Guerreiros escrita por L M


Capítulo 27
同居


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente eu queria agradecer pela recomendação super fofa que recebi!! Obrigada NLGRLG, eu a adorei!!! :) :)
Boa leitura!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/617825/chapter/27

–Nunca se sabe quando você finalmente irá morrer, ninguém tem total certeza de quanto tempo ficaremos na Terra e nem como partiremos. Como homens em um exército devem está sempre prontos para sentir a lâmina fria da espada atravessando sua pele e matando-os, lembrem-se a morte será uma amiga próxima de vocês! Podem nunca mais ver suas famílias, podem nunca mais ter o beijo da sôfrega mãe em suas testas, ou os lábios famintos de suas mulheres contra você!

O velho Fugaku estava mais uma vez a falar sobre morte e a preparar os soldados para o que estava por vir na vida dele, sempre voltavam para a questão da morte; Hana via que a maioria dos garotos e dos homens já de idade ali presentes, ainda tremiam sobre a armadura ao ouvir esta palavra fria e sem alma, que ficava a espreita pronta para levar embora as almas perdidas, porque os corpos que as habitavam não existem mais.

Hana estava em um canto sozinha com um chá horrível que Cho a estava obrigando a tomar, a noite estava bonita e a Lua estava cheia e ainda mais iluminada, haviam estrelas no céu escuro, e parecia uma pintura de tantos pontos brilhantes e belos. As tochas em meio ao acampamento aqueciam a atmosfera fria e horrível ao redor.

Todos os garotos estavam prestando atenção as palavras do velho Fugaku, era como um intervalo durante algumas noites de treinamento o que tem acontecido com mais frequência, depois que Kohaku aprovou o movimento do velho que estava exigindo este tempo com os soldados:

–Nós iremos para o inferno? Porque mataremos pessoas.-indagou Shiro ingênuo e os demais garotos o encararam:

–Boa pergunta moleque roliço. Ninguém sabe, és uma divindade exclusiva daqueles que já se foram; só eles conhecem a resposta!-falou o velho o encarando firme, fazendo o pobre garoto engolir em seco:

–Eu não quero conhecer essa resposta tão cedo.-falou Hotaru:

–Você não sabe loiro. Ninguém sabe!-falou o velho:

–Ah, meu filho eu não vou morrer! Mas de jeiot nenhum!-indagou Hotaru chamando a atemção de todos:-Tenho muita coisa para fazer ainda, quero namorar, casas, trair minha esposa, divorciar, namorar de novo, casar, ter filhos e ser um grande guerreiro! Nessa ordem... DEPOIS que eu estiver psicologicamente já disposto e maduro, posso esperar a morte contente e ainda vou dando a mão a bicha!

–Você possui algum problema especial?-perguntou Fugaku e os demais garotos riram.

Hana sorriu ainda bebendo o chá que a cada gole ficava ainda mais amargo e horrível, como se fosse peixe vencido com água suja. Mas como Cho disse que a faria bem, quem ela era para contra dizer?!

–Não! É distúrbio mesmo, sr. Fugaku! E parece não ter cura.-falou Hideo batendo nas costas do garoto:

–Ah, fica na sua olho esquisito!-falou Hotaru:

–Ele tem uma visão engraçada da morte. Acho que é importante, quanto mais pensamos, mais atraímos.-falou Norio:

–Tá vendo?! Não sei como o velhote Fugaku viveu até aqui, já que só sabe falar do raio da morte o tempo inteiro.-falou Hotaru e levou um tapa na cabeça:

–Mais respeito Huyata!-falou Goenji:

–Cale-se ruivo de padaria!-falou Hotaru:

–Opa! Opa! Esses cabelos aqui, ô invejoso é natural da fábrica da minha mãe com os genes fortes de meu pai.-falou Goenji:

–Esses genes já estavam vencidos, né?!-indagou Hotaru e Goenji estava indo para cima dele, mas os garotos o seguram.

Hana notou perto da saída Takeshi encostado na madeira que segurava a tenda e estava com os braços cruzados, a cabeça abaixada e os olhos escondidos apenas ouvindo em silêncio. Do outro lado Jin mantinha-se encarando sério tudo ao seu redor, parecia que o garoto de cabelos brancos espetados e olhos azuis nunca sorriu, ou se já, desaprendeu tragicamente.

