Guerreiros escrita por L M


Capítulo 69
Espreita


Notas iniciais do capítulo

Olá Guerreiros! E aí?! Não demorei tanto dessa vez! Para aqueles que ficaram confusos do Jin ter despertado seu xamã, só reafirmando, nada é por acaso, tá?! kkkkk
Boa leitura!



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—Deixa eu ver se entendi! Espera!-falou Ran com ambas as mãos massageando suas têmporas, enquanto repetia o que entendera do discurso "explicativo" desnecessariamente longo de Daisuke:-O troço ali, despertou o xamã dele, que supostamente é uma fênix. Ele teve chance para te matar e não o fez, tentado controlar o bicho e por isso você conclui que ele é "bonzinho"?!

—Fuhitsuyō ni hinikuna kono kanojo no tōn wa, subete ga bakagete kuremasu!-falou Daisuke torcendo sua blusa ensopada, logo depois de fazer as águas retornarem onde se encontravam inicialmente:-Este seu tom, desnecessariamente irônico, deixa tudo ridículo!

—Mas, talvez porque... Pareça ridículo!-falou Kyo bagunçando os cabelos molhados:-Porque, não é por nada, mas esta merda pegou fogo por culpa dele.

—Mas ele não sabia que estavam aqui... Na verdade nem eu sabia!-falou Daisuke encarando os dois:-A propósito... O que estavam fazendo presos naquela jaula e aqui dentro?

Ran e Daisuke se encararam por alguns instantes, avaliando em pensamento se deveriam contar a história vergonhosa de como vieram a parar naquela situação constrangedora. Ran arranhou a garganta, enquanto Kyo simplesmente erguia os braços acima de sua abeça para se alongar, um sinal claro de desconforto e disfarce:

—Bom... Não queira saber.-falou Ran:

—Dōyō ni, shira retaku arimasen ka?-perguntou Daisuke cruzando os braços:-Como assim, não queira saber? Confesso que estou bastante curioso, ao levar em conta a situação de ambos.

—Sore wa kōkishin o kika sete imasu, sore wa koroshimasu.-falou Kyo sorrindo forçado pela situação:-Pois trate de deixar de curiosidade, isso mata.

—Mishiranu hito wa, ryōhō no...Desu!-falou Daisuke os encarando minuciosamente:-Estão estranhos... Os dois!

—AH! Sore wa anata no bijinesu no dore mo, otokodesu! Happī?!-berrou Ran se pondo de pé e torcendo a calça encharcada:-AH! Não é da sua conta, homem! Feliz?!

—Watashi wa onegai shita yō... Fukaina jōkyō o tsutaeru tame ni anata o kyōsei shinaide kudasai.-falou Daisuke erguendo ambos os braços e sorrindo de lado:-Como quiserem... Não os forçarei a contar a situação desagradável.

—Anata wa shitte imasu ka?! Anata wa sono subete no kimyōde nani mo, nani mo shirimasen!-gritou Kyo apontando para Daisuke que o encarou em confusão:-Do que você sabe?! Você não sabe de nada, de absolutamente nada seu esquisito!

Ran dá um belo tapa na nuca de Kyo para fazê-lo não perder a compostura, enquanto respirava fundo encarando Daisuke com um olhar nada legal. O garoto e franjas apenas deu de ombros rindo, e voltando-se para o corpo ainda desfalecido de Jin que se encontrava amarrado a um poste de maneira por insistência de Ran e Kyo.

O garoto de cabelos brancos ainda mantinha-se na total inconsciência, enquanto seu corpo era molhado por alguns resquícios de água que Daisuke guardara para curar os ferimentos do garoto. Vez ou outra Jin grunhia e tencionava os músculos, mas em nenhum momento aparentava despertar. A tatuagem do pássaro místico m chamas ainda estava em seu peito, agora negra de sangue seco da ferida aberta:

—Temos que acordá-lo e interrogá-lo! Ele irá falar por bem o por mal.-falou Ran de braços cruzados:

—Watashitachiha, bōryoku o tsukau yoroshikereba ochitsuki o iji shinai yō ni shiyou to shimasu.-falou Daisuke encarando Ran:-Vamos tentar manter a compostura e não fazer uso de violência, por obséquio.

—Olha cara eu entendo que esteja em dívida com ele, mas precisamos de respostas! Ele é um inimigo.-falou Ran:

—E sem violência?! Você e ele quase que se mataram meia hora atrás!-falou Kyo erguendo ambos os braços:

—Jūbun'na! Subetede wa nai watashi ga iimashita?!-bradou Daisuke se erguendo:-Basta! Não ouviu nada do que eu disse?!

—Kono wāmu no shōgai o kaishite okotta koto subete o wasurete shimatta anata ni atta yōdesu!-falou Kyo cruzando os braços e olhando par o Wurochiha mais novo com raiva nos orbes castanhos:-Parece que foi você quem esqueceu de tudo o que aconteceu por culpa dessa verme!

—Watashi mo dōkan shimasu! Otoko wa, kare wa batsu o hitsuyō to suru monogatari no `ī hito'de wa arimasen. Sonotame, watashi wa sorera no izureka ga, wareware ga okonatta saki no gōmon ni kansuru jihi o motte oboete imasen.-disse Ran de maneira fria, encarando Daisuke:-Eu concordo! Cara, ele não é o "mocinho" da história que precisa de pena. Até porque, não me recordo de nenhum deles terem misericórdia com relação as torturas a que nos foram submetidas. Eu não os culpo, estamos em guerra... Não há pena dos mais fracos. Aqui matam os fracos e lutam com os fortes!

—Watashi wa ko no subete no nikushimi o rikai shite imasen! Kare wa, sore wa wareware ga shiranai nanika o motte iru... Sore wa sō, karera to isshode wa nai yōdesu.-bradou Daisuke os encarando e em seguida seu olhar cindo para o garoto e cabelos brancos amarrado na pilastra:-Não entendo todo esse ódio! Ele não parece estar com eles, parece... Que tem algo a mais que não sabemos.

—Nani ga son'nani kakunin shimasu ka? Sore ga doko karatomo naku, kono yōna jishin kara kite doko ni watashi wa rikai shite imasen!-falou Kyo revirando os olhos e encostando o corpo na parede, apoiando o pé direito na mesma:-Como tem tanta certeza? Não entendo de onde vem tamanha confiança do nada!

—Watashi mo dōkan shimasu! Yaku-jikan mae ni, karera wa soko ni otagai o koroshimashita!-falou Ran flutuando ainda de braços cruzados:-Concordo! Há uma hora atrás estavam se matando lá fora!

—Karera wa arimasendeshita! Watashi wa haruka ni sukunai, mite kiite kita mono o mite imasen...-falou Daisuke ficando de costas para Jin e encarando ambos os amigos:-Não estavam lá! Não viram o que eu vi, muito menos ouviram...

