Guerreiros escrita por L M


Capítulo 53
真実


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!!! Gente agora só irei poder postar na sexta... Estou atolada de provas e trabalhos, mas a fic não irá parar! E se eu receber uma recomendação, talvez eu poste no meio da semana. ;) kkkkkkkk
Boa leitura! :)



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Hana sentiu a água fria ser jogada em seu corpo. Logos seus olhos se abriram com a menina ofegante sentindo a cabeça doer e tudo ao seu redor girar, até parar na figura de um dos homens de Kabuto gordo com vestes negras que estava com um balde vazio em mãos.

Era uma tenda escura, com o chão em terra com pequenas pedras que se afundavam em suas pernas, as mãos amarradas atrás de um mastro de madeira fortes. Hana não as sentia e podria concluir que estava presa já fazia um tempo, pela maldita circulação já a ter abandonado. Havia uma mesa de madeira com armas e uma fogueira atrás de si para esquentar-los do clima frio que se instalava como um aura contínua.

O corpo de Hana tremia pelo frio, por conta da água fria jogada em seu corpo, enquanto o desgraçado a sua frente parecia se divertir com seu sofrimento:

–Com frio, garotinha?-perguntou o homem.

A palavra garotinha soou em sua mente como uma chicotada, e ela logo abandonou a pose de Haruo. Ela não era mais o Haruo, agora ela era Hana, então por que estava temendo algo. Antes esse medo não estava em si, enquanto ela acreditava ser Haruo, porém o simples fato dos outros a reconhecerem como uma mulher havia a desmoronado. Todavia, Hana era esperta demais para deixar isso lhe subir a cabeça:

–Vai para o inferno, maldito!-bradou com sua voz normal em grito. O homem se aproximou dela, porém Hana foi mais rápida e mesmo com as mãos presas atrás de seu corpo em um tronco de madeira grosso, ela impulsionou suas pernas socando as pernas do homem gordo que caiu e ela subiu pisando em suas costas e o socando.

O homem empurrou Hana contra o tronco pegando em seu pescoço ameaçando com a faca cortar suas veias com um sorriso sádico:

–Você perder a noção do perigo?!-gritou o homem gordo:-Matarei você, garotinha.

–Cale-se...-murmurou Hana com o pescoço apertado:

–Oromaru!-a voz de Kabuto se fez presente:-Não ouse machucá-la!

O homem gordo soltou Hana rapidamente enquanto saia da tenda. O líder do exército estava chegando perto dela ao lado de outro mais magro e baixo com cabelos raspados de um lado e olhos negros, quase não dando para enxergar as pupilas.

Esse segundo chegava com facas em seu cinto e Hana logo ligou isso as torturas cometidas na guerra para saber como está o exército inimigo. A menina xingou em sua mente, rapidamente tentando achar um jeito de escapar:

–Não adianta. Você não vai conseguir fugir!-falou Kabuto:-Mas não se preocupe, mais tarde nos encontraremos com seus amigos e revelaremos a todos sua verdadeira identidade pequena Hana.

–Posso ser uma mulher. Mas tenho mais honra do que você!-gritou Hana e Kabuto lhe virou um soco na face, fazendo o rosto da menina virar por completo. Ela sentiu gosto de sangue e cuspiu o líquido no chão, com o rosto tomado pela dor, porém as lágrimas não ousaram sair:

–Forte... Nenhuma lágrima solitária irá saltar desses olhinhos tao lindos?-perguntou Kabuto acariciando o local do golpe:-Mitsuo soube treiná-la...

–Nani...?! Conheceu Mitsuo?-perguntou Hana tonta ainda pelo golpe:

–Está enganada, cara Hana...-falou Kabuto:-Eu o conheço, na verdade desde que nasci... Porque Mitsuo é meu irmão.

Hana encarou com os olhos arregalados e a boca entreaberta. Como Mitsuo poderia ser irmão de Kabuto? O general responsável de confiança do Imperador colocado no campo de batalha para treinar os novos garotos que iriam para a guerra. O homem que infernizou Hana desde o primeiro minuto, porém o mesmo que a fez desenvolver metade de suas habilidades. O pai do homem que ela amava.

