Guerreiros escrita por L M


Capítulo 44
消失


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura! :D



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A noite já havia chegado, enquanto o exército se aproximava cada vez mais da cidade imperial onde iriam enfrentar aos pés das montanhas geladas que cobrem ao redor da cidade o exército inimigo que os ameaça. A caminhada tem sido difícil para todos os garotos, o Sol escaldante tem sido um inimigo a altura para a mente dos bravos guerreiros que suando e com as pernas ameaçando despencarem dos corpos continuavam firmes a jornada que os levaria até seu destino.

Hana estava caminhando próxima a Takeshi que não desviava os olhos azuis do horizonte, a menina tem sentido algo de diferente quanto a Takeshi, ele está diferente e isso despertava nela um sentimento distinto do que ela poderia pensar em sentir por ele. Tendo Cho ainda como um muro que a separa dele, fica ainda mais difícil de assimilar e conhecer este novo sentimento que a consome dia e noite, ela não admitiria algo do qual não tem certeza absoluta.

A noite estava chegando com seu frescor, fazendo Hotaru e os demais dominadores de ar do exército lançarem voou e abraçarem os ventos como um homem abraça a amada depois de tempo sem vê-la. O sorriso nos lábios de todos ao serem beijados pelo frescor do pôr do Sol era algo revigorante para Hana:

–Chūi kanki!-gritou a voz de Tadashi virando com o cavalo negro para os demais soldados:-Passaremos a noite no vilarejo Arashiyama.

–Oh, céus... Ainda estamos na região de Kyoto! Demorará uns cinco dias se fomos rápidos para chegarmos na cidade imperial!-lamentou-se Daisuke:

–Relaxa, Daisuke! Quer pressa para chegar na guerra, cara?!-indagou Hotaru descendo próximo de Hana e Riki que o encararam:-Tem que agradecer por faltar tempo ainda, até você perder a vida. Talvez...

–Hotaru!-bradou Haruo/Hana:

–Sorehanandesuka?!-indagou Hotaru:-É verdade, não ligo de demorarmos meses na estrada. Serão meses que ainda estarei vivo com certeza.

–Não justifica falar que morreremos lá.-falou Shiro:

–Pode acontecer, cara. Não estou afirmando nada, nao se pode afirmar nada quando se está em guerra. Você nunca tem certeza de nada...-murmurou Hotaru:

–Sei lá... Não penso muito nisso. Só irei pensar quando estiver enfrentando os desgraçados.-falou Goenji colocando as duas mãos atrás da cabeça:-Fico pensando mais nas pessoas que estão me esperando, ou melhor... Alguém pra quem voltar.

Goenji começou a rir como os demais garotos, Hana olhou ao redor as risadas e os meios sorrisos dados por Jin e até mesmo Takeshi ao lado dela abaixando o olhar. A garota fingiu entender e apenas deu de ombros:

–Ā, dono yō ni!-falou Hotaru dando uma cotovelada em Goenji que ri:-Ter alguém para voltar, seria algo maravilhoso!

–Nani...?-murmurou Haruo/Hana:

–Oh, temos um novato na questão mulherada?!-perguntou Ran chegando perto de Hana que abaixou o olhar quando descobriu o motivo e xingou todos os garotos em sua mente:

–Não, baka! Apenas não compreendi o termo inútil que utilizaram.-falou Haruo/Hana retirando o braço de Ran de cima de si:

–Haruo, existem vários termos para com isso, cara.-falou Norio:

–Que isso?! Eu até posso vê-la na porta de nossa casa enorme me esperando com o vestido branco e os cabelos longos loiros me encarando com os olhos brilhando e os braços estendidos a espera de um homem para tomá-los para si!-falou Hotaru e todos os garotos gargalharam enquanto o loiro caía nos braços de Goenji que gargalhava:

–Seja humilde Huyata, não conseguirá uma sereia do jeito que é... No máximo um bayaku!-falou Goenji recebendo um chute de Hotaru:-Eu imagino ela com meu herdeiro nos braços, os longos cabelos soltos e uma franja meiga em sua testa escondendo os belos olhos negros de mim, enquanto ela cora quando vou beijá-la!

