Guerreiros escrita por L M


Capítulo 38
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Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!! :)



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Takeshi estava sorrindo, tentava se conter, porém parecia que seu rosto havia ganhado vida própria. Hana estava com muitas dores para reparar em qualquer coisa, só queria chegar logo na tenda médica e implorar para o doutor On acabar com suas dores.

Estava apoiada em Takeshi e próximo a tenda eles conseguiram ouvir gritos que Hana achou familiar de início, mas pensou se tratar de alguma ilusão já que sua cabeça não estava das melhores na situação atual:

–Mas, o que...?!-indagou Takeshi encarando a tenda médica:

–Tem alguém morrendo aí dentro?-perguntou Haruo/Hana:

–Possivelmente terá se você não entrar.-falou Takeshi entrando na tenda levando Hana junto ao seu corpo.

Hana entrou dentro da tenda e se deparou em Riki gritando sendo amparado por Hotaru e Goenji que seguravam seus punhos para impedi-lo de cravar a espada em seu próprio peito. O doutro On gritava enquanto Cho estava com uma injeção em mãos tentando aplicá-la em Riki que se debatia como um louco.

Hana estava com os olhos arregalados por presenciar tal cena, nunca imaginaria que Riki um dia fosse tentar fazer algo desse tipo por achar que ela realmente estava morta. A menina sentiu uma dor mínima e aguda em seu peito, mas pensou que era uma dor comum já que todo seu corpo doía e nunca que estava se sentindo culpada por ter feito Riki passar por isso:

–Pare com isso, Riki!-gritava Goenji:

–Firma o pensamento homem, isso não é hora de perder a compostura!-gritou Hotaru segurando-o:

–Mas o que, diabos, é isso?!-indagou Takeshi:

–Essa bosta desse garoto quer se matar por caus...-falou Goenji encarando Takesi, mas parando assim que seus olhos pregaram-se em Hana que estava encarando tudo atônita.

Logo todos estavam encarando Hana com os olhares arregalados e as bocas escancaradas, não sabendo se estavam enxergando corretamente. Cho deixou a injeção cair no chão enquanto sorria abertamente para Hana, o doutor On apenas limpou o suor da testa com um paninho tremendo:

–O que é isso?!-indagou Goenji:

–Ou eu consegui cravar a espada no peito e morri, ou... Ou...-começou Riki largando a espada:

–O Haruo não estava morto.-falou Takeshi simplesmente sorrindo de lado minimamente:

–Eu tô passando mal.-falou Hotaru caindo desmaiado:

–Baka!-falou Takeshi:

–Espera aí, Huyata! Tô indo também...-murmurou Goenji caindo desacordado no chão:

–Desnecessário...-murmurou Haruo/Hana:

–Você... Está viva... VIVO!-gritou Riki logo consertando o que havia falado:

–Sim, Riki.-falou fracamente Haruo/Hana:-Eu estou vivo.

–Meus Deus, você está viva... VIVO!-gritou Riki novamente abraçando desajeitadamente Hana que o retribuiu com o braço bom:-Graças a Deus!

–É, mas se o doutor não me atender logo não devo durar muito.-falou Haruo/Hana sorrindo fracamente:-AHH!

Ela se curvou para frente com dores e Takeshi se desesperou encarando atônito o doutor On que apenas indicou a cama ao lado de Riki para Takeshi colocar Hana que tremia em espasmos pelo corpo:

–Takeshi, meu rapaz, leve esses três cavaleiros para bem longe daqui enquanto trato do senhor Haruo.-falou o doutor On:

–É grave doutor?-perguntou Takeshi:

–Irei descobrir, agora por gentileza...-murmurou o doutor.

Takeshi agarrou Goenji e Hotaru em cada ombro e junto com Cho que segurava o braço de Riki que não parava de encarar na cama sua amiga ali viva, apenas muito machucada, saíram da tenda deixando o doutor On cuidar de Hana.

Do lado de fora da tenda Takeshi jogou os dois garotos no chão e se sentou no chão apoiando as mãos nos joelhos levantados, enquanto esperaria até o doutor sair dali e dizer que estava tudo bem com o amigo. Encarou Cho indiferente enquanto a garota sorria minimamente para ele saindo em direção as demais tendas comunicar o acontecido aos outros, principalmente ao capitão general Tadashi e o sensei Kohaku.

Riki ainda possuía uma expressão de surpresa, mas logo recobrou a compostura e se virou para Takeshi que estava sentado no chão com os olhos fixos na tenda. O garoto se sentou ao lado de Takeshi e se manteve em silêncio também encarando a tenda, esperaria notícias da amiga e se permitiu relaxa e sorrir.

Hotaru e Goenji estavam deitados no chão ainda desmaiados, mas com certeza o restante dos demais garotos só poderiam ver Hana no nascer do dia, por enquanto ela estaria sobre cuidados.

