Trust escrita por katiclover


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Olá! Bom, acho que não preciso falar que esse capítulo demorou, certo?
Porém, não foi minha escolha... Eu estava sem computador e ainda viajei, então realmente não tinha como atualizar antes, mas espero que me perdoem e continuem acompanhando. Talvez o próximo capítulo seja o último, mas também não garanto que ele irá sair tão cedo...
Quero deixar aqui um obrigada especial pra todo mundo que favoritou a fic nas últimas semanas (não vou citar nome por nome aqui para não correr o risco de esquecer de alguém haha) e perguntar uma coisinha também:
Como vocês preferem os POVs? Eu estou fazendo meio misturado (Kate/Rick) para poder detalhar melhor os pensamentos, acontecimentos e etc., mas se alguém tiver alguma sugestão, pode deixar aqui nos comentários que eu vou tentar seguir.
Enfim, acho que é isso... Espero que gostem do capítulo e mais uma vez, desculpem a demora. Boa leitura!!



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Anteriormente, em Trust...

Ouvi duas batidas na porta e o barulho do trinco girando. E então, lá estava ele, quase como se lesse meus pensamentos. Assenti dando-o permissão para entrar. Ele carregava um lindo buquê de flores, assim como há dois anos atrás. Era notável a semelhança entre as duas situações, exceto por nós dois, pelas linhas que cruzamos e decisões que tomamos. Sorri ao vê-lo se aproximar, e ele retribuiu, com um brilho no olhar que não estava lá há horas atrás. Não dissemos mais nada, e o silêncio estava com uma surpreendente sensação de conforto, e não de constrangimento como eu havia imaginado. Continuamos com os olhos fixos um no outro, até ele chegar um pouco mais perto e tocar meu rosto levemente com a sua mão. Sentou na cadeira ao meu lado e limpou a garganta, pronto para iniciar o nosso primeiro diálogo daquele dia.

Não tinha certeza do que ele diria. Não sabia como ele abordaria o assunto e nem se faria isso agora, mas estava ansiosa para ouvir a minha voz favorita novamente. Independente do que acontecesse, eu ainda confiava nele, como nunca confiei em alguém em toda a minha vida.

...

Rick’s POV

Ela estava completamente linda.

Esse foi o primeiro pensamento que consegui formular quando seu olhar encontrou o meu, seguido por uma sensação de imenso alívio por vê-la ali, viva, com o semblante calmo e com a palidez começando a desaparecer, dando lugar ao brilho que o rosto dela irradiava desde a primeira vez que a vi. Ela me encarava com um pequeno sorriso nos lábios, o que me confortava e ao mesmo tempo me surpreendia, devido à forma com a qual terminamos a nossa conversa de horas atrás. Não queria parecer ansioso ou demonstrar o nervosismo que estava sentindo. Não tinha a intenção de magoá-la ainda mais, porém não conseguia ficar nem mais um minuto longe dela.

Afastei minha mão de seu rosto e me sentei ao seu lado. Por mais que aquele silêncio estivesse nos dando tempo e nos deixando mais confortáveis na presença um do outro, minha vontade de ouvir a sua voz novamente estava se tornando cada vez maior. Desviei o olhar para as flores que depositei na mesa ao lado de sua cama, dizendo:

– Soube que estava abrindo uma floricultura, então eu...

– Sério, Castle? – ela me interrompeu, soltando uma gargalhada gostosa em seguida. – Acho que essa piada está ficando ultrapassada.

– Bom, o que eu posso fazer? Parece que alguém aqui adora assustar as pessoas que a amam. – disse meio que automaticamente, recebendo um olhar de surpresa em troca. Sorri para ela novamente, segurando sua mão – Então... Como está se sentindo?

– Melhor, eu acho... Minha aparência deve estar terrível... – disse rindo novamente.

– Acredite, não está. – pisquei para ela, que corou levemente desviando o olhar.

E então, o silêncio novamente... Permanecemos assim durante algum tempo, até que surpreendentemente repetimos a sincronia que compartilhamos durante tantos anos.

– Castle...

– Kate...

Dissemos juntos, nos encaramos e rimos... De novo.

– Você primeiro... – disse ela, e eu sabia que não poderia mais adiar aquele momento.

– Eu...

Batidas na porta me interromperam. Aquilo estava começando a me irritar. Suspirei e encarei o médico que adentrava o quarto.

– Bom dia! Kate, como se sente? Que bom encontrar o seu marido por aqui, ainda não tive a oportunidade de conhecê-lo. Como vai, senhor Castle?

Kate me olhou com uma expressão interrogativa e um pouco envergonhada, sussurrando:

– Marido?

– Eu te explico depois. – sussurrei de volta, desviando o olhar para o doutor, respondendo-o. – Vou bem, obrigada. Kate está se sentindo melhor também.