–Oh... Temos um papai de família!-brincou Kyo e os demais riram.

Hana se sentia ainda mais envergonhada por participar desse tipo de conversa rodeada pro homens, que pensam que ela se trata de um deles. Olhou para Riki em busca de ajuda e o mesmo a encarava tentando pensar em uma forma de mudar de assunto rapidamente:

–Doredesu ka?! Eu não me importo se ela é bela ou não, apenas se conzinha e é carinhosa... Pra mim já vale muito!-falou Shiro pensando alto:-Imagino eu retornando com um cheiro delicioso de comida e o perfume de flores dela no ar, enquanto vem a mim com um abraço acolhedor.

–Esse seu estômago parece que te guia, Shiro.-brincou Ran:

–Eu imagino uma mulher forte, não me agrada nada mulher cheia de frescura. Não tenho paciência. Imagino eu chegando com ela me olhando com aquele jeito sedutor de desafio que me deixa louco, os longos cabelos negros tapando seu colo, enquanto seu vestido verde forte com o símbolo do meu clã cai sobre seu corpo malhado e esguio...-falou Kyo fechando os olhos:-É o paraíso!

–Eu já prefiro as mulheres mais doces e meigas.-falou Norio:-Não entendo como o rosto de uma mulher corado pela vergonha de algum homem se aproximando dela me agrada e me deixa com vontade de protegê-la. Quero uma dama para proteger e lutar por ela, que me faça sorrir em nosso leito...

–Romântico Aoi kami...-falou Goenji:-Mulher chove nessa sua horta!

–Eu prefiro as mulheres ruivas!-falou Hideo simplesmente:-Uma cor forte e que me deixa maravilhado com os olhos dela me encarando de um modo sensível. Uma boa mãe de família e boa noiva! Que honre meu clã junto a mim...

–Esse é sistemático né, Shiroi hitomi!-falou Hotaru:

–Baka! Cale-se!-bradou Hideo:

–Gosto de mulheres inteligentes e notáveis... Não sei! Casamentos arranjados hoje em dia é bem difícil casar com uma mulher ideal. Ela terá algo que não nos agrada.-falou Daisuke:

–Mas será essa diferença que irá nos fazer apaixonar ainda mais por ela.-a voz de Takeshi ecoou por todos, fazendo os demais olhares se virarem para ele.

Hana sentiu o peito esquentando olhando Takeshi dar seu veredito, não retirando os olhos azuis profundos do horizonte. O garoto se virou para os demais dando de ombros e sorrindo de lado de um modo sedutor:

–Nenhuma é perfeita, se nem nós mesmos somos... Por que, raios, elas teriam de ser?-falou Takeshi:

–Você com esse seu gênio insuportável, só uma freira pra casar contigo. E terei pena dela.-falou Hotaru e Takeshi lançou fogo nele, fazendo o garoto sair voando em busca de água enquanto o fogo queimava suas roupas e ele gritava, mas ninguém prestava a atenção:

–Takeshi você é um conquistador! Só procurava as melhores e agora não importa se a sua prometida não for a melhor mulher que existe?!-indagou Jin entrando no assunto com os cabelos brancos arrepiados brilhando a luz do luar.

Takeshi sorriu fracamente encarando Jin:

–O que posso fazer? Casar-me com uma gueixa está fora de cogitação.-falou Takeshi:-Quero que uma mulher lace meu coração que há muito tempo não sabe amar.

Hana sentiu o rosto esquentando e virou para um lado oposto para que ninguém ousasse ver seu rubor ao processar as palavras de Takeshi que fizeram seu peito disparar como se a mesma tivesse levado uma carga imensa de choque.

Ela respirou fundo e voltou e ficar próxima dos demais rapazes que se mantiveram em silêncio até Hotaru despencar dos céus com a calça toda chamuscada enquanto o loiro fuzilava Takeshi:

–Essa foi uma frase de homem apaixonado.-acusou Hideo sorrindo de lado:

–Está amando alguém, Takeshi?! Logo você?!-indagou Ran:

–Claro! A Cho, filha do doutor On!-falou Kyo alto e Hana virou o rosto com ódio.

