Hana sentiu um empurrão forte ser desferido nela, fazendo seus olhos se abrirem encarando o rosto de Takeshi com vestes negras e os braços cruzados lhe encarando.

Ainda estava escuro, e ela sentia o cansaço lhe possuir falando mais alto para a mesma ficar em sua cama dormindo, sentindo seus músculos relaxados e sentindo-se quente. De alguma forma, Hana não se lembrava de ter tido uma boa noite de sono desde que chegou no acampamento:

–O que é?-perguntou passando as mãos pelos rosto:

–Gen!-falou Takeshi:-Acorde!

O garoto pulou na cama de cima e socou a testa de Hotaru que acordou afobado e acabou caindo novamente da cama ao lado de Hana que ainda tentava manter os olhos abertos, por alguma razão ela estava mais cansada do que o normal:

–Ah... Deus! Takeshi assim fica difícil, ainda não me recuperei de ontem.-falou Hotaru:-O único que conseguiu domar aquela jararaca do inferno foi o Haruo, e as picadas da bicha ainda doem.

–Pare de reclamar.-falou Takeshi:-Arrumem-se e vamos tomar o café.

Hotaru se levantou arrancando as roupas que utilizava para dormir e começou a colocar as vestes negras colocadas para eles ontem a noite, Hana apenas se ergueu da cama já vestida e arrumou os cabelos ainda bocejando e com a aparência cansada:

–Nani?!-indagou Hotaru a encarando:

–O que é?-perguntou Haruo/Hana visivelmente sem paciência:

–Eita! Que bicho te mordeu?indagou Hotaru:-Só ia perguntar por que dormiu já com a roupa de treinamento.

–Porque me deu na telha.-falou Haruo/Hana com raiva:

–Ih... Dormiu mal?-perguntou Hotaru irônico:-Aposto que não conseguiu encontrar com a Cho, né cara?!

–Como ousa...?!-indagou Haruo/Hana tentando o bater, porém o garoto era mais rápido:

–Já chega!-falou Takeshi se virando para Hana que mantinha a expressão de raiva:-O que você tem?

–Ai no tame no... Um cara não pode acordar de mal-humor?!-indagou Haruo/Hana:

–Sei lá, você é sempre tão ridiculamente bonzinho.-falou Takeshi e Hotaru riu junto com ele:

–Eu que vou deixar ridícula essa sua cara, Wurochiha.-falou Haruo/Hana rosnando:

–Opa! Espera, calma Haruo.-falou Hotaru entrando no meio dos dois:-Já disse, ninguém tem culpa de você não ter ido encontrar com a lindeza da Cho.

Takeshi riu abaixando o rosto, enquanto Hotaru ria alto e Hana sentiu a face esquentar pelo ódio que estava sentindo. Bufou saindo a passos fortes e os punhos cerrados em direção ao refeitório, na verdade, Hana não sabia ao certo porque dessa raiva toda, só acordou de mau-humor e ainda por cima rodeada por homens, lógico que isso aconteceria mais cedo ou mais tarde, ela pensava.

Hana não estava olhando para frente e acabou esbarrando com algum desavisado, a garota cambaleou para trás e encarou com o rosto de Riki lhe fitando em surpresa:

–Caramba! Olha para frente, Riki!-bradou Hana com raiva:

–Bom dia para você também, Hana. Dormiu bem? Eu aposto que não.-falou Riki cruzando os braços e revirando os olhos. O garoto de olhos verde-musgo também estava com as vestes negras e também aparentava está mais disposto do que ela:

–Por que todo mundo está dizendo isso?!-indagou Hana ajeitando a roupa:-Eu só acordei de mau-humor, dá para me deixar em paz?!

–Isso é mal.-falou Riki com uma expressão surpresa.

O garoto pegou Hana pelo braço e a levou até um canto mais afastado, claro que Hana foi protestando e ameaçando socar a cara de Riki, porém o garoto era mais forte e não iria soltá-la tão facilmente. Chegaram até uma parte mais afastada e o garoto a soltou, enquanto Hana o fuzilava acariciando o braço:

–Posso saber o motivo disso?-perguntou a garota cruzando os braços:-Se é para conversar comigo a respeito das suas "aventuras" desnecessárias e nojentas com minha irmã, eu passo obrigada.

