Guerreiros escrita por L M


Capítulo 12
濃度


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!!



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A noite chegou na floresta onde depois de mais algumas horas de caminhada Riki e Hana haviam parado para passar a noite.

Os cavalos estavam pastando ali perto presos em uma árvore, enquanto Hana e Riki estavam ao redor de uma fogueira, improvisada pelo garoto, para se manterem aquecidos. Hana estava sem o capacete e deixou os cabelos soltos, enquanto Riki retirava os últimos pedaços de bolo de dentro de sua mochila e entrega para Hana que se mantinha quieta durante todo o percurso.

Riki se sentiu culpado, mas não disse nada além da verdade a sua amiga, o garoto encarou o braço esquerdo de Hana, que mesmo com a luva de couro preta dava para ver vestígios de faixas brancas enroladas no braço da garota. Riki teve o vislumbre de ver o guerreiro Chang segurando o braço de Hana e sair fogo de sua mão e as mesmas consumirem o braço da menina.

Riki encarou Hana que estava longe em pensamentos, enquanto comia o pedaço de bolo:

–Hana-chan.-falou Riki e a menina o encarou em dúvida:-Como está o seu braço?

Hana pareceu se recordar do incidente também, sentindo o peito doer e os pelos de eriçarem de pavor ao lembrar-se da dor que a consumiu. A menina piscou e retirou a luva da mão, começando a desenrolar a faixa que estava sobre seu braço.

Quando retirou por completo seus olhos se arregalaram, e Riki tapou a boca com a mão encarando o braço de Hana. O que antes era pele branca e suave, estava agora com manchas vermelhas de queimadura que não iria sair jamais que estavam do cotovelo até uma pequena parte dos dedos.

Hana ofegou e passou a outra mão trêmula sobre o ferimento e fechou os olhos séria, para em seguida enrolar a faixa novamente em seu braço do mesmo modo que estava antes. Ela não retiraria nunca mais a faixa do ferimento, não queria olhar novamente e, certamente, não queria que ninguém o visse a não ser Riki:

–Ficou feio...-ela murmurou depois que recolocou a luva:

–Ah... Eu sinto muito, Hana-chan. Jissai ni.-falou Riki e ela apenas assentiu levemente:

–Ele não quis fazer isso, apenas perdeu o controle. Já vi isso acontecer algumas vezes, mas ele nunca feriu ninguém... Até agora!-falou a garota olhando o braço:

–E sairá?-perguntou Riki comendo o bolo:

–Provavelmente não, mas eu não me importo.-falou a garota:-Estamos indo para guerra, onde faremos coleções de ferimentos que ficarão pelos nossos corpos para nos recordar.

Riki a encarou e viu a mesma olhando a Lua com os olhos brilhantes, os cavalos estavam se preparando para dormir, ambos não sabiam que horas eram, só iriam dormir quando se sentissem realmente prontos para isso:

–Não quero que fique menos feminina pelo o que eu disse.-falou Riki e Hana riu alto chamando a atenção do garoto:

–Você estava certo! Fez bem em me alertar, não vou deixar de ser uma garota só porque cortei os cabelos e coloquei roupas de homem, Riki-kun.-falou a menina com os olhos fechados:

–Fico feliz com isso!-falou Riki rindo:

–Só quero parecer como um homem agora. Eu sou um homem agora, não sou mais Hana...-falou a garota:

–Hum... Então irá carregar o sobrenome de sua família, certo?-perguntou Riki se sentando perto dela:

–Shimu!-respondeu ela rindo:-Isso mesmo!

–Então, como vai se chamar como garoto?-perguntou Riki sorrindo de lado vendo a expressão de Hana se assustar:

–Oh, meu Deus! Como fui esquecer disso?!-indagou a garota se virando para Riki:-E agora? Todos sabem que meu pai só tem duas filhas e UM filho, o que vou fazer?!

–Invente algo, ninguém conhece tudo sobre o misterioso guerreiro Chang. Esse é o mínimo de seus problemas.-falou Riki:

–Então, me batize!-falou a garota virando completamente para Riki:

–Nani?!-indagou o menino:

–Fale um nome para mim, Riki-kun!-falou a garota.