—Watashi ga shitte mitaidesu! Dakara watashi wa sugu ni yakunitatanai u~eikuappu shitaidesu!-falou Ran:-Eu adoraria saber! Por isso quero que o inútil desperte logo!

—Muda futatabi watashi wa anata o miru anata wa dono yō ni machigatte watashiwoyonde, hisan'na!-bradou uma voz fria atrás de Daiuske que se virou rapidamente. Ran ergueu mais a cabeça e elevou um pouco mais seu corpo no ar, enquanto Kyo apenas se limitou a sorrir de lado:-Chame-me de inútil outra vez que eu mostrarei o quão enganado você está, miserável!

—Kimitachi wa... Akuyaku ya hīrō, hidoi kibun ga henkō sa reru koto wa arimasen.-falou Kyo sorrindo encarando a face contorcida de ódio de Jin que forçava seu corpo contra pilastra de madeira, na qual o prendia:-É caras... Seja vilão ou herói, o humor terrível dele não muda nunca.

—Watashi wa, baka o hakai suru hitoridesu... Akuyaku, sarani sukunai hīrō jaarimasen!-falou Jin com a voz fria e respirando pesadamente o que fazia ainda mais sua marca do xamã se tornar ainda mais visível:-Não sou o vilão, menos ainda o herói... Sou aquele que destrói, idiota!

—Idainanode, hakai-teki... No kaiwa o shutoku shimashou! Watashitachiha, shitsumon to anata ga, saigo ni kotaemasu. Anata ga kyōryoku shinai baai wa... Watashi wa isshu no sekkachidanode, anata wa yoriyoi kyōryoku shitaidesu.-falou Ran voando em direção a Jim e parando na frente do garoto que ergueu a cabeça como um leão forte e imponente ara encarar Ran:-Ótimo, então destruidor... Vamos levar um papo! A gente pergunta e você responde, fim. Caso não colaborar... Eu estou meio sem paciência, então acho bom você colaborar.

—Watashi wa, amachua anata o osorete imasen yo.-falo Jin friamente sorrindo de lado, tipicamente como todos do seu clã:-Não tenho medo de vocês, amadores.

—Shōnen ga, anata wa gankona o shiridesu!-falou Ran gargalhano e em seguida fazendo um forte vento erguer o corpo de Jin ainda pressionado contra a pilastra para o alto e descê-lo rapidamente, fazendo bater com tudo no chão e gritar de dor:-Rapaz, mas você é um teimoso do caralho!

—Maldito! AH!-gritou Jin:

—Ā, watashi no kami! Soshite, odayakana?!-gritou Daisuke irritado:-Ah, meu Deus! E a calma?!

—Foi para o inferno.-respondeu Kyo se aproximando de braços ainda cruzados:

—Dakara, otoko..-San wa mōichido tameshite mimashou ka?-falou Ran sorrindo sarcástico:-Então, cara.. Vamos tentar de novamente?

—Sudeni watashi wa nakama, futtō shite imasu!-respondeu Jin trêmulo e irônico mantendo o sorriso no rosto. Irritando assim Ran e Kyo anda mais:-Já tô fervendo, brou!

—Bom saber! Começa Daisuke, antes que eu cometa um crime aqui!-falou Ran cruzando os braços e Daisuke se aproximando de Jin que o encarava com os olhos azuis claros mais frios anda.

O garoto de longa franja pegou um pouco d'água dentro de sua garrafa e começou a passar nas costas feridas de Jin que o encarou inquieto se movendo:

—O que, diabos, esta fazendo, Endo?!-bradou Jin nervoso:

—Curando.-respondeu Daisuke ando e ombros terminando de curá-lo:

—Não quero sua ajuda!-falou Jin:-Quero incinerá-los!

—E eu quebrar a cara dele! Tá tudo ótimo!-falou Ran estalando os dedos:

—Eu não acredito no que diz, Jin.-falou Daisuke fazendo a água retornar para a garrafa:

—E por que pensas em um tolice grandiosa dessas?!-indagou Jin sorrindo irônico:

—Você não me matou! E ainda conseguiu me fazer salvar meus companheiros.-falo Daisuke e Jin o encarou agora com um olhar dr surpresa:

—COMO É QUE É?!-gritou o garoto:

—Difícil de acreditar?!-indagou Kyo:

—Mattaku wakarimasen.-falou Jin rosnando, todavia com os olhos alarmados:-Não faz ideia.

—Wareware wa mata, to omoimasu!-falou Kyo assentindo:-Também achamos!

—Watashi wa oboeteinai to tawagoto wa nani ga okorimashita ka! Watashi wa, kāto... Watashi no atama ni yotte atroelado taka no yōdesu! Nantekotta!-falou Jin olhando para o chão, enquanto seus olhos demonstravam desespero tentando encontrar alguma solução:-Eu não me lembro de porra nenhuma do que aconteceu! É como se eu tivesse sido atropelado por uma carroça... Minha cabeça! Argh!

—Nani mo oboete imasen?!-perguntou Ran:-Não se lembra de nada?! Tipo, nada mesmo?! Tudo apagado?!

—Nani mo arimasen! Nanda ittai! Anata ga watashi ni naniwoshita ka, ki?!-gritou Jin tentando se soltar das cordas, todavia estava sentindo seu chakra baixo e muito cansado, como se tivesse gastado tudo o que tinha na luta contra Daisuke, mas duvidava seriamente dese fato:-Nada! Que merda! O que você fez comigo, maldito?! Não é possível que você me nocauteou tao facilmente.

—Watashi wa watashide wa nakattadesu. Sore wa anata ni wa, ikutsu ka no mae ni kōfun kare no shāmandeshita.-falou Daisuke cruzando os braços e encarando os olhos azuis claros de Jin, se recordando de outrora estarem escarlate:-Não fui eu. Foi o seu xamã que você despertou a alguns instantes atrás.

—Dono yō ni... Anata?!-perguntou Jin o olhando desconfiadamente:-Como... É?!

—Kore wa masani watashitachi no kao no han'nōdeshita!-falou Ran sorrindo e erguendo os braços:-ESSA foi exatamente a nossa reação cara!

—Kare no mune o mite kudasai.-falou Kyo ficado sem paciência:-Olha o seu peito.

Jin olha para seu peto e sente seu peito inflando ao encarar a tatuagem de um pássaro com sangue seco no meio do seu peito. Logo em que toma consciência começa a sentir uma queimação insistente no local que o faz sentir o suor escorrer de sua testa:

—Mas, o que...?! Vocês fizeram isso?!-gritou Jin se desesperando:

—Claro, te prendemos e te tatuamos com navalha quente! Nossa cara fazer isso, babaca.-falou Ran:

—Cale-se! Um xamã... Como eu?! Por que?!-falava Jin em pânico:

—Acalme-se!-falou Daisuke:

—Não dá, seu idiota!-gritou Jin:-Meu peito está queimando, que droga!