Hotaru percebendo e entendendo de outra forma avança em Kyo e lhe dá um murro na cabeça brigando com ele baixinho para que ninguém escutasse. O loiro pensava que Haruo/Hana estava triste por conta do relacionamento que Takeshi arruinou ficando com agarota que ele(a) gostava, porém sabemos que não era bem assim:

–Mas de qualquer forma, quando essa guerra acabar e os sobreviventes que eu espero sermos nós, regressarmos a nossos respectivos lares. Iremos nos casar! As mulheres foram mandadas a casamenteira na época de nossa saída das vilas.-falou Daisuke:

–Correto!-falou Riki:-Mas sempre ocorrem acasos.

–Acasos... Ninguém tem uma irmã para me apresentar, não?!-indagou Ran e todos os garotos gargalharam.

Hana encolheu os ombros e tentou siar de fininho, porém sempre parava má sorte de nossa heroína tem algum espertinho que lembra demais das coisas ditas no passado:

–Oe, Haruo! Você tem duas se não me engano, certo?!-indagou Kyo:

–Por que comigo, Deus?!-indagou Hana baixinho se virando para os demais garotos rindo forçadamente:-Sim, eu tenho duas!

–Olha, casar e ser da família Honō ryū seria uma honra dada a poucos.-falou Hideo:

–Com toda certeza. Como chamam suas irmãs?-perguntou Norio e Hana mordeu a língua:

–Natsumi e Hana.-respondeu Riki sem pensar:

–Ótimo! Com todo respeito, Haruo. Eu fico com a Natsumi e você com a Hana Ran! Vamos ser honestos, ficamos com grandes prêmios.-falou Goenji e Hana sentiu-se corar. Nunca, mesmo se pudesse, ela se casaria com Ran. Não que ele não fosse bonito, mas nunca combinariam juntos.

Riki desviou o olhar de Hana não suportando enxergar o que ela tentava esconder, enquanto os garotos riam. Pelo menos alguns, porque Hotaru e Takeshi apenas encaravam Hana cabisbaixa:

–Parem com isso!-falou Hotaru batendo nas cabeças e fazendo os garotos notarem o olhar de Hana baixo:

–Era brincadeira, Haruo...-murmurou Ran:

–Não! Não é por causa disso, só que não poderão casar com Hana, eu lamento.-falou Haruo/Hana recomeçando a andar:

–Não está bravo, né cara?!-perguntou Goenji vendo Hana se afastar.

A garota se virou sorrindo abertamente e dando de ombros para os demais garotos os confortando, o que logo acalmou os corações de todos:

–Lógico que não!-falou Haruo/Hana voltando a caminhar.

Ela estava mais na frente.

Takeshi e os demais mantiveram parados vendo todos caminhando chegando próximo a cidade, enquanto encaravam as costas de Haruo/Hana que nem ao menos demonstrou tristeza, pelo menos verbalmente. Takeshi pressentiu e poderia jurar que vira um rastro de tristeza preso nos olhos do(a) garoto(a):

–"Aquele que ri ao invés de enfurecer-se é sempre o mais forte."-recitou Jin:-Antigo provérbio japonês.

Os garotos retomaram a caminhada, porém em silêncio.

Hana ia mais a frente com a cabeça baixa, não iria chorar agora esperaria está em sua cama, agora com o assunto que se deu início ela via o que aconteceu consigo mesma. Se talvez voltasse para sua casa com vida, não poderia se casar já que não conseguiu a benção da casamenteira. Somente ao se lembrar do ocorrido a humilhação se estampa em seus olhos e marca sua pele.

A garota lembra-se do acalento quente de sua avó a ajudando na mesma noite em sua casa, sorriu de saudade pela queria avó deixada para trás em meio ao furacão das decisões inoportunas.