Riki ficou pensando e achando a situação muito estranha, mas não pode deixar de sorrir pelo pedido da amiga. Riki pegou os cabelos de Hana e os prendeu colocando o capacete em sua cabeça em seguida, olhou bem fundo no rosto do garoto que ela parecia (ou queria aparecer) e ficou pensando qual nome pareceria mais com ela/ele:

–Hum... Haruo!-falou o menino sorrindo de lado:

–Haruo? Que sem graça... Por quê esse?-perguntou a menina:

–Porque seu nome quer dizer flor, e Haruo significa homem da primavera.-falou Riki sorrindo de lado e colocando as mãos trás da cabeça:-Minha mãe iria me chamar assim, mas meu pai que escolheu meu nome... Sei lá, só seria um nome que eu colocaria em meu futuro filho.

O garoto deu de ombros e fechou os olhos sentindo a brisa fresca da noite lhe envolver.

–Haruo... Haruo... É, até que não soa ruim! Eu gostei!-falou a menina abraçando Riki que sentiu o rosto esquentar:-Muito obrigada, Riki-kun!

–Não precisa agradecer.-falou Riki acariciando o rosto dela:-Mas quando for fazer isso tire o capacete, sinto-me estranho com um garoto me abraçando.

Hana riu e foi se deitar próxima ao cavalo de seu pai.

Riki ficou alguns instantes a encarando, passou as mãos pela face sentindo os pelos se eriçarem conforme o vento se tornava mais frio e a fogueira já não estava aguentando manter o calor. O garoto se ergueu e começou a procurar mais lenha para colocar na mesma, e deixou Hana dormindo próxima ao cavalo negro de Chang.

Riki ia caminhando com as mãos atrás da cabeça e ficava com sua mente vagando por outros mundos, o medo o consumia pela vida Hana, claro que ela é a garota mais corajosa que ele já vira ou a mais maluca, porém dependente de ser corajosa ou não, foi a atitude mais bela que ele já vira. Riki se sentia de certo modo o protetor de Hana, sabia que não poderia manter tanto contato quanto gostaria com a garota para não levantar as suspeitas dos vários garotos que irão está lá, mas também tinha que abraçá-la para ter certeza de que ela estará a salvo.

O garoto foi pegando os gravetos que ele ia achando pelo chão e logo ouviu passos de cavalos se aproximando:

–Korehanandesuka?! Mas o que, infernos, é isso?!-indagou o garoto ouvindo os passos de cavalo aumentando.

Riki correu e pulo dentro de um tronco oco de árvore caído no chão e lá ficou imóvel. O cavalo parou próximo à clareira e o garoto saiu de cima do animal e começou a rondar o local, Riki se espremeu e tentou ver o rosto do garoto.

A pele era pálida, os cabelos castanhos escuros e lisos caíam pelas costas, o garoto usava um uniforme branco com faixas negras. O cavalo era de pelagem cinza e o brasão que levava ao lado do animal era o rosto de um tigre-branco:

–Soreha suru koto wa dekimasen!-murmurou Riki olhando mais a fundo do garoto:-Não pode ser!

O garoto que levava uma espada em sua cintura retornou a montar em seu cavalo e falou para si mesmo:

–Yosō sa reru yō ni... Para oeste, como eu suspeitava!-murmurou o garoto.

Riki olhou fundo nos olhos do garoto e viu a coloração branca. O garoto abriu a boca e seus olhos se arregalaram ao constar tal informação, os olhos do garoto eram brancos:

–Waga kamiyo! Não pode ser cego, está coordenando um cavalo e olhou ao redor.-falou o garoto:-Ora, ora, ora...

Riki se levantou do tronco depois que o garoto se fora e voltou a seu acampamento encontrando uma Hana ainda dormindo profundamente.

O menino colocou mais gravetos reaquecendo o fogo e se sentou retirando a espada de seu cinto sorrindo de lado e colocando a mesma para aquecer nas chamas do fogo:

–Pois é... Airisuhowaito também foram convocados para a guerra.-murmurou Riki lembrando dos olhos do garoto montado no cavalo cinza:-Amanhã chegaremos!


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Notas finais do capítulo

:D