—Vou tirar a dor, mas se acalme!-falou Daisuke:

—Ótimo! Ainda precisamos de respostas!-falou Kyo:

—Vão se ferrar!-gritou Jin com ódio:

—Ele não precisa está acordado para ser curado, precisa?!-indagou Kyo erguendo uma enorme pedra com uma das mãos.

                                            ***

 

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Hana estava encostada e um das paredes do palácio, segurando a pequena garotinha princesa em seus braços, afagando seus cabelos esperando assim , fazê-la se acalmar. Hotaru estava a sua frente segurando a vela e um das mãos e na outra jazia sua espada ensanguentada enquanto seus olhos verdes escuros caiam na pequena menina.

Sabiam agora que o Imperador estava sobre poder de Kabuo em alguma parte daquele castelo que mais se parecia um labirinto, haviam deixado sua filha com um maldito soldado que Hotaru já mandara ao inferno. Agora estavam os dois mais a garotinha naquela missão:

—Watasa reta, purinsesu... Gōkaku shimashita!-murmurava Hana doce para a menina Aiko:-Já passou, princesa... Já passou! Acalme-se, estou om você!

—Ima, subete ga utsukushi-sadesu! Subete no kurai meiro imaimashī noyōnimieru kono caralha de hokanohito o mitsukeru koto o yūsuru koto ni kuwaete, fukōna kabuto o koroshi, Imperaador, bōshi sensō o hozon... Wareware wa, ōjo todoo ni kanshite ubadearu koto ni wa itatte inai, kodomo? ! Hotondo watashi wa kanojo wa oroka, iki tsudzukeru koto wa dekimasen!-radou Hotaru andando de um lado para o outro movimentando a espada para cima e para baixo em total nervosismo:-Agora está tudo uma beleza! Além de termos que achar os outros nesta caralha que mais parece um maldito labirinto todo escuro, salvar o Imperador, impedir a guerra, matar o infeliz do Kabuto... Temos que ainda ser babás, com todo o respeito princesa, de uma criança?! Já quase não consigo ME manter vivo, que dirá ela!

—Shinu tsumori?!-perguntou a pequena Aiko:-Vamos morrer?!

—Nani?!-gritaram Hana e Hotaru:

—Mochiron sōde wanai, dārin! Raba hotaru no oji wa, anata o mamorimasu! Soshite, watashi mo shinjitsude wa arimasen?!-gritou Hana encarando Hotaru:-Claro que não, meu bem! A mula do tio Hotaru vai te proteger, e eu também irei... NÃO É VERDADE?!

—Cl-Claro que sim! Vamos todos ficar bem... Vamos salvar todo mundo, princesa!-falou Hotaru se aproximando dela e encarando os olhos tão verdes quanto os seus:-Fique calma, não vou deixar nada te acontecer.

—Ojisan Hotaru-sama wa, anata wa watashinochichi o sukuu nodarou ka?-perguntou a menina e o loiro encarou Hana sério que sorriu o incentivando e assentindo:-Tio Hotaru, o senhor vai salvar meu papai?

—Watashitachiha, min'na ni hozon sa remasu!-falou Hotaru sorrindo e beijando a testa da garota em seguida:-Salvaremos à todos!

—Tudo vai acabar bem, princesa.-falou Hana.

A pequenina deixou algumas lágrimas caírem de seus olhos sorrindo lindamente em direção a Hotaru, que a retribuiu um pouco mais contido deslizado sus dedos pelas bochechas rosadas, retirando aquelas lágrimas que o incomodavam tanto. Aiko corou fortemente e em seguida deitou-e no ombro magro de Hana que a aninhou com seus braços, como se com quilo a protegesse de tudo que os ameaçava naquela situação. Iluminados pela luz da pequena vela, e unidos por uma promessa, as trevas daquele local não pareciam tão assustadoras para a menina:

—Wareware wa sore no sewa o suru baai sate, watashitachiha aratana keikaku ga hitsuyōdesu.-falou Hana deixando a menina no chão e a segurando pela mão:-Muito bem, precisamos de um novo plano se vamos cuidar dela.

—Watashi ni totte, soreha fuzoku shite imasen! Nani?! Anata wa hontōni watashitachi ga jiraigen no chūō ni ko o torubekida to omoimasu ka?!-falou Hotaru de braços cruzados e Hana o encarou, todavia a pequena criança agarrou com ainda mais força na mão da mesma:-Por mim ela não vem! Qual é?! Acha mesmo que devemos levar uma criança para o meio de um campo minado?!

—Dakaranani yoi aidea anata ga motte imasu ka?-prguntou Hana:-Então qual ideia melhor você tem?

—... Watashi o hōchi shinaide kudasai, watashi wa kowai shite kudasai!-falou a menina chorand esussurrando sôfrega:-Por favor... Não me deixe, eu estou com medo!

—Sore wa hassei shimasen! Watashi wa anata no sewa o shimasu!-falou Hana segurando Aiko junto ao seu corpo:-Isso não vai acontecer! Vou tomar conta de você!

—Hana, anata wa kureijīdeshita? ! Watashitachiha, dōjini on'nanoko o tatakai, kodomo no sewa o suru koto wa dekimasen!-falou Hotaru com as duas mãos no rosto:-Hana, você ficou maluca?! Não podemos lutar e cuidar de uma criança ao mesmo tempo, garota!

—Watashi wa tamesu koto ga dekimasu!-falou Hana o olhando decidida, e Hotaru respirou fundo olhando par cima e em seguida assentindo pegando a espada com uma das mãos:-Eu posso tentar!

—Dakara mimashou...-falou Hotaru retomando caminho pelo breu tênue, enquanto a pequena Aiko segurava a vela em uma de suas mãozinhas:-Então vamos...

Continuaram a caminhar, Aiko segurando firme na mão de Hana e na outra a vela iluminando o caminho. Hotaru ia na frente empunhando a espada e Hana segurava o arco de madeira na outra mão, todavia sempre alerta a qualquer barulho suspeito, no qual a faria ,agora ainda mais rápido erguer o arco, para proteger a princesa.

Hotaru ia tomando a frente, usando seu corpo como escudo para proteger as duas garotas. Ele não gostava quando esses surtos de fúria aconteciam em que ele mais parecia Takeshi sem controle algum de seus atos com uma espada em mãos, agradecia por Hana não dizer nada, mais ainda por não deixar a pequenina ver a aniquilação do inimigo. A preocupação o tomava em grandes proporções do que faria se algo acontecesse a menina, era só uma criança e nem mesmo a ela houve alguma misericórdia por aquele exército horrendo, o que só fazia a raiva que o loiro estava acumulando aumentar ainda mais.

