Guerreiros escrita por L M


Capítulo 30
濃度


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!!! :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/617825/chapter/30

Todos estavam sentados um do lado do outro no atrito rochoso da montanha, enquanto Kohaku estava a frente deles com as mãos para trás do corpo e Tadashi se mantinha mais afastado com seus guardas somente olhando de longe o que ocorreria.

Kohaku mantinha-se atento e encarando a todos.

Hana sentia-se indefesa neste território, poderia cair daquela altura e morrer, talvez a sorte que Daisuke teve ou Goenji não aconteça novamente. A menina colocou as mãos para debaixo das pernas para que ninguém visse-as tremendo denunciado seu nervosismo:

–O exercício de hoje é concentração.-falou Kohaku simplesmente e os garotos se olharam intrigados, enquanto o sensei ia até uns potes de couro marrom com tampas verde-musgo encontradas próximos aos cavalos do doutor On e Cho.

Hana estava ao lado de Hotaru que apenas revirou os olhos para o que Kohaku disse, parecia ser um exercício simples, mas Hana sabia muito bem que o parece as vezes engana. Takeshi bufou e colocou o braço forte em cima do joelho:

–Kare wa nani o shitai nodesu ka?-perguntou Hideo:-O que ele pretende?

–Deve ser fácil, ele disse que é só concentração.-falou Daisuke:

–Eu acho que não. Por que seria mais fácil? Porque estamos em uma maldita montanha?!-indagou Haruo/Hana:

–Não se assuste, deixe de bobagem.-falou Takeshi indiferente:

–Não estou assustado inútil! Só não confio nele.-falou Haruo/Hana:

–Dōi shimasu! Eu concordo com Haruo, não temos motivos para crer que será fácil.-falou Norio:

–Pode sim ser mais difícil.-falou Kyo:

–Então, o que diabos, ele pode fazer para ficar difícil?!-indagou Riki:

–Ih... Relaxem! Não deve ser pior do que subir essa merda com as aqueles pesos inúteis. Paguei todos os pecados já.-falou Hotaru:-Pior do que está não fica!

Kohaku abriu o pote na frente dos garotos e despejou quatro cobras no chão, mas não eram quaisquer cobras. Eram cobras marrom escura com manchas marrom clara, de cabeça redonda e não muito comprida.

De qualquer forma, todos se levantaram e se afastaram o máximo que conseguiram ao avistar os bichos peçonhentos:

–Mas o quê que é isso?!-gritou Hotaru:

–O que foi que você disse mesmo, Huyata inútil?!-indagou irônico Goenji:

–Não pode piorar, não é?!-indagou Riki batendo na cabeça de Hotaru:

–Boca santa essa sua.-falou Hideo:

–O significa isso?!-indagou Ran:

–Quietos!-gritou Kohaku:-É o exercício de concentração que vocês terão.

–Perdão, mas... O senhor sabe que tem cobras ali e que não parecem ser muito amigáveis?!-indagou Hotaru:

–Amigáveis?! Essas são Gloydius blomhoffii, comumente conhecida como a Mamushi. As cobras mais venenosas do Japão, China e Ásia!-falou Daisuke:

–Hã?!-gritou Hotaru.

Hana sentia-se desfalecer conforme os bichos rastejavam se aproximando, com a língua para fora o tempo inteiro:

–Não é a cobra mais venenosa, é UMA DAS cobras mais venenosas. Peguei até leve com vocês.-falou Kohaku:

–Perdão?!-indagou Norio:

–Santo Deus...-murmurou Ran:

–Eu te odeio tanto, homem!-gritou Hotaru levando um soco novamente de Riki:

–E... O que devemos fazer, exatamente?-perguntou Jin:

–Contarei uma história a vocês...-murmurou Kohaku sentando no chão a frente dos garotos logo após colocar todas as serpentes dentro dos potes sem nenhum rastro de medo.

Hana apenas tentava inutilmente não perder a compostura, estava a beira das lágrimas, qualquer coisa ela aguentaria, porém ver aqueles bichos se aproximando dela, contendo em seu interior um veneno que a mataria em minutos, não a deixou muito corajosa. A coragem é como as folhas das árvores, qualquer vento forte demais as derruba, porém ainda existe uma ou duas folhas que ainda estão lá, só tem que tentar descobri-las dentro de si.

Hana percebeu a tensão vinda dos outros garotos, e isso um pouco a fez relaxar, mas não tanto para conseguir parar de tremer:

–O exército shibyō, que é o que estamos enfrentando atualmente... Digam-me, alguém aqui conhece a história real por trás das lendas contadas por esses homens?-perguntou Kohaku.