Ele apenas sorriu em resposta. Deu mais alguns passos em nossa direção, dizendo:

– Kate, tenho uma notícia que não irá lhe agradar muito... Fiz algumas anotações e observações sobre o seu caso, e lhe darei alta apenas amanhã. Não se preocupe, está tudo bem, mas é sempre melhor prevenir do que remediar, certo? Esse tempinho a mais também será bom para vermos como você irá reagir às medicações e também para determinar quanto tempo você precisará de repouso.

Olhei de relance para ela no exato momento em que ela revirava os olhos. No entanto, logo depois ela abriu um leve sorriso, o que mostrava que ela não havia ficado tão brava quanto eu imaginei.

– Bom... Acho que eu não posso argumentar contra isso. – ela disse rindo, arrancando sorrisos meus e do médico que estava próximo.

– Passei apenas para lhe atualizar e ver como você estava, agora preciso continuar minha ronda. Vejo vocês mais tarde, tenham um bom dia. – ele disse já se encaminhando para a porta.

Passamos o resto da manhã e boa parte da tarde conversando sobre assuntos aleatórios, hora ou outra compartilhando gargalhadas e até mesmo relembrando momentos que já vivemos. Conforme o tempo ia passando, eu percebia que ela estava ficando cada vez mais leve e mais confortável com a minha presença, quase como sempre fomos, o que me deixou mais confiante e ainda mais esperançoso de continuar de onde paramos antes de toda essa avalanche de acontecimentos.

Perto das quatro da tarde me despedi, alegando que precisava de um tempo para descansar e atualizar a minha família também. Fui para casa me sentindo muito melhor e contando os minutos para tê-la em meus braços novamente.

Encontrei meu apartamento silencioso quando cheguei, concluindo que estava sozinho. Fui em direção ao escritório e levei um susto ao encontrar Alexis me esperando.

– Finalmente! – ela exclamou abrindo as mãos em sinal de comemoração.

Dei risada e me aproximei, envolvendo-a em um abraço apertado. Quando nos soltamos, ela disse:

– Você some, não atende o celular, e chega todo alegre em casa? Não te encontrei aqui e liguei para vovó, ela disse que Kate chegou aqui desesperada perguntando sobre você ontem a noite e quando descobriu onde você estava saiu sem nem mesmo se despedir. Pai, o que está acontecendo, afinal?

Puxei Alexis pela mão até o sofá e contei para ela tudo o que aconteceu, acompanhando suas reações. Não sabia o tamanho da bronca e da lição de moral que ela me daria, mas já estava esperando. Porém, ao contrario do que eu esperei, ela sorriu e se aproximou, me envolvendo em um abraço. Quando se afastou, me encarou e suspirou segurando a minha mão.

– Pai, primeiramente eu quero que você saiba que não foi sua culpa. Você não tinha como saber que algo assim iria acontecer. Sim, sua atitude foi precipitada, porém, muitas pessoas agiriam sem pensar em um momento como aquele. – ela parou por um momento, enxugando minhas lágrimas que eu nem mesmo sabia quando haviam começado a cair. Suspirou novamente, e continuou - Você não estava dirigindo o carro que a atingiu, nem controlando o tempo, você não tinha como impedi-la. Na realidade, ninguém podia. Tudo acontece por uma razão, certo? E mesmo depois de tudo, você disse que teve uma tarde ótima e agradável na presença de Kate, além de notar que ela está bem e se recuperando perfeitamente. – eu assenti com a cabeça, o meu olhar encontrando o dela – Não há motivo para lamentações e mágoas, ok? Apenas dê tempo ao tempo, o espaço que ela precisa, e as coisas vão voltar aos seus devidos lugares. Você disse que vocês dois relembraram vários momentos hoje, agora me diz, foi sempre tudo fácil? – ela deu uma pausa, acariciando minha mão – Não. Porque...

– Porque se fosse fácil não seríamos nós. – completei, sorrindo.

– Exatamente. – ela sorriu de volta, levantando e dando um beijo em minha testa. – preciso estudar, mas se precisar de mim, me chame.

Ela se encaminhou para a escada, e eu ainda estava paralisado analisando o que acabamos de ter, quando chamei seu nome e disse a ela a única coisa que eu poderia dizer naquele momento...

– Alexis? – ela virou-se em minha direção – Obrigada.

Ela abriu um lindo sorriso em resposta, e deu mais alguns passos, antes de me encarar mais uma vez.

– Pai?

– Hum?

– Não a deixe sozinha.

– Nunca mais. – sorri, indo em direção ao meu quarto para descansar um pouco e depois refazer o mesmo caminho de algumas horas atrás, caminho que eu faria quantas vezes fosse necessário para estar ao lado dela. Pois não importa onde ela esteja, eu estarei lá. Hoje e sempre.


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Notas finais do capítulo

Comentem! :)



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