Hana apenas acordou de seus devaneios quando um biscoito da sorte foi arremessado em sua face, a garota deu um pulo e sorriu de lado acompanhando as risadas do local:

–Qual é, Haruo?! Acorda meu filho! Participa da conversa!Não vire um Takeshi ou Jin.-falou Hotaru e Jin lhe jogou uma almofada:

–Inútil!-falou o garoto:

–Nandeshou ka?-perguntou sorrindo de lado e colocando a caneca com chá restante de lado e encarou a todos:

–Como se sente próximo a morte certa?-perguntou Fugaku:-Como nos sentimos é importante!

–Nossa Senhora, velho! Você tem que é nos animar e não colocar traumas em nossas mentes fracas. Deus do céu! Daqui a pouco tô sonhando com morte, já, não vai ser você que vai me acodir, né?! Ainda vou apanhar do Takeshi.-falou Hotaru:

–Cale-se!-gritaram os demais garotos.

Hana encarou Fugaku refletindo sobre a pergunta dirigida a si.

Fugaku era um velho de cabelos cinzas que usava uma faixa verde escura com o símbolo do rei gravado de ouro nela, suas roupas eram brancas com verde-musgo com faixas e ele mantinha as mãos escondidas sobre o kimono que usava. O homem tinha rugas e seus olhos castanhos eram bem ameaçadores, mas no momento só demonstravam curiosidade:

–Eu não sei, ao certo o que responder senhor.-falou Haruo/Hana o encarando sem saber o que falar:

–Como se sente em relação a isso? A como os outros próximos de você reagirá ao saber da perda, ao que você sentirá no momento da partida.-falou o homem o encarando mais profundamente.

Todos ao redor usavam casacos pelo grande frio que estava fazendo ultimamente e Hana utilizava uma roupa de frio do próprio pai, e inalando o cheiro dele a saudade lhe bate com força; todavia pensando sobre morte e a pergunta que lhe rondava vinda do velho Fugaku.

Não se sentia com temor por morrer, na verdade ela já ouvira o pai contando várias histórias de homens valentes que deram suas vidas para salvar a de companheiros e se eles não temeram, o que há a temer?! A morte em si não deve ser tão insuportável, quanto viver sofrendo; as vezes ela via pessoas doentes que imploravam para partirem logo.

Seus pensamentos iam a pessoas já idosas que não temiam a figura que chegaria e os levaria a uma estrada que nenhum vivo conhecia; por que eles não a temiam? Seria por quê estavam mais vividos, talvez?! Não... Mesmo tendo experiência de vida, ainda eram seres-humanos e isso não muda, os sentimentos são iguais e o medo existe:

–Com todo o respeito, senhor Fugaku, mas para mim... Não faz a menor diferença. Eu não dou a mínima para morrer.-falou Haruo/Hana dando de ombros e o homem a encarou com certa curiosidade:

–Mas não pensa em quem deixará aqui?-indagou o homem:

–Eu não vivo para os outros, eu vivo para mim mesmo.-respondeu não tirando os olhos do velho que ainda mantinha-se na defensiva:

–Então o que eles sentirem em relação não importa a você, rapaz?É isso o que está me dizendo?-perguntou o home com a voz mais grave possível:

–Interprete como quiser.-falou Haruo/Hana sando de ombros:-Não que eu seja frio, não é isso. Eu ligo para a minha família, mas eles... São meio distantes de mim, sei que chorarão se souberem que morri, sei que sentirão dor. Mas... Para mim simplesmente é algo que eu não vejo passar de metade de um dia.

–Então, diz que sua família não liga para ti, é isso?!-o homem ainda tentava arrancar algo de Hana que apenas riu tristemente e se levantou erguendo a cabeça encarando o homem:

–Talvez, eu não sei dizer. Se o senhor quiser pode procurar saber por mim.-falou Haruo/Hana:

–Não sabe da cicatriz que ficará em sua família, em como eles se sentirão perante a dor... Isso não é importante para você?! Seu pai que é um grande guerreiro, perder um filho para a guerra deve abrir uma ferida enorme nele!-falou o homem agora elevando o tom de voz, sentindo uma afronta o que o garoto estava lhe falando.

