Olicity - Muito Além da Amizade escrita por Buhh Smoak


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Correção: No capítulo 11 eu descrevi que a Felicity estava com dois meses (10 semanas), na verdade com essa quantidade de semanas ela estaria com quase três meses. Fiz a correção no capítulo... por isso depois de dois meses ela está com cinco meses. =)



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Apesar dos protestos de Felicity, Oliver insistiu em ir para o quarto no andar de cima. Donna o ajudou a subir porque ele não quis que Felicity se esforçasse por conta da gravidez. Uma vez no quarto ele mal deitou na cama e já pegou no sono. Os remédios por serem fortes faziam com que ele ficasse pouco tempo acordado.

A conversa que tiveram horas antes tranquilizou o coração de Felicity, mas isso não evitou que outras preocupações a fizesse perder o sono. Deitou ao lado dele e passou boa parte da noite velando seu sono, fazendo carinho em seus cabelos.

Acomodou-se nos travesseiros quando a posição que estava começou a deixa-la com dores nas costas. Se esticou na cama e livrou a barriga da camisola que vestia. A saliência aumentava mais a cada dia e isso emocionava Felicity de uma maneira que ela não conseguia conter as lágrimas.

— Espero que essas lágrimas sejam de felicidade.

Olhando para o lado se deparou com o olhar de Oliver e um sorriso que não combinava com a sonolência que estava estampada em seu rosto.

— O senhor deveria estar dormindo.
— Eu até que pensei em fechar os olhos novamente, mas a visão está melhor do que meus sonhos.

Felicity se olhou e a camisola estava quase na altura dos seios. Ela fez menção de abaixar, mas ele segurou sua mão.

— Sei que não estou em condições de nada, mas as dores nas costas não chegam nem perto do tamanho da minha vontade em fazer amor com você.

A respiração dela estava mais pesada quando viu Oliver virar de lado e deslizar a mão em sua barriga. Sentiu um arrepio por todo o corpo, principalmente quando ele roçou os dedos na parte mais baixa de seu seio.

— Oliver. – fechando os olhos.
— Te amo demais, Felicity.
— Eu também. – voltando a abrir os olhos.
— Queria estar em outras condições. – voltando a descer a mão para sua barriga.
— Eu também queria estar em outras condições. – olhando para sua barriga. – Amo nossa pequena, mas o fim da gravidez parece longe demais.
— Me ajuda a sentar?
— Tem certeza?
— Sim.

Ela ajeitou sua camisola e deu a volta na cama. Com cuidado ajudou Oliver a sentar e depois de colocar quase todos os travesseiros da cama atrás dele, voltou a ajuda-lo a se acomodar.

— Nunca conversamos sobre fazermos amor, acho que está na hora, não?
— Acho. – sentando ao lado dele. – O dia que você chegou na casa do Diggle, meses atrás, nós estávamos falando sobre isso.
— Com a Thea também?
— Sim, ela se convidou para a conversa. Sabe como ela é. – sorrindo.
— E como sei. Pode me contar como foi a conversa?
— Basicamente deixei meu desespero a mostra e elas me consolaram. – rindo.
— E o que você acha que devemos fazer?
— Não sei, a Laila me disse que antes de decidir teríamos que conversar. Porque essa é uma decisão que temos que tomar juntos. E sinceramente, eu não sei o que fazer. Parece que fazer amor com você é errado, pela pequena ser filha de outra pessoa.

A aflição nos olhos de Felicity fez com que ele deixasse o ciúmes de lado. A puxou para mais perto e a beijou. As dores eram intensas, mas ele fez o que pode para ignora-las.

— Não me importo em como vamos passar por sua gravidez desde que seja desse jeito. – a beijando de novo. – Juntos.
— Obrigada. – o abraçando.
— Minha vida só melhorou desde o dia que você entrou na minha vida. – afastando o rosto e o segurando em suas mãos. – Agora me ajuda a deitar que eu aguentei as dores o quanto pude.

Assim que Oliver estava acomodado ela deitou ao seu lado e apoiou a cabeça em um dos braços.