Hana também sentia raiva, porém tentava manter-se sã e com a cabeça no lugar. Tinham muita gente para encontrar e aniquilar, para que até o amanhecer, mesmo repleto de sangue, seja a última madrugada de um banho de sangue e guerra. A paz nunca fora tão almejada, na verdade não se sabe o que é a verdadeira paz e o quão perfeita é até se viver em uma guerra de perto:

—Watashitachi wa mōmokuteki ni aruite imasu! Watashitachiha, seiri suru hitsuyō ga arimasu.-falou Hana para Hotaru que a olhou por cima dos ombros não cessando as passadas:-Estamos andando às cegas! Precisamos nos organizar.

—Watashi no utsukushī to shite seiri?! Watashitachiha, sono pitchifakku wa oroka, watashitachi wa hotondo hikari de aruku shiranai, koko o sanshō shite kudasai koto wa arimasen!-falou Hotaru com raiva socando uma parede enquanto andava:-Organizar como, minha linda?! Nunca viemos aqui, mal sabemos caminhar com luz, que dirá nessa porra de escuidão!

—Sōdesu! Shikashi, hitotsu wa hōhō o mitsukeru koto ga dekimasu.-falou Hana chamando a atenção de Hotaru e da pequena Aiko também:-Eu sei! Mas a gente dá um jeito.

—Watashitachiha, azuma kairō ni arimasu! Sore wa daidokoro no chikaku ni arimasu.-a voz da pequena criança ecoou, fazendo Hana e Hotaru estancarem no caminho. Hana olhou a menina com os olhos brilhando e Hotaru virou a cabeça tão rápido que a garotinha pensou, que mais um pouco poderia quebrar o pescoço:-Nós estamos no corredor leste! É próximo da cozinha.

—Aiko...-murmurou Han sorrindo aberta e maravilhada para a menina:

—Shikashi, mochiron! Shōjo wa, ōjo wa koko ni sunde imasu! Kanojo wa subete kono fukō o shitte imasu! Ā,-shin... Lord' re mada soko ni, mada yoidesu! Ā, dono yō ni subarashī... Nokogiri? ! Watashitachiha mimashita? ! Watashitachi wa sore o jisan subekida to nobemashita! Sore wa watashi no hitobito wa, ima dewa egao luck' re soreda, chikushō! Sore wa soredesu!-Hotaru bradou indo até a menina e a pegando no colo, quase queimando seu cabelo pela vela, enquanto a garotinha segurava firme no ombro de Hotaru com uma das mãozinhas pequenas e Hana ria revigorada:-Mas é claro! A menina, a princesa mora aqui! Ela conhece essa desgraça toda! Oh, Deus... O Senhor ainda tá aí, ainda bem! Ah que maravilha... Viu?! Viu?! Eu disse que deveríamos trazê-la junto! É isso aí, meu povo, a sorte tá sorrindo pra gente agora, porra! Isso aí!

—Wareware wa sudeni kōtsū shudan o motte imasu.-falou Hana pegando a menina dos braços de Hotaru. Aiko ria da expressão engraçada de felicidade do loiro:-Já temos um meio de locomoção.

—Ima, watashi wa hōkō o hitsuyō to shimasu! Aku no hagetaka ga anata no otōsan o prendram kotodatta watashi no utsukushī ōjo wa, anata ga shitte imasu?-falou Hotau abaixando até a menina:-Agora só falta a direção! Minha linda princesa, onde foram que os abutres do mal prenderam seu papai, você sabe?

—Gyokuza no ma de.-murmurou ela fungando de leve ao se lembrar onde tinham trancado seu pai:-Na sala do trono.

—Sabe chegar lá?-perguntou Hana:

—Sei sim!-falou a menina:

—Watashi wa anata no on'nanoko ga daisuki watashitachiha kono tawagoto o shūryō suru tokiniha, furui ie o yobidasanaito!-falo Hotaru beijando a bochecha de Aiko que corou sorrindo de canto tímida:-Eu te amo menina! Se não ligar para a idade, a gente casa quando acabar essa merda toda!

—Watashitachi o michibiku, onegaishimasu.-falou Hana dócil e gentil:-Nos guie, por favor.

—Anata wa Hana o nokosu koto ga dekimasu!-falou a menina pegando na mão e Hana e começando a guiar o caminho:-Pode deixar Hana-san!

—Bora, hitobito! Rokku shiyou ze!-falou Hotaru erguendo a espada e a colocando no ombro direito:-Bora, povo! Vamos detonar! No sentido da gente sentar a porrada NELES, tá Deus?! Não o contrário, pelo o amor do Senhor! Tem que explicar, vai que dá merda, já aconteceu tanta vezes que a gente traumatiza.

                                            ***

 

Goenji estava com uma mão tapando a boca, enquanto se encontrava agachado em meio escuridão tênue para escutar o que as vozes que estavam dentro da sala conversavam. Hideo estava ao lado da porta com a espada apoiada na cocha direita, sendo apoiada pela parede enquanto o garoto de olhos perolados mantinha o olhar baixo deixando as palavras adentrarem a seu cérebro. Norio apoiou a mão esquerda na parede e outra na cintura concentrado no que estavam conversando.

Mitsuo mantinha a voz rouca mais baixa do que eles gostariam mas se esforçavam a prestar a atenção em tudo o que ele falava, algumas partes sendo audíveis e outas não, todavia para a sorte dos três, o homem que estava junto a Mitsuo falava alto o suficiente para ser entendido a todo momento:

—Kuso! Karōjite otoko o rikai shimasu!-exclamo Goenji e Norio lhe deu um chute no braço, para que o mesmo fizesse silêncio, caso forem descobertos não seria muito bom:-Mas que droga! Quase não entendo o homem! Mitsuo parece que faz de propósito.

—Shizuka!-falou Norio com os cabelos azuis cintilando pela luz da pequena chama que iluminava o local:-Quieto! Se nos descobrirem será nosso fim.

—Gekitekina.-murmurou o ruivo revirando os olhos e essa vez quem falou foi Hideo com a voz cortante e fria:-Dramático.

—Cale a maldita boca.-falou o garoto de olhos brancos.

A voz de Mitsuo ainda era bem baixa, enquanto a do homem que falava consigo aumentava a cada novas palavras do ex-general:

—Shikashi, soreha kureijīdesu! Kare wa, otoko wa nani o shite iru nodesu ka? Keikaku wa mae ni sudeni kikendattaga, ima... Watashi wa kangae tenani o shiranai, kare wa sore kara kanzendesu! Kare wa kodomo no tame ni, kōtei no musume o okutta... Sotchoku ni itte, watashi wa sono yōna koto no tame no i o motte inai tame ni.-falou o homem com a voz trêmula, algo o estava assustando e ele parecia prestes a desistir enquanto a sombra de suas mão aparecia tremendo:-Mas isso é loucura! O que ele está fazendo, homem? O plano já era perigoso antes, mas agora... Eu não sei mais o que pensar, ele está completamente fora de si! Mandou a filha do Imperador, uma criança para... Para... Francamente, eu não tenho nem estômago para uma coisa dessas.