Hana não estava abalada pelo comportamento do homem, tão pouco se importava com os olhares sobre si, ela não estava vendo nenhum outro olhar a não ser o do velho Fugaku que a encarava com certa raiva contida ali nas íris marrons:

–Senhor... Sei que aguentariam uma ferida, e ainda mais uma cicatriz.-falou Haruo/Hana:

–Deus, garoto! Seus pais sofrem quando se machuca, ainda mais quando estará morto. Pense no que sentiriam, como doerá neles!-falou o homem:

–Eles não ligam muito para isso. Só se importam com honra!-falou Haruo/Hana indiferente. A garota ergue a manga da blusa do braço esquerdo e começa a desamarrar as faixas que ali escondia seu ferimento que doía ainda. Afinal, o próprio pai lhe ferir com o que ela mais adorava que era seu fogo "mágico", era algo que ainda machucava.

Hana arrancou as faixas e mostrou o braço queimado, os olhos do velho se arregalaram em proporção a seus lábios que se abriram o máximo que conseguia, ninguém pronunciava nada, os olhos cravados na marca roxa e vermelha no braço de Hana que apenas mostrava séria:

–Acho que eles não se importam tanto com um ferimento. Se eu morrer não ligaram tanto quanto pensa, por isso para mim não quer dizer absolutamente nada!-falou Haruo/Hana voltando a enfaixar seu braço esquerdo:

–Ra-Rapaz... Haruo-sama... Foi seu p-pai quem fez, quer dizer...-começou o homem, mas Hana o poupou da fala desnecessária:

–Meu pai não gosta de ser contrariado, e eu simplesmente estava impondo meu pensamento em um momento errado. Quando ele está com raiva não controla as chamas, ele agarrou meu braço e simplesmente nã conseguiu segurar o fogo. Queimou tudo!-falou Haruo/Hana:-A conversa está ótima, mas eu acho que eu passo o resto. Konbanwa minasan!

Hana foi andando com as mãos dentro dos bolsos do casaco que usava, ela foi caminhando em direção a sua tenda, não estava muito tarde e então resolveu treinar sua mira com o arco e flecha, já que não conseguia segurar uma espada e o treinamento seria bem pesado no dia seguinte, segundo Kohaku, o que não era novidade para ninguém. Ela resolveu treinar.

Hana chegou na sua tenda e pegou o arco e flecha, saindo e retomando o caminho em direção ao campo de treinamento. O vento gelado soprava forte, o vapor gelado saía dos lábios de Hana conforme ela respirava e o céu estava com nuvens negras, sinal de que o tempo estava mudando.

A grama estava molhada levemente, pela garoa que se formava, as botas de Hana a protegiam e o agasalho se tornava sua muralha contra as correntes frias que congelavam o mais quente sangue. Ela avistou os alvos a sua frente e apontou o arco em posição, respirando fundo o quanto podia, fechando um dos olhos e disparando.

Hana corria e se abaixava pela garoa que caía, onde a Lua testemunhava seu crescimento, a menina não errava um alvo sequer, a mira era precisa e o foco certo, se errava era por pouco. Caiá de joelhos, deslizando pela grama escorregadia e acertando no foco; como se fosse em uma batalha.

Ela se ergueu ofegante e satisfeita por conseguir e surpresa por herdar tal arma de seu avô Hong. Logo passos foram ouvidos se aproximando e ela virou o corpo encarando as safiras de Takeshi se aproximando em silêncio e sério em direção a ela. O coração disparou e seu estômago começou a revirar, mas a raiva ainda era presente dentro de seu peito em reação ao garoto e ela apenas o encarou se aproximando com o arco em mãos:

–O que quer aqui, Wurochiha?-perguntou Haruo/Hana com certa raiva:

–Não vim aqui para brigar.-falou Takeshi o encarado fundo nos olhos:

–Nossa... Deve ser por isso que está esse tempo frio.-falou Haruo irônico e Takeshi fechou os punhos tentando controlar a vontade de socá-lo:

–Com você falando assim fica difícil.-falou Takeshi:

–Azar o seu.-falou Haruo/Hana se virando e mirando no próximo alvo e o acertando no ponto certo e com força pela raiva que estava sentindo:

–Você é bom em mira.-falou Takeshi o observando:

–Você está me elogiando?! Está bêbado, cara?!-falou Haruo/Hana:

–Sei reconhecer quando um homem é bom.-falou Takeshi:

–E ainda me considerando um homem...-falou Haruo/Hana se aproximando do rosto de Takeshi e pousando sua mão em sua testa fria. Takeshi sentiu o sangue gelar com o contato do garoto e Hana sentiu o peito disparar e logo retirou a mão apressadamente:-Bom, febre não é. Sugiro que procure ajuda para esse distúrbio.