— Posso te pedir uma coisa? – virando o rosto para ela.
— Claro.
— Volta a usar seus pijamas com pantufa?
— Sério?
— Sim. Por mais que eu também sinta vontade de arrancar aquele pijama, essa camisola triplica minha vontade.
— Entendido. – rindo.
— Depois que eu melhorar vamos conversar de novo e decidir o que fazer, ok?

Se inclinando ela deu um selinho nele e apagou o abajur.

— Deixemos nosso apetite sexual de lado e vamos dormir. Algo me diz que receberemos a visita o Diggle logo cedo.
— Posso tomar mais remédio para dormir? Porque me livro do esporro.
— Não, jamais me privaria de ver o Diggle brigando com você. Eu mereço.

Mesmo sem poder recebê-la em seus braços, ela se aproximou e encostou o rosto em seu ombro. O cheiro do perfume dela fazia com que Oliver agradecesse por ter uma nova chance de estar ali com ela. E por muito tempo ele não conseguiu dormir pensando em como seria se tivesse morrido e abandonado as pessoas que mais amava em sua vida.

—--

Oliver mal abriu os olhos e já se deparou com Diggle parado na porta do quarto. Estava com a roupa que ele costumava a usar nas missões e isso o alarmou.

— Aconteceu alguma coisa? – tentando se levantar, em vão.
— Bom dia para você também.
— Para de graça e vem me ajudar a sentar.
— Não precisaria da minha ajuda se tivesse parado quando mandamos. – o ajudando.
— Eu sei.
— E sabe também que a Felicity correu risco de parar no hospital por conta de tudo que aconteceu?
— Como é? – o encarando sem entender.

Diggle puxou uma das cadeiras que ficava em um canto do quarto e sentou nos pés da cama. Sabia que apelar para aquele assunto só pioraria a situação de Oliver, mas o amigo precisava saber o que sua inconsequência tinha causado.

— Ela desmaiou depois que você despencou daquele telhado. Enquanto eu ia atrás de você a Laurel levou ela no hospital para que ela fosse medicada.
— Ela não me contou isso.
— E nem contaria. Só que você precisa saber que tudo o que você faz a afeta e nem venha com o discurso de que você tem que se afastar porque é um mal na vida da Felicity.
— Eu não ia falar isso.
— Mas já disse para ela, certo?
— É. – se incomodando por ver o quanto era imprevisível.
— As coisas estão piorando Oliver. O Slade está agindo de forma sorrateira e preciso de você para que Starling seja salva.
— Fui egoísta por não saber lidar com a situação da empresa e quando me vi perseguindo aquele bandido a adrenalina me fez esquecer tudo.
— Vou ser bem direto, porque você me conhece. A Felicity está grávida e tenho quase certeza que o Slade sabe que ela é seu ponto fraco. Não podemos nos afastar do motivo de existir como equipe. Porque se isso acontecer o bandido nem vai precisar de esforço para nos enterrar, porque nos mesmos vamos cavar essa cova.
— Entendi, Diggle. Tenho consciência de tudo que fiz de errado e isso não vai voltar a acontecer.
— Assim espero. – levantando e tirando algo do bolso, entregando a Oliver e voltando a sentar. – Essas fotos são dos últimos crimes em Starling. Os bandidos que deveriam ir para a cadeia em nossas mãos foram executados.
— E sabe quem fez isso? – olhando as fotos.
— Não fazemos ideia. A Felicity tentou encontrar imagens em câmeras de segurança, mas até mesmo isso foi pensado pelo executor.
— Temos que descobrir quem está fazendo isso o quanto antes.
— Acha que precisa de quantos dias para se recuperar?
— Pelo menos uma semana, mas vou trabalhar daqui.
— Tudo bem. Ficaremos de plantão a partir de hoje e qualquer coisa nos falamos.
— Obrigado e me perdoe por tudo.
— Se isso te fez aprender o quanto estar vivo é importante a todos nós, eu perdoo.
— Eu aprendi.

Diggle saiu e não demorou para que Felicity entrasse no quarto. Carregava uma bandeja com um café da manhã completo.

— Bom dia.
— Bom dia. – cruzando os braços e a encarando. – Porque você não me contou que parou no hospital quando eu me machuquei?

Ela sabia que Diggle contaria a Oliver sobre isso, por isso colocou a bandeja nos pés da cama e encarou o namorado.

