Chang foi designado para a equipe do general Lee.

Ele não se importou de ter que viajar mais, na verdade não tinha ido muito com a cara do filho do general que ficou no acampamento treinando os novos recrutas sem noção nenhuma de treinamento, enquanto os mais experientes foram seguindo a cavalo branco e bandeiras nas astes negras com o símbolo do Imperador. Chang revirou os olhos umas setes vezes toda vez que ouvia alguma gracinha do seu nome e o do filho do general serem iguais, perguntava-se qual o maldito problema nisso?! Era um nome desnecessariamente comum e muito bonito, diga-se de passagem, ele pensava.

O garoto mal comeu durante todo o dia, em cima do casco do cavalo branco, sentia a brisa fria do anoitecer e o cheiro de terra, com uma mistura intensa e quase prazerosa do aroma da natureza. As estrelas os guiavam na estrada tortuosa e de restos de guerra, um frio envolvia a espinha de Chang, quase como um temor oco tomando conta de seu corpo, todavia a Lua iluminava as trevas no caminho; tanto da estrada quanto do seu próprio ser.

Haviam homens espalhados pelo local, alguns muito mais velho do que ele, contava no dedo das duas mãos os jovens que residiam neste exército liderado pelo próprio general. Maldito seja sua sorte! Chang rogava aos céus algum meio de poder mudar algo, de poder voltar ao passado e conseguir mudar tudo para que nada chegasse ao ponto que chegara, mas não se pode mudar o passado. Com o passado apenas há lembranças, ensinamentos e carmas, precisa-se aprender a lidar com o mesmo:

—Descansar soldados! Montaremos acampamento aqui esta noite, façam suas vigias!-ordenou general com a voz grave ecoando por toda a extensão dos demais homens, logo se dispersando para montarem suas próprias barracas.

Chang desceu do cavalo, carregando seu equipamento e se aproximando de uma árvore para montar sua barraca ali, sendo seguido por Yuko que arrastava sua enorme barraca branca com o símbolo de seu clã:

—De qual clã você vem?-uma voz ecoou pelo local, fazendo com que Yuko revirasse os olhos largando a barraca no chão pronto para socar a cara de quem perguntou. Chang ouviu também se virando de esguelha, dando de cara com um garoto de cabelos negros enormes presos em uma rabo de cavalo, o cabelo do mesmo poderia ser até maior do que o próprio de Chang.

Os olhos dele eram bem negros e o porte alto e forte do garoto, obrigou Chang a respirar fundo e ir até seu amigo sem juízo e raivoso que bufava encarando o garoto:

—Quem quer saber?-perguntou Chang se aproximando:

—Esta não é a pergunta certa Chang!-bradou Yuko:-A pergunta certa é por quê quer saber?

—Meu nome é Tadashi.-falou o garoto sorrindo pequeno erguendo ambos os braços fortes, até mais do que Chang, claramente mais velho do que ambos:-Apenas perguntei por curiosidade, nunca vi uma águia como símbolo de clã.

—Está vendo agora!-falou Yuko cerrando os punhos. Odiava essa raça de homens que se achavam superiores por conta de uma porra de animal pregada na bandeira. Desde quando isso definia a força de alguém?!

—Se estiver a fim de apanhar me avise para eu sair daqui, Nohara.-falou Chang e Yuko por pouco não lhe soca a cara, pelo modo como o mesmo o encarou:

—Niguém te chamou aqui,, idiota.-falou Yuko e Chang já estava saindo o puxando pelo ombro:

—Ah, não liguem para o Tadashi! Não sabe fazer amizades menos ainda  manter uma imagem amigável.-falou um garoto que já se encontrava com a barraca branca com um louva-Deus desenhado de laranja no tecido da mesma, possuía cabelos castanhos curtos e lisos e era bem magricela:

—Concordo plenamente. Sabe que me lembra uma pessoa.-falou Yuko encarando Chang que lhe deu um tapa na cabeça:

—Meu nome é Kohaku! É um prazer companheiros de guerra.-falou o garoto fazendo uma reverência:

—Deveriam aprender educação com esse cara... Os dois!-falou Yuko fazendo a mesma reverência, sendo que Chang revirou os olhos e Tadashi apertou os seus:-Meu nome é Nohara Yuko! E esse é Chang... Honō ryū Chang.