Hana estava ofegante e a dor em seu maxilar havia desaparecido enquanto ela encarava Kabuto que mantinha um meio sorriso irônico e o seu capacho estava apenas parado portando uma expressão fria e doentia encarado Hana. A menina se remexeu desconfortável, ainda atônica, porém firme encarando Kabuto:

–O que está dizendo? Isso não pode ser verdade... Você está mentindo!-falou Hana em alto e bom som:

–Não, minha cara. Eu não estou mentindo.-falou Kabuto:-Meu nome é Wurochiha Kabuto e sou irmão de Mitsuo, dominador de fogo e com os olhos azuis herdados de nossos ancestrais. Pode reparar qiue Takeshi também os possui e... Meu filho Jin também.

Hana ficou com a respiração entre-cortada encarando os olhos frios e azuis. Agora ela entendia o porque de achá-los, por alguma razão, familiares.

Jin era filho dele.

As peças começaram a se encaixar na cabeça de Hana e isso a atormentou e a assustou, enquanto ela sentia as pernas tremendo, o coração batendo rapidamente, como se uma dose de adrenalina fosse colocado em suas veias. Ela chegou para trás encarando o chão, enquanto escutava os passos ocos das botas de coros do homem a sua frente, deu seu inimigo a observando:

–Waga kamiyo!-murmurou Hana:

–Oh, não se faça de difícil! Somos da mesma família... O que há de mais nisso?!-perguntou Kabuto:

–Como pode ser tão desumano?!-indagou Hana erguendo os olhos deixando um rastro de sangue descer de seus lábios:-Matou seu próprio irmão?! Como teve coragem para tal ato?!

–Anata wa hontōni omoimasu...-começou Kabuto com os olhos franzidas encarando a menina:-Você realmente acha...

O homem começou a rir de um modo amedrontador, enquanto Hana o encarava com as sobrancelhas franzidas:

–Sorehanandesuka?!-gritou Hana:-O que é?! O que é de tão engraçado nisso, seu monstro desgraç...

Hana parou a frase com o ar sendo roubado de dentro de seus pulmões pelo punho forte de Kabuto em seu estomago. Bem na boca do estômago, onde Hana ofegou e abriu a boca arregalando os olhos, deixando o queixo encostado no ombro repugnante de seu agressor, enquanto o mesmo acariciava seus cabelos com o punho ainda na região estomacal de Hana pressionando com força:

–Messa suas palavras, garota...-murmurou Kabuto:-Use um pouco essa sua cabeça. Como você acha que eu sabia sobre onde atacar cada ponto certo da jornada de vocês, ou mandar em cada homem do Imperador para o além sempre em um dado percurso?

–Shikashi...-murmurou Hana com dor e os olhos lacrimejando:

–Mitsuo é meu aliado.-falou Kabuto simples e direto com a voz ressoando nos tímpanos de Hana causando-lhe arrepios. O hálito quente a causado náuseas, enquanto a verdade batia-lhe a face como um chicote raivoso pronto para rasgar a carne de sua vítima:

–Ah...-ofegou Hana caindo de joelhos, a medida que Kabuto se afastava dela. Tremendo com dor e sem ar ela tentava se manter de pé, mesmo com a mente embaralhada:

–Juntos, queremos comandar o Império, matar o Imperador e aniquilar o seu maldito clã.-falou Kabuto.

Hana mexeu a cabeça de um lado para o outro em negação, a traição rindo de sua inocência ridícula. Como não ligou os pontos?! Como puderam deixar isso passar despercebido, esse plano tao bem arquitetado?!

–Naze... ?-murmurou a menina encarando fundo os olhos de Kabuto:-Por que?

–Porque a vingança é o único sentimento capaz de fazer um homem se erguer das cinzas, enquanto a morte lhe ameaça na penumbra.-falou Kabuto:-Seu pai conseguiu arruinar-me, de um modo que você garota, não imagina. O homem faz isso mesmo... Afinal, fomos feitos para lutar e manter nossa linhagem viva!

–Não precisa ser cruel para isso.-falou Hana com a voz baixa:

–Zankokuna? O que é cruel para você, garota?-perguntou Kabuto se abaixando próximo a Hana que manteve os olhos unidos em um encarar selvagem:

–Você.-falou Hana simplesmente:

–Temos pontos de vista distintos quanto a esse assunto.-falou o homem se erguendo e se virando para o outro ainda parado com uma expressão insana no rosto que não tirava os olhos de Hana:-Kugmyo! Prepare as armas...

