Mistakes escrita por Niina Cullen


Capítulo 6
Capítulo CINCO


Notas iniciais do capítulo

Não vou nem enrolar mais...



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Capítulo

CINCO

Uma nova vida.

Foi isso o que a doce Bella falou para o pai na noite fria do primeiro dia deles em Nova York.

Era uma promessa, onde os papeis se invertiam, pois quem deveria fazer as promessas era ele, como pai, como protetor que deveria ser, e que... Deus sabia, não estava sendo. Não estava cumprindo com o seu dever como pai. Concordando com a filha estava dizendo que tudo bem ela abandonar os estudos em primeira instância, deixando a vida que começara a construir em Seattle; que tudo bem ela cuidar do pai – um pai doente que nem ao menos conseguia ver na filha o seu impulso para viver – e não cuidar de si mesma.

Para Charlie, desde a morte da esposa, Renée, a vida já não fazia mais sentido. Tão ou mais dramático assim. Um tiro que não só levou a vida da mulher que amava e que sempre amaria, mas que também levou a sua própria. E como uma doença contagiosa, estava contagiando a própria filha, o fruto de todo esse amor.

Uma vida ceifada, que como remuneração ou qualquer outra palavra que defina o que foi feito após a morte da esposa, jamais seria capaz de trazê-la de volta. Nunca mais voltaria a ver os olhos verdes da única mulher que um dia amou.

Ainda era capaz de se lembrar do dia em que seus olhos astutos de um recém policial condecorado pousaram-se nos dela.

Estava com a foto no colo e seu coração já se comprimia em agonia e pesar – e não se assuste, não era o principio de um enfarto, Charlie bem reconheceria aquela sensação, e essa, passava longe. Era uma dor que nunca seria capaz fazê-lo descansar para sempre.

Aquilo sim realmente era a sua doença. Saber que nunca mais voltaria a ver a mulher que amou desde o primeiro momento em que seus olhos amendoados, os mesmo da filha, pousaram sobre a professora do jardim de infância que acampava junto de professoras e alunos no monte da península olímpica de Forks que foi convocado para estar, junto de outros policiais que fariam a segurança daquele final de semana do Acampamento Infantil.

Sem dúvida alguma que aquele seria o final de semana que regeria a vida do recém condecorado policial Charlie Swan. Ainda estava no inicio de sua carreira e mal sabia ele que a sua vida estava prestes a mudar.

O acampamento que ficava localizado na Península Olímpica de Forks, fora fundado em 1918 e como qualquer outro acampamento existiam as cabanas que poderiam parecer galpões se não fosse pelos tetos baixos. Mas era usada pelas crianças que, ironicamente, não se habituavam ao cheiro de grama molhada e ao ressoar do vento em suas barracas. Fazendo com que alguma professora tivesse que reivindicar da “vida na floresta”. E sendo coincidência ou não, Renée fora essa professora. Mais tarde, Charlie soubera que três gurizinhas medrosas optaram pelos colchões e pelo teto sobre suas cabeças.

Charlie e mais alguns policiais que foram convocados para estarem lá tinham seus próprios aposentos, mas não estavam ali para dormirem, e sim para protegerem a todos, revezando pela manhã, mas a ronda da noite, no espaço sul do acampamento, pertencia a ele e mais dois policiais.

A Península Olímpica de Forks, onde o acampamento ficava localizado, não era um local que se podia considerar perigoso, mas também não eram dispensados os serviços dos bons homens de fardas como as crianças foram orientadas a chamá-los. O título “policias” era muito formal e poderia ser interpretado como um risco pelas crianças.

Todas as crianças, junto se suas professoras já estavam recolhidas.

Charlie podia ver que as tochas que iluminavam o caminho ao redor das barracas estavam acesas, e algumas lanternas dentro de algumas barracas também – é algumas crianças eram capazes de suportar a “vida na floresta”, desde que as lanternas estivessem ligadas e o crepitar da fogueira do lado de fora estivesse a soar.

Sua ronda começaria assim que todos estivessem recolhidos, liberando outros bons homens de fardas. Tinha que permanecer afastado o suficiente das barracas para que não assustassem as crianças que cismavam com as criaturas noturnas. Sendo assim, tinha que ficar próximo às cabanas e foi quando a viu pela primeira vez. Uma sombra próxima ao lago.