Hana fez menção de sair, mas Riki a segurou pelo braços mantendo-a ainda a sua frente com um olhar sério e de, certa forma, cansado encarando a garota:

–Não é par conversa sobre isso, mas não riá demorar a ocorrer.-falou o garoto encarando Hana:-Hana você já sangrou nesta Lua?

Hana arregalou os olhos pela pergunta mais sem cabimento e constrangedora, algo que ela não estava se preocupando até o momento. Sentiu o peito acelerar, enquanto o rubor quente tomava conta de sua face e ela desviava o olhar de Riki mordendo o lábio inferior tentando manter a compostura:

–Dono yōna shitsumon!-bradou Hana:-Mas que droga de pergunta é essa?!

–Não minta para mim.-falou Riki:-Você é uma mulher e mulheres possuem um período em cada Lua onde elas sangram, então...

–Eu sei o que é isso, idiota!-falou Hana:-Não deveria falar uma cosia dessas perto de uma mulher!

–Perdão, mas você não se parece muito com uma no momento.-falou Riki sorrindo de lado e Hana o fuzilou com raiva:-Mas você não me respondeu.

–Dōdesu ka?! E eu nem irei, passar bem!-falou Hana tentando sair, mas Riki a segurou novamente:

–Vai mesmo ficar de teimosia.-falou Riki:

–Não, Riki.-falou Hana o encarando:-Eu ainda não sangrei nesta Lua, satisfeito?!

–Para dizer a verdade, temos um problema.-falou Riki:-Porque você está com a fúria.

–Estou com o que...?!-indagou a garota:

–Vai me dizer que não repara que quando vocês, mulheres, estão para sangrar ficam insuportáveis?!-bradou Riki:-Uma raiva estranha e descontrolada!

–É a coisa mais ridícula que eu já ouvi.-falou Hana o encarando como se ele fosse maluco:

–Experiência própria com você, sua mãe, minha mãe, sua...-começou Riki, mas parou quando Hana o interrompeu:

–E minha irmã?!-falou irônica.

Riki fechou os olhos e apertou os punhos, enquanto abria novamente os olhos chegava próximo de Hana o suficiente para seus narizes quase se tocasse, a garota sentia o cheiro de alecrim e menta vindo de Riki e seu peito acelerou. Era certo que ela começara a nutrir um sentimento mais além do que amizade pelo garoto, porém que se dissipou no momento em que descobriu entre ele e sua irmã:

–Hana, o assunto não é esse.-falou Riki:-Mas se você quer tanto falar disso, eu também não irei reclamar. Você precisa me ouvir, de qualquer maneira.

–É aí que você se engana.-falou Hana tentando o afastar.

Riki a empurrou contra uma árvore atrás deles e prensou seus braços um a ada lado do rosto de Hana, a garota ofegou e fechou os olhos tentando manter a consciência, enquanto sentia o garoto muito próximo de si.

Riki se aproximou um pouco mais, ousando desfazer o coque nos cabelos da garota, deixando cair livres até os ombros reconhecendo o rosto meigo e belo da amiga corajosa. Riki acariciou as bochechas de Hana que ficavam com um tom vermelho depois disso, ele sorriu e segurou o rosto dela delicadamente, não se importando se ela ainda estava de olhos fechados.

Riki encostou primeiramente a testa na dela delicadamente e lhe acariciando com a sua:

–Peço perdão pelo que fiz.-falou Riki sussurrando:-Juro, que foi apenas três vezes em que encostei-me nos lábios de sua irmã.

–Solte-me.-falou Hana com raiva ainda com os olhos fechados.

Riki não obedeceu encostando os narizes de ambos, enquanto sentiam a respiração e o cheiro um do outro. Mesmo Hana aparentando ser um garoto, ainda possuía o cheiro de orquídeas do campo que Riki adorava ainda mais do que os cheiro de rosas de Natsumi:

–Depois disso nunca mais, porque ganhei uma amiga, eu apreciava nossa amizade e não queria mentir para você.-falou Riki:-Essa é a verdade, sua amizade... Você vale muito para mim, Hana-chan. Peço-lhe que não se afaste de mim, aqui temos um ao outro e esse segredo que nos custará a vida. Talvez eu morra em campo de batalha e você não fale mais comigo, então... Peço perdão...