—Honō ryū...-murmurou Kohaku com os olhos brilhando de excitação, ao passo que Chang imaginava fritar Yuko de todas as maneiras que conseguisse:

—Você é o filho do grande guerreiro dominador de fogo Honō ryū Isamu?-perguntou Tadashi e Chang sentiu um gosto amargo na boca, ao passo que a bile já chegava aos lábios, com a imagem do pai chegando em sua mente. O garoto cambaleou um pouco segurado na cela de couro que estava em cima de um cavalo alheio próximo de si:

—É o que dizem...-murmurou Chang para dentro, quase não podendo ser ouvido:

—Engraçado... Pensei que ele fosse vir.-falou Tadashi apoiando um braço no outro, ao passo que erguia um dos mesmos até o queixo, alisando-o:-Não o filho a tira colo no lugar.

Chang começava a se arrepender de ter impedido Yuko de ar uma voadora no garoto, mesmo que o amigo fosse apanhar, ele teria um bom motivo para entrar na briga também e quebrar os dentes do desgraçado que o encarava com um meio sorriso:

https://www.youtube.com/watch?v=IRY93xEjSfw

—Engraçado... Não ouvi ninguém perguntando sobre o que você pensava, Tadashi.-murmurou Chang e Yuko sorriu cruzando os braços, ao passo que Kohaku segurava Tadashi pelo ombro:

— Kore wa yoi kangaede wa arimasen.-murmurou Kohaku baixo, porém alto o suficiente para que todos escutassem também:- Isso não é uma boa ideia.

— Anata wa anata no teineina yūjin ni mimiwokatamukeru hitsuyō ga arimasu.-falou Yuko presunçoso, mas Chang nem ao menos desviou seus olhos dos negras a sua frente. Tadashi bufava como um gorila:- Deveria escutar seu amigo educado, quem sabe assim permaneça com o queixo no lugar.

—Não queremos confusão.-falou Kohaku:

—São um bando de idiotas.-falou Tadashi se soltando do agarre do amigo:

—Seu amigo está dizendo o contrário, Kohaku.-murmurou Chang com fumaça saindo das mãos.

Antes de Chang ou Tadashi se atracarem ali mesmo, uma linha de fogo subiu separando-os. Tadashi fora puxado para trás por Kohaku, Chang franziu o cenho erguendo ambas as mãos com chamas para acalmar as que se erguiam na sua frente, enquanto Yuko xingava alto tropeçando nas próprias pernas ao se afastar:

—Mas que porra...?!-indagou Yuko:

—Watashitachiha guntai ni karōjite yattekite, tatakai o shite imasu... Kimyōna koto ni, watashi no kyōdai to wa omoimasen ka?- a voz soou branda, enquanto o garoto de cabelos longos negros despenteados e olhos azuis sorria zombeteiro sentado em um galho grosso de árvore. Enquanto seu irmão, permanecia encostado na árvore, tendo tanto os braços quanto as pernas cruzadas:- Mal chegamos no exército e já temos briga... Que coisa curiosa, não acha meu irmão?!

—Péssima estratégia na minha opinião.-murmurou o garoto agora mais sombrio, os cabelos curtos puxados para trás com água e os olhos azuis mais escuros que os do irmão brilhando:

—Ôh desgraçado! Ficou maluco, animal?!-gritou Yuko pocesso em pé apontando para Kabuto que sorria de lado:

—O que?-perguntou pulando do galho e caindo de pé, com Mitsuo se aproximando. Agora toda a cena se desenrolava com todos os homens prestando atenção:

—`Nani no yō ni, anata wa kurutteru? Kare wa watashitachi o koroshita kamo shirenai!-gritou Kohaku com raiva, ao passo que Tadashi encarava de um jeito pior ambos os irmãos que sorriam irônico de lado, encarando o garoto magricela brigando com eles:- Como " o que ", seu maluco?! Poderia ter nos matado!