— Porque eu não queria relembrar aquele dia de novo.
— Vocês estão bem, certo?
— Estamos, só foi uma queda de pressão.
— Tem certeza? – aflito.
— Tenho. A médica me deu bronca por me estressar, mas disse que ela tinha que brigar era com você e não comigo. – sorrindo.
— Vem aqui. – estendendo a mão.

Sentando ao lado dele, ficando de frente, ela sentiu os braços dele a envolverem. A respiração de Oliver era pesada e ela sabia que ele estava prestes a chorar.

— Estamos bem, amor.
— Eu jamais me perdoaria se algo acontecesse com vocês.
— Nada aconteceu e nem vai acontecer.

Um sentimento incômodo envolveu ambos quando Felicity disse aquilo. Continuaram abraçados por um longo tempo e mesmo quando se separaram o silêncio permaneceu. Tinham medo de transformar em palavras a preocupação que os rondava sobre Slade, porque por mais que tentasse ignorar, sabiam que ele estava planejando algo e nada tirava da cabeça de ambos que o relacionamento deles poderia ser alvo, mas jamais conseguiriam dizer um ao outro que a maior preocupação ainda estava guardada no ventre de Felicity.

— Sua mãe se acomodou bem? – puxando assunto.
— Até demais. Parece que sua casa é dela. – pegando um morango da bandeja e comendo.
— E ela tem que se sentir assim mesmo, porque logo você vai morar aqui e ela precisa ter um quarto para ela.
— Já conversamos sobre isso, só vou me mudar quando o bebê nascer.
— Não entendo porque dessa resistência, você vai ter que ficar aqui comigo. Porque não se mudar logo?
— Vou pensar sobre isso, mas não me pressione. – dando a volta na cama e deitando ao seu lado. – Nossa menina anda muito agitada. – livrando a barriga da blusa.
— Sabe que o pai dela está aqui. – fazendo carinho na barriga também.
— Falando em pai.
— O que tem o chato do Palmer?
— Ele quer vir te visitar.
— Me visitar?
— Sim. – rindo.
— O que foi?
— Você sabe como ele é. Está preocupado com o pai da filha dele e quer trazer um presente para você.
— Felicity.
— Não me pergunte mais que eu não sei. Ele pode vir?
— Poder não pode. – comendo e ignorando o olhar dela.
— Oliver, se não quiser pode falar que ele vai entender.
— Com quem ele está saindo?

E o assunto que Felicity queria evitar finalmente veio. Olhou para ele e sorriu, tentando decidir se mantinha a curiosidade dele por mais um tempo ou abria o jogo.

— Não sei se te conto.
— Então não sei se quero ele aqui.
— Tudo bem, vou dizer a ele que você não quer sua visita. – rindo.
— Você não vai me contar?
— Não.
— Tudo bem. – pegando dois morangos e enfiando na boca. – Sem beijos até que você me conte.
— Como é?
— Isso ai. – tomando suco.
— Você não faria isso. – deitando de lado. – Estou aqui cuidando de você e ainda sou obrigada a ceder por chantagem.
— Exato. – sorrindo.
— Tá bom. Sem beijos. – sentando na cama. – Só que a partir de hoje só durmo de calcinha e sutiã.

Oliver engasgou com o outro morango que comia e precisou de um grande gole de suco para se recuperar.

— Você não faria isso. – a encarando incrédulo.
— Experimente não me beijar mais. – levantando.

Pegando a bandeja que estava quase vazia ela se inclinou deixando seu rosto bem próximo ao dele. Um sorriso brotou em seu rosto antes dela pressionar os lábios contra os dele. Oliver bem que tentou ignorar, mas logo estava separando os lábios e se rendendo aos beijos dela.

— Vou avisar para o Ray que você está ansioso por sua visita. – lhe dando um selinho e se afastando.
— Espero que você não faça isso, já me basta ter que aturar aquela cara feliz. Não estou afim de ter que lidar com a presunção por se achar querido por mim.
— Te amo. – dando mais um selinho nele e saindo.

Oliver sabia que encarar Palmer era o menor dos seus problemas e pela primeira vez em muito tempo sentia que essa visita seria bem vinda. Só que jamais admitiria isso para ninguém, muito menos para o outro pai inconveniente de sua filha, que a presença dele era fundamental para a segurança de sua família.


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