A menina subiu a colina e do alto da montanha que estava ela viu lá embaixo o vilarejo Arashiyama com luzes e lanternas coloridas das quais Hana sentia saudades. Ela via pessoas com kimonos lindos andando e sorrindo lá embaixo, sorriu levemente seguindo os cavalos e os soldados que iam dando passagem.

Hana sentiu alguém perto dela e se virou encarando Riki que lançou um olhar compreensivo, Hana odiava quando as pessoas sentiam pena dela, porém Riki seria esperto demais para dar isso a se entender.

Foram descendo a colina a passos rápidos e quando entraram nos portões do vilarejo Hana via as mulheres sorrindo unidas encarando com os olhos brilhando a todos, e Hana ainda recebia olhares nada inocentes por parte das mulheres. A menins abaixou o olhar vendo um senhor indo recebê-los:

–Bonito lugar, não acha?-perguntou Riki:-Para um vilarejo no meio do nada!

–Lembra nossa aldeia.-falou Hana baixo:

–Ia dizer a mesma coisa...-murmurou Riki sorrindo:-Saudades?

–Você não tem ideia, Riki.-falou Hana.

A menina sentiu uma mão forte em seu ombro e se virou encarando os olhos frios e azuis escuros de Takeshi voltados para Riki, porém segurando firme seu ombro:

–Fique perto de mim, Haruo. Como equipes, eu, você e Hotaru temos que ficar juntos.-falou Takeshi:

–Que coisa idiota.-falou Riki sorrindo de lado:

–Está querendo queimar novamente, Nohara?!-indagou Takeshi nervoso:

–Ou, ou! Esperem! Não precisam discutir e brigar, pelo amor de Deus! Fazem isso mais tarde, não quero ter que ouvir o Tadashi fazendo perguntas para mim se vocês se matarem!-falou Haruo/Hana indo com Takeshi, porém olhando para Riki de um modo que iriam conversar a respeito desse "queimar novamente" dito por Takeshi.

Hana seguiu Takeshi e ambos ficaram perto de Hotaru que se encontrava encarando tudo absorto com os braços cruzados. Takeshi estava nervoso e seus olhos estavam quase ficando vermelhos, o garoto não entendia o porquê da aproximação desnecessária entre o maldito Nohara e Haruo.

O Wurochiha socou as costas de Hotaru chamando sua atenção:

–Itae! Qual, exatamente, é o seu problema de cabeça Takeshi?! Isso é falta de remédio controlado...-falou o loiro acariciando as costas:

–Cale-se! Mantenha a compostura nessa equipe, Huyata.-falou Takeshi:

–Vish! Eu mereço!-falou Hotaru ao lado de Hana que deu de ombros encarando o garoto loiro.

Kohaku chegou próximo dos demais garotos, enquanto todos do vilarejo estavam ao redor deles encarando com olhares brilhantes, o que eles acreditavam ser os salvadores do país contra os shibyō. Tantos olhares vidrados e admirados estavam fazendo Hana ter tonturas.

Eram várias lanternas, com os alojamentos de piso de madeira e os telhados repuxados com o autentico aspecto japonês da época. Haviam jardins decorados com pedras enormes árvores de cerejeiras e outras flores que desabrochavam e traziam ainda mais beleza ao local:

–O líder disse que serviram um banquete em nossa homenagem e ao imperador! Estejam prontos e sem nenhuma gracinha, honrem com a educação dada a tato custo por seus pais. E se eu ver qualquer maus modos vão desejar ter nascidos mulheres, porque eu arrancarei a honra masculina de vocês!-falou Kohaku e os demais garotos assentiram rapidamente fazendo sinal e se portando como perfeitos cavaleiros com as mãos para trás do corpo:-E se eu apenas pensar que estão com alguma mulher daqui eu os mato!

–Ele dá medo, não?!-indagou Haruo/Hana:

–Meus sentimentos quanto a ele são todos ao extremos. Uma hora, como agora, eu o odeio com todas as forças e outras ocasiões eu até o suporto.-falou Hotaru se portando elegantemente.

Os garotos foram enviados em fila em direção ao grande templo que ali tinha, e do lado de fora eles viam a enorme mesa farta de alimentos ricos e que eles não tiveram o prazer de comer enquanto estavam em acampamento:

–Como podem pensar em comer?! Estou exausto!-falou Hotaru.