–Jūbun'na!-falou Takeshi com raiva:

–Voltou ao normal?!-indagou Haruo/Hana:

–Estou aqui engolindo a porra do meu orgulho e você não me deixa reparar meu erro!-falou Takeshi com raiva:

–Erro?! Que erro está falando...?! Ah, já sei... De falar que meu pai deve está com desgosto de mim e que sou uma vergonha?!-gritou Haruo/Haa se aproximando de Takeshi:-Eu todo arrebentado e você falando isso, só quero que saiba que não estou com raiva. Da próxima vez que você disser algo assim novamente, não me importa o sentido dessa merda, mas quebrarei seu pescoço.

Hana voltou sua atenção para o treinamento, estava com raiva de Takeshi, nunca sentiu tamanho ódio na vida. As palavras dele a feriram fortemente ainda era capaz de ouvi-las e as mesmas a machucar sempre:

–Eu entendo...-começou Takeshi:-Mas quero que saiba que não pedirei desculpas, não é de meu feitio! E se ficar com raiva e continuar a nutri-la, vai nos prejudicar!

–Cale a boca!-gritou Haruo/Hana se virando para Takeshi com raiva:

–Isso não quer dizer que vou deixar falar assim de mim, moleque!-gritou Takeshi:

–Agora sou moleque?! É bipolar, Takeshi?!-gritou Haruo/Hana se aproximando:

–Não tem como manter um diálogo com você.-falou Takeshi se controlando:

–Não se controle, vamos... Mostre-me seus olhos vermelhos e tente me ameaçar.-falou Haruo e Takeshi parou se aproximando de Hana e retirando o arco de suas mãos e a aljava de flechas o jogando longe e pegando Hana pelo colarinho a erguendo:-Não tenho medo de você!

–Grande erro!-falou Takeshi:-Mas não irei fazer nada, gostaria de te contar uma coisa! Venha!

Takeshi saiu andando e puxando Hana pelo colarinho da blusa e ela tentava se soltar, mas o garoto era incrivelmente mais forte do que ela e a menina apenas deixou-se levar pelo garoto.

Takeshi a guiou até no limite do acampamento, saindo do mesmo pela entrada a passo rápidos, Hana sentiu um certo temor para onde o garoto a estava levando:

–Aonde estamos indo, maluco?!-indagou Haruo/Hana:

–Cale-se e venha!-falou Takeshi.

Estavam entrando na floresta e andaram alguns quilômetros e Takeshi largou Hana e sentou-se em uma rocha que ali estava. Dava para ver a Lua no céu escuro rodeado de nuvens, o vento ainda era mais forte e frio ali e Hana apenas bateu os queixos se juntando mais a blusa:

–Deus! Quer pegar uma doença?!-indagou Haruo/Hana:

–Anata... Você tem um ferimento que seu pai fez.-falou Takeshi e Hana automaticamente foi com a mão direita a tocar seu braço ferido e abaixou o olhar:

–E...?-perguntou em interesse:

–Eu posso ver?-perguntou Takeshi ainda sentado na rocha sem ao menos lhe dirigir um olhar:

–Por que?-perguntou Haruo/Hana desconfiado:

–Apenas me mostre, Honō ryū!-falou Takeshi.

Hana ainda meio perdida começou a se encaminhar para perto de Takeshi e parou a sua frente se ajoelhando retirando a faixa que prendia seu ferimento e deixando-o a mostra para Takeshi ver. A garota não gostava de ver, então apenas abaixou o olhar e se encolheu discretamente sentindo o frio lhe envolver.

Takeshi observou a pele queimada e viu filetes vermelho escuro e com veias rochas aparecendo, não achou horrível. Era a marca que ele preferia ter em seu rosto, ou até mesmo perder a visão do que ter aquele dom que o amedrontava.

Takeshi nem se deu conta no momento em que pegou o braço de Hana e começou a passar a mão pelo machucado, nem se tocando de que aquele braço para ele era de um garoto. Hana sentiu o peito acelerar e Takeshi logo a encarou largando seu braço com violência.

Hana ergueu uma das sobrancelhas. Takeshi fechou os olhos e apertou os punhos, abriu os olhos e as íris se tornaram rubras, como se sangue estivesse armazenado ali, porém não era... Era apenas a cor natural deles, quando o garoto sentia raiva e não controlava:

–Já conheço isso.-falou Haruo/Hana se levantando e Takeshi ergueu-se junto:

–Foi meu pai quem fez isso comigo, Haruo.-falou Takeshi.

