Guerreiros escrita por L M


Capítulo 10
意識


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/617825/chapter/10

Alli acordou no meio da madrugada, sentindo o peito lhe doer, algo que ela não sentia desde que seu marido e seu filho foram para a guerra Um aperto que ela conhecia e temia sentir.

Levantou-se e foi calmamente até a cozinha tomar um copo d'água, conforme ouvia a chuva forte caindo e os raios clareando a noite escura A mulher respirou fundo, porém o aperto não passava e a agonia e o medo estavam começando a dominá-la. Mas o que, raios, seria aquilo?!

–Nani ga kanji... Que sensação estranha.-falou a mulher abraçando o próprio corpo.

A mulher começou a caminhar pela casa com o corpo arrepiado e o coração disparando aos poucos, aproximando-se do quarto de Natsumi a mulher viu a neta dormir com serenidade; sorriu com isso, em seguia foi até o quarto de Raiden e o viu aconchegado com seu ursinho de pelúcia; sorriu novamente.

No fim do corredor a porta do quarto de Hana estava entreaberta, a mulher estranhou ao ponto de seu coração se apertar e disparar mais. Alli foi se aproximando e abriu a porta, preocupada com o braço de Hana, mas o que encontrou foi somente uma cama vazia.

A velha Alli ofegou.

Foi a passos rápidos até o quarto de seu filho, onde abriu a porta e foi se aproximando vagarosamente para não assustá-lo, porém quando viu na mesa de cabeceira o pente ,que Chang havia colocado no quarto de Hana antes dele dormir, quebrado; onde no lugar deveria está o pergaminho da convocação da guerra o coração da velha Alli recebeu uma descarga elétrica.

O raio cortou o céu.

A mulher saiu correndo para o armário e não havia as roupas de guerra do filho que deveriam está ali:

–Não... Soreha suru koto wa dekimasen! Não pode ser!-falou a mulher.

Alli pegou a camisola longa em suas mãos e saiu correndo:

–Mamãe...? Mãe?!-indagou Chang levantando e vendo sua mãe saindo correndo.

O homem se ergue na cama e coloca a mão sobre a mesa de cabeceira e vê o pente partido ao meio:

–O que...?!-indagou Chang o pegando:

–Chang?-perguntou Emi acordada na cama:

–Hana!-gritou Chang gritando e saindo correndo atrás da mãe.

Alli correu para fora de casa tomando chuva, apressando-se em direção ao velho templo. Mais um raio riscou o céu, enquanto a mulher ensopada chegava no templo com os cabelos grisalhos grudando em sua testa.

A mulher chegou até o templo e avistou cabelos no chão em frente ao espelho. Eram cabelos negros e havia muito no chão, junto de uma camisola azul... A mesma que ela vestira sua neta Hana antes de dormir:

–Não! Não!-a velha Alli gritou com força. Um grito alto e estridente.

Alli pegou os cabelos de Hana no chão e a camisola azul dela jogada também, e no chão ao lado dos cabelos de Hana a mulher se ajoelhou chorando com medo.

A voz estridente de seu filho correndo a seu encontrou ecoou.

Chang chegou ao templo e encontrou a mãe caída no chão em meio a cabelos e a camisola de sua filha:

–Mamãe... O que é isso?!-indagou Chang:

–Hana fugiu! Chang! Ela foi para guerra no seu lugar... Olhe! Olhe! Os cabelos dela, meu filho. Ela foi no seu lugar... Chang!-gritou a mulher desmontando em cima do filho e caindo no chão:-Deusu, nazedesu ka? ! Nazedeshou ka?

–Não! Não!-murmurou Chang observando os cabelos e a camisola no chão:-HANA!

Emi chega apressada até o templo e vê os cabelos da filha e a camisla da mesma sendo segurada pela velha Alli que chorava ajoelhada com a mesma em seu rosto. A mulher chegou ao lado do marido pálido e tremendo, e temeu que o mesmo começasse a passar mal:

–Chang, o que há?-perguntou a mulher:

–Hana...-sussurrou ele:

–Kami! O que aconteceu?!-gritou a mulher:

–Foi para guerra em meu lugar.-falou o homem com os olhos arregalados:

–O-O que?! Como assim?! Como ela foi em seu lugar?-gritou a mulher:

–Ela cortou os cabelos e se vestiu como homem, Emi!-gritou a velha Alli:

–Não... Não... Não! Minha filha! Kami-sama!-gritou a mulher tremendo:-Chang, você tem que fazer algo! Sua filha pode morrer! Chang!

O homem estava com os pensamentos longe, então quando acordou saiu correndo em meio a chuva com Emi correndo atrás dele gritando seu nome.

Chegando no templo estavam Natsumi com Raiden em seu colo e Azami foi ao auxílio de Alli que chorava com a camisola de Hana em sua face:

–O bāchan.. O que está acontecendo?-perguntou Natsumi com Raiden encarando os pais saindo pelo portão a frente da residência do clã em meio a chuva:

–Shikashi, dono yō na... Por que papai e mamãe estão correndo no meio da chuva?-perguntou o menino:

–Azami!-gritou Alli se desfazendo em lágrimas:-Hana foi para a guerra! Hana foi no lugar de Chang, Azami! Ela irá morrer!

–Como?! Cale-se, Alli! Não diga besteiras, mulher!-gritou Azami:

–Não...-falou Alli em prantos.

Natsumi com os olhos em lágrimas levou Raiden para dentro de casa correndo na chuva. O menino tentou em vão sair de seu colo, para ajudar as avós que estavam chorando e se abraçando dentro do templo onde o garotinho treinava com seu pai.

Natsumi abriu a porta e entrou com Raiden dentro de casa e fechou a porta ouvindo um trovão, a menina chorava e abraçou o irmão em seguida:

–Natsumi...-murmurou Raiden:-Naze... Por que está chorando?

–Não é n-nada...-murmurou a menina ainda chorando abraçada a Raiden:

–Hana ficará bem.-falou o garoto consolando a irmã. O menino deixou mínimas lágrimas caírem por seu rosto:-Vamos rezar!

Natsumi uniu as mãos com as do irmão e juntos em silêncio rezaram por Hana.

Na saída do portão Chang corria e tentava achar qualquer vestígio de sua filha ainda próxima. Seu peito doía como se estivesse sendo apunhalado por várias espadas, e todas estivessem com veneno e o matasse aos poucos em agonia.

Suas mãos queimavam e seu ódio fervia nas veias, como ela pôde faze uma coisa dessas. Tentava se controlar e não machucar ninguém, como fizera anteriormente:

–Chang!-gritou sua mulher se aproximando dele:-Tem que trazê-la de volta Podem matá-la!

–Emi, watashi no ai... Se eu revelar o segredo dela, irão matá-la.-falou o homem e Emi desabou nos braços do guerreiro que não sabia o que fazer:-Se ela morrer, saiba que eu irei junto com ela.

–Chang! Por favor...-murmurava a mulher:

–Eu não me perdoarei...-murmurou o homem abraçado a mulher em meio a chuva.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

:( :(