Mulheres com instrumentos musicais passaram a frente de todos os garotos piscando para cada um deles com sorrisos em seus rostos banhados por maquiagem. Hana revirou os olhos pensando em quais pecados ela cometeu para está neste castigo:

–Penando melhor, eu estou faminto.-falou Hotaru e Kohaku bateu na cabeça dele com um leque, sabe-se lá Deus como ele o conseguiu:

–Cuidado Huyata! Não vai querer que eu arranque sua honra!-bradou Kohaku sussurrando:

–Nunca, senhor.-falou Hotaru rapidamente.

Os garotos entraram no recinto retirando os sapatos e de cabeças erguidas, ficando apenas de meia ajoelharam-se de frente para o tabuleiro de madeira contendo o respectivo prato farto para cada um deles.

Mulheres com maquiagens fortes e penteados altos, vestidas de kimonos coloridos presos em faixas começaram a dançar, tocar e a cantar para os demais homens, tirando Hana, do recinto.

Hana abaixou a cabeça se concentrando em seu alimento, enquanto sentia os olhos de todos os garotos em cima das belas damas. Hana com o pensamento longe, sabia que nunca estaria a altura delas como boa noiva e nunca mesmo chegaria perto de suas belezas estonteantes:

–Acho que estou amando...-murmurou Hotaru:

–Se eu fosse você prestava a atenção no Kohaku. O homem não é de brincar, Huyata.-falou Goenji e Hotaru começou a comer preocupado.

Havia muita comida, Hana não sabia direito por onde começar, porém sentiu o braço de Takeshi em seu cotovelo e o garoto sussurrando para si com a voz rouca:

–Não coma demais, ainda temos um treinamento.-falou Takeshi:

–Eu sei, estou ciente.-falou Haruo/Hana.

A garota optou então por comer um prato de frutas silvestres junto de arroz da terra com uma bebida possuidora de um cheiro bem forte. Ela encarou Riki que estava rindo de lado em sua direção, ela franziu as sobrancelhas.

Riki apontou para o copo e fez sinal de que se tratava de saquê, a menina retirou a mão do copo e só se contentou com o prato de comida, porém não pôde deixar de notar que todos os garotos estavam bebendo do copo, menos Riki ela e Takeshi.

Hana também reparou que Cho que estava comendo mais longe, estava com os olhos mel cravados ora em Takeshi, ora nas dançarinas que faziam seus movimentos sincronizados muito próximos dos demais rapazes.

Uma mulher de vestido azul e cabeça trançado jogou seu lenço pelo pescoço de Hideo chamando a atenção de todos, porém o garoto se limitou a olhá-la, o garoto apenas ficou comendo sério. E quando ela apertou o lenço ele gentilmente retirou o lenço do pescoço e puxou a mulher em direção a seus braços e abaixando, fazendo todos arregalarem os olhos e Kohalu se engasgar com a bebida. Porém o garoto de olhos perolados apenas deu na boca da mulher uma fruta em seu prato e a soltou sorrindo friamente deixando-se corada enquanto realizava a dança.

Hana sorriu para Hideo, ele era charmoso, tinha que admitir. A menina porém prendeu a respiração qando sentiu um outro véu de coloração vermelha ser colocado em seu pescoço. Hana olhou para trás vendo o rosto próximo da mulher em sua direção, a menina apenas ergueu e sobrancelha e sorriu de lado em direção a mulher já prevendo os ouvidos saindo fumaça de Kohaku.

Hana não faria nada demais, apenas com um gesto simples ela acariciou de leve o rosto da mulher que sorriu abertamente para si, porém Hana estava muito concentrada ignorando-a e comendo seu prato. O véu não saiu de seu pescoço e a mulher apenas lhe beijou a bochecha fazendo todos os rapazes encará-la, Hana iria corar, mas ao invés disso, preferiu fingir que nada aconteceu, apesar de está morrendo de vergonha.

