Olicity - Muito Além da Amizade escrita por Buhh Smoak


Capítulo 2
Capítulo 02


Notas iniciais do capítulo

Falei que postava na quinta, mas eu escrevi o capítulo no caderno e fiquei com preguiça de passar pro micro. kkkkkkkkkkkk
Mas aqui estou. A principio a fanfic vai ter 4 capítulos, mas tenho certeza que quando terminar vocês vão querer mais.

Espero que gostem.



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– E ai?

Oliver olhou para o papel nas mãos de Felicity esperando o veredito. Ela leu o que estava no exame e quando olhou pra ele não foi preciso muito para que ele soubesse qual o resultado.

– Matei dois peixes em uma semana por não lembrar de dar comida, como vou conseguir manter alguém vivo?

A voz dela estava embargada, mas Oliver sabia que ela tentava controlar o desespero.

– Tenho certeza que de fome o pirralho não vai morrer.

Mesmo tentando usar um tom de brincadeira, Oliver estava no limite assim como ela. Faltava muito pouco para ele tomar o rumo de Central City e ir tirar satisfação com Palmer.

Afastando aquele pensamento, ele a puxou para um abraço, deixando claro que ela não estava sozinha.

– E agora? O que pretende fazer?
– Acho que contar para o Ray, né?

No mesmo instante que ela disse o nome dele, Oliver mudou de postura. Ficando tenso, o que não passou despercebido por ela.

– O que foi? - se afastando.
– Nada. Acho melhor irmos para o Verdant, a Thea deve estar ansiosa para saber do exame.
– Eu prefiro ir pra casa se você não se importar.
– Claro que não me importo.
– Eu ligo pra ela e peço para ela ir pra lá.
– Tudo bem, vamos.

Felicity o encarou por alguns segundos antes de seguir até a saída do laboratório. Entendia a preocupação dele, mas suas atitudes estavam cada dia mais estranhas quando o assunto era Ray Palmer.

–--

O caminho todo foi feito em silêncio. Oliver pensava em como lidar com a situação e Felicity tentando se convencer que falar com Ray era o ideal, mesmo depois de terminar com ele por admitir estar apaixonada pela pessoa que estava ao seu lado naquele momento.

Olhou pro lado e viu como Oliver estava concentrado na direção. Queria dizer a ele o quanto sua companhia naquele momento era importante, mas se abrisse a boca desataria a chorar.

Assim que estacionou na porta da casa dela, a última coisa que queria era ir embora, mas Oliver sabia que não tinha outra opção.

– Você vai contar para sua mãe?
– Sim, mas não agora. Quero falar com o Ray primeiro.
– Claro, o Ray.

A tensão se instalou assim que ela mencionou o nome do ex. Felicity sabia que Oliver não gostava de Ray, mas ultimamente ele se mostrava ainda mais hostil.

– Ele não vai me desamparar, Oliver. - tentando ameninar o clima.
– Nunca disse que ele faria isso.
– Eu sei, mas você sempre fica estranho quando falo dele e não é só por causa da gravidez, você nunca foi com a cara dele mesmo eu não entendo o porque.

Lá estava a oportunidade dele em dizer o que a tanto tempo queria, mas aquele não era um bom momento para isso.

– Não acho que ele seja homem pra você.
– Então nunca vou ficar com ninguém, porque pelo que me consta, nenhum homem é bom aos seus olhos.

O silêncio dele fez com que ela se frustrasse. Soltou o cinto e o encarou.

– Obrigada por estar comigo para encarar isso tudo, é muito importante pra mim.
– Eu não poderia fazer menos que isso, Fel.

Oliver nunca a chamava pelo apelido e isso feliz com que ela sentisse uma emoção fora do comum. Com o olhar preso ao dela, ele se viu cada vez mais próximo dela. Sua razão dizia que tinha que se afastar, mas quando sua mão tocou em seu rosto, sabia que não teria mais volta.

A respiração deles se misturaram, Felicity fechou os olhos esperando o inevitável. Seu coração estava na garganta e acelerava cada vez mais com a possibilidade de fazer o que fantasiava a tantos anos.

– Peça para que eu pare, Felicity. - sussurrou com os lábios roçando nos dela.
– Não posso. - abrindo os olhos e vendo como ele estava tão afetado quanto ela.
– Porque?
– Porque faz quase 3 anos que eu espero por isso.

Se afastando por um breve momento, ele a encarou se deparando com o reflexo de si mesmo nos olhos dela. Sabia que Felicity tinha uma queda por ele, mas nunca imaginou que ela sentisse a mesma ânsia de ficarem juntos como ele sentia.

Esquecendo de todas as preocupações, ele segurou a lateral de seu rosto e a beijou. De todas as mulheres com quem ele já se relacionou, nenhuma delas dava a Oliver aquela sensação de que tinha finalmente encontrado algo que a muito procurava.

Felicity não soube quando, mas logo estava no colo de Oliver com os braços envoltos em seu pescoço.

– Oliver. - conseguindo dizer quando ele já descia os lábios por seu pescoço.
– Desculpa. - se contendo e a encarando.
– O que estamos fazendo?
– Não sei, mas não estou nem um pouco arrependido. - colocando uma mecha de cabelo atrás de sua orelha. - Você está?
– Não.

A lembrança das horas que se passaram vieram como um tapa e Felicity tentou sair do colo dele, mas Oliver a impediu.

– Espera, o que isso significa?
– Que a gente perdeu o juízo? - já sentindo os olhos arderem pela vontade de chorar.
– Felicity.
– Desculpa Oliver, mas eu não estou muito bem para conversar sobre isso agora. - abaixando o olhar.
– Eu sei, eu que estou forçando a situação.
– Você não está forçando nada, mas vamos conversar sobre isso depois?
– Claro que sim.

Ficaram se encarando por mais um tempo até que um sorriso se formou no rosto dela. Aquela variação de humor começava a faze-la pensar que poderia estar se tornando bipolar.

Mesmo com a decisão de conversar depois sobre o beijo, eles não se moveram, mas Felicity sabia o que aconteceria se continuassem daquele jeito.

– Acho melhor eu ir.
– Sim, é melhor.

Mais alguns segundos se passaram, quando Felicity começou a rir.

– O que foi?
– Para que eu possa ir embora você precisa me soltar. - sentindo o agarre dele em sua cintura.
– Desculpa. - a soltando.

Ela voltou para o banco do passageiro e pegou sua bolsa que estava no chão do carro.

– Te pego amanhã as oito.
– Não precisa.
– Claro que precisa. Tenho que resolver a transferência das empresas Palmer para a Queen Corporation e quero você lá comigo.
– Ok. Então até amanhã.

Ela estava prestes a sair quando ele a puxou pelo braço, a fazendo se virar pra ele, que sem pensar suas vezes uniu seus lábios.

– Descanse hoje. Deixe que tomamos conta de tudo lá na caverna.
– Tem certeza? Posso ajuda-lo daqui de casa.
– Não precisa, vamos dar conta.

Quando ela finalmente saiu do carro, Oliver ficou observando enquanto ela caminhava até a entrada da casa e abria a porta. Antes de entrar, ela olhou em sua direção e acenou. A vontade de Oliver era ir até lá e ignorar o que tinham combinado, mas se conteve e acenou de volta.

Não sabia o que aconteceria entre eles, mas de uma coisa ele tinha certeza... dessa vez não recuaria, agora que tinham se beijado, contaria toda a verdade e lutaria por ela até o fim.


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