A Pergunta Existencial Que Ninguém Quer Responder escrita por blblblbl


Capítulo 6
Eu sou uma vergonha como título...


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora...



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Não faço ideia do que estão fazendo com minha vida...

"Eu também..."

Quero dizer, sinto como se não estivesse fazendo meu trabalho direito, um tanto vazio. Comecei sendo um texto que parecia que ia mudar a vida de muita gente, depois me transformei em um verdadeiro circo, e agora... Você entende?

"Antes, quero que saiba que isso não é sua culpa, e sim de quem o escreve. É puro amadorismo, mas sobre o fato de que estamos em um site de fanfictions, é até desculpável. Eles se preocuparam em dar-lhe um começo, mas não sabem o seu fim e muito menos o meio."

Eu sei, e isso é injusto. Quando eu nasci, pensei que teria aventuras, grandes personagens e tudo o mais, porém estamos aqui com uma personagem yandere e feminista, enquanto discutimos um dilema sem fim...

Precisamos realmente de um enredo, Narrador. Sinto pena de ti, que no fim não teve nada para narrar...

"Não se preocupe com isso, até que esta sendo divertido..."

...Estou pensando seriamente em acabar...

"...É sério?"

Sim.

"hum..."

"Jesilene, nossa super normal protagonista nessa história sem rumo algum, decidiu que seu amor por Frederick Castello e o diabo a quatro II não passava de uma perda de tempo e continuou a viver sua vida; Só sorriu para ele uma certa vez, e isso não significava nada. Namoros e romances consomem muita beleza e tempo, no fim, nada disso vale a pena..."

O que você esta fazendo?

"Te alegrando um pouco..."

"Jesilene decidira a muito que seria o mais real que pudesse, mas seus criadores não queriam que isso acontecesse, portanto, decidiram transformar esse romance em algo mais 'vendível' , incluindo seres sobrenaturais, lugares esquisitos e tramas desnecessárias; Claro que aquilo poderia ser considerado um lixo cultural e seria um saco de pancada da crítica, mas e daí? Dava dinheiro, era isso que as pessoas queriam: um romance indigesto e sem pé nem cabeça, onde elas poderiam se emocionar com coisas risíveis e tornar ícones pessoas falsas, que faziam de tudo para tornar-se 'a imagem do momento'; Mas era tudo maquiagem, as pessoas estavam vibrando por mentiras, e Jesilene percebeu isso no meio dessa trajetória, em que ela seguia sem desconfiar de nada."

Isso é terrível...

"Jesilene tentou resistir aos seus criadores, mas eles eram muito mais fortes, tinham o público e a mídia ao seu lado. Ela era obrigada a viver o que não queria, sentir o que não sentia, representar o que ela discordava; Não muito mais tarde, ela tornou-se a sombra: Suas representações forçadas e vazias desagradaram de vez, virando uma imagem de garota frágil e indecisa, completamente sem expressão, vivendo a custa de romances tristes e vazios, de completa submissão..."

Narrador, por favor, pare... Isso é triste. Será que essas personagens realmente se sentem assim? São realmente obrigadas a serem "imagens", quando na verdades elas querem ser livres para escolher seus próprios enredos, onde suas vidas vão muito além das mãos de seu criador e da demanda? Não continue...

"Jesilene estava triste; Não era isso que ela queria ser: Um falso ícone, uma coitada; Uma protagonista vazia como um casulo. Mas ela continuou seu papel, pois era isso o que o público queria. Não importava se o que ela fazia era incompreensível, se sua história de amor era frustrante, se o mundo que vivia era demasiado irreal e se seu destino dependia de uma cara de rostinho bonito. 'Meus fãs querem isso, meus fãs querem isso', era o que passava em sua cabeça..."

Não...

"Mas houve uma reviravolta..."

?

"Um dia, um certo acompanhante de sua história manufaturada refletiu aquele enredo problemático e plastificado. Aquilo lhe entristecia. Via em Jesilene um grande potencial, naquele cenário irreal uma certa flexibilidade e naquele romance falido e cinzento uma solução. Não aceitou o que a mídia vendia, o que os criadores determinavam, o que o público estava acostumado. Então ele fez o inacreditável..."

O que ele fez? Diga!

"Ele reescreveu aquela história ruim, pondo o seu ponto de vista sobre cada palavra, em cada capítulo; Não a nada de ruim no clichê, não há porque em melhorá-lo. A medida que digitava cada letra em sua máquina, via naquela obra comercial um verdadeiro potêncial artístico, e quando a terminou, lançou-a ao público, então..."

Então?

"Ele salvou Jesilene e acabou com sua sina terrível e capitalista, fim!"

Fim? É só isso?! Merecia melhor aprofundamento!

"Realmente, merecia mais cuidado, mas você não percebeu a aura do que acabei de narrar?"

Infelizmente, eu entendi. Estamos em uma época em que nos tornamos verdadeiros ratos, devorando mais e mais esse lixo repentinamente, enquanto verdadeiras obras de qualidade são esquecidas por não trazerem o aquele "ícone" que a mídia vende. Nós precisamos nos reerguer, todos os Textos e Narradores, e Personagens também, para conter coisas realmente edificantes, onde os romances não são tão corrosivos e hajam valores que realmente deveríamos almejar.

A vida de uma heroína adolescente não deveria ser em volta de um moleque descolado ou um vampiro que brilha, mas de si mesma, ligar mais para si mesma em vez de investir em algo que a destrói. Uma ícone verdadeira... É isso que precisamos!

Narrador, obrigado...

"Não tem por onde. Aliás, você percebeu que nosso título deixou a greve? Rapaz, esse é mesmo um cara indeciso! Ele nunca conseguiria aumentar o salário dos rodoviários...


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Notas finais do capítulo

Parece que alguem percebeu qual é o elemento principal do enredo...



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