Trust escrita por katiclover


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Olá! Voltei com mais um capítulo novinho pra vocês. O foco desse aqui vai ser maior no diálogo entre Castle e a visita que bateu em sua porta (acredito que todos imaginem quem seja). Espero que gostem, boa leitura!! :)

OBS: Obrigada as fofas Caskett Messer, Babi Q e KB por favoritarem a fic!



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Anteriormente, em Trust...

Acordei pouco antes das 10 da manhã e senti minha cabeça latejar quando me levantei. Troquei de roupa e fui para a cozinha, atrás de um analgésico. Parei ao ouvir a campainha, já imaginando ser minha mãe voltando de mais uma de suas “noitadas”.

Abri a porta e paralisei no mesmo instante. Eu só poderia estar sonhando. Suspirando, perguntei:

– Você?

...

– Castle, precisamos conversar.

– Não tenho nada para conversar com você. Acho que você já causou problemas o bastante, então faça o favor de se retir... – não tive tempo de terminar. Eric passou por mim, adentrando ao apartamento.

Fechei a porta e me virei para fita-lo. Não sei por quanto tempo aguentaria permanecer no mesmo ambiente com o responsável por causar toda essa grande confusão, que poderia ter tirado a vida de Kate. No momento, eu lutava com todas as minhas forças para não avançar neste homem e dá-lo a lição que merece. Decidi não dizer nada, e nem desviar o olhar do seu, esperando até que ele começasse a dizer o motivo pelo qual veio me procurar depois de tudo isso.

– Eu soube do que aconteceu à Kate. – pela primeira vez desviou o olhar do meu, encarando seus pés.

– Uau... As notícias circulam rapidamente. – disse ironicamente.

– Castle, eu quero que saiba que essa nunca foi minha intenção, eu...

– Poupe-me do seu discurso de arrependimento, Eric. – o interrompi, elevando o tom de minha voz e caminhando em sua direção - Sinceramente, o que você estava pensando? Você tem noção do quanto Kate foi sortuda? Tem noção do que poderia ter acontecido?

– Castle, ela... Ela é uma mulher incrível.

– Sim, ela é.

– Por um momento, eu achei que teria uma chance. Eu achei que conseguiria uma forma de conquistá-la...

– Ah, é mesmo?! Levando-a desacordada até sua cama, e retirando sua roupa? Seu método de conquista é realmente impressionante!

– Você não pode simplesmente me ouvir? – perguntou, também com o tom de voz alterado. - Eu já desconfiava que vocês estivessem juntos, antes mesmo de ela confirmar quando a perguntei.

– Ela te disse que está comigo? – o interrompi novamente, dessa vez soltando uma risada abafada enquanto balançava a cabeça negativamente, voltando a encará-lo. – E mesmo assim você orquestrou tudo isso? Qual o seu problema, afinal?

– Castle, a princípio eu só queria que ela acordasse comigo. Eu pensei que ao ver-me com ela, ela me daria uma chance. Mas quando ela me disse que estava com você e que levava a relação a sério, senti uma pontada de raiva me invadir e não pensei duas vezes antes de te mandar aquela mensagem. Entenda-me, eu nunca quis que...

– Eric, eu estive lá! Eu não só a vi, como vi você também. Você acompanhou tudo de perto, e não teve a capacidade de desmentir toda aquela encenação! Então, o que você realmente quer aqui? Não tente se justificar para mim, pois isso não irá mudar os fatos e nem a minha opinião sobre você.

– Olha, eu sinto muito. Capitã Gates me contatou e me mandou ir para a delegacia. Prenderam o suspeito e eu estou fora da zona de perigo, então antes de desaparecer senti que tinha a obrigação de te procurar para tentar esclarecer a situação. Não quero sua amizade. Não vim aqui atrás disso. Eu só quero que saiba que sinto muito pelo acontecido à Kate e por qualquer dano que eu possa ter causado ao relacionamento de vocês dois. O que eu fiz, - respirou fundo, antes de prosseguir – o que eu fiz não define quem eu sou.

Ouvi atentamente a cada palavra que ele me disse, decidindo por fim me livrar dele de uma vez por todas e tentar esquecer o acontecido.