Mitsuo respondeu com um barulho alto e um grito logo em seguida, Goenji tapou aboca com as duas mãos enquanto fechava os olhos com força, Hideo apertou suas mãos e Norio xingou baixo, à medida que a voz do homem antes alta, agora não passava de um lamúrio impiedoso e doloroso. Estava arfando e em seguida fez o barulho de algo sendo retirado de seu corpo e o grito retornou, enquanto ouvia-se o baque de seu corpo ofegante e ,constituído do que concluíram ser dor, bater contra o piso frio. Causando a todos uma vertigem:

—Watashi wa yoru no owari made ni kabuto ga nani o ushinau... Watashi wa hisan'na kono jinsei de watashiniha nani mo nokotte inaide wanai shitte iruto watashi wa dassō-heidakedo,... Anata wa watashi no baizā no kotoba o akiraka ni suru koto wa dekimasen..., Sensei o akiramemasen handan no hidari ni, anata ga uwasa o shitte, watashi ga nani o imi suru ka shitte iruga,... Sore wa anata ni musuko no yōna monoda,-sōde wa arimasen ka? ! AHHH! Watashi wa mōshiwakearimasenga senseidakedo,... Kōtei no shi wa yami no aratana jidai ni kuni o kyūraku shi,-shin ga tatakau hitobito o hogo shimasu.-em certo momento das palavras ofegantes e arrastadas do homem, ouviu-se um grito no qual pareceu que Mituso novamente enfiara algo no corpo o homem, o que fez os garotos se retesarem e por mais que seja difícil ouvir a lamúria de um soldado agonizando, permitiram escutar até o final:-Não vou desistir, senhor... Sei que não me resta nada mais nesta vida miserável e que sou um desertor, mas... O senhor não pode relevar minhas pala-palavras... Até o fim a noite Kabuto perderá o que lhe restou de juízo, sabe do que falo, sabe os rumores, mas... É como um filho para o senhor, não é?! AHHH! Eu lamento senhor, mas... A morte do Imperador mergulhará o país em um novo tempo de trevas e que Deus proteja os que lutarem contra.

Hideo sentia o suor escorrer por sua nuca e chegar as costas, enquanto suas mãos apertadas já estavam com os nós brancos pela força que o mesmo utilizava para aplacar a raiva. Norio apenas encarou Hideo e foi se endireitando, à medida que as vozes não tornaram mais a se manifestarem:

—Iya, iya, arimasen! Sairyō no bubunde wa arimasen! Kuso!-falou Goenji se erguendo e ficando de pé tirando o suor da testa:-Não, não, não! Na melhor parte não! Merda!

—Doko no chinmoku wa... Watashitachi o hakken shite imasu ka?-perguntou Norio segurando com força o cabo da sua espada, temendo está certo:-Silêncio do nada... Será que nos descobriu?

—Ariemasen! Sōnara, watashitachiha komatte iruto wareware wa ikita mama, watashi wa kare no aka wa orokana anata o koroshimasu!-falou Hideo severo encarando Goenji que o encarou com a boca aberta em sinal de surpresa:-Improvável! Mas se for o caso, estamos com problemas e se sairmos vivos, matarei você seu ruivo estúpido!

—Shikashi, jigoku wa, watashi ga nandeatta ka... SHIT OH!-começou Goenji, porém o grito em agonia do homem dentro da sala preencheu o vácuo em silêncio, fazendo Goenji gritar de susto, enquanto os outros dois garotos arregalaram os olhos. Chamas avançavam assassinas dentro da sala o que, deu-lhes a ideia exata do que ocorrera ao pobre homem:-Mas o que, demônios, foi que eu... AH MERDA!

—Escondam-se!-falou Hideo, fazendo seu corpo e tornar líquido e escorrendo como água pelo chão,graças ao suor de seu corpo que o ajudara neta tarefa complexa:

—Impressionante.-falou Norio envolto de surpresa pelo feito do companheiro de equipe:

—Soshite, anata wa odoroka reru kotodeshou! Sā!-falou Genji segurando embaixo dos braços de Norio, enquanto o mesmo soprava a vela que os mantinha fora da escuridão, e levantando voou até baterem no teto do castelo escuro:-Depois você fica surpreso! Vamos!

No mesmo instante a porta é totalmente aberta e dela sai um Mitsuo com os cabelos embaçados, o rosto suado e a mão, a única que possuía agora, estava tremendo levemente, ao mesmo tempo que acariciava o toco que ficou no lugar da outra mão. A capa negra que utilizava ia até seus pés e conforme se locomovia a capa ia arrastando, o barulho das botas pelo chão de madeira ecoavam como se a própria morte o estivesse acompanhando.

A mão que lhe sobrou acendeu-se em chamas para iluminar seu caminho, enquanto caminhava para longe da sala que se encontra completamente acesa queimando, por ago ou... Alguém! Tal constatação quase fez Goenji deixar Norio cair lá embaixo, mas se manteve firme e até mesmo respirar se tonou difícil até não escutar mais os passos de Mitsuo.

Norio soltou a respiração, agora se dando conta de que a havia prendido. Conforme sentia os braços de Goenji trêmulos. Apenas retornaram ao chão quando Hideo tomou a forma de outrora em homem e assentiu para os ois garotos.

Ao chegarem ao chão, Norio colocou as duas mãos na cabeça enquanto encarava Hideo esperando algum passo para eles próprios. Goenji estava abaixado, apoiando as duas mãos nos joelhos tremendo, enquanto ouvia-se bem baixo, todavia audível o suficiente para fazerem os três garotos gelarem até o último osso de seus corpos;o lamúrio baixo do homem dentro da sala que estava acesa, o fogo aumentando e a voz gemendo de dor também.

Deus Mitsuo havia posto fogo no pobre homem que agora agonizava morrendo aos poucos queimado, a dor ofuscante em sua voz, fazia com que todos, ao menos um pouco, se arrepiassem ao imaginar a dor na qual o homem fora incubido de sentir até que a morte o levasse desta vida:

—Kuso ̄ ! Watashitachi wa nani o shimasu ka? Ichido hanasu, naze agunto sore o kiite inai... Anata ga suru koto wa dekimasen, kuso! Watashi wa dekimasen!-bradou Goenji com raiva erguendo o corpo e andando de um lado para o outro com as duas mão na nuca:-Porra! O que fazemos, Hideo? Fale de uma vez, porque não aguento ouvi-lo... Não dá, merda! Não posso!

—Hideo...falou Norio olhando suplicante com seus olhos azuis intensos até o garoto de olhos brancos, que se mantinha com os seus fechados e a cabeça voltada para baixo:

—Maldito seja!-bradou Hideo entrando correndo pela sala.