Hana franziu a sobrancelha ao mesmo tempo de que Takeshi cruzou os braços na altura do peito sem tirar as safiras de encontro a Kohaku, o silêncio fora total, nenhum ali conhecia o que realmente estavam enfrentando:

–Muito bem! Antes do exército shibyō, se tornar o exército shibyō... Houve um líder. O único homem ao qual eu me recordo de meus tempos em brigas que conseguia o foco perfeito e as habilidades grandiosas de um grande guerreiro! É, meus amigos, Kabuto era o maior homem que tive o desprazer de conhecer.-comelou Kohaku a se levantar e a andar pelos garotos que ainda sim mantinham os olhos cravados no sensei:-Kabuto dominou dois elementos em sua estadia no exército, foi o mais forte em litas corpo a corpo, suas armas causavam pânico em quem o visse, quando seu falcão, o bicho que ele domou, gritava anunciando sua chegada o inimigo tremia... Kabuto obtinha sua força de seu foco. Eu e Kabuto éramos conhecidos e colegas de guerra, antes dele fazer o que fez!-falou Kohaku limpando a garganta e colocando as mãos para trás do corpo, encarando um ponto qualquer do céu azul:-Lembro-me que o desgraçado dominou seu foco perfeito encarando a serpente mais venenosa do ambiente e a colocou em sua frente, e apenas com seus olhos de demônio o homem conseguiu hipnotizá-la, e ele faz isso com seus inimigos para ganhar vantagem. Seus olhos distraem sua vítima, e a mata sem dó!

Kohaku lançou uma faca passando pelos garotos até fincar-se na pedra atrás de todos eles, apenas se ouviu as salivas sendo engolidas em seco, enquanto a cor saía da face da maioria dos garotos:

–Ele traiu o exército se unindo ao inimigo. Kabuto matou o primeiro rei, dando lugar ao rei que conhecemos, depois matou o líder para o qual se aliou tomando seu posto. Ergueu o exército shibyō, onde até os ventos desaparecem quando estão por perto, porque conhecem que nada sai vivo das mãos daqueles infelizes!-gritou Kohaku com a raiva contida no peito.

Hana já não tinha mais ar, e estava respirado pesadamente tentando encontrar qualquer vestígio dele; suas mãos tremendo e sabia que estava pálida, o pânico tomava conta dela. Era isso o que aconteceria com ela! A ficha pareceu cair para a garota, ela estava na guerra, enfrentaria o exército shibyō, do qual se ouvia falar pelos que, com sorte ou milagre, saíam vivos de que tudo era destruído:

–Oh, Deus... E olha a nossa sorte maravilhosa, é justo o exército shibyō quem vamos enfrentar.-falou Hotaru passando a mão pela face:-Oh, desgraça! Já vou avisar minha mãe para preparar o caxão para a minha volta, porque meu povo não tem jeito!

–Cale-se!-gritou Hideo socando a cabeça do loiro:

–Não perca as esperanças, Huyata! Eu estou aqui e irei cuidar para que estejam a altura do exército, eles ainda estão se deslocando em nossa direção. Demorará, mas não tardará muito a chegarem a nós! E teremos que proteger o que nos pertence, a quem amamos, é por isso que estamos aqui!-falou Kohaku e todos assentiram.

Kohaku com as mãos os mandou levantar e se colocarem em sentido, pegou um pote e mostrou aonde a pedra que teriam que treinar seus focos. Kohaku levou a cobra com um graveto para a rocha, afastada e íngreme onde se caísse, certamente morreria.

Kohaku colocou a cobra ali e se colocou a frente dela com os olhos cravados ao da serpente, com o corpo deitado; Hana sentia a tensão e medo apenas de olhar seu sensei fazendo uma loucura daquela:

–Esse homem é doida, gente!-falou Hotaru:

–Graças a Deus, que ele é.-falou Shiro.

Kohaku depois de um tempo encarando a serpente começou a se erguer e a serpente foi subindo junto com ele, fazendo todos arregalarem os olhos. Kohaku ergueu a perna direita, enquanto se firmava com a esquerda e virava o corpo de lado com a mão esquerda para baixo e a direita do outro lado do corpo virada para cima. Kohaku mexia a cabeça e a cobra acompanhava:

–A serpente é seu reflexo... Seu espelho!-falou Kohaku:-Sintam seu chakra saindo de vocês ligando os pontos da serpente, sintam a energia e quando conseguirem...

Kohaku deu uma cambalhota para trás e a serpente o atacou com a boca escancarada pronta para mordê-lo no pescoço. O homem caiu no chão com os dois pés afastados e com a mão uma rocha caiu em cima da serpente a esmagando.

