Olicity - Muito Além da Amizade escrita por Buhh Smoak


Capítulo 1
Capítulo 01


Notas iniciais do capítulo

Eu juro que tentei deixar essa fic em off, mas não consegui.Vou postar o segundo ainda hoje. heheheEspero que gostem e COMENTEEEEEEEEM.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/619266/chapter/1

Oliver não conseguia acreditar no que ouviu horas atrás. Apesar de ter capturado mais bandidos do que em um dia normal, isso não o afetou tanto quanto ouvir Felicity atender o celular e dizer a última coisa que ele esperava ouvir dela.

– Felicity.

O grito de Oliver ecoou pela caverna enquanto ele descia as escadas. Ela nunca o viu tão bravo, mas como se não se importasse ela virou sua cadeira e o encarou de braços cruzados.

– Sim?

Se tinha uma coisa que tirava ele do sério era aquele olhar de descaso que ela insistia em direcionar a ele quando estava bravo. Desde que ela se tornou sua melhor amiga, as brigas eram sempre perdidas antes mesmo dele tentar.

– Pare com isso. - largando sua aljava sobre a mesa com toda a força. - Pode começar a falar.
– Falar? Sobre? - tentando disfarçar seu desconforto com o assunto que viria a seguir.
– Fe-li-ci-ty. - falando lentamente, tentando controlar sua raiva.
– Ok. - levantando e dando alguns passos em sua direção. - Eu falo, mas você precisa me prometer que não vai surtar.
– E como eu faço isso? - com os punhos serrados.
– Lembrando que eu sou sua melhor amiga e que você ouviu uma conversa minha sem autorização. Então você está errado de qualquer jeito. - dando de ombros.
– Eu estava em missão e falando com você pelo comunicador, a culpa foi sua de atender essa porcaria de celular. - apontando para o aparelho sobre a mesa dela, praticamente berrando.
– Tá, a culpa pode ter sido parcialmente minha.
– Parcialmente? - dizendo entre dentes.
– Oliver. - encurtando a distância e parando a sua frente, com as mãos em seus braços. - Vamos abreviar isso e ir para o que importa? - sorrindo, mas extremamente nervosa. - Eu meio que descobri... que depois do meu breve relacionamento com Ray Palmer, talvez... só talvez... eu esteja grávida.

Aquela palavra fez com que Oliver sentisse seu estômago revirar. Ele esperava ouvir aquilo de qualquer pessoa, até mesmo de sua irmã, mas de Felicity... jamais.

– Talvez? - tentando não perder o pouco de controle que ainda tinha. - Eu ouvi você dizer que tinha certeza.
– Certeza, certeza não. - dando um passo pra trás. - Fiz sete testes de farmácia... sim, isso é algo meio neurótico... mas eu comprei um e vi os outros no balcão e me senti intimada a compra-los e fazer todos... achei injusto deixa-los pra trás. - divagando.
– Felicity. Foco.

Por mais que ela quisesse lidar com a situação como se fosse algo corriqueiro, aquilo era totalmente além do que um dia pensou vivenciar. E ele a conhecia bem demais para saber que por dentro ela estava despedaçada.

– Fiz um exame de sangue hoje, o resultado fica pronto amanhã.
– Eu vou matar aquele desgraçado. - se afastando dela e dando um murro na mesa.
– Não, não vai.
– Ele te engravidou e foi embora. - voltando a encara-la.
– Ele não sabe que posso estar grávida, Oliver.
– Vou matar ele mesmo assim.

Os olhos dela encheram de lágrimas quando ele voltou olhar pra ela. Mesmo com a pose de mulher independente, aquela não era uma situação que qualquer mulher enfrentava sem se abalar. Sem pensar duas vezes ele a abraçou e deixou que ela desabafasse tudo o que estava engasgado em sua garganta.

– Por mais que ele seja bom como você diz, ele não é homem pra você.