Norio correu até ele e Goenji fora flutuando até lá. Os dois garotos passaram correndo, enquanto o ruivo e último fez a porta se fechar com uma corrente de ar mais forte.

A cena que os esperava fez o estômago de Goenji se revirar e Norio se segurar na poltrona, onde outrora, muito provavelmente Mitsuo se sentara por estar levemente queimada. Hideo fechou os olhos tentando fazer seu coração normalizar as batidas que se encontravam fora de controle.

O homem estava caído no chão com dois buracos na região estomacal, enquanto as chamas o engolia por completo. O rosto sendo a única parte do corpo ainda não tomada pelas mesmas, o resto estava tomado por elas, bolhas se formavam na pele, pelo menos nos lugares que ainda possuía, porque em sua maioria a pele estava derretida e já podiam ver a carne do homem sendo tomada pelas chamas feitas de chakra.

Existem ditados que falam, homens devem ser fortes em qualquer circunstâncias e que lágrimas são algo extinto a todo soldado em batalha, a frieza para se tratar de situações assim deveria ser as suas maiores riquezas, porém eram adolescentes chegando a fase adulta, não importa quantos anos tenham se preparado para lutar, ninguém nunca está pronto para ver algo assim de tamanha crueldade.

Norio mal conseguia olhar, mantendo as mãos segurando a poltrona firmemente, porque sabia que se soltar, iria ao chão. Goenji por outro lado segurava as mãos com força contra seus ouvidos, para impedir a si mesmo de ouvir os sons de dor e o barulho da carne queimando. O cheiro de podridão já se fazendo presente, o que fazia os três terem espasmos da bile próxima.

Hideo apenas voltou ao seu controle, quando a imagem de Cho veio a sua mente. O garoto ergueu as duas mãos, fazendo com que a água armazenada nos cantis em sua cintura se elevassem, as mãos firmes do garoto foram levando as águas até o corpo do homem abraçando-o em salvamento da dor.

Norio tocou as águas para si retirando o restante das chamas ao redor. Goenji voou por cima dos dois companheiros, caindo ao lado do homem, todavia se manteve em pé encarando o rosto apenas dele, não se submeteria a encará-lo por completo. Logo Hideo e Norio, ainda com as águas em seu domínio, aproximaram-se de ambos.

O homem chorava, mas nenhum dos garotos o culpava por tal ato, estava sendo difícil reprimir as suas próprias pela tamanha crueldade:

—Heishi-tachi wa nakanaide...-murmurou o homem sádico sorrindo e lado para Goenji que o encarou erguendo os olhos e sorriu em seguida pra a pobre imagem decadente em sua frente:-Soldados não choram...

—Anata ga mainichi, purēto o sanshō shite kudasai shīn ga arimasu.-respondeu Goenji frio encarando Norio que fez menção de tentar ajudá-lo, porém vedo o estado não iria adianta de muita cisa:-Não é uma cena que se vê todos os dias, chapa.

—Dakara shōnen no sensō ga ari, sore wa anata o hakai shimasu! Shinrai suru no ni jūbun'na damudeshita mata made... ...-falou o homem falando sôfrego pela dor, enquanto mais lágrimas deslizavam pelo seu rosto. Era jovem, os longos cabelos negros envoltos do rosto, os olhos castanhos perdendo o brilho aos poucos. Era um homem normal, que teve sua vida arrancada por promessas e fogo:-Assim é a guerra garoto, ela te destrói! Mata até quem... Foi burro o bastante para confiar...

—Watashitachi wa anata no tekidesu. Shikashi, kare no shi no beddo no mae ni, watashi wa anata ni kare no kuni o daihyō shi, dassō-hei ni jibun jishin o shōkan suru kikai o ataemasu.-Hideo pôs-se a frente do homem e o olhou com os olhos frios, não poderia ser diferente. Não mais...:-Somos seu inimigo. Mas diante de seu leito de morte, dou-lhe a chance de se redimir em nome de seu país, desertor.

—Supaita... Teikoku rikugun wa mada tatta mama. Koko de karera wa...-falou o homem rindo e em seguida tossindo sangue, enquanto os seus olhos prendiam aos frios brancos de Hideo:-Estavam espionando... O exército imperial ainda se mantém de pé. Estão aqui...

—Soshite, yuiitsu no watashitachi wa shinde iru ka shōri no mama ni narimasu.-falou o garoto, encarando sem ao menos piscar o corpo ferido do homem que já cheirava mal:-E só sairemos mortos ou vitoriosos.

—Watashitachi no shitsumon ni kotae, sukunakutomo ryōshin to shinimasu.-a voz de Norio fez-e presente enquanto fazia as águas retornarem aos cantis de Hideo em sua cintura:-Responda nossas perguntas e morra com a consciência menos pesada.

—Responderei valentes guerreiros!-falou o homem:-Kabuto está maluco. Completamente insano...

—Te garanto, cara... Isso nós já temos total conhecimento.-falou Goenji:

—Ele planeja matar o Imperador à meia noite! Na frente de todo o povo... Enquanto o tortura m meio tempo... Fará com que o velho ajoelhe-se para ele e o reconheça como novo... Imperador! Arrancará cabeça dele!-falou o homem:-A Era das trevas como chamam, acontecerá se Kabuto matá-lo! Seu exército está muito forte... Será um banho de sangue assim que o Imperador for aniquilado! Usaram fogo... E assim como eu, mataram quem estará assistindo. Uma chuva de chamas!

Goenji arregalou os olhos, Norio simplesmente socou as próprias mãos. Hideo apenas assentiu, enquanto o homem agonizava ainda mais e tossia sangue. Em um golpe de misericórdia o garoto de olhos brancos fincou a espada na garganta do homem que parou de se debater. Jazia morto.

Norio pegou uma vela próxima a um mesa de madeira e a acendeu, enquanto Goenji cobria o corpo do homem morto com uma cortina vinho, Hideo simplesmente esperava do lado e fora com os braços cruzados, os olhos vagos encarando o chão de madeira escuro como uma noite sem a mãe Lua ou estrelas.

Goenji chegou ao lado e Norio fechando a porta em seguida e ambos pararam a frente de Hideo que mantinha o olhar preocupado em alerta e urgência pura:

—Que merda... Agora que sabemos o que pretendem, de que isso adiantou?!-indagou Goenji:

—Que temo um tempo cronometrado para resgatar o Imperador.-falou Norio:

—Grande merda, isso! Que droga!-falou o ruivo passando a mão sobre o rosto suado, em sinal de nervosismo:

—Vamos! Temos que ir até o Imperador!-falou Hideo pondo-se a caminhar, todavia Goenji o agarrou pela gola da blusa o puxando para o lugar:

—Ou, ou, ou... Pode esperar aí, cara! Duas coisas... Primeira! Não sabemos onde o homem está. Segundo! Mesmo se soubéssemos, não podemos ir os três peitar com o Kabuto e o exército dele.-falou Goenji:

—O que?!-indagou Hideo nevoso:

—Kare wa migidesu! Wareware wa hokanohito o hitsuyō to shite imasu.-falou Norio cruzando o braços:-Ele tá certo! Precisamos dos outros.