–Nani?!-indagou Hana vendo o homem que se identificou se chamar de Kugmyo pegando várias armas e as colocando em cima de uma mesa de madeira:-O que pretende?

–Necessito de respostas, já que você e meu adorado sobrinho fizeram o favor de assassinar quase todos os meus informantes.-falou Kabuto:-Agora com você aqui, será mais fácil.

–Como tem tanta certeza?-perguntou Hana em desafio rugindo de raiva:

–Diga-me Honō ryū, já foi torturada?-perguntou Kabuto com um brilho inano nos olhos azuis opacos. Hana chegou para trás com o rosto meio abaixado e os olhos fuziladores, tentando esconder o medo:-Acredito que não. Uma flor como ocê nunca deve ter sentido a dor de ser subemtdia a tortura, Chang poderia matar-me por faze-lo com você... Com uma aparência tão meiga e delicada como uma flor, porém com espinhos no caule capaz de ferir. Não subestimo aqueles que são meus inimigos, são fortes para mim até eu vencê-los.

–Gōmon... Irá me torturar para conseguir informação?-perguntou Hana:

–Entende rápido.-falou Kabuto cruzando os braços, enquanto Kugmyo vinha chegando perto com facas nas mãos, o que fez Hana estremecer porém mandava se manter firme:-Se me contar o que quero saber, não sofrerá nada.

–Eu nunca direi nada! Machuque-me do modo que quiser, mas eu não sou desertor!-gritou Hana sentindo os olhos lacrimejarem e as lágrimas ameaçarem descer pelas íris castanhas.

–Pois bem...-murmurou Kabuto sombrio:-Kugmyo comece!

***

Takeshi estava em pé encarando na cama uma Cho dormindo suavemente esparramada pelos lençóis. O garoto se xingava e reprimia por deixar a bebida e sua mente pregarem uma peça maldita em si. Como fora idiota o bastante para dormir com Cho?!

O garoto estava encostado na parede esperando a menina acordar para poderem ir seguir em frente, por um lado ele se arrependia pelo que fizera, porém por outro ele era homem e livre. Poderia ser sua última noite e ele mesmo disse que a encerraria com um sorriso.

Ele viu Cho se remexendo e acordar com um lindo sorriso dirigido a si:

–Takeshi-kun...-ela murmurou, porém antes que Takeshi pudesse dizer algo ouviu gritos vindos do lado de fora e logo saiu apressadamente. Para sua sorte já se encontrava vestido.

Do lado de fora estavam várias pessoas reunidas, enquanto ouviam os gritos de desespero, os outros garotos apareceram sem camisa e com olhares cansados pela noite de bebida que tiveram.

Tadashi se encontrava no centro com os braços cruzados e os olhos perdidos no chão, enquanto os demais soldados seguravam os moradores assustados e os mantinham longe de algo. Kohaku estava ao lado dos demais garotos e pediu espaço para ele e os mesmos passarem:

–Kami... O que está acontecendo a essa hora da manhã?-perguntou Daisuke, que parecia ser o único em melhores condições:

–Olhem!-exclamou Norio tomando a frente.

No centro de onde várias pessoas olhavam assustadas e sendo seguradas pelos soldados, estava um garotinho machucado e com o corpo ensanguentado carregando um papel amassado e com sangue em suas mãos trêmulas:

–Meu filho! Soltem-me! Meu filho!-gritava a mulher se debatendo:

–O que estão fazendo, inúteis?!-bradou Ran com raiva e com a postura erguida:-Soltem a mulher!

Os soldados fizeram o que o rapaz mandou e a mulher correu aos tropeços até o garotinho com um olhar de pânico, enquanto sustentava seu corpo machucado e sangrando. A mulher desesperada gritava, chorava enquanto abraçava o menino.

Os garotos desviaram o olhar pela tamanha covardia, enquanto esperavam o doutor On aparecer com os primeiros cuidados:

–Hōhō no uchi! Hōhō no uchi!-a voz do doutor fez-se presente com sua maleta:-Saiam da frente, por obséquio!

