Trust escrita por katiclover


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Mais uma vez, desculpem a demora...
Chegou ao fim... Esse é o último capítulo, como eu havia dito no capítulo anterior.
Quero começar agradecendo a todos vocês. Todos os que leram, comentaram, favoritaram, incentivaram... A cada um que chegou até aqui, que teve a paciência de esperar a cada capítulo novo, que chorou, riu, sentiu. Foi uma história curtinha, mas que significou muito para mim. Alguns meses de escrita, ideias, pensamentos que levaram a essa história que se tornou tão querida para mim.
Muito obrigada a você que está lendo isso! Espero que vocês tenham gostado de realizar essa jornada comigo. Um beijo!

OBS: fiz algumas referências a alguns episódios de Castle, acho que vocês irão perceber. ♥



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Anteriormente, em Trust...

– Só sabemos de uma pessoa que pode ajudar... – respondeu Esposito, já estendendo o telefone nas mãos do amigo.

– Ela vai nos matar. – disse Ryan ao mesmo tempo em que pegou o celular e discou.

Após o terceiro toque, Castle atendeu.

– Hey, Espo! Como vão as coisas? – disse empolgado.

– Castle, é o Ryan. Precisamos conversar.

Rick’s POV on

Desliguei o telefone e me sentei no sofá, passando a mão pelos cabelos, sem acreditar no que estava acontecendo. Mais uma vez, Kate estava usando seu trabalho para se afundar e se esconder de sua realidade. Nossa realidade.

A última vez que a vi foi quando a deixei em casa depois que ela recebeu alta. Ela me pediu um tempo, o que eu não hesitei em aceitar. A sequência de acontecimentos pela qual passamos recentemente foi difícil, e preciso concordar, muito para lidar. Entendo a sua escolha, talvez esse tempo seja bom para percebermos o quanto é difícil permanecermos longe um do outro, depois de tudo que passamos juntos.

Em pouco mais de uma semana, iremos completar um ano de namoro. Um ano se passou desde que abri a porta e me deparei com a mulher mais linda que já vi me dizendo que eu era tudo o que ela queria. Naquele dia, eu sabia que minha vida havia mudado para sempre. E agora, por uma armadilha do destino, estava prestes a mudar novamente.

Alcancei meu celular e disquei o número de Kate. Não estava planejando procurar por ela depois do seu pedido por espaço, mas não poderia deixá-la sozinha agora. Se ela tem um problema, nós temos um problema. É assim que funciona.

Após o terceiro toque, ouvi sua voz:

– Oi, Castle... – disse, transparecendo seu cansaço através de sua voz que eu já conhecia tão bem.

– Oi, Kate... Como você está? Trabalhando em algum caso? – perguntei, fingindo não saber.

– Estou bem... Na verdade, estou sim... Um beco sem saída, infelizmente. – suspirou.

– Sinto sua falta... – disse, esperando alguns segundos por uma resposta que não recebi. Então, continuei. – Uma mudança de cenário e talvez uma companhia poderia ajudar? O que acha de vir para o loft e trazer o material do caso? Eu ficaria feliz em construir teorias com você, Detetive Beckett.

– Caste, eu... – disse após uma breve risada.

– Sem pressão, Kate. Nada além de parceiros trabalhando em uma investigação. – interrompi – Não aceito um não como resposta, estou te esperando.

Desliguei o telefone sem dar a ela a chance de contestar. Não queria pressioná-la desta forma, mas sabia que nesse momento era a melhor coisa a se fazer.

Encaminhei-me para o escritório, organizando uma mesa com alguns materiais que pudéssemos utilizar. Liguei o monitor e montei um rápido quadro com algumas informações a serem preenchidas. Fui até a cozinha e voltei com um prato com alguns petiscos e uma garrafa de suco. Sabia que ela não estava se alimentando bem.

Fui até o quarto e tomei um banho rápido para esperá-la. Saindo do cômodo, ouvi o som da campainha. Sorri em ansiedade e senti um certo arrepio percorrer o meu corpo por vê-la novamente depois de semanas.

Abri a porta, dando passagem para ela entrar. Peguei a maleta que ela segurava e a abracei brevemente sorrindo, recebendo outro sorriso em resposta. Não dissemos nada, indo direto para o escritório. Enquanto eu preenchia o quadro e organizava nossa mesa improvisada com os papéis do caso, Kate se alimentava do lanche que eu havia preparado, após ter protestado um pouco.

Só nos demos conta de que as horas haviam passado quando a luz da noite inundou a sala, nos impedindo de continuar a leitura. Estávamos cercados de papeis e o monitor estava cheio. Analisando mais uma vez a grande informação que conseguimos quando juntamos nossas ideias, dividimos nossa teoria mais uma vez. Quando terminamos nossas falas, estávamos com os corpos próximos. Ela sorriu para mim, e para a minha surpresa, enlaçou seus braços no meu pescoço, me abraçando.

– Não acredito que nós conseguimos! É isso, Castle! – ela disse animada quando se soltou de meu abraço.