–Pede perdão pelo que, Riki?-perguntou Hana abrindo os olhos e fitando os verdes de Riki que sorriu acariciando mais a face, a aproximação dos dois estava deixando Hana muito desconfortável novamente:

–Shitagatte.-falou o garoto.

Hana não entendeu muito bem de início, apenas quando Riki passou sua mão para a nuca da menina e outra ainda pousada em seu rosto, enquanto os lábios de Riki se chocaram com os seus.

Hana sentiu seu peito disparar como se uma corrente elétrica estivesse tomando conta de si, enquanto mantinha os olhos arregalados sentindo a boca de Riki contra a sua forçando a se mover em um beijo. Seu primeiro beijo.

A garota sentia-se perdida, não sabia o que fazer e nem como fazer, porém Riki a auxiliava com sua boca mesma, e Hana deixou-se levar pelas sensações timidamente tocando os ombros dele que abaixava a mão em seu rosto até a cintura da garota a apertando, fazendo-a arfar. As línguas de ambos duelavam como em um combate de espadas, que logo Hana ganhou ao morder Riki que se afastou sentindo o gosto de sangue em sua boca, porém ele ainda sorria:

–O que pensa que está fazendo?!-bradou Hana o empurrando:

–Eu já pedi perdão.-falou Riki:

–Não tinha o direito de... De fazer isso! Eu não sou a Natsumi!-falou Hana:

–Nunca disse que fosse e muito menos pensei em tal hipótese durante o beijo.-falou Riki:-Só queria que soubesse que para mim você estava começando a se tornar mais que uma amiga.

–Não penso em você dessa maneira.-falou Hana:

–Mentira!-falou Riki:-Sei que me via como mais que amigo, porém acho que a aproximação de Wurochiha Takeshi esteja te confundindo, não?!

–Nani...?!-sussurrou Hana o encarando. A garota respirou fundo fechando os olhos, em seguida tentando não torcer o pescoço de Riki:-Estamos no meio de uma guerra, Riki, não há tempo de fazer isso. E eu não sinto nada por Takeshi e mesmo que sentisse você não tem nada a ver com isso!

–Tenho, Hana!-falou Riki se aproximando:-Eu sou seu confidente, pode dizer o que quiser, mas que não sou seu melhor amigo... Isso nunca!

–Eu sei!-falou a garota:-Mas mesmo assim não tinha o direito de me beijar, e-eu...

–Fui o primeiro!-falou Riki:-Mesmo que eu nunca mais volte a te tocar, eu sempre guardarei essa lembrança em meu peito.

–Por que?-perguntou Hana tentando se acalmar:

–Porque se caso eu morrer, minha última lembrança serão seus lábios.-falou Riki e Hana fechou os olhos:

–Você não me ama.-falou Hana:

–Mas amaria se você me permitisse.-falou Riki:-Sinto um sentimento forte por você, amor ou não... Não faz diferença.

–Faz diferença sim, Riki.-falou Hana:-Nunca mais faça isso! Você confundiu as coisas.

–Posso ter confundido, mas foi o melhor para mim.-falou Riki se aproximando e beijando a testa de Hana:-E sei que para você também não foi diferente.

Riki se afastou limpando a boca ainda de sangue, porém se virou e encarou Hana que ainda mantinha um olhar distante:

–Quando sangrar, avise-me! Ou teremos problemas.-falou o garoto sorrindo para ela como sempre:

–Te odeio!-falou Hana:

–Sabemos que não é verdade.-falou o garoto e desapareceu na neblina da manhã fria que se instalava.

Hana socou a árvore atrás de si, sentia raiva porém sabia que não conseguiria ficar tanto tempo sem conversar com Riki, mesmo tendo Cho do seu lado, ainda precisava de Riki para ajudá-la. A garota passou as mãos trêmulas pelos lábios e diferente do que pensava, não sentiu nada a não ser o nervosismo do primeiro beijo.