—Kuso ̄ ! Jigoku wa, karera ga kare o doko ni oita ka, kokode wa daremoga shitte imasu?!-indagou Hideo socando a porta da sala, causando um enorme barulho:-Porra! E alguém aqui sabe onde, diabos, eles se meteram?!

—Kami no tame ni jibun o kontorōru!-falou Norio impaciente:-Controle-se pelo amor de Deus!

—Só sei que o Riki e o Takeshi estão no subterrâneo.-falou Goenji:

—Watashitachi wa sorera o mitsukeru hitsuyō ga arimasu! Kono tān no jigoku no mae ni! Sā!-falou Hideo tomando já em passadas rápidas na direção a sua frente:-Precisamos encontrá-los! Antes que isso vire um inferno! Vamos!

—Watashitachiha jigoku ni imasu! Sate, ima, watashitachiha, akuma o mitsukeru koto ga dekimasu!-falou Goenji acompanhando Hideo cm Norio atrás e si:-Já estamos no inferno! Já, já encontraremos o capeta!

Foram caminhando mais rapidamente, com Norio tomando frente já que se encontrava com a vela em mãos. Os corredores apreciam todos os mesmos, como se realmente estivessem em um labirinto, novamente essa semelhança aparecendo na mente de todos. Estavam chegando próximos a um enorme salão com vários lustres, e várias lanternas de papel, haviam várias escadas e janelas imensas que davam para a rua. Ali era aonde ocorria os bailes:

—Podemos tomar como ponto de partida par encontrarmos os outros rapidamente.-falou Hideo, mas sendo interrompido por Norio:

—Sore wa watashiniha kitchin ga tsuite iru yōdesu?!-indagou Norio erguendo a vela mais a frente, então Goenji a tomou de suas mãos voando mais acima deles e elevando a luz:-Aquilo não parece uma cozinha?!

Apontava para uma área que ficava próxima ao salão e estava levemente acesa. Alguém estava ali:

—Kore wa, daidokoro no garakutadesu! Shikashi, ten'nō wa kurōzetto de tachiōjō sa reru koto wa arimasen!-falou Goenji ironizando:-É a porcaria da cozinha! Mas o Imperador não estará preso nos armários! Pra nossa sorte, os caras não pensam em canibalismo.

No instante em que Goenji alcança o chão, um barulho alto de panelas é escutado vindo do cômodo, o que faz os três garotos gelarem e manterem silêncio até um grito ecoar logo em seguida:

—MAS QUE DESGRAÇA É ESSA?!-gritou uma voz bem conhecida aos três que ergueram os olhares:

—Sorehadenakereba narimasendeshita!-bradou Goenji levantando voou em direção a cozinha:-Só podia ser!

—Sorte...-murmurou Hideo correndo na direção do garoto ruivo seguido e Norio.

                                              ***

 

Está nessa situação já era o problema o suficiente, mas estar preso junto a Riki no subsolo, Takeshi não via como sua situação poderia piorar. O local mal circulava oxigênio o suficiente, por isso se encontrava ofegante e pela respiração pesada de Riki, sabia que o garoto também estava com dificuldade. A umidade que estavam sentindo não era normal, não era somente Takeshi que podia sentir a temperatura se elevando, não era seu corpo e sim o ambiente, concluindo que quanto mais se andavam, mais quente e escuro ficava.

Haviam ratos e vários insetos ali embaixo, e o cheiro se tornava insuportável também, não era esgoto... Parecia algo morto, mas Takeshi não estava nem um pouco interessado em descobrir o que era.

Riki ia sentindo o solo através da pedra que colocara no teto. Takeshi ia sem paciência alguma, nervoso por passar coisas em sua mente que ele queria muito esquecer e se concentrar em seu mais novo problema.

O silêncio que se seguiu depois de suas últimas palavras foi o mais torturante que se submeteu com o rival Nohara. Queria sair logo dali, queria que tudo acabasse logo, queria mais do que nunca ver se Hana estava bem, já fazia horas que se separaram e a luz se acabou. O ódio queimava dentro de si e sua visão ficava bem ardente, por isso temia perder o mínimo de controle que já não tinha, todavia se o fizesse acabaria matando a si mesmo e a Riki também que se encontrava estranhamente silencioso e irritantemente pensativo:

—Sudeni watashi wa kono tawagoto o hakai suru koto ga dekimasu ka?-perguntou Takeshi com raiva, encarando Riki que manteve o olhar calmo:-Já posso destruir essa merda?

—Ainda não.-falou Riki ando de ombros cansado:

—Watashi wa kare no meiwakuna odayakana riyū o shitte imasu ka?-perguntou Takeshi com a raiva crescendo:-Posso saber o motivo da sua calma irritante?

—Watashi wa reisei ni wa hodotōidesu. Watashi wa koko kara jikkō suru hōhō o han'ei shite imasu.-falou Riki revirando os olhos, ao mesmo tempo que Takeshi cruzava os braços e se mantinha em posição defensiva:-Estou longe de estar calmo. Estou apenas refletindo um modo de fugirmos daqui.

—Sore wa kimyōdearu, anata wa damasu koto ga dekiru... Shikashi, watashi o baka ni shinaide kudasai.-falo Takeshi o encarando firme nos olhos verde musgo que vacilaram com a intensidade do rival:-Está estranho, Nohara, pode se enganar... Mas não engana a mim.

—Esta é uma frase que amigos que se conheçam realmente bem devem dizer, mas ela não se enquadra a nós dois, Wurochiha! Coloque isso na sua cabeça.-falou Riki passando na frente de Takeshi:

—Watashi wa anata ni nani o shimashita ka?-perguntou Takeshi erguendo a duas mãos em chamas, para iluminar bem o local, espantando vários ratos que ali estavam perto. Riki o encarou, sentindo seu corpo protestar por tamanha temperatura:-O que eu te fiz?

—Nani o yatte imasu ka?-perguntou Riki firmando a pedra mais acima com raiva:-O que está fazendo?

—Responda a pergunta, idiota! Está ainda mais rancoroso, posso sentir e sinceramente, não queria ter que levar isso em conta. Já tenho problemas o suficiente então não aja como um moleque e me responda de uma vez.-falou Takeshi com raiva e seus olhos ficando vermelhos:

—Karenomeha watashi o kowagaranaide kudasai.-falou Riki sorrindo de lado, mas forçando ainda mais a pedra acima de suas cabeças com tamanha raiva que se crescia dentro de si:-Seus olhos não me assustam.