Ninguém ali ousou dizer palavra nenhuma, Kohaku dominava o elemento terra e com o foco que teve para com a serpente elevou sua atenção e seu chakra em sua meditação feita em segundos, para que ele conseguisse matá-la.

O homem se virou para todos, que ainda mantinham os olhares de surpresa para o chão, onde a perda jazia em cima do animal:

–Kabuto fazia isso. Nós éramos o espelho e ele quem conduzia, até... Matar sua vítima!-falou Kohaku.

O homem retirou sua parte superior da roupa de treinamento revelando uma mancha rocha em quase todo seu tórax, e fundo a marca de uma espada funda e costurada.

Hana sentiu o estômago revirar e apertou seu braço, ao qual mantinha uma cicatriz parecida, todos olharam sérios para Kohaku que mantinha a expressão séria depois de vestir o manto novamente:

–Nem todos que estão aqui retornarão para suas casas.-falou Kohaku:-Os que conseguirem isso, levarão as marcas da guerra em seus corpos para sempre, lembrando dos companheiros perdidos e lembrando do pesadelo vivido. Eu lutei contra Kabuto, meu amigo e companheiro de time, e ele quase me matou! Perdi quase todos os amigos naquela guerra... Então fiquem com algo em suas mentes, trabalhem duro e sejam os melhores, pois a morte ronda os guerreiros de perto.

Kohaku se afastou e Takeshi foi para o lado de Hana e colocou uma braço em cima de seu ombro como para passar segurança, Hotaru também recebeu o braço de Takeshi em seu ombro. Ambos encararam o garoto que os olhava com um olhar frio, sério e com algo a mais que Hana não conseguiu decifrar.

Logo Kohaku entregou para cada um ali um pote contendo uma das serpentes e os direcionou para seus respectivos lugares. Hana foi com os punhos cerrados e os olhos mirando os céus e a floresta verdeante embaixo de si, Hotaru mantinha um certo receio de ficar próximo do pote que Takeshi levava.

Hana sabia que o pai continha em seu corpo a marca da guerra, e que até o hoje o fazia sentir dor do que ele havia passado. E agora era algo certo que aconteceria com ela, levaria também marcas da guerra em seu corpo, se sobrevivesse:

–Vamos logo com isso!-falou Takeshi sério:

–Opa, cara! Espera aí!-falou Hotaru segurando os punhos de Takeshi com o pote e logo se afastou limpando as mãos:-Temos que fazer aquela pose estranha que Kohaku fez, e eu não sei como fazer.

–Tenha dó, Hotaru!-falou Takeshi:-Eu não acredito. O que estava fazendo quando ele estava em posição?!

–Eu estava rezando para a bicha da cobra não ir para a nossa direção e nem morder o coitado do homem, dá licença.-falou Hotaru:

–Eu mereço...-murmurou Takeshi colocando o pote no chão.

Hana se aproximou deles com os braços cruzados, vendo Takeshi com as safiras ainda mais belas e hipnotizantes fazendo a pose que Kohaku fez:

–Mantenha seus olhos fixos nos olhos da serpente.-falou Takeshi:-Entendeu?

–Saquei!-falou Hotaru fazendo o mesmo com os olhos verdes ainda mais intensos.

Hana sorriu de lado e fez a mesma coisa.

Takeshi encarou os olhos do garoto a sua frente, castanhos. Ainda mais fortes, vivos e com uma beleza estonteante da qual ele nunca vira em olhos dessa cor, um contraste que o fez ficar embasbacado não conseguindo desviar do olhar do garoto. Até que caiu em si voltando a sua posição inicial:

–Puxa, Haruo... Você é bem focado, vai conseguir rápido!-falou Hotaru:

–Arigatō!-falou Haruo/Hana passando as mãos atrás da cabeça:

–Jūbun'na!-falou Takeshi:-Vamos logo com isso, não estou a fim de ficar com isso o resto do dia!

–É mesmo... Com a barriga cheia do almoço deve ser pior para mater o equilíbrio!-falou Hotaru pensado alto:

–Baka!-falou Takeshi o fuzilando:

–Não é isso, Hotaru!-falou Haruo/Hana passando a mão pela testa:

–Ah, dane-se! Temos conceitos diferentes! Vamos logo!-falou Hotaru.

Takeshi pegou novamente o pote e estava nervoso. Havia um bicho que poderia o morder e matá-lo com seu veneno, estava tremendo levemente, mas quando estava prestes a abrir o pote um grito quase o o fez deixar a porcaria cair no chão.