O homem de cabelos grisalhos se abaixou a frente do garoto o examinando com cuidado, vendo a dor estampada nos olhos da criança, porém sem a mesma transmitir nenhum som, talvez por estar tão rouco por gritar na noite anterior que hoje não possuía mais voz:

–Ele está bem. São ferimentos superficiais.-assegurou o doutor:-Mas aconselho a ficar em observação.

–Ā, tasukarimashita.-agradeceu a mulher erguendo os braços:-Graças a Deus! Graças a Deus!

–Esperem!-a voz forte de Tadashi ecoou:-Quero perguntar algo a ele.

–Tadashi...-começou Kohaku:-O que espera com isso?

–Cale-se!-bradou o homem nervoso:-Garoto se aproxime.

O menino trêmulo se aproximou com o corpo ainda tremendo, a imagem atingindo os garotos como facas enquanto olhavam com pena a pobre criança. O menino não ousava erguer os olhos do chão, apenas com a cabeça baixa esperando o homem dar sua sentença:

–Não irei fazer mal a você.-assegurou Tadashi, porém o menino não mudou de postura:

–Falaram isso também...-murmurou ele com a voz baixa e rouca:

–Não consigo ver isso.-falou Kyo desviando o olhar da cena:

–Fique calmo, eu não irei.-falou Tadashi acariciando os cabelos negros do garoto:-Diga-me quem fez isso a você. Onde estava para acontecer isso.

–F-Foi...-murmurou o garotinho fechando firme os olhos deixando lágrimas caírem com o papel em mãos amassando ainda mais conforme elee o apertava:

–Só me diga quem foi.-falou Tadashi ajoelhando de frente ao garotinho:

–Homens encapuzados me sequestraram e me colocaram em uma rede que ficou suspensa em uma pedra grande no meio das montanhas de neve. Eu gritei e um menino veio me salvar, mas...-começou o garotinho sendo ouvidos por todos atentamente:

–Um menino foi te salvar?!-indagou Riki com um sensação horrível o dominar:-Que menino?! Quem é?!

–O que aconteceu em seguida?-perguntou Goenji:

–Damare!-gritou Kohaku socando a cabeça dos dois garotos:

–Por favor...-murmurou Tadashi:

–O menino lutou com os lobos que estavam tentando me pegar e ele os matou, mas aí Kabuto apareceu nos cercando com seu exército e acertou a cabeça do menino o desmaiando.-falou o garotinho:-Ele me machucou para conseguir respostas e eu tive que falar, perdoem-me!

–Desgraçados...-murmurou Hideo:

–Continue, ele te soltou e você veio para cá!-falou Tadashi e o menino assentiu:-Mas e o menino que te salvou.

–Ele estava desmaiado quando eu sai de lá, porém o homem que me machucou estava indo até ele no momento. Irá fazer o mesmo ou... Ou pior, senhor.-falou o garotinho:

–Merda!-gritou Hotaru:-E quem foi o garoto?!

–Quem não dormiu nos aposentos.-falou Kohaku:

–Haruo...-murmurou Daisuke.

Takeshi sentiu as pernas bambas e o coração disparar e começar a suprimir uma dor aguda insuportável ao imaginar Haruo nas mãos de Kabuto sendo torturado ou até pior. Seus músculos se tencionaram, enquanto o medo e temor de perdê-lo o consumia por inteiro:

–Não!-bradou Riki:

–Pode levar o garoto , On.-falou Tadashi pegando o pedaço de papel e o lendo em seguida. Jogando-o no chão depois:

–Ten to kami no tame ni, temos que fazer alguma coisa! Precisamos resgatá-lo!-bradava Riki completamente fora de si:

–Agora não adiantará muito.-falou Tadashi indo até seu escritório sendo seguido pleos demais:

–O que?!-gritou Goenji:

–O cara está sequestrado, temos que fazer alguma coisa!-gritou Hotaru:

–General por favor!-gritou Riki:

–Usem as cabeças, idiotas!-gritou Jin chamando a atenção de todos, enquanto Tadashi seguia caminho apressado sem nem ao menos notar a parada dos garotos que se viraram para Jin com os olhares tensos:

–Nani?! Dōshite?-perguntou Goenji:

–Olha aqui o besta albina, no momento as suas palavras e provocações só resultaram na minha na sua cara então é melhor ficar calado.-alou Hotaru:

–Espere, Huyata!-falou Hideo se aproximando de Jin vendo o papel que estava nas mãos e Tadashi nas mãos do garoto:-O que quer dizer?