Observei-o por mais alguns segundos, notando pequenas gotas de suor se formarem em sua testa. Um pequeno sorriso surgiu no canto dos meus lábios e eu assenti algumas vezes, encaminhando-me para a porta e a abrindo, convidando-o a se retirar.

Ele se aproximou sem olhar nos meus olhos, e antes de cruzar a porta chamei o seu nome mais uma vez.

– Hey, Eric!

Ele se virou em minha direção, e num movimento rápido levei minha mão fechada em punho até seu olho direito, sentindo uma incrível sensação de alivio quando a afastei e o vi cambalear dois passos para trás.

– Isto é pela Kate, e por tudo o que você fez. Seu pedido de desculpas está aceito agora. Vá pela sombra!

Bati a porta e fui tomar o meu café da manhã, com um peso a menos sobre meus ombros. Logo depois, me vesti e desci as escadas, pegando um taxi e passando o endereço do local onde se encontrava a minha única certeza.

Kate’s POV

Acordei mais uma vez com uma dor de cabeça insuportável. Não fazia ideia de quanto tempo havia dormido, mas me sentia finalmente um pouco melhor e mais descansada. A porta se abriu e meu médico entrou sorridente, seguido por meu pai que tinha o mesmo sorriso em seu rosto.

– Bom dia, Katie!

– Bom dia, Pai! Qual o motivo de tanta alegria? – perguntei, também sorrindo.

Meu pai apontou o dedo em direção ao médico, que carregava uma prancheta em mãos.

– Kate, não sei se já fomos apresentados. Sou o Dr. Marcos, e venho te trazer boas notícias. Desde que você deu entrada no hospital, estou acompanhando o seu caso. Tenho que dizer, você tem uma tremenda sorte! É a segunda vez que se encontra nesta situação, certo?! Bom, dessa vez foi tudo mais simples, e estou aqui para te liberar para o quarto. Reavaliamos todos os seus exames detalhadamente e está tudo bem, acredito que amanhã a tarde você já poderá receber alta. Só precisarei repassar todas as informações e cuidados que você precisará ter durante as próximas duas semanas.

– Muito obrigada! Mas, amanhã à tarde? Até o fim do dia não consigo ser liberada?

– Verei o que posso fazer. – disse com um tom divertido.

..

Alguns minutos após me acomodar no quarto, meu pai se despediu e disse que tinha alguns compromissos aos quais não poderia faltar. O convenci de que estava me sentindo bem e que ele não precisaria se preocupar. Logo após sua saída, o ambiente se encheu com as risadas de Lanie, Espo e Ryan, que passaram cerca de uma hora me provocando e fazendo brincadeiras, o que me fez sentir incrivelmente bem, apesar de continuar sentindo falta de uma pessoa em especial que não havia aparecido ainda.

Não tinha certeza se havia agido de forma certa ao praticamente expulsá-lo daqui como havia feito. Pude notar que ele estava sendo sincero a cada palavra que me dizia, porém não estava pronta para ter uma conversa sobre a confusão que nós criamos. Não sabia qual seria a coisa certa a dizer, e ainda não tinha ideia do que ele estava pensando sobre tudo isso.

Ouvi duas batidas na porta e o barulho do trinco girando. E então, lá estava ele, quase como se lesse meus pensamentos. Assenti dando-o permissão para entrar. Ele carregava um lindo buquê de flores, assim como há dois anos atrás. Era notável a semelhança entre as duas situações, exceto por nós dois, pelas linhas que cruzamos e decisões que tomamos. Sorri ao vê-lo se aproximar, e ele retribuiu, com um brilho no olhar que não estava lá há horas atrás. Não dissemos mais nada, e o silêncio estava com uma surpreendente sensação de conforto, e não de constrangimento como eu havia imaginado. Continuamos com os olhos fixos um no outro, até ele chegar um pouco mais perto e tocar meu rosto levemente com a sua mão. Sentou na cadeira ao meu lado e limpou a garganta, pronto para iniciar o nosso primeiro diálogo daquele dia.

Não tinha certeza do que ele diria. Não sabia como ele abordaria o assunto e nem se faria isso agora, mas estava ansiosa para ouvir a minha voz favorita novamente. Independente do que acontecesse, eu ainda confiava nele, como nunca confiei em alguém em toda a minha vida.


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Notas finais do capítulo

Comentem! :)



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