Hana estava ofegante e suava muito enquanto o doutor On estava limpando seu rosto com um pano úmido, estava retirando a parte de sua blusa, quando a garota se lembrou e agarrou a mão do homem o impedindo:

–Doutor... E-Eu...-murmurou Haruo/Hana:

–Não se preocupe senhorita, eu sei de tudo.-falou o doutor e Hana arregalou os olhos:-Cho me contou tudo, não irei contar a ninguém. Agora apenas trate de se manter consciente, o que houve em seu ombro?

–Mordida de logo, doutor On.-falou a garota fracamente:

–Santo Deus!-falou o homem:-Isso está muito feio, bem espero que consiga gritar grave, porque terei que limpar isso.

–E-Eu aguento, só faça as dores pararem.-falou a garota:

–Farei tudo o que puder.-falou o homem acariciando os cabelos de Hana que lhe sorria minimamente:-Só não perca a consciência.

–Pode deixar.-Hana respondeu apenas fechando os olhos para não ver o que aconteceria.

Hana se manteve consciente durante todo o processo, desde o mais doloroso que foi a parte em que o doutor limpava seu ferimento e aquilo queimou como fogo puro dançando pela ferida aberta. Hana mordeu forte os lábios para que nenhum som saísse de sua garganta e se concentrou em apertar as unhas curtas em sua pele para que outra coisa doesse mais do que o ferimento, mas não deu muito certo.

A menina sentiu a agulha logo depois sendo enfiada em sua carna e pele fundo unindo ambos novamente e respirou fundo atraindo a atenção do doutro que parou um pouco para ela respirar fundo, porque a dor realmente era forte e não havia anestesia:

–Posso?-perguntou o doutor On próximo de Hana:

–Rápido.-ela respondeu firme.

O doutor costurava com precisão e rapidamente como se soubesse exatamente como se fazer, On já era médico de guerras por muitos anos e já havia visto machucados piores do que esse, não que não fosse horrível, mas já havia presenciado piores.

Quando o machucado finalmente estava costurado e Hana apenas sentia um leve incômodo o que para ela foi um grande alívio. Ela abriu os olhos vendo tudo embaçado e viu o mínimo sorriso no rosto do velho homem, Hana o acompanhou e viu ela acendendo fogo em brasa calmo e sereno e colocando em suas mãos, logo em seguida passando sobre o corpo de Hana as chamas:

–Ai...-murmurou ela:-O que é isso?

–Fogo que cura a dor no corpo.-falou o doutor On:

–Impressionante... Como alivia... Para de doer.-ela disse sorrindo:-Como sabe?

–Antiga técnica chinesa de cura. No início do tempo de guerras antigas feudais a medicina estava em decadência, só lhes restavam utilizar os remédios da natureza e até hoje são os melhores.-falou o doutor On:-A cura é pura como a própria natureza.

Logo em seguida o doutor passou uma pomada e enfaixou todo o corpo de Hana a essa altura o dia estava amanhecendo e os olhos pesados de Hana estavam travando uma briga com a sua consciência, mas ela não iria dormir ainda, precisava relatar o que aconteceu.

Seu corpo estava aliviado e ela estava enrolada com cobertores por conta da hipotermia, estava preocupada com Shu, esperava que seu amigo estivesse bem e aquecido em algum local do acampamento:

–Precisa dormir, Hana-chan-falou o doutor On baixo:-Está exausta! Necessita de um bom sono.

–Não ainda doutor.-falou Hana se erguendo levemente na cama:-Poderia chamar a todos por favor...

–Como quiser.-falou o doutor.

O homem saiu da tenda se deparando com Takeshi, Riki, Hotaru, Goenji, Shiro, Cho, Norio, Hideo, Kyo, Ran, o general Tadashi e o sensei Kohaku todos dormindo no chão e alguns em pé, somente com a cabeça abaixada:

–Senhores...-murmurou o doutor On:

–Ah! Sim, sim.. O que foi?! O que há?!-indagou o general Tadashi erguendo a cabeça encarando o doutor:-Oh, sim... Perdão, On! E o rapaz, como está?

–Está fora de perigo e ele necessita falar com todos.-falou ao general:

–Sim, compreendo.-falou o homem:

–Ele precisava falar com o senhor, general.-falou o doutor On:

–Muito bem... KOHAKU!-gritou Tadashi e o sensei deu um pulo no chão esfregando a face e parando em uma posição de luta:

–AH! Seu miserável, acabarei com você!-gritou o homem e em seguida encarou a cara fechada de Tadashi:-Perdão.

–Reúna os rapazes!-falou Tadashi entrando junto com o doutor dentro da tenda:

–Claro, claro...-murmurou Kohaku:-ACORDEM SEUS IMPRESTÁVEIS!

Todos acordaram com o som berrante da voz do sensei Kohaku e se colocaram em pé de posição, sem nem ao menos se darem conta apenas se curvaram pelo cansaço quando viram que fora uma forma de acordá-los:

–Tenha dó, sensei. Isso é coisa que se faça!-falou Hotaru:-Vai que alguma de nós é cardíaco, é uma ida só meu filho, para o mundo dos céus.

