Guerreiros escrita por L M


Capítulo 1
朝日


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!! :D



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/617825/chapter/1

O Sol chegou naquela manhã ainda mais forte do que das outras manhãs que se passaram. As mínimas estrelas que ainda tentavam lutar contra o enorme pai-luz logo se entregam a um sono profundo, enquanto desaparecem pelos céus.

A menina de olhos puxados estava em cima do telhado de sua casa apreciando o início da manhã, vendo o Sol aparecer em meio as montanhas do norte. O vento frio da noite soprava uma última vez fazendo os cabelos cor de âmbar voarem na direção que soprava e um mínimo sorriso surgir nos lábios da garota.

Talvez a manhã não fosse feita para ser recebida em sonhos e sim pessoalmente, porque a inspiração em ver o Sol cair e se erguer todos os dias é algo que nos prepara para os desafios que estão por vir.

A garota inspirou o frescor da manhã vendo o Sol acordar a tudo e todos de sua aldeia. Ela ficou de pé pelo telhado e se pôs a caminhar nos mesmos, deixando seus pés descalços sugarem o frio da manhã; ao passo que erguia o vestido de longas mangas para ir em direção a árvore mais próxima. Flexionou os joelhos e pulou no tronco grosso da árvore e ali ficou suspirando, sentindo aos poucos o calor dos raios do Sol aquecerem seu corpo frágil e frio ao ponto que as vozes de dentro da casa começaram a ser ouvidas.

Ela estava acostumada com o calor.

Seu clã possuía o elemento fogo graças a seu pai Honō ryū Chang. Quando a guerra se aproxima do país, meninos são convocados a se alistarem e a se prepararem para se tornarem guerreiros e honrá suas famílias.

Ela adorava a história de seu pai. Como ele era o único filho homem e foi no lugar de seu pai já doente enfrentar a fúria dos treinamentos e preparação. Ele contava a menina que até se tornar um guerreiro e dominar o elemento fogo que traria honra a sua família, ele passou por muita tortura física e batalhas horríveis; viu amigos morrerem e salvou os que restaram.

Guerras são brigas em que você nunca sairá com vida, pode sair de pé mas uma parte sua morre no campo de batalha. Foi isso que ela aprendeu quando ouvia seu pai contando e sentindo o peso das palavras e das lembranças.

Honō ryū Chang possui duas filhas e um filho de seis anos, constituiu família depois que voltou da guerra com o nome honrado e passando seu clã a ser conhecido como clã do fogo. Ele acredita que seus filhos continuarão a dar mais honra a seu sobrenome, e espera que seu filho mais novo assim que alcançar a idade adequada se torne um homem e honre e protege sua família assim como ele fez.

E quanto as outras duas filhas, teriam que se casar e serem grandes noivas, começando ao se apresentarem a casamenteira. A garota suspirou alto e fechou os olhos assim que seus pensamentos tomaram esse rumo:

-Hana! Hana! Venha para dentro! Temos que está na cidade daqui a pouco!-a voz suave se vez ouvida da janela da casa. A garota ergueu os olhos e avistou sua mãe ohe chamando.

A menina fechou os olhos e apertou os punhos junto ao corpo e pulou da árvore acariciando os cabelos longos em direção a mãe:

-Por que essa expressão de tristeza?-perguntou a mulher de coque acariciando o rosto da filha:

-Nani mo mamãe, não é nada!-falou a menina sorrindo levemente:

-Anime-se querida! Amanhã é o grande dia para você e para Natsumi, vocês irão dar honra a família impressionando a casamenteira e se casando com bons homens!-falou sua mãe sorrindo abertamente:-Serão belas noivas! Trarão orgulho a mim e a seu pai.

Hana fechou os olhos e se obrigou a sorrir para a mãe, tentando fazê-la pensar que estava tudo bem, apesar de bem não ser a palavra que descreve a agonia que estava passando dentro dela.

A história de como sua mãe foi uma a melhor noiva e a mais bela era conhecida por toda a aldeia em que moravam, e de como seu pai assim que retornou da guerra trazendo honra a família e sendo considerado um dos mais fortes guerreiros de apaixonou por ela faziam todos esperarem muito dela e de sua irmã.

Bom, no caso de sua irmã, Hana sabia que a mesma iria conseguir já que como se parecia muito com a mãe herdou a beleza e a meiguice. Natsumi atraia olhares de muitos rapazes, até daqueles que Hana almejava em segredo; ela já se parecia mais com o pai, a pele morena, os olhos castanhos e os cabelos âmbar.

Natsumi possuía a pele clara e os olhos mel, os cabelos eram castanho-dourado que a faziam ficar impecável.

Hana sabia que deveria ir se arrumar para ir a cidade com sua mãe e irmã encontrar suas avós e por fim se despediu da mãe indo em direção ao seu quarto.

Hana foi caminhando vagarosamente em direção ao seu quarto, passando pelas pinturas de sua mãe por toda a casa, mas sempre para quando seus olhos encontram com os do enorme dragão vermelho pintado por sua mãe com dedicatória para seu pai. Ela sorriu minimamente passando a mão pelo papel, sem retirar os olhos do dragão:

-Gosta mesmo deste desenho, Hana.-falou uma voz grave atrás de si.

Hana virou-se rapidamente encarando os olhos escuros do pai em sua direção. A menina sorriu de leve e baixou a cabeça em sinal de respeito e se virou novamente para a tela:

-Eu tenho um apresso grande pela pintura, Otōsan.-falou a menina a seu pai:

-Sei disso, Hana.-falou o homem se colocando ao lado da menina:-Tem um compromisso hoje, estou certo?!

A menina se sentiu novamente agonizada pelas palavras do pai e suspirou:

-Sim, papai.-falou a menina:

-Não fique nervosa com isso. Quando menos esperar acabará, assim como tudo na vida minha Shōto.-falou o homem acariciando os cabelos da menina:

-Farei o senhor se orgulhar de mim.-falou a menina:

-Sei que fará.-falou o homem.

Uma figura apareceu atrás de seu pai. Hana encarou a irmã lhe olhando com impaciência quando batia o pé no chão em forma de conter a raiva:

-Olá, Natsumi.-falou Hana sorrindo forçada:

-Otōsan!-falou a garota abaixando a cabeça em sinal de respeito e sendo imitada pelo pai:-Hana poderia fazer o favor de se arrumar para podermos ir logo!

-Não entendo a pressa.-falou a garota:-Nem jejuamos ainda.

-Jejuaremos na cidade, não adianta inventar desculpas para se livrar.-falou a garota arrumando os cabelos:

-Não estou arruma...-começou Hana a se enfurecer, mas a mão do pai erguida a pedindo para parar foi rápida e obedecida:

-Hana não discuta com sua irmã. Vá logo!-falou o homem se retirando.

Hana o acompanhou com os olhos e o viu sumir pelos corredores da casa. Hana se dava bem com Natsumi, até a mesma começar suas provocações; Hana sabia que seu pai nunca briga com Natsumi pela mesma ter rendido a ele grandes dotes e pedidos de casamento para a mesma.

Suspirou e foi seguindo a irmã que possuía um sorriso sádico no rosto como forma de vencer algo, que Hana nem ao menos teve a chance de competir.

A menina viu o Sol já em seu ponto alto e tudo está claro, suspirou pensando que seria um longo dia.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Glossário:
—Nani mo= nada
—Otōsan= papai
—Shōto= pequena

Início de história é assim mesmo, depois fica muito melhor! :) Comente!