Caminhou até sua bolsa onde pegou seu celular, discando um número rapidamente. Foi atendida imediatamente, e com um lindo brilho nos olhos, disse:

– Espo, eu sei quem é o assassino! Estarei na frente do distrito em 20 minutos.

Desligando o celular e guardando-o mais uma vez na bolsa, ela veio em minha direção. Segurou a minha mão, e sorrindo disse:

– Eu não conseguiria fazer isto sem você. – apertei a sua mão, e sorri em resposta, antes de ela continuar – Pronto para realizar uma prisão? – perguntou sorrindo, me puxando pela mão em direção à porta.

...

Após presenciar uma Kate exaltada na sala de interrogatório e uma confissão completa do crime vinda do suspeito, eu a assistia da minha cadeira à distância. O noivo da vítima sorria, abraçando-a minutos depois. Kate veio em minha direção, e percebi que ela tinha lágrimas nos olhos.

– Preciso ficar por mais alguns minutos para concluir a papelada do caso, quero finalizá-lo por completo de uma vez por todas... – suspirou, se acomodando em sua mesa. Quando sentou, me encarou fixamente.

– Algum problema? – perguntei, notando que sua expressão ficou tensa de repente.

– Castle, nós precisamos conversar... – disse, mantendo seu olhar fixo no meu.

– Sim, nós precisamos... Tem um restaurante ótimo a algumas quadras daqui, me encontra lá daqui a uma hora? – perguntei, devolvendo seu olhar.

– Na verdade... Eu gostaria de um pouco mais de privacidade... Me manda o endereço, e eu levo a comida para jantarmos no loft, tudo bem?

– Como você preferir. – sorri – Te espero às nove.

– Estarei lá. – sorriu de volta, voltando-se à tela do seu computador.

...

Cerca de dez minutos para as nove horas da noite, comecei a colocar a mesa de jantar para esperá-la. Antes, guardei todos os materiais que utilizamos mais cedo, e separei o que deveria devolver para ela depois.

Pontualmente, o som da campainha ecoou pelo loft. Dessa vez o meu arrepio foi ainda maior, sabendo que teríamos uma conversa decisiva em alguns minutos.

Ela depositou a comida em cima da mesa e serviu a nós dois. Comemos em lados opostos da mesa, conversando sobre o caso que havíamos fechado. Quando terminamos, pedi que deixasse as louças para depois. Fomos em direção à sala e sentamos lado a lado no sofá. Ao contrário do que imaginei, o clima não estava assim tão pesado. Ela encarava suas próprias mãos, que descansavam em suas pernas. Ela estava nervosa, claramente, mas ainda assim, parecia confiante quando seu olhar encontrou o meu. Ela suspirou, passando a mão nos cabelos. Respirou fundo, e disse finalmente:

– Acho que devo começar me desculpando... Castle, eu sinto muito. Nunca deveria ter me sujeitado a acompanhar aquele homem até aquele quarto de hotel... Eu realmente não fazia ideia de que ele seria capaz de fazer o que fez. Sabe... Eu não te culpo por não ter me ouvido, por ter me virado as costas quando eu gritei seu nome. Eu estava na cama com outro homem, céus... Se eu pudesse voltar atrás, teria recusado este convite, teria recusado este trabalho que nem mesmo era meu. Eu sinto muito, Rick. – a última frase saiu como um sussurro, acompanhado de uma lagrima que desceu de seus olhos.

– Kate... O que nós fizemos? – disse, enxugando sua lágrima com meu polegar, antes de segurar a sua mão, agora trêmula. – Me desculpe. Antes de tudo, eu deveria ter confiado em você. Quando entrei naquele quarto, perdi a cabeça. Nem mesmo o som da sua voz gritando o meu nome, o que sempre me fez paralisar, conseguiu me parar desta vez. Tudo o que eu queria, era desaparecer daquele lugar. Ir para o mais longe o possível da imagem que eu havia presenciado. Eu estava cego. Eu estava fora de mim quando telefonei para o número daquela mulher da qual eu nem mesmo me lembro do nome. Tudo porque o meu amor por você é tão grande, que eu não conseguia aceitar que o que eu havia visto não era um dos meus piores pesadelos. – o som do meu choro se misturava com o dela, enquanto nossas mãos se apertavam cada vez mais forte. – Quando você apareceu em minha casa, eu senti os meus músculos fraquejarem por um momento. Você estava molhada por conta da chuva, seus olhos estavam vermelhos, e ainda assim, você era a imagem da perfeição. Exatamente como no dia em que você apareceu no loft e avançou em meus lábios... Kate, eu sinto tanto... Naquele exato momento, tudo o que eu queria era te segurar em meus braços e te assegurar de que tudo ficaria bem. Mas então você se foi, mais uma vez... – disse, desviando o olhar e sentindo uma dor em meu peito, lembrando dos momentos que se seguiram depois.

Ela enxugou suas lágrimas, continuando:

– E desta vez quem estava fora de si era eu... Eu estava cega. Não conseguia acreditar que havia outra mulher dentro daquela casa. A chuva estava cada vez mais forte, e eu me lembro de soltar o volante para enxugar as minhas lágrimas constantemente. Desta vez, quem queria sumir era eu, e então de repente, tudo se apagou... – ela finalizou, soltando um soluço e tentando controlar sua respiração, que se tornou ofegante com a lembrança.