Aquele era o discurso dele desde que Felicity começou a sair com Palmer. Ela nunca entendeu porque ele sempre enlouquecia quando ela começava a sair com alguém, mas com Palmer as coisas foram bem piores.

– Vai ficar tudo bem. - se afastando dele e limpando as lágrimas.
– Vou com você buscar esse exame.
– Porque? - o olhando com os olhos arregalados.
– Porque eu quero.
– Não precisa, Oliver.
– Eu vou.

Ela sabia que mesmo que tentasse não iria convence-lo do contrário.

– Ok. - pegando sua bolsa.
– Onde você vai?
– Conversar com alguém que já tenha passado por isso.
– Layla.
– Sim. Layla.

–--

Diggle entrou na caverna e encontrou Oliver treinando como se o mundo dependesse disso. Parou na mesa de Felicity observando quão perturbado ele estava.

– Aconteceu alguma coisa que preciso saber?
– Aconteceu. - continuando a sequência de golpes.
– E?
– E não posso te contar, não ainda.
– É com a Felicity, certo?

Parando bruscamente, ele se virou para Diggle e o amigo confirmou sua suspeita. Sentou na cadeira dela e o observou tentando encontrar as palavras certas.

– Lembra nossa última conversa sobre ela? E qual minha opinião sobre tudo?
– E você me deixa esquecer? - pegando uma toalha e secando o rosto.
– Então, está na hora de você fazer alguma coisa sobre, porque toda vez que alguma coisa acontece na vida dela você surta.
– Dessa vez é diferente.
– Não, não é. - se acomodando melhor na cadeira. - Independente do que for sua reação é sempre a mesma, só muda a intensidade. Abra o jogo com ela Oliver, a anos você alimenta esse sentimento e o reprime.
– Não posso Diggle, não agora.
– E quando vai ser?
– Depois que eu matar o Palmer. - deixou escapar.
– O Palmer? Ele não foi embora?
– Foi, mas continua me atormentando mesmo a distância.

O celular de Oliver começou a tocar, interrompendo a conversa deles.

– É a Thea, tenho que atender.
– Tudo bem, eu vou indo. Mas ainda quero saber o que tá acontecendo. - levantando.
– Assim que eu puder te contar voltamos a conversar.
– Ok. Qualquer coisa me liga.

Enquanto o amigo subia as escadas, Oliver atendeu a ligação da irmã. Ela parecia aflita, mas só perguntou quando ele iria pra casa.

– Daqui uma hora, porque?
– Por nada, é que não queria jantar sozinha.
– Vem pro Verdant que a gente sai pra comer depois.
– Tá, logo estou ai.
– Ok.
– Oliver, você sabe da Felicity?
– Ela foi visitar a Layla.
– Ah tá. - tentando desconversar.
– Era com você que ela estava conversando mais cedo, não era?

O silêncio da irmã confirmou suas suspeitas, a vontade de ir atrás de Palmer multiplicava a cada segundo.

– Você sabe, não sabe?
– Infelizmente sim.
– Ela vai precisar da gente, Ollie.
– Eu sei, mas minha vontade é de ir atrás daquele cretino e quebrar a cara dele.
– Não adianta dar uma de machão agora, o foco é a Felicity, não o Ray.
– Quero que ele se dane, se for preciso eu mesmo assumo essa criança.
– Como é que é?

Oliver percebeu tarde demais o erro que tinha cometido. Fechou os olhos se amaldiçoando por deixar a raiva falar por ele.

– É modo de dizer, Speed. Só disse que não vou deixar aquele babaca sair ileso disso.
– Mas se você quiser assumir a criança eu não me importo, mas quero ser a madrinha. - rindo.
– Thea, vem logo pra cá e parar de graça.
– To indo.

Mal tinha desligado o celular quando ele foi arremessado contra a parede. Aquela situação estava saindo do controle e ele precisava tomar alguma atitude. Mas aquela situação só levava a um caminho, justamente aquele que Oliver fugia a mais de três anos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Pronto... esse foi o primeiro capitulo, o que acharam?