Mistakes escrita por Niina Cullen


Capítulo 41
Capítulo QUARENTA


Notas iniciais do capítulo

Sinto opiniões divididas quanto ao que esperar da gravidez da Bella :/

Meninas, obrigada pelos reviews do capítulo passado, e pra quem está aparecendo agora, muito obrigada também. Continuem por aqui ;)

Mistakes ganhou outra Recomendação o/ Como não pular de alegriaaa?

Muito obrigada Eliane ;) Obrigada pela confiança e pelas palavras incentivadoras. Sempre pensei que escrever é muito mais do que colocar "palavras" no papel. E sempre quis escrever aquilo que eu queria ler e que confiava que alguém, aí fora, também quisesse ler.

Esse capítulo é pra vocês! Que estão aqui SEMPRE! :)



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Capítulo
QUARENTA

 

Não existia um único dia da sua vida em que ela não se perguntava o que tinha acontecido. Aonde as coisas começaram a se perder entre eles? Será que tinha sido quando ela pensou que não era boa o suficiente para ele, logo no começo quando acreditava que o relacionamento deles não daria certo? Ela estava pagando o preço pela sua teimosia?

Será que poderia ter sido quando Edward se deu conta do que estava perdendo em ficar com ela?

Bella não sabia, mas existe uma linha fina entre a sanidade e o amor próprio, e ela já tinha ultrapassado boa parte dela enquanto se arriscava a mais um dia ao lado daquele homem que parecia gritar, implorar que olhassem para ele, para suas feridas, para seus fantasmas quando ninguém queria olhar para os dela.

Todos tinham ido embora e só quem restava era ele. Edward ainda era o amor da sua vida. Ela queria arrancar aquele sentimento do seu coração, arrancar com toda a sua força, mas não se via capaz, não sozinha. Eles tinham dois filhos pequenos, dois filhos que significavam tudo para Bella. E mesmo que Bella estivesse fazendo tudo errado, ela sabia que estava, ela permanecia aonde estava, com quem estava e para aonde ele quisesse ir.

Velhos fantasmas sempre despertam quando você menos espera. Assim como segredos eram revelados.

Havia algo nos olhos de Edward que dificilmente Bella conseguiria desvendar. Ela olhou para o lado da sua poltrona onde Edward parecia dormir tranquilamente com papeis sobre o colo que estivera lendo durante todo o voo, agora totalmente despreocupado, relaxado enquanto dormia.

Ali sem conseguir pregar o olho uma única vez, quase não sentindo a respiração do seu marido do seu lado, ou do barulho do motor do avião particular em que eles estavam, Bella pensou que Edward escondia algo. Algo que a família dele também escondia.

Mas Bella permaneceria apenas com os seus pensamentos do que aquele Edward poderia carregar dentro de si, e que escondia em lugares escuros e que eram difíceis de alcançar.

Dizem que você não tem pra onde correr quando você está em uma relação assim, mas eles estavam errados. Existiam escapatórias, sempre existiam. E Bella encontrou as suas.

Olhando para as fotos dos dois garotinhos em seu celular, na proteção de tela, Bella sorriu.

***

Eles estavam finalmente voltando para os Estados Unidos, para Nova York.

Sendo sincera consigo mesma, Bella nunca pensou que se sentiria tão feliz em voltar para casa. Talvez porque antes ela não tinha alguém exatamente para que pudesse voltar. Todas aquelas viagens, antes dos meninos nascerem eram apenas viagens que Bella via como uma oportunidade de agradar Edward, de fazer as suas vontades. Agora isso não era diferente, porque voltando para casa, pela primeira vez ela quis apressar a aterrissagem do voo particular deles, da passagem pela segurança e de finalmente chegar em casa e ver os seus dois filhos.

Era o que ela mais queria.

Edward tinha dito que eles chegariam tarde no aeroporto de Nova York, e que os meninos não viriam recebê-los com as babás de forma alguma. Bella abaixou a cabeça e continuou dobrando as roupas quando ele disse aquilo - mais cedo ele tinha dito que alguém poderia fazer aquilo por ela, mas Bella recusou.

Edward nunca parecia querer deixá-la fazer nada.

Ele a fazia se sentir como uma mãe imprudente, descuidada quando ela perguntou se os meninos estariam esperando por eles quando eles chegassem em Nova York.

Finalmente eles estavam chegando em casa depois de duas longas semanas em Dubai onde Edward estava negociando novos negócios que seriam muito importante para a Cullen Enterprise.

Tudo era muito diferente naquele lugar. O hotel, as pessoas - essas sempre estavam tão bem cobertas, até os rostos como era determinado pela religião, fazendo Bella concordar quando Edward reclamava da roupa que colocaria para o jantar com os novos clientes.

— Você não vai assim - ele tinha dito entrando no quarto e vendo o vestido azul que ela tinha escolhido sobre a cama.

Bella queria perguntar o que ele queria dizer com aquilo, mas não o contrariou.

Quando eles finalmente aterrizaram no aeroporto, eles seguiram pelos corredores até o local onde um carro estava esperando por eles. O motorista desconhecido que estava do lado de fora do carro cumprimentou Edward e entregou as chaves, se afastando.

Edward estaria dirigindo, e aquilo lhe trazia péssimas recordações. Bella não gostava de se lembrar daquela noite. As coisas podiam ter sido diferentes. Talvez se ela não tivesse se afastado, indo ao banheiro. Mas o que ela poderia ter feito? Ela não soube quem tinha contado para Edward que a irmã estava com o motorista dele, e não via como podia ter evitado aquilo.