–Hunf... Se o moleque disse que quando estava saindo de lá o cara que o torturou estava indo até Haruo o que acha que está acontecendo com ele nesse momento?!-indagou Jin obviamente:

–Eu te detesto!-bradou Hotaru:

–Meu Deus! Merda!-gritou Riki correndo desesperado até Tadashi com os demais garotos atrás.

Takeshi estava ainda parado olhando a neve abaixo de seus pés com as mãos tremendo em punho ao lado de seu corpo. A vontade de derramar as malditas e indesejadas lágrimas quentes o repremia, porém ele as segurava com força abominando o momento em que teria que libertá-las:

–Kuso!-gritou Takeshi socado a parede com força:-O que aquele imbecil foi fazer nas montanhas ontem a noite?! Hã?! Que merda! Agora está nessa situação...

–Acredito que ele não gostou muito e vê-lo as beijos com a filha do médico.-falou friamente Jin amassando o papel em mãos e o queimado com seu chakra. Takeshi ergueu os olhos sendo acertado por uma espada funda em seu peito, sentindo o frio lhe envolver:

–Nani...?-perguntou:

–Eu vi o garoto ficar bem abalado vendo você beijando a garota. Para ele sair correndo da vila, aos prantos, para bem longe de vista... Acho que o que ele sentia pela garota era amor.-falou Jin e Takeshi sentiu o peso da culpa cair em cima de seus ombros. Porém a culpa se transformou em ira ao mesmo instante:

–E você só me diz isso agora?!-gritou Takeshi sentindo os olhos ficarem vermelhos:

–Você estava muito ocupado no momento.-falou Jin:-E eu não pensei que isso fosse acontecer, achei que ele voltaria.

–Não...-murmurou Takeshi fechando as mãos em punho. Por amá-lo ele foi fraco o suficiente para magoá-lo, se ele realmente amasse a garota ele a deixaria para Haruo. Mesmo sentindo uma dor humilhante ao fazê-lo:-O que o papel dizia?

–Que devemos ir ao crepúsculos as montanhas. Eles entregarão Haruo lá, onde provavelmente lutaremos.-falou Jin e Takeshi ficou mais aliviado por saber que eles não o matariam:

–Não o matarão...-murmurou Takeshi:

–Pode ser, mas o coitado deve está sofrendo muito nesse momento.-falou Jin indo até o escritório de Tadashi, porém parou e se virou para Takeshi:-As vezes a tortura é pior do que a morte, e faz a vítima preferir morrer a continuar com tamanha dor.

Takeshi fechou os olhos e concentrando fogo na mão direita ele mirou em uma árvore com tamanha raiva a fazendo cair em brasas:

–Aguente Haruo...-ele murmurou seguindo Jin:

***

–AHH!-Hana gritava mais uma vez ao sentir a faca cravar-lhe com força em sua carne da cocha direita. As lágrimas quentes saindo, enquanto ela se debatia e rugia pela dor que emanava em seu corpo já ensanguentado e surrado. Porém em seu rosto, apenas jazia inchado pelo soco de Kabuto, ali o homem proibiu machucar:

–Eu perguntei quais as habilidades do exército!-gritou Kabuto com raiva sentindo as mãos queimarem em brasas e o fogo se alastrar pelo braço:-Diga! Responda-me!

–N-N-Não...-murmurou Hana com os olhos pesados e cansados de sentirem dor.

Kogmyo socou o estômago de Hana e apertou a ferida na cocha, fazendo Hana arfar e abrir a boca porém sem som por se encontrar sem ar:

–Kuso ̄ ! Você realmente não falará?-perguntou Kabuto se aproximando da menina toda machucada, porém o rosto ainda sem marcas de agressão, a não ser por um leve inchaço:

–Não! Não irei...-falou Hana sem forças:

–E prefere sentir dor, maldita?!-gritou Kabuto:

–Não tenho escolha.-falou a menina.