Todos voltaram para o grito e viram um garoto com a serpente em cima dele mordendo seu pescoço, enquanto o garoto gritava e se debatia.

Kohaku correu até o garoto e pegou a serpente pelo pescoço, enquanto o doutor On e Cho se aproximavam do menino agora tremendo e tendo espasmos com saliva escorrendo da boca. O velho pegou uma seringa com uma grande agulha enquanto Cho limpava a mordida da cobra que pareceu queimar, porque o garoto gritou ainda mais.

On injetou o antídoto o garoto que começou a se recuperar, porém ainda se mantinha deitado:

–Pois é, né... Takeshi você primeiro! Faça as honras!-falou Hotaru e Takeshi o fuzilou:-Porque caso você morrer, eu nem tento!

–Seja homem! Está com medo de uma cobra!-falou Takeshi:

–Epa! Epa! Epa! Não é só uma cobra, o infeliz! Você viu o que o bicho fez no coitado do garoto, não estou a fim de passar por isso.-falou Hotaru:

–Então faça direito!-falou Takeshi.

Takeshi colocou o pote próximo da pedra e ele estava nervoso, engolia em seco conforme suas mãos trêmulas vagavam até a tampa do pote:

–Vai logo, Takeshi! Vou ter um infarto aqui, meu filho!-gritou Hotaru.

Takeshi foi rápido e retirou a tampa ao mesmo tempo em que se colocou próximo da cobra e foi encará-la, ele estava nervoso e quando suas orbes fitaram os olhos frios e quase inacreditáveis da serpente, entrou em pânico. A serpente foi para cima dele, e quando o garoto foi desviar ela deu o bote em direção ao seu pescoço.

Hana sentiu o peito gelar quando viu Takeshi caindo de costas no chão e a cobra em seu pescoço injetando seu veneno letal. Takeshi não pronunciava nenhum som, nem mesmo um grito de surpresa escapou de seus lábios; o garoto mordia forte os lábios, enquanto tirava a cobra de seu corpo e a jogou longe.

Hotaru começou a gritar por ajuda, enquanto Hana se abaixou ao lado de Takeshi que estava irado de raiva por ter sido pego, o garoto abriu os olhos vermelhos e Hana fez menção de sair, porém segurou a cabeça do garoto, enquanto Cho e o doutor On se aproximavam com a injeção.

Hana ficou mais aliviada ao ver o homem injetando o veneno em Takeshi, mas sentiu-se fria e com uma sensação muito ruim em cima de si:

–H-Ha-Haruo... Não se mecha!-a voz de Hotaru ecoou em seu tímpanos.

Hana encarou Cho que mantinha o olhar arregalado e o doutor On agarrado ao braço da filha, Takeshi estava com as orbes rubras encarando algo atrás de Hana. Engolindo em seco a garota ainda agachada virou-se rapidamente encarando a cobra enrolada pronta para atacar novamente.

Hana fitou a cobra, concentrou-se toda sua atenção nos olhos horrendos com apenas um único risco castanho e negro no globo ocular do animal. Sem se dar conta, Hana desligou-se de tudo ao seu redor e só se concentrou em olhar a cobra que a encarava de volta.

Hana se ergueu ficando de pé e a cobra ergueu-se junto com a língua para fora sem desviar o olhar, Hana mexia a cabeça de um lado para o outro e a cobra imitava-a, logo sustentou-se por apenas a perna esquerda, erguendo a direita e endireitando as mãos. A cobra balançava o corpo conforme Hana mexia sua cabeça, a garota começou a sentir uma energia diferente tomar conta de seu corpo, como uma aura nova que a fortalecia e queimava como fogo em suas veias.

Seus olhos começaram a enxergar vermelho e ela conseguiu ver uns pontos azuis no corpo da serpente, porém o grito de Hotaru a distraiu e a cobra pulou para o bote, Hana apenas teve tempo de pular e com a mão socou a cobra que caiu no chão.

Hana sentiu o sangue saindo de sua mão, e o corpo começar a tremer conforme o maldito veneno impregnava em seu corpo. A garota caiu no chão tendo espasmos e sua visão voltou ao normal, porém ela sentia dor e falta de ar; logo o doutor On se aproximou de Hana e Cho colocou a cabeça da garota em sue colo, enquanto Hana gritava pela dor que o veneno fazia.

O ar não chegava em seus pulmões e Hana sentia veias saltando de seu pescoço, eram veias grossas que começaram de sua mão, aonde a picada foi desfalecida. Hana sentia todo o corpo tremer e uma dor muito forte em seu peito.