Achava que estava gostando de Riki, porém o beijo foi até bom para ela perceber o quão enganada estava. Passou as mãos pleos lábios e foi amarrando os cabelos indo em direção a tenda do refeitório, precisava se concentrar no exercício do dia.

A garota chegou até o refeitório encontrando Takeshi de braços cruzados e um Hotaru gritando com o mesmo, porém logo os gritos do garoto se dirigiam a ela que se aproximou da mesa de ambos ainda em silêncio e se sentou sem ao menos encarar os dois garotos que se encararam em dúvida:

–Haruo...-chamou Hotaru:-Não ficou com raiva, não é?!

–Não.-falou Haruo/Hana:

–Então, poderia nos explicar aonde esteve?-perguntou Takeshi agora também sem paciência:

–Andando por aí.-falou Haruo/Hana dando de ombros:

–Por que então, sua boca esta inchada?-perguntou Takeshi.

Hana arregalou os olhos e os fechou em seguida, amaldiçoando a si mesma e imaginado nas formas mais dolorosas de matar Riki. A garota sentiu seu rosto sendo puxado com violência por Hotaru e o garoto loiro abriria um sorriso malicioso que Hana fez o favor logo de desviar o rosto dali, senão com certeza coraria até a raiz dos cabelos:

–Você é o cara!-falou Hotaru:

–Calado, Hotaru!-falou Takeshi com raiva:

–Ih, vá te catar!-falou Hotaru o ignorando:-Diz aí, Haruo, a Cho beija bem?

Hana não sabia como se sair dessa situação, apenas ficou em silêncio e deixou o garoto pensar o que quisesse, não seria pela boca dela que sairia bobagens. A garota viu Takeshi apertar o copo em sua mão e em seguida encarar Hotaru com ódio:

–Dá para parar com isso?! E você, Haruo, não faça mais isso!-falou Takeshi e os dois encararam o Wurochiha:

–Reafirmando... Só porque você não pega ninguém, não quer dizer que nós não podemos!-falou Hotaru e Takeshi jogou sua bebida na cara do loiro:-Doredesu ka?!

–Me ouviu, Haruo! Isos não é lugar para fazer esse tipo de coisa.-falou Takeshi:

–Eu sei. Peço desculpas.-falou Haruo/Hana. Estava com raiva, não iria ser bom brigar com Takeshi ainda mais com o mesmo com tanta raiva contida assim do nada.

Takeshi não entendia o motivo de estar com tanta raiva só porque Haruo havia ficado com Cho, por alguma razão estranha em seu íntimo Takeshi tinha uma sensação de posse para com Haruo. Era seu amigo, o primeiro no qual Takeshi deixava se envolver em laços de amizades e por essa razão que ele sentia raiva quando via Haruo com qualquer outro?! Takeshi estava com raiva de si mesmo por sentir raiva da pobre Cho por beijar Haruo e ainda mais raiva de Haruo por beijá-la!

Takeshi passou as mãos pelo rosto encarando pelo canto do olho os lábios inchados de Haruo e sentiu os punhos esquentarem, fechou os olhos de controlando e amaldiçoando a si mesmo por tal pensamento.

Takeshi se levantou da mesa e foi a passos rápidos para fora aonde esfriaria a cabeça. O garoto respirou fundo vendo o dia clareando e foi até uma bica ali próximo passando a água fria pelo rosto:

–Mas que diabos!-falou Takeshi:-Por que Deus?! Só porque não sou um de seus favoritos? Não poderia me madar para o inferno como todo mundo, tinha que me dar esse castigo idiota!

Bradou o garoto com raiva:

–Pare Takeshi, controle-se homem!-falou com si mesmo:-Isso é falta de mulher, que você logo suprirá!