– E então eu recebi a ligação de Lanie... – continuei. – E meu chão pareceu desabar debaixo de meus pés. Eu senti um desespero e um medo que nunca havia sentido na minha vida. – suspirei.

Ela se aproximou e me abraçou apertado. Chorou em meu ombro por longos minutos, enquanto acariciei seus cabelos, observando sua respiração voltar ao normal aos poucos. Um pouco mais calma, ela se afastou. Pousou uma de suas mãos no meu braço, e acariciou meu rosto, secando minhas lágrimas com a outra.

– Eu te amo. – disse por fim, selando nossos lábios.

Segurei em sua nuca e continuei acariciando suas costas, puxando-a mais perto. O beijo seguiu devagar, enquanto nossas línguas se acariciavam em uma dança tão conhecida por nós dois.

– Não consigo mais ficar longe de você. – disse, alisando seu rosto. Ela sorriu em resposta, me garantindo de que isso não iria mais acontecer.

Segurando sua mão, guiei-a até o quarto. Nosso quarto. De frente para ela, alcancei a barra de sua blusa, levantando-a. Segurei em sua cintura e beijei o seu pescoço, ao que ela gemeu baixinho em resposta.

Suas mãos alcançaram os botões de minha camisa, e ela abriu um por um, acariciando meu peito quando a peça tocou o chão. Deitei-a lentamente na cama, retirando sua calça. Nossas bocas nos encontraram novamente, e suas unhas marcaram a pele das minhas costas. Alguns beijos e carícias depois, nossas peças de roupa restantes estavam espalhadas pelo quarto. Ela gritou meu nome e me apertou com mais força quando a preenchi, juntando nossos corpos em um só.

Saudade, amor, desejo.

Todos os nossos sentimentos sendo expressos através de nossos suspiros e gemidos, que enchiam o cômodo em meio a juras de amor e palavras indecifráveis.

...

Sua cabeça descansava em meu peito enquanto eu acariciava os seus cabelos e depositava beijos em sua mão, que repousava em meu rosto. Ela levantou o olhar para mim, e me deu um beijo de leve nos lábios. Sorri para ela, me levantando.

– Aonde você vai? – perguntou, sentando-se e puxando o lençol para cobrir-se.

– Espere aqui. – caminhei em direção ao closet. Alcançando o bolso de um de meus paletós, segurei o objeto em mãos, voltando para sentar ao seu lado.

Sorri para ela, segurando uma de minhas mãos atrás de minhas costas, longe de sua visão.

– O que você tem aí, Castle? – perguntou rindo, movimentando-se para tentar em vão enxergar o que eu tinha em mãos.

– Kate... – sorri, olhando fixamente em seus olhos. - Todos os dias de minha vida eu me pergunto o que eu fiz para merecer uma mulher como você... Sabe, você apareceu sem que eu te procurasse... Sem que eu soubesse que você era tudo o que eu mais precisava.

– Rick, o que... – disse, uma expressão confusa em seu rosto.

– Deixe-me terminar. – interrompi. – Todas as vezes que você sorri para mim, eu sinto meu mundo parar por um segundo. Esses nossos momentos... Você em minha cama, o seu cabelo bagunçado, a sua voz rouca sussurrando meu nome enquanto eu te tenho em meus braços... São essas pequenas coisas que me fazem ter a certeza de que eu quero passar o resto de todos os meus dias com você. – ela permanecia com uma expressão perplexa em seu rosto, seus olhos começando a ficar embaçados pelas suas lágrimas. – Isso era uma surpresa para o nosso aniversário de namoro, e eu não planejei fazer isso nu, enrolado em um lençol... – sorri, e ela gargalhou, secando suas lágrimas. – Porém, depois de tudo o que aconteceu, acredito que não exista um momento certo ou errado. Sabe... Enquanto você estava no hospital, foi legal brincar de ser seu marido. Legal o bastante para que eu queira essa brincadeira para o resto da minha vida.

Seu rosto foi tomado por uma expressão de choque, e seu olhar me acompanhou durante todo o meu percurso até estar ajoelhado aos seus pés.

– Rick... - sussurrou, prevendo o que viria em seguida.

– Katherine Houghton Beckett, quer se casar comigo? – perguntei, estendendo o anel em sua direção.

Kate cobriu sua boca com as duas mãos, encarando o objeto em minhas mãos.

– Oh meu Deus! – disse, soltando uma risada em seguida. – Sim! É claro que sim! – sorriu mais uma vez, estendendo-me sua mão trêmula.

Coloquei o anel em seu dedo anelar, e ela o acariciou. Seu olhar encontrou o meu mais uma vez, e nós levantamos juntos... Ela se jogou em meus braços, gargalhando. Girei-a no ar por alguns segundos, colando nossos lábios.

O brilho que encontrei em seu olhar quando nos separamos afastou qualquer incerteza restante, e eu sabia que estávamos no caminho certo. Afinal, nós estávamos juntos.

No crime. Na vida. Always.


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Notas finais do capítulo

Adeus, até a próxima! :)



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