A todo o instante a sombra se virava em direção à cabana, preocupada que algo pudesse acontecer as suas protegidas, que naquele instante, achara ela, estavam desprotegidas por causa da sua displicência em deixá-las sozinhas por causa de seu vício noturno.

A jovem professora era Renée Dywer, que não se orgulharia nem um pouco de ter em seus lábios –agora rachados pelo frio noturno – aquele cigarro se olhasse para trás e visse o homem bom de farda, que ainda mal sabia ela, mas era o homem que ela tanto esperava conhecer.

Assim como Charlie tinha um olfato muito aguçado, tinha a visão que lhe permitia ver que era uma mulher, uma das professas claro, e que, agradeça ao seu olfato, estava fumando.

Charlie não queria incomodá-la, então tratou de seguir o seu caminho, desviando do rio a sua frente quando pisou acidentalmente e escandalosamente em um graveto seco, que desconhecia que fizesse um barulho tão grande a ponto de denunciá-lo.

O que tinha de bom olfato e boa visão lhe faltavam discrição.

– Oh merda! – resmungou.

Sempre fora bastante desastrado – o que um bom policia não deveria ser. E diante desse desastre, Charlie sempre se lembraria com tamanho agradecimento por aquele galho imprestável que chamara atenção da mulher que mal desconfiava que seria a sua esposa em poucos meses. Assim tão rápido.

Fugindo a todas as estatísticas – se é que existia alguma – de que em todo filme de terror que se ouve um barulho e o personagem idiota, seguindo o roteiro mais idiota ainda, dizia: “Quem está aí?”, Renée apenas se apressou pelo caminho que a levaria para dentro da cabana, tomando o cuidado de apagar o cigarro em um potinho que trazia consigo.

Ou o futuro xerife Swan fazia alguma coisa para tranquilizar a jovem professora, ou jamais saberia o que é amar alguém. E não pensando isso, tratou de pegar a lanterna que sempre trazia consigo em suas rondas noturnas, mas nunca a ligava. Trabalhava melhor no escuro. Não era o que o galho retorcido debaixo de seu pé esquerdo diria.

Acendendo a lanterna, ainda sem saber como se desculparia com a professora ainda sem nome que andava a passos apressados em direção a cabana, Charlie tratou de usar a sua voz menos rude de policia – a qual não tinha – para não assustá-la ainda mais.

– Ei, desculpe. É apenas o homem bom de farda – tentou brincar, parecendo ainda mais idiota do que os personagens e roteiristas de filmes de terror.

Assim que ouviu a voz vindo de encontro a ela, Renée descobriu uma forma mais viciosa do que o próprio cigarro já apagado. Que nenhum chiclete ou pastilha seria capaz de contê-la.

Parou no segundo que conseguiu distinguir a estatura do policial que vinha em sua direção com uma lanterna recém ligada erguida na altura da cabeça, permitindo que ela conseguisse identificá-lo como um dos policiais – ela checara o adesivo autenticado que todos os policiais que participariam daquele acampamento deveria ter.

Não foi algo como a primeira vista como pode ter parecido.

Foi mais como uma confirmação que estavam frente a frente do amor de suas vidas.

Sendo simples ou não, aquela era uma sensação que não era confiada a muitos, e Charlie já estava feliz por todos os dias, desde aquele dia, tê-la sentido.

Aquela fora a última noite que Renée fumara.

Ela nunca mais botará um cigarro sequer nos lábios.

E não fora uma promessa, ela apenas tinha encontrado o seu novo vício.


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Notas finais do capítulo

Oioioioioi :)

Eu sei que demorei e creio que a coisas assim continuarão.
Esse capítulo eu tive que terminar por aqui mesmo :/ Lamento muito, mas o próximo que, para quem não lembra, é o "encontro" do Edward e da Bella, e eu quero trabalhar muito, ms muito mesmo nele para poder assim postá-lo. Então veremos no que vai dá.
Obrigada mesmo pelos comentários anteriores que eu vou jájá responder e que, se vocês quiserem eu posso adiantar um Spoiler do próximo capítulo. Eu nunca fiz isso, mas para quem estiver interessada pode deixar o e-mail nos comentários que assim que eu puder eu enviarei *----------*
Então é isso meninas, até o próximo, que eu espero que não demore tanto.
Beeeijos!!!