—Watashi o shinjite, watashitachi ga koroshitakereba, karera wa sono kegawa o honō kara torinozokudarou.-murmurou Mitsuo com Kabuto gargalhando em seguida, porém o irmão mais novo mantinha-se sério encarando Chang, este tendo certeza de que o garoto não mentia no que estava dizendo:- Acredite cara... Se quiséssemos matar, já estariam com as peles se desfazendo pelas chamas.

—Meu irmão é muito engraçado!-falou Kabuto erguendo ambas as mãos se aproximando:-Não tivemos a intenção de machucar, carinha... Vai por mim.

—Poderia começar provando o que diz, abaixando o fogo.-falou Tadashi sério com a voz cortante. Tendo Chang o encarando de esguelha e Kabuto engoliu a seco, tentando manter o sorriso no rosto:

—Acho que Chang poderia fazer as honras, não é mesmo?!-falou Kabuto sorrido para Chang que apertou os olhos:

—Eu concordo! Já que não pôde descontar suas chamas no “metido a líder”.-falou Mitsuo sorrindo irônico para Tadashi que apertou o maxilar:

—Sore wa hitsuyōde wa arimasen...-murmurou Tadashi sorrindo de lado:-Não será necessário.

Chang o encarou, vendo o mesmo erguer a mão direita e de sua garrafa de madeira posta amarrada a sua cintura saiu água cristalina dançando ao redor de seu corpo ao comando de seus dedos. O garoto passou a mão por cima das chamas, fazendo-as se apagarem com uma fumaça forte saindo do que antes havia fogo:

—Mizu wa shōka suru.-murmurou Tadashi sorrindo, enquanto Yuko arreganhava a boca, Chang erguia uma sobrancelha gostando da audácia do mesmo (teria sido uma luta interessante), Kohaku sorria abertamente com os braços cruzados. Mitsuo e Kabuto pareciam ter levado um soco no estômago, pela expressão que faziam:- Água apaga fogo.

—Ora, ora, ora... Temos muitas surpresas.-falou Kabuto:

—Alguns podem se arrepender mais tarde.-murmurou Mitsuo.

Yuko encarava Mitsuo com uma expressão nada amigável, enquanto o general Lee se aproximava com os braços cruzados na armadura reluzente, beijada pelo glamour da Lua naquela noite:

—Se estão com tempo para discussões desnecessárias, já devem ter acabado de montar suas barracadas senhores?-peguntou o general.

Kohaku ficou branco enquanto Tadashi não abaixava o olhar. Chang e Yuko se mantiveram em silêncio, ao passo que Kabuto sorria irônico e Mitsuo revirava os olhos:

—Shinpaishinaide kudasai. Sore wa jikan ga kakaranai tasukudesu.-falou Kabuto, atraindo todos os olhares para si, mantendo as mãos postas caídas ao lado do corpo:-Não se preocupe general, é uma tarefa da qual não se demanda tempo. 

—Concordo senhor Wurochiha. Então vocês dois poderão fazer as barracas de todos, aí verão o quão tempo se gasta.-o general falou. Chang encarou os olhos de Kabuto se tornarem frios, quase sobrenaturais de raiva ao passo que notava a fumaça saindo de seus punhos. Mitsuo por sua vez se limitou a apertar os olhos, segurando o ombro do irmão:

—Como quiser, general.-falou o garoto, enquanto Kabuto encarava quase com um olhar insano o general. Os olhos azuis esbugalhados e fixados no homem que sumia em meio ao acampamento:

— Anata ga watashi no tenmaku de owaru toki, yasashi-sa de watashi ni shirasete kudasai.-ironizou Tadashi sorrindo de lado:- Quando terminar com minha barraca, avise-me por gentileza.

—Cuidado cara... Se disser outra gracinha, suas águas não serão rápidas o suficiente para o que eu farei com você.-falou Mitsuo dando um passo a frente:

—Isso é uma ameaça?-perguntou Tadahsi se voltando para o mesmo:

—Não perco o meu tempo fazendo ameaças, isso é uma promessa.-falou Mitsuo:

—Cale-se Mitsuo!-falou Kabuto com a voz grave e rouca pela cólera:-Temos trabalho a fazer... E Tadashi! Não brinque com fogo, pode se queimar no final.

—Outra ameaça?!-indagou Tadashi. Chang pensava que o garoto fosse mais esperto, mas seu orgulho não o deixava ser. Tadashi não enxergava o que ele e Yuko já haviam notado. O quão ambos os irmãos eram perigosos:

—Um aviso, meu camarada... Eu costumo falar antes de agir.-falou Kabuto sorrindo de lado empurrando Mitsuo pela cabeça, em direção as barracas amontoadas em um canto.

Kohaku se afastou com Tadashi a passos duros, sobrando apenas Chang de braços cruzados ainda encarando ambos os irmãos sussurrando entre si pegando as barracas:

—Vai comentar o que acabou de acontecer aqui?-perguntou Yuko com as mãos enfiadas nos bolsos da calça:

—São todos malucos.-falou Chang sem desviar o olhar dos irmãos:

—Tenho um medo de ficar assim.-falou Yuko:-Vamos remontar as barracas, não confio naqueles dois nem a pau.

—São domadores de fogo...-murmurou Chang:

—Pois é... Só tem maluco que domina isso.-faou Yuko e Chang o encarou com um sorriso de lado:

—Wurochiha que eles chamam, não é?!-indagou Chang caminhando com Yuko:

—Sim, por que?-peguntou o garoto:

—O que esse sobrenome está ligado, Yuko? Pensei que fosse mais atento.-falou Chang:

—Por Deus!-gritou Yuko parando abruptamente, com uma mão na cabeça  e outra no ombro de Chang:-O massacre do clã Wurochiha.

— Seikaku.-falou Chang com os olhos sombrios:-Exato.     

—Misericórdia! Nem precisa de barraca, dormirei a céu aberto.-falou Yuko.

                                                                           ***

Os Unos eram os inimigos da vez.

Com toda a certeza seria uma briga difícil, as mortes eram certas, todos ali tinham total consciência disso, porém saber quem seria fadado a terminar como um cadáver era o que todos tentariam evitar a qualquer custo. Uma primeira guerra repleta de sangue e que tira tudo o que os homens mais têm; rasgando suas almas, devorando suas mentes até sobrar a insanidade, machucando seus corpos fatigados, drenando suas energias, todos morrem.

Era isso que Chang pensava enquanto saía mancando de um treinamento pesado, o único que teriam por semana, até chegarem a batalha. Eles tinham que acabar com os Unos ali, porque pelo que o informante do general Lee o escrevia, as tropas de seu filho estavam uma verdadeira decadência e seriam massacrados. Chang não se importava. Aliás era o preço que se pagava por estar ali, deveriam ir, deveriam ver, deveriam virar homens na marra se precisasse.

Com o braço direito repleto de faixas e cansado ao extremo, Chang cortava uma maçã e comia, enquanto esperava a lista para se designar as equipes. Formadas pelos olhos do general através da habilidade de cada um ali:

—Será que fiaremos na mesma equipe?-perguntou Yuko de braços cruzados em pé ao seu lado, Chang permanecia sentado alheio a tudo ao redor:

— Nohara kara nigeru no o osorete imasu ka?-perguntou Chang rindo, enquanto Yuko bate em sua cabeça bufando impaciente:- Com medo de ficar longe de mim, Nohara?

