Felicity fizesse careta assim que viu seu aspecto.

– Não vou comer essa gororoba.
– Não chama meu mingau de gororoba. - olhando pra bandeja.
– Desculpa, Oliver. Só que isso não está com cara de ser comestível.
– Mas o gosto é bom, receita de família. - pegando a tigela e entregando pra ela.
– Ainda bem que vocês sempre puderam pagar alguém pra cozinhar, né? - sentindo o cheiro do mingau e fazendo careta de novo.
– Come que você vai gostar.

Mesmo com receio, ela pegou a colher e colocou o minimo possível para experimentar. Assim que colocou na boca esperou que seu estomago reagisse contra, o que não aconteceu. E para sua surpresa o gosto era muito melhor do que esperava.

– Meus Deus, isso é bom. - enchendo a colher e voltando a comer.
– Eu disse. - indo sentar ao lado dela, rindo.
– O que tem nisso aqui? - falando com a boca cheia.
– Se eu falar você não come. Então aproveita.

A cada colherada Felicity se sentia mais satisfeita e a fraqueza ia diminuindo. Tomou um pouco de suco e se acomodou ao lado de Oliver.

– Caramba, ta aí uma habilidade que eu não sabia que você tinha. - apontando pra tigela, agora vazia.
– Tem muitas coisa sobre mim que você ainda não sabe.

Segundos depois de falar aquilo ele percebeu a malicia com a qual aquela frase tinha soado. Olhou pra ela, que o encarava, e sentiu a satisfação de estar ali com ela, não se importando do que tinha acabado de dizer.

– Agora coma uma fruta. - pegando uma maça e entregando a ela.
– Aí você está querendo demais.
– Só essa vai.
– Ok.

Aquela era uma cena incomum na vida de ambos e o silêncio foi a única coisa que os deixava confortáveis. Até o momento que o celular de Felicity começou a tocar em algum lugar da casa.

– Acho que meu celular ficou no banheiro. - olhando pra trás.
– Deixa que eu pego.

Dando um beijo em sua cabeça, ele seguiu para o banheiro. Mal tinha entrado quando o celular parou de tocar. Ele estava no chão do lado da banheira e a foto de Ray Palmer estampava a tela.

Sem conseguir reagir de imediato, ele ficou encarando o aparelho, que começou a tocar novamente.

– Oliver? - chamou Felicity da sala.
– Já achei. - pegando o aparelho e voltando para a sala. - É o Palmer.

Entregando o aparelho pra ela, que sentiu o enjoo voltar, ele se afastou com a pior cara possível. Felicity sabia que lidar com as reações de Oliver quando o assunto era o pai de seu filho seria mais difícil do que aceitar que estava grávida.


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