Kabuto fechou os olhos e com a raiva que estava sentindo acabaria matando a garota e não poderia fazer isso ainda, faria de um outro modo, de uma outra maneira que o fará ser reconhecido por isso.

Apertou os punhos emanando uma enorme quantidade de fogo e antes de acertar na cabeça de Hana que já fechara os olhos, ele se virou rapidamente acertando Kogmyo arrancando a cabeça do homem com a força das chamas.

Hana arregalou os olhos e suprimiu um grito mordendo a língua desviando o olhar, sentindo o cheiro de carne humana queimada invadir seus sentidos e embrulhar o seu estômago, fazendo a menina sentir a bile próxima a garganta seca:

–Olha o que me fez fazer...-murmurou Kabuto:

–Louco...-murmurou Hana:

–Loucura não seria bem a palavra.-falou Kabuto virando para o corpo todo machucado da pobre garota e se aproximou:-Vou deixá-la descansar um pouco, enquanto cuido de outros assuntos.

–Maldito...-murmurou Hana:

–Esse sentimento é recíproco, minha cara... E só não a matei porque sou um homem de palavra.-falou Kabuto e Hana não entendeu muito bem , porém estava sentindo muita dor para se preocupar.

Kabuto saiu levando o corpo morto do homem e Hana ficou ali encolhida com os braços doendo por estarem presos e todo o corpo sufocado pela agonia e dor. Certamente a morte seria mais rápido e com menos sofrimento, porém ela logo retirou esses pensamentos.

Ficou ali sentindo dor.

Dor.

Dor.

Seu cérebro chegava a doer, fundo em sua cabeça, por conta das fortes dores em tantos lugares diferentes.

E tudo o que ela passou agora estava valendo de nada, Kabuto matou Haruo e ela estava sozinha. Tinha que admitir que com a identidade do garoto incrível que era antes, ela se sentia mais forte e corajosa, agora que era só ela... A confiança em conseguir sobreviver se foi assim como a brisa deixa as folhas de outono cair das árvores. Rápido e em silêncio.

A tenda é aberta e Hana logo ergue os olhos inchados pelo choro contido e encontra os olhos azuis de Mitsuo a fitando com interesse e severidade:

–Sinceramente... A ideia de você morto no momento, está começando a me soar tão boa.-falou Hana tentando sorrir de lado:

–É muita coragem sua dizer algo assim estando na situação em que se encontra.-falou Mitsuo se aproximando a fitando com intensidade:

–Não ligo.-falou Hana:

–Sua expressão não parece.-falou Mitsuo:

–Estou com dor seu maluco, acha que vou está como...? Sorrindo?!-indagou Hana com raiva sentindo o corpo convulsionar:

–Mudando a voz, seria o Haruo de qualquer jeito.-falou Mitsuo se aproximando e se abaixando na altura de Hana:-Como pude ser tão cego, ao ponto de não conseguir reparar?!

–Porque você é um idiota.-falou Hana e Mitsuo apertou os olhos, porém não a bateu, apenas a ignorou:

–Diga-me, Hana, fez tudo isso para salvar o infeliz do seu pai?-perguntou Mitsuo:

–Não ouse chamá-lo assim! Infeliz qui é você!-falou Hana:

–Responda.-falou Mitsuo:

–Sim.-falou Hana:

–Por que?-perguntou Mitsuo:

–Porque eu o amo!-falou Hana:-Sentimento, este, que você não é capaz de sentir! Como pôde trair seus amigos, o Imperador... Meu Deus, seu próprio filho!

–Ele se juntará a nós e trairá a todos também.-falou Mitsuo:

–Não, Takeshi é diferente de você seu maldito.-falou Hana:

–Eu o faço ser igual.-falou Mitsuo:

–Ele chorou por você quando pensou que estava morto!-gritou Hana:-Mas você não vale nenhuma delas...

–Não sabe o que eu vivi.-falou Mitsuo:

–Pior do que a minha situação, não é Mitsuo.-falou Hana encostando a cabeça no mastro de madeira sentindo as dores a consumirem:-Já foi torturado?

–Todos os dias de minha vida.-murmurou o homem saindo da tenda.


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Notas finais do capítulo

Peguei vocês???? kkkkkkkkkkk
Qualquer dúvida me perguntem!! Bjss