A mulher se foi, porém o lenço ficou amarrado em seu pescoço, com um perfume horrível enjoativo.

A música foi cessada a medida que os demais garotos terminavam de comer, um velho de kimono branco e azul escuro fez as honras e encarou Tadashi com um ar respeitoso para com o comandante:

–É uma honra recebê-los aqui, em nosso humilde vilarejo, comandante Tadashi.-falou o homem:

–Ficamos agradecidos pela hospitalidade Jyou.-falou Tadashi formalmente:

–E a vocês também, rapazes! É uma honra conhecer os futuros guerreiros, eu e minhas filhas estamos muito emocionados!-falou o homem.

Hana ignorou as demais conversas que se formavam, logo Kohaku se ergueu de seu assento e fez um sinal para os demais garotos o seguirem. Porém antes fizeram uma reverência, Hana apenas arrancou o véu e viu a mulher sorrindo para ela abertamente.

Hana saiu do local segurando o véu revirando os olhos. Ao longe os rapazes viram os soldados saírem a procura de alguém, porém não deu muita importância no momento, o que se arrependeria mais tarde:

–O que houve?-perguntou Riki:

–Parece que o sr. Fugaku sumiu.-falou um dos garotos que Hana não conhecia:

–Sumiu?! Como sumiu?!-falou Norio:

–Ninguém some do nada.-falou Jin:

–O velho é um bêbado, deve está em algum lugar melhor do que nós eu imagino.-falou Goenji:

–Kohaku o mata!-falou Ran rindo:

–Mata nada, não fez nada com Hideo e nem com Haruo!-falou Shiro gargalhando e Hana revirou os olhos:

–Sorte grande para o Hideo e o Haruo!-falou Ran:

–Não acredito. Só pode ser mal de H.-falou Kyo:

–Eu dava tudo para ter aquele beijo, Haruo! E o broto ainda deixou o véu com você... Deus!-falou Hotaru:

–Quer pra você?! Não faço questão alguma.-falou Haruo/Hana:

–Passa pra cá!-falou Hotaru abraçando o véu como um louco:

–Tenha um pingo de vergonha na cara.-falou Hideo:

–Tarde demais para corrigir isso.-falou Norio:

–Vou dormir com isso!-falou Hotaru:

–Se não calar a boca dormirá com um olho roxo também.-falou Hideo.

Hana estava indo na direção do doutor On e de Cho para pedir o antídoto do veneno da cobra e a caixa contendo uma das serpentes venenosas. Enquanto Takeshi estava a esperando na esquina para a floresta.

O homem de óculos estava de braços dados com a filha que sorria:

–Com licença...-falou Hana normalmente porém baixo:

–Hana-chan!-saudou Cho baixo abraçando a amiga que retribuiu sorrindo sem graça:

–Posso ajudá-la, Hana?-perguntou o doutor On:

–Na verdade, senhor On, pode sim onegai...-murmurou Hana:-Eu gostaria do antídoto da serpente venenosa e de uma.

–Mas, por que isso a uma hora dessas?-perguntou o doutor On:

–Treinamento com Takeshi.-falou Hana:

–Oh, claro! Vou pegar, espere um pouco.-falou o doutor indo até uma das residências onde havia guardado suas coisas.

Hana ficou sozinha com Cho que encarava Takeshi a todo instante, o que incomodava Hana profundamente, a menina sorria e passava a mão pelos cabelos castanhos enquanto sorria para ele:

–Acha que o Takeshi olhou alguma mulher lá dentro?-perguntou Cho preocupada:

–Não! Ele estava mais interessado em seu prato de comida.-falou Hana:

–Ah, que bom!-falou Cho aliviada.

O doutor retornou com os demais materiais e foi acompanhando Hana até Takeshi que olhou intrigado a presença do homem:

–Irei com vocês, é minha responsabilidade tomar conta disso.-falou On.

Takeshi não teve como discutir, porém foi fuzilando Hana que deu de ombros:

–Não é minha culpa.-respondeu dando de ombros indo treinar com Takeshi a lua da Lua.


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Notas finais do capítulo

Amei escrever esse capítulo!!! :D