—Anata wa watashi o chōhatsu shi tsudzukerunaraba, watashi wa anata o asustarem suru jūbun'nariyū o ataemasu.-faou Takesi se aproximando de Riki que se contorcia por dentro:-Se continuar a me provocar, vou te dar um bom motivo para te assustarem.

—Anata wa, watashi no mondai wa arimasen yo?! Anata ga kare no kokoro ni watashi no ikaride wanai furi o aete shinaide kudasai!-falou Riki gritando agora, com o suor escorrendo por suas têmporas apertando ainda mais a pedra:-Você é o meu problema, não vê?! Não ouse fingir que não passa pela sua cabeça a minha raiva!

Takeshi o encarou mais sério do que conseguia e respirou fundo, não queria nem ao menos pensar em ter esta conversa com Riki, por mas que não suportasse o garoto e pouco se importasse para com seus sentimentos, Hana se importava, e a magnitude que isso poderia gerar nela e pior ainda, em sua relação com ela, o preocupava. Encarou firme os olhos com raiva de Riki e se ordenou a manter a calma, não era hora e muito menos lugar para terem esta conversa, mas se continuassem assim provavelmente Hana o odiaria, porque certamente arrancaria cabeça do Nohara se passasse mais tempo com ele:

—Hana...-murmurou Takeshi e viu Riki retesar um pouco com ainda mais raiva:-Me odeia, por ela me amar. Correto?!

—Watashi wa anata no atama o funsai shimasu!-bradou Riki com raiva:-Vou esmagar sua cabeça! Você faz de propósito idiota! Não se aja no direito de dizer isso, se nem certeza absoluta você tem.

—Soko uwaki. Soshite, watashi wa watashi wa jibun jishin o seigyo suru koto wa yokuwakaranai, orokana watashi o yobidasu ni modorimasen.-falou Takeshi sombrio coma voz ainda mais fria:-Aí que se engana. E não retorne a me chamar de idiota, não estou certo de que irei me controlar. Ela me ama, encare isso de frente e acredite. Você não é nenhum garoto que precisa de consolo.

—Sore wa watashi ni totte hijō ni jūyōdearu... Watashi wa kanojo to issho ni sore o miru koto o nikumu ataemasu!-falou Riki baixo, não ousando desviar o olhar e Takeshi:-Ela é muito importante para mim... Me dá ódio vê-lo com ela!

—Nohara, não confunda admiração com amor. São duas coisas completamente diferentes. Você pode pensar amá-la, sendo que apenas sente admiração pelo que ela fez!-falou Takeshi:-Eu a amei mesmo pensando ser Haruo! E você a amou pelo que ela fez!

—Watashi wa sukoshi no tame ni motte iru kanji o handan shite wa ikemasen!-gritou Riki com anda mais raiva:-Não julgue o sentimento que sinto por pouco!

—Watashi wa sono yōna koto o kesshite shinaidarou! Anata ga hontōni kanojo o aishite irunara, sore no tame ni tatakau... Kanojo ni iimasu! Sore wa watashi ga ataeru adobaisu no otokodesu. Anata ga hontōni kanojo o aishite ireba... Watashitachiha, anata ga shiawasede wanai sōdenai baai wa aisuruhito o miru koto o konomu to iu kotowaza ga arimasunode, yūjin no yōna adobaisu wa, anata dakede wa, kore o okonau hitsuyō ga arimasu. Jinsei no hyōgi-kai, kurushimu suru junbi ga dekite, watashi wa sore o hōki shi, sore no tame ni tatakau tsumori wanainode! Soshite, anata wa saigo ni, watashi no yūjin wa, kare no karada to kokoro no ryōhō o kudaite imasu.-Takeshi disse calmo, apesar de estar fervendo por dentro, e as chamas de suas mãos crescerem só provava tal fato. Porém não desviou o olhar de Riki em momento nenhum:-Jamais faria algo assim! Se realmente a ama, diga a ela... Lute por ela! É o conselho de homem que eu dou. Conselho como um amigo, só a fará sofrer você fazer isso, porque se realmente a ama... Há um ditado que diz que preferimos ver quem se ama feliz e não o contrário. Conselho da vida, prepare-se para sofrer, porque eu não vou desistir dela e lutarei para isso! E você no final, caro amigo, terá esmagado tanto seu corpo quanto seu coração.

Riki encarou Takeshi com ainda mais raiva.

Raiva pelo infeliz Wurochiha está completamente certo em todos os conselhos de três formas diferentes, ele sabia, porém Takeshi só errara em julgar seu amor por admiração. Riki sabia que não era, sabia que estava apaixonado pela garota, porém via que seu amor não atrapalharia somente Hana, Takeshi parecia se sentir incomodado pelo mesmo amá-la, porem não se sentiu bem com isso, pelo contrário.

Maldição! Não conseguia pensar direito, com tanta gente falando em sua cabeça. Espera! Riki ergueu a cabeça, sentindo a pedra quase furando o teto que os mantinha preso e em seguida abaixou a cabeça rapidamente para Takeshi o encarando com um sorriso de lado:

—Kikoemasu ka?-perguntou Riki sentindo a esperança crescendo:-Consegue ouvir?

—Mada sukunai yōna, kenmei o jikkō... Shikashi, sore wa hitsuyōde wa arimasen!-falou Takeshi tentando manter a paciência:-Não fuja do assunto, gosto menos ainda disso... Mas é necessário!

—Sō orokade wanai, watashi ga hanashite iru... O tto! Atae Take, anata wa?-começou Riki, mas Takshi havia lançado fogo em sua direção, o que o fez soltar a pedra e deslizar pelo chão para se salvar:-Não é isso, idiota, estou falando... UOU! Takeshi, o que deu e você?!

—Falei para não me chamar de idiota.-falou o garo dando de ombros:

—Ora, seu...-começou Riki, mas Takeshi ergueu a mão e encarou maia acima de sua cabeça:-Poderia ter me matado!

—Koe?!-indagou o garoto sorrindo:-Vozes?! São vozes!

—Un! Soredewa, kono tawagoto o shutoku shimashou!-falou Riki sorrindo ainda mais cruzando os braços:-Sim! Vamos sair dessa merda!

—Espera um pouco!-falou Takeshi e então prestaram atenção na voz que agora gritava. O que de certa forma ajudou a identificá-la, porque estavam muito longe para se ouvir algo.

—CALEM-SE IDIOTAS! ESTÃO BLEFANDO, NÃO PODE SER VERDADE! ESPEREM ATÉ EU SAIR DAQUI! O QUE?! NÃO HÁ NADA PARA CONTAR, DAISUKE! EU NÃO... NÃO POSSO!-gritava a voz de Jin o local:

—A cara...-murmurou Riki encarando os olhos de Takeshi mais escarlate do que nunca e se afastou rapidamente:

—Saia Nohara! Sairemos fazendo estrago!-falou Takeshi concentrando todo o fogo e suas mãos.

 


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Notas finais do capítulo

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