Hana arregalou os olhos. Não sabia que Mitsuo pudesse ser tão desumano.

Takeshi não sabia muito bem por que estava falando isso com um desconhecido e o que mais lhe irritava, porém sentia confiança nele e acreditava que ele poderia lhe entender:

–Minha mãe morreu e ele começou a perder o juízo pela surpresa. Começou a emanar fogo das mãos e colocar fogo no corpo dela que estava em meus braços, eu só tinha doze anos...-começou Takeshi a contar frio a história do dia em que mais amaldiçoava:-Fiquei louco quando o vi queimando-a e queimando tudo ao redor, fui para cima dele com toda a raiva tentando fazê-lo parar e...

A dor parecia ainda viva em sua carne, no momento em que seu pai o segurou pelas mãos emanando fogo em seus olhos que estavam abertos e escorriam lágrimas. As chamas entrando dentro de suas órbitas e começando a queimá-las, a dor de sentir o fogo impregnando seus olhos ainda o amedrontava:

–Ele não se controlou e colocou fogo em meus olhos.-falou Takeshi:

–Deus, Takeshi! Poderia ter ficado cego. Como não aconteceu isso?!-indagou Haruo/Hana tentando manter a voz ainda rouca:

–Jin me achou e me levou a um curandeiro que conseguiu inverter a cegueira em outra coisa. No momento eu enxergo em vermelho e consigo identificar seus pontos de chakra onde eu poderia emaar fogo e queimá-los para que não me machucasse em uma batalha.-falou Takeshi:-O fogo aparece pelos olhos... E não posso ficar com raiva de nada, sem perder o controle e machucar inocentes.

–Entendo...-começou Haruo/Hana e ela se sentou na rocha enrolando a faixa em seu braço.

Takeshi voltou a ficar com os olhos azuis e se sentou ao lado de Hana, que ele acreditava ser Haruo:

–As vezes tenho dificuldade para enxergar certas coisas.-falou Takeshi:

–Odeia Mitsuo por isso?-perguntou Haruo/Hana:

–Não o odeio por me fazer isso. O odeio por queimar minha própria mãe na minha frente, não importa se ela estava... Morta ou não!-falou o garoto:

–Eu havia brigado com ele porque...-começou Haruo/Hana mas ao lembrar disso era bem doloroso:

–Fale, já dei uma de gay. Sua vez!-falou Takeshi indiferente:-Ande logo!

–Espera, que é difícil o bloco de gelo ambulante!-falou Haruo/Hana:-Tá bem... Estávamos em um almoço de família, eu havia chegado de viagem e cheguei um pouco atrasado, porém Riki havia me contado que meu pai...

–Seu pai...! Vamos conte logo. quero sair daqui! Vamos pegar uma doença nesse ar gelado!-falou Takeshi a apressando:

–A culpa é sua! Quis vim agora aguente!-falou Haruo/Hana:-Meu pai estava indo para guerra, mas ele foi ferido durante um tampo e esse ferimento requer cuidados e vem piorando, eu o presenciei com crises. Eu e meu irmão menor!-falou Haruo/Hana:-Eu me ofereci para vim em seu lugar e ele se estressou, falou que ele iria. Não estava morto e sabia como dar honra a família ao contrário de mim... Eu segurei seu braço e continuei brigando com ele, até que ele emanou o fogo.

–Ele te queimou por você querer o salvar?!-indagou Takeshi:

–Mais ou menos por aí...-falou Haruo/Hana rindo sem humor:-As chamas cozinhando meu braço não doeu tanto, quanto saber que ele havia me ferido com algo que eu tanto almejei e sentia orgulho dele!

–Sei como é...-murmurou Takeshi:

–Por isso não faz diferença para mim, morrer...-falou Haruo/Hana:

–A mim também não, cara.-falou Takeshi:-Mas se é para morrer eu escolho morrer dando porrada em quem está nos ameaçando!

–Eu também! Seria uma boa maneira de partir!-falou Haruo/Hana:

–Seria.-falou Takeshi baixou e rindo de lado.

Ambos continuavam a se encarar, enquanto o vento ainda soprava-lhes a face pálida de ambos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Haneshi!!!