–Não diga bobagens!--falou Kohaku:

–E o Haruo?!-perguntaram Takeshi e Riki:

–Está fora de perigo e necessita falar com todos, o motivo desconheço.-falou o sensei Kohaku:-Vão para suas tendas.

–Eu quero vê-lo! É meu amigo!-teimou Shiro:

–O garoto deve está acabado, deixem-no descansar.-falou Kohaku:

–Ele é da minha equipe, preciso ver se está realmente bem.-falou Takeshi:

–É isso aí Takeshi, impõe essa sua arrogância em momentos certos como esse, cara.-falou Hotaru:

–Não irão entrar, apenas depois que ele conversar com Tadashi e comigo.-falou Kohaku entrando na tenda.

Takeshi novamente se sentou no chão e esperou até o momento em que poderia ir falar com Haruo, e assim os demais garotos fizeram o mesmo. Hideo, Kyo e Ran estavam com uma dor de cabeça insuportável, enquanto Norio estava com os punhos enfaixados.

Cho se encostou levemente em Takeshi que não a repeliu, de alguma forma ainda se sentia estranho por está tão próximo de outro homem.

Dentro da tenda Tadashi encarava Hana de braços cruzados, enquanto Kohaku estava ao lado do general e o encarava com total surpresa e satisfação pelo garoto(a) está bem.

Hana estava com a carta ainda em mãos manchada por sangue, o que não passou despercebido por Tadashi e muito menos por Kohaku que avaliaram as mãos enfaixadas dele(a):

–Então...?!-indagou Tadashi:-Como conseguiu sobreviver, rapaz?

–Sorte ou milagre, general. Não sei ao certo como sobrevivi, mas estou aqui e com notícias não muito boas aos senhores.-falou Haruo/Hana:-No momento em que cai do precipício e depois da cachoeira com Shu e...

–Perdão, com quem?-perguntou Kohaku:

–Eu completei o exercício de domar o cavalo, sensei.-falou Haruo/Hana:-De alguma forma ele confiou em mim, talvez no momento da morte iminente não sei dizer...

–Prossiga...-murmurou Tadashi:

–Sobrevivemos a queda e eu estava disposto a retornar o quanto antes para o acampamento, porém fui atacado por lobos.-falou Haruo/Hana e Kohaku logo empalideceu:

–Como assim, lobos?!-indagou o homem:

–Lamento informar que foram desse tipo mesmo, sensei.-falou Haruo/Hana:

–Do que ele está falando, Kohaku?-perguntou Tadashi:

–Eram espiões dos shibyō!-falou Haruo/Hana rapidamente o que fez Tadashi arregalar os olhos e ficar com raiva:

–O que está dizendo?! Como pode ter tanta certeza?-indagou Tadashi:

–Senhor... Eu lutei com os três com meu chakra e os matei, com a ajuda de Shu!-falou Haruo/Hana:

–Você matou os três?!-indagou Kohaku:

–Sim senhor.-respondeu Haruo/Hana:-E deduzi que eles patrulhavam as redondezas do acampamento a mando de Kabuto para interceptar as cartas reais que eram mandadas para nós. O senhor, general Tadashi, sabia que o pai de Takeshi o sr. Wurochiha Mitsuo foi designado ao primeiro exército do rei contra os shibyō?!

–Não! Eu não estava sabendo de absolutamente nada.-falou Tadashi:

–Exatamente!-falou Haruo/Hana:-Eles não deixavam as cartas chegarem até o seu destino, matavam os entregadores do modo mais brutal que se imaginam. Eu os matei e o último entregador deu-me a carta e aqui eu lhe entrego, general.

Hana se ergueu da cama e foi mancando até Tadashi e lhe entregou a carta suja de sangue inocente derramado em vão. O general a pegou e Hana se dirigiu a saída com certa dificuldade, mas o doutro On a amparou:

–Ainda está fraco, Haruo.-falou o homem:

–Deveria descansar mais rapaz.-falou Tadashi:

–Descansarei, senhor. Agradeço a preocupação, mas eu necessito arrumar meus pertences primeiramente.-falou Haruo/Hana:

–O que disse?!-indagou Kohaku:-Por que precisaria fazer isso?

–Leia a carta, comandante Tadashi.-falou Haruo/Hana abrindo a tenda e se deparando com todos os seus amigos lhe encarando ainda com um olhar surpreso em suas faces.

Tadashi leu a carta e em seguida amassou gritando de ódio assustando a todos menos Ha que apenas olhou minimamente para trás vendo a fisionomia irada do comandante:

–Posso arrumar meus pertences, comandante?-perguntou Haruo/Hana:

–Deve arrumá-los!-falou Tadashi:-Homens! Partiremos ao crepúsculo cair!


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Notas finais do capítulo

Jornada para a guerra! :D