Takeshi ouviu uma risada mais ao longe e encarou os olhos azuis frios de seu primo se aproximando com as mesmas vestes pretas, o garoto estava em um impasse teria que se controlar o dobro agora para não cometer um assassinato:

–O que há, Takeshi? A mente está borbulhando?!-falou irônico Jin:

–Se eu fosse você sairia daqui, não estou com paciência para você no momento.-falou Jin:

–Soube que está andando muito com o Honō ryū.-falou Jin:

–Verdade! Se você não reparou estamos na mesma equipe, assim como você anda com Goenji e Daisuke.-falou Takeshi:

–Acha que encontrou um amigo?!-indagou Jin:

–Isso não é da sua conta.-falou Takeshi:

–Eu sou seu amigo.-falou Jin:

–Você é o meu castigo!-falou Takeshi:

–Qual é, Takeshi! Está estranho comigo desde que começou a andar com esse Honō ryū.-falou Jin:

–O nome do idiota é Haruo.-falou Takeshi revirando os olhos:

–Ele não é a sua família, eu sou!-falou Jin:

–Você deixou de ser a muito tempo.-falou Takeshi:

–Então um amigo vale mais do que sua família?!-gritou Jin com raiva:

–Quando o amigo se torna um irmão, sim.-falou Takeshi:

–Ele se tornou isso para você e eu não?!-gritou Jin:

–Não! Nenhum de vocês dois é bom o suficiente para tal posição em minha vida. Agora faça-me o favor de sumir.-falou Takeshi.

O sinal ecoou chamando os garotos para a formação, vários soldados começaram a se aproximar dos garotos que saíam da tenda. Takeshi dei uma ultima olhada em Jin que eu encarava com ódio e se afastou indo em direção a Haruo e Hotaru que estavam lado a lado caminhando sendo escoltados por soldados.

Takeshi chegou ao lado de Haruo e o trio começou a andar mais apressadamente conforme os soldados aceleravam:

–Por que tem tanto soldado só para nos levar na área da tortura, digo, treinamento?!-indagou Hotaru:-Já sabemos o caminho!

–Acho que é só para precaver.-falou Haruo/Hana:

–Desnecessário do mesmo jeito.-falou Hotaru.

Os soldados os estavam levando até um certo ponto, depois os separou por equipes. Takeshi, Haruo e Hotaru ficaram parados enquanto viam as demais equipes e seus outros amigos se afastando. Hana não estava com um bom pressentimento:

–Estranho, temos que admitir.-falou Hotaru:

–Silêncio...-murmurou Takeshi:

–Ôh do capacete esquisito, por quê nos estamos aqui, meu filho?!-indagou Hotaru, mas o soldado o socou o peito fazendo o garoto cair de costas:

–OH!-gritou Haruo/Hana se abaixando até Hotaru que estava no chão com dores:

–Eu vou matar ele! Vou matar ele!-gritava o loiro com dor:

–Não possui ordens para bater nele.-falou Takeshi frio se aproximando do guarda:

–Ele mereceu.-falou o soldado:

–Merece levar uma surra todos os dias e nem por isso eu o faço. Agora volte e faça seu trabalho a não ser que queira se queimar.falou Takeshi deixando os olhos vermelhos:-Merecer não são ordens, imprestável!

–Vou matar ele, largue-me Haruo!-falou Hotaru e Hana o bateu na cabeça:-Au!

–Não é hora para isso, cara! Mantenha a calma, que droga!-falou Haruo/Hana.

Takeshi viu os soldados se retirando dali, Hana se ergueu e começou a olhar ao redor avistando o mesmo tronco do primeiro dia de treinamento, imaginou que seria o mesmo porque ninguém conseguiu subir até no topo:

–Acha que é isso?-perguntou Haruo/Hana se aproximando de Takeshi que mantinha os braços cruzados encarando o tronco:-Novamente?

–O que mais poderia ser?! Todos nós falhamos na primeira vez.-falou Takeshi:

–O que?!É para subir naquela desgraça novamente?!-indagou Hotaru:-Mole!

–Você não chegou nem na metade na primeira vez.-falou Takeshi:

–Não importa! Estamos mais fortes!-falou Hotaru:-A gente encara.

–Está muito confiante, Huyata.-falou Takeshi sorrindo de lado:

–É a única coisa que podemos fazer quando a coragem vai para os ares, mano.-falou Hotaru e amos se aproximaram novamente do tronco.