Olicity - Muito Além da Amizade escrita por Buhh Smoak


Capítulo 15
Capítulo 15




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O presente que Palmer trouxe para Oliver continuava nos pés da cama onde Felicity o colocou. Três dias tinha se passado desde que eles conversaram sobre a visita de Palmer, e mesmo concordando ele estava evitando o quanto podia para recebê-lo quando o dia chegou.

— Vai ficar enrolando até quando?

Felicity estava com um vestido solto, mas que marcava bem a barriga. Ela parou do lado da cama esperando que ele respondesse.

— Você está tão linda.
— Não adianta me elogiar, o Ray vai continuar lá embaixo.
— Está com aquele sorriso na cara?
— Sempre.
— Se eu não amasse tanto você e nossa filha eu nem me esforçaria.
— Eu sei disso, mas faça um esforço. – se inclinando e lhe dando um beijo. – Você já está bem para descer?

Ele queria dizer que não, mas sabia que sua melhora era visível, sentou na cama e esticou as costas. Ainda sentia pontadas, mas nada comparado a antes.

— Pega uma camiseta no closet para mim? – pediu enquanto tomava seus remédios.

Enquanto ela se ocupava em escolher sua roupa ele se esticou e pegou o embrulho. A embalagem era quadrada, o que parecia ser de uma loja cara de relógios. Assim que abriu viu que estava certo. O relógio era dourado e pesava tanto que Oliver duvidava que aquilo era para o uso diário.

— Nossa, que lindo.
— Nem tanto. – largando a caixa aberta sobre a cama e vestindo o que ela tinha trazido.
— Oliver, mesmo com toda implicância você tem que concordar que ele tem bom gosto. – pegando a peça.
— Não vou concordar com nada, ainda mais em relação ao cara que já transou com você.

Não era intenção de Oliver soar tão amargurado, mas a presença de Palmer fazia com que ele se sentisse um intruso na situação. Felicity se aproximou e ficou entre suas pernas, o fazendo levantar o rosto e encara-la.

— As coisas irão mudar, Oliver. Só preciso que você supere essa noite. Só hoje. – fazendo carinho em seu rosto.

Ele acariciou a barriga dela sem entender muito como as coisas poderiam mudar. Olhou para ela e a fez sentar em seu colo.

— Eu te amo e vou fazer isso por vocês. – beijando seus lábios. – O que me consola é que tenho Donna do meu lado.
— Tem mesmo, porque ela deve estar roscando para ele até agora. – levantando. – Vamos?

Seguiram de mãos dadas para fora do quarto. Oliver ainda tinha que andar com uma mão pressionando a lateral esquerda por sentir as pontadas pela fratura, mas aquele era o único incomodo que sentia.

— Eu tenho que admitir que eu pensei que você era um alienado. – ouviram Donna dizer enquanto descia as escadas. – Mas até que você é uma boa pessoa.

Oliver parou no último degrau ao constatar que tinha perdido sua aliada, mas nada o surpreendeu mais do que ver Iris sentada ao lado de Palmer no sofá.

— Oliver. – o próprio foi o primeiro a nota-los. – Vejo que está melhor.
— Sim, estou. – desceram o degrau e caminharam até onde estavam os aguardando de pé.
— Fico feliz por saber disso. – apertando sua mão.
— Vem, vamos sentar. – Felicity ajeitou algumas almofadas para que ele encostasse.
— Ainda dói muito, Oliver? – quis saber Iris.
— Só às vezes, mas são pontadas suportáveis. Não sabia que estava em Starling.
— Pois é, as coisas mudaram. – sentando novamente ao lado de Palmer.
— Agora a Iris mora comigo.
— Mora? – Oliver olhou para Felicity que se acomodou ao seu lado.
— Vou preparar um café para nós. – Donna se afastou indo até a cozinha.
— Sim, estamos juntos há pouco tempo só que temos a impressão que é muito mais que isso.

Palmer olhou para Iris e Oliver sentiu seu corpo relaxar. Ver o entrosamento deles fez com que ele entendesse de uma vez por todas que ali não estava um rival, mesmo que o sorriso dele ainda o irritasse.

— Barry não surtou, não?
— Por incrível que pareça não. – Iris riu e olhou para Felicity. – Ficou mais surpreso por vocês dois do que por nós dois.

Oliver sabia que Barry tinha uma queda por Felicity, mas isso nunca foi um problema para ele. Sabia que eles eram iguais demais para terem algo, o que não acontecia entre ela e Palmer.

— A empresa está de vento e polpa. – Felicity agarrou a mão de Oliver quando o ex começou com o assunto que mais o afetava. – Essa semana te encaminhei um e-mail com todos os futuros investidores.
— Temos investidores?
— Inúmeros. Quando as ações da empresa começaram a alavancar eles apareceram.
— E porque você ainda não finalizou as parcerias?
— Porque somos sócios e não posso tomar decisões assim por conta.
— Amanhã dou uma olhada no e-mail e te mando o que acho.
— Sem pressa. Eles que esperem, porque eles podem parecer altruístas em querer investir na empresa, mas é tudo interesse na ascensão dela.

Felicity olhou para Iris e sorriu. Era a primeira vez que via Oliver conversar com seu ex sem querer pular em seu pescoço. A conversa durou mais um pouco enquanto Donna servia o café para todos, menos para Oliver.

— Infelizmente não posso tirar você da dieta. – disse Donna trazendo um copo de suco para ele.
— Está gostando de ficar em Starling, Donna? – quis saber Iris.
— Estou sim, o clima daqui não se compara a Las Vegas. Acho que estou ficando velha para aquele lugar.