— Orite, omae! Anata wa kami ni yotte wasure rareta kono basho de dōshite son'nani odayakana koto ga dekimasu ka? Jissai ni subete o hakai shite iru mono, watashitachiha kono kuni no yuiitsu no kibōdeari, sono musuko no chīmu no toranpu no katamari no kyūsaidesu ka? Watashi no shin'ainaru yūjin, panikku wa tokidoki yoidesu.-bradou Yuko andando de um lado para o outro erguendo os baços, enquanto Chang se limitava a erguer as sobrancelhas muito concentrado em sua deliciosa maçã:- Sai fora, babaca! Como consegue ficar tão calmo neste lugar esquecido por Deus?! Os Unos praticamente destruindo tudo e nós somos a única esperança desse país de merda e a salvação daquele bando de vagabundos da equipe do filho do general?! Meu caro amigo, entrar em pânico às vezes é bom.

—O pânico te mata mais rápido.-falou Chang dando de ombos:

—Nossa, que vontade de dar na sua cara.-falou Yuko pousando as mãos na cintura:

— Nohara ga shinpaidesu ka?-pergntou Tadashi na orelha de Yuko que gritu xingando, saindo de perto do aroto que ria juto a Kohaku:- Preocupado Nohara?

—Nossa, pelo amor de Deus! Eu devo ter feio uma atrocidade na outra vida, por isso este castigo.-falou Yuko:-O que vocês querem?! Assombrações!

—Vimos você andando de um lado para o outro, sinal claro de nervosismo. Deve ser, provavelmente, pelas equipes serem designadas hoje, né?!-indagou Kohaku:

—E aparentemente sou o único nessa merda assim.-falou Yuko:

—É só um equipe, Nohara. Não fará muita diferença.-falou Tadashi:

—Ah claro... E você adoraria ficar com os Wurochihas, né?!-indagou Yuko e Chang ergueu um olhar avaliativo em Yuko:

—Shinken ni, Yūko! Kore wa min'na no kyōfudesu ka?-falou Chang jogando a maçã longe:- Fala sério Yuko! Isso tudo é medo daqueles caras?!

—Não é medo, babaca! Acontece que eu não domino o fogo, domino a terra e ainda estou me adaptando a isso.-falou Yuko:

—Por falar nisso, como vai seu ombro, depois da rocha que caiu nas suas costas?!-perguntou Kohaku, fazendo Yuko ficar vermelho e bufar indignado:

—Muito bem, obrigado.-falou Yuko:

—Fiou gemendo de dor a noite toda igual uma criancinha.-falou Chang causando risada aos demais:

—Olha meu filho... Tá faltando menos de um por cento de paciência para eu te dar uma voadora.-falou o garoto com raiva.

O imediato do general acabara de colocar a lista de nomes em uma árvoe de tronco retorcido e velho, aos poucos vários garotos foram até lá ler os nomes escritos a tinta que escorria ainda pelo pedaço de papel amarelado. Talvez por não haver muito tempo:

—Bom... Vamos lá.-falou Kohaku.

Chang, Yuko, Tadashi e Kohaku foram impedidos pelos irmãos Wurochihas, que pararam sorrindo na direção deles, os braços cruzados e mantendo uma expressão de falsa educação que Chang começava a se irritar:

—Karera wa nani o nozonde iru nodesu ka?-perguntou Tadashi mau-humorado:- O que querem?

—Eu realmente não gosto de você, cara.-falou Mitsuo:

—Acredite quando digo que a reciproca é mais que verdadeira.-falou Yuko, chamando a atenção de ambos os irmãos para si. Os dois olharam-no de cima a baixo  em seguida olharam para Chang que já estava com fogo no punho, não admita alguém olhar assim para seu amigo:

— O que querem?-perguntou Chang:

—Te dar as boas vindas.-falou Mitsuo:

—Como?-perguntou Chang:

—Estaos na mesma equipe, cara.-falou Kabuto:-E vai ser bem legal.

Um silêncio pairou entre todos. Chang xingava em sua mente todos os piores palavrões que se recordava, mantendo o olhar atento e baixo para os dois garotos que ainda sorriam irônicos em sua direção. Quanto tempo até se incendiarem?! Chang duvidava que chegasse a horas:

—Rapaz... Não queria falar.-falou Yuko batendo em seu ombro:-Mas que azar.

Chang rosnou baixo de raiva.