Logo sua visão foi escurecendo e o corpo ainda mais convencionado. Até que o ar retornou a seus pulmões e ela arregalou os olhos conforme o órgão era preenchido pelo oxigênio:

–AHH!-ela gritou, porém Cho tapou sua boca, porque escutou um grito fino saltar de sua garganta.

Hana olhou direto pra Cho, conforme todos estavam envolta dela. Ela ergueu o tronco e foi caminhando cambaleando ainda sentindo dor em seu peito, porém parou ao ver a cobra se contorcendo em chamas pelo corpo:

–Nani....?!-indagou Haruo/Hana:

–Meus parabéns, Haruo!-falou Kohaku se aproximando:-Seus olhos devem ser mesmo hipnotizantes, de primeira conseguiu domá-la! Seu foco pode ser tão bom quanto o do desgraçado de Kabuto e domina o elemento fogo como o seu pai, excelente. Omedetō!

Hana foi abraçada por Hotaru e em seguida parabenizada pelos demais garotos, porém somente de longe, porque Kohaku exigiu que voltassem ao treinamento. Hana sorriu de lado e foi acompanhado ao lado de Cho se sentar mais afastada porque ainda sentia dores.

Sentou-se em uma pedra, ainda sentia espasmos pelo corpo, porém a felicidade de conseguir algo tão difícil a fez esquecer o veneno que havia estalado em seu corpo pela maldita serpente:

–Shinjirarenai!-falou Cho estendendo um copo de madeira com água a Hana que sorriu de lado:-Como conseguiu? Foi a... Digo, o primeiro Haruo-kun!

Hana sorriu piscando para Cho que a acompanhou, porque On estava perto também parabenizando-a:

–Arigatō! Mas também não tenho ideia de como conseguir isso.-falou Haruo/Hana:-Talvez seja sorte.

–Muito curioso... Homens não possuem muita facilidade com os olhos, encarar e hipnotismo juntamente com foco junto para liberar o chakra é algo complicado.-falou o velho On chamando a atenção das duas garotas que o encararam:

–Como assim...?-perguntou Haruo/Hana:

–Otōsan...?-perguntou Cho:

–É um desafio muito difícil e desgastante, ainda mais para o organismo por conta do veneno.-falou On:

–É horrível, parece que te destrói de dentro por fora.-falou Haruo/Hana:

–Pois então... Mulheres possuem um olho mais apurado para tais coisas.-falou On.

Hana engasgou com a água começando a tossir convulsamente, sendo amparada por Cho que correu batendo levemente em suas costas, porém Hana estava mesmo engasgada:

–Saia Cho! Tem que ser mais forte... Bata com vontade!-falou On se aproximando de Hana e lhe dando um murro nas costas, tirando o ar da garota, fazendo-a arregalar os olhos e depois respirar novamente:

–O-Ob-Obrigado...-murmurou Haruo/Hana:-Doutor, está me estranhando dizendo que tenho olhos de mulher?!

Hana falou com certa ironia e raiva na voz, temendo que o velho descobrisse:

–Não, não, não Haruo-sama! De jeito nenhum. Apenas foi uma ideia vaga em minha mente, mas ainda sim um feito muito surpreendente.-falou On e Hana assentiu.

Hana ouviu mais um grito, agora vindo de Daisuke que estava no chão caído com a cobra mordendo sua perna, logo On e Cho saíram correndo para socorrer o garoto.

Hana suspirou passando a mão pelo peito e seus olhos encontraram com as safiras de Takeshi que lhe encaravam em raiva e surpresa ao mesmo tempo. Hana sorriu e acenou para Takeshi e Hotaru, porém parou assim que Hotaru fugiu da cobra e caiu em cima de Takeshi coma cobra em cima dele:

–Tira essa merda de mim!-gritou Hotaru:

–Toridasu! Toridasu! Inútil!-gritou Takeshi:

–Pois bem Haruo...-murmurou Kohaku sentando ao lado de Hana que fez uma pose mais masculina:

–Sensei.-disse em respeito:

–Isso vai demorar!-falou Kohaku fechando os olhos.

Hana encarou Hotaru e Takeshi mais uma vez e franziu a testa para o loiro:

–Eu estou morrendo! Tira essa desgraça de cobra de mim! Takeshi seu inútil, faça alguma coisa!-gritava o loiro:

–Toridasu! Eu irei te matar!-gritou Takeshi.

Hana voltou sua atenção para o homem ao seu lado e sorriu de lado:

–-Dōi shimasu.-falou Hana sorrindo:-Vai demorar muito mesmo

 

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

:) :)