Felicity recostou no sofá e por um momento perdeu o fôlego. Apertou a mão de Oliver, que se virou a encontrando pálida.

— O que foi?
— Ela me chutou. – esticando as costas, tentando encontrar uma posição menos incomoda.
— Você fazia o mesmo comigo. – Donna sentou ao lado dela, acariciando sua barriga.
— Ela está bem, não é? – perguntou Ray, preocupado.
— Sim, mas está bem agitada esses dias.
— Foi o estresse do meu acidente, não é filha? – acariciando a barrida dela.

O costume de chamar o bebê de filha fez com que Oliver acabasse contando algo que Ray não sabia.

— É menina? – sentando mais na beirada do sofá.
— Caramba, ele não sabia? – Oliver perguntou a Felicity.
— Não, eu ia contar hoje.
— Desculpa ai, é o costume.

Ray olhou para a barriga e hesitou por um momento. Quando Oliver e Donna se afastaram da barriga de Felicity ele pensou em ir até ela, mas não sabia até que ponto ele poderia ir.

— Vem Ray. – Felicity estendeu a mão para ele. – Sua filha precisa saber que você também está por perto.

Se aproximando, ele se ajoelhou na frente de Felicity. Olhou para Oliver e o viu com o olhar perdido na varanda, mas não recuou. Sabia o quanto era difícil para ele ver sua mulher compartilhando com outro homem aquele momento. Depois que conheceu Iris a compreensão se tornou ainda mais clara para ele, por isso começou a se manter mais distante durante a gravidez. Só que sentia falta desse contato com o bebê, um contato que nunca teve e que dava a ele a certeza que era real a chegada de sua filha.

— Oi, princesa. – colocando a mão na barriga dela. – Sei que é difícil entender que você tem dois pais, mas um dia você acostuma. – se aproximando mais. – Só quero que você saiba que eu te amo muito viu. Eu e a Tia Iris estamos muito ansiosos por sua chegada. – se inclinando e beijando sua barriga antes de levantar. – Obrigado, a vocês dois. – chamando a atenção de Oliver. – Sei que as coisas não são convencionais, mas não existe família melhor do que a nossa. – visivelmente emocionado.
— Obrigada, Ray. – o abraçando.
— Agora temos que ir. – beijando sua cabeça e recebendo Iris ao seu lado.
— Semana que vem tenho uma nova consulta. Espero os dois lá.
— Pode contar com isso. – Iris abraçou a amiga, emocionada por ser incluída. – Prometo que sua filha terá a melhor madrasta do mundo.
— Não tenho dúvidas disso.
— Obrigado por me receber, Oliver. Espero que tenha gostado do presente. – apertando sua mão.
— Gostei sim. Voltamos a nos falar sobre a empresa e nos vemos na consulta da pequena.
— Pode ter certeza.
— Foi um prazer Donna.
— Foi todo meu. – abraçando a ambos.

Todos se despediram e quando Felicity fechou a porta Donna a abraçou emocionada.

— Fiquei somente observando porque eu estava admirada por ver que o Ray nem é tão ruim quanto pensei. O amor que todos têm pela minha neta me emocionou.
— Sim mamãe. Ela vai ser uma criança muito amada. – com os olhos cheios de lágrimas.
— Tenho que admitir que o cara tá menos insuportável agora que está com a Iris. – Oliver apertou a lateral do corpo, sentindo o incomodo.
— Viu como o esforço valeu a pena. – sentando em seu colo. – Desculpa, você está com dor. – tentando sair, mas sendo impedida por ele.
— Até parece que vou perder a chance de ter você no meu colo por causa de uma dor. – abraçando sua cintura.
— Crianças. – pegando uma pequena mala que estava perto do sofá e colocando sobre ele. – Irei passar uns dias em sua casa, filha.
— Porque?
— Porque o Oliver está bem e vocês precisam de uns dias sozinhos.
— Tem certeza mãe?
— Claro que tenho. Vou sair com umas amigas que tenho aqui em Starling e ver se me distraiu um pouco. – se aproximando. – Você ainda é meu preferido, ok? – dando um beijo na cabeça de Oliver.
— Ainda bem. – sorrindo.
— E você. – beijando a cabeça da filha também. – Estou muito feliz por saber que você está rodeada de amor. Eu não poderia querer uma vida melhor para minhas meninas.
— Obrigada mãe, por tudo.

A emoção tomava conta de todos, por isso Donna tratou de ir embora logo antes de começar a chorar. Quando a porta fechou Oliver endireitou o corpo e respirou fundo contra o pescoço de Felicity.

— Como sonhei em ficar sozinho com você. – apertando ainda mais o agarre em sua cintura.
— Sonho com isso desde o dia que nos beijamos.

Ele sabia que ela não estava se referindo a simplesmente estarem a sós, mas a querer algo que ele queria na mesma intensidade.

— Mais cedo você disse que as coisas mudariam. O que isso quer dizer?
— Quer dizer que eu quero ir além do que já temos.
— Tem certeza? – colocando seu cabelo para trás e descendo sua mão por suas costas.
— Nunca tive tanta certeza na minha vida – o beijando. – E você? O que acha sobre isso?
— Amar você é tudo que eu quero e saber que você confia em mim a ponto de permitir isso só reforça o que eu já sei.
— E o que é? – emocionada.
— Que você é a mulher da minha vida, que é com você que eu quero passar todos os dias da minha vida, criando nossa filha e todos os outros filhos que iremos ter.
— Isso é o que eu estou pensando? – sentindo seu coração bater cada segundo mais rápido.
— Sempre foi isso. – segurando seu rosto com a mão livre, o mantendo bem próximo de seu rosto.
— Quer casar comigo?


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