Edward não gostava de ser enganado, e era como ele tinha se sentido naquele dia.

Já no carro, a caminho de casa, suspirando impotente enquanto sentia a mão livre de Edward que deveria estar no volante junto com a outra, em sua coxa completamente coberta pela calça jeans skiny que usava.

— Por favor, preste a atenção na estrada - ela pediu, mas sabia que Edward não seria capaz de ouvi-la, ou se ouvisse ele se sentiria contrariado, ou até mesmo desafiado.

Bella tinha que tomar cuidado. Diferente daquela noite em que Bella temia pela sua vida, ela agora, desde o nascimento dos meninos, deveria zelar pela segurança dos filhos que deveriam estar em casa, esperando pelos pais.

Mas diferente daquela noite Edward estava bem. Nada tinha acontecido que pudesse ter aborrecido-o. Os negócios tinham ido bem em Dubaí, ele tinha se sentido confiante, Bella pôde perceber isso quando ele pediu que no último jantar deles ela podia colocar qualquer um de seus vestidos que tinha trazido na mala, não precisaria mais usar aquelas echarpes sobre os ombros e que cobria o seu colo - apesar de deixá-lo excitado demais, segundo suas palavras -, nem nada que cobrisse as suas pernas.

Aquilo para qualquer mulher poderia ser uma conquista, motivo de vitória, mas não para Bella. Embora aquilo não fosse certo, ela se pegava pensando que estava tudo bem, desde que estivesse agradando ao seu marido.

Quando eles atravessaram os portões que os levariam até os jardins da mansão, Bella sentiu um alívio, percebendo que tinha segurando a sua respiração durante todo o caminho até ali. Os dois não tinham falado de nada específico durante todo o caminho; às vezes Edward comentava algo sobre os negócios, divagando enquanto Bella assentia. Ela preferia não se intrometer ou dar a sua opinião quando ela era facilmente descartada.

A única coisa que ela queria eram os seus filhos, que deveriam estar ansiosos. A última vez que tinha falado com eles foi no dia anterior quando Edward disse que ela podia ligar para os meninos. Foi uma ligação rápida, mas que fez o coração de Bella saltar em alegria. Edward tinha ficado a todo tempo interagindo com os filhos que estavam tão longes - aqueles momentos valiam à pena, mas Bella se lembrava que a voz de um dos meninos estava um pouco mais chorosa do que a do outro e Bella conhecia aquilo muito bem, e não era manha como Edward insistiu durante aquelas 2 semanas. Seus filhos precisavam dela, assim como ela precisava deles.

Assim que Edward estacionou o carro Bella pegou os saltos que já tinha tirado e deixado aos seus pés para que ficasse mais fácil quando ela saísse do carro.

Com os saltos em sua mão ela abriu a porta do carro e passou as suas pernas para o vento frio de Nova York e correu sobre o concreto que dividia o jardim das escadas da varanda. Edward já devia estar acostumado com aquilo, e não mais segurava forte em sua mão toda a vez que ela ficava muito ansiosa para correr pelas escadas em busca dos meninos que deviam estar dormindo agora.

Edward estava mesmo certo: os meninos estavam dormindo, e tirá-los de casa para recebê-los no aeroporto seria a maior crueldade que ela poderia fazer por si mesma, somente para o seu belo prazer.

Quando ela adentrou mais ao quarto que tinha a porta encostada e os nomes Benjamin e Noah detalhadamente desenhado com uma letra cheia de curvas e desenhos e então ela sentiu o cheirinho deles. A porta deveria ficar entreaberta sempre porque os meninos não alcançavam direito a maçaneta. Eles já estavam grandinhos e não dormiam mais em berços, deviam ter liberdade, era o que Bella sempre dizia.

Uma vez Bella tinha pedido que Edward permitisse uma reforma nas fechaduras das portas, só para que os meninos pudessem ter mais autonomia ao entrar e sair dos quartos.

Mas Edward tinha sido duro:

— Para que eles possam perturbar a gente ainda mais durante a noite? - Edward não era agressivo com os meninos, ele só parecia estar agindo racionalmente, mais do que ela.

Os meninos estavam dormindo no quarto quando Bella se aproximou das caminhas pequenas nas duas extremidades do quarto, formando um pequeno corredor entre os dois onde ficava um pequeno criado mudo na altura certa dos dois que dormiam, onde em cima ficava um porta retrato emborrachado com as fotos dos dois já grandes, e outra com Edward segurando Noah e Bella segurando Benjamin nos braços, eles tinham alguns meses naquela outra foto.

Bella se ajoelhou entre as duas camas e esticou suas mãos para tocar nos dois meninos, pegar em seus bracinhos pequenos, sentia a pele deles sob suas próprias mãos. Bella sentia tantas saudades.

Benjamin não tinha se mexido um milímetro com a presença da mãe, mas Bella ouviu quando Noah resmungou e virou de lado na cama para ela, ainda de olhos fechados - era como se ele soubesse que a mãe estava ali.

E ela conhecia aquele gemido.

Quando Bella se virou para apoiar as costas da sua mão na testa de Noah, ela conteve um grunhido de raiva, e de aflição. Foi naquele mesmo momento quando uma das babás entrou no quarto e acendeu as luzes fracas dos balizadores ao redor do quarto que antes estava escuro, sendo iluminado apenas pela luz que vinha do corredor. Na pressa em ver os filhos ela nem tinha percebido que a luz do corredor do lado de fora do quarto não era o suficiente para enxergá-los.

Noah estava queimando em febre quando Bella pegou o filho no colo e se virou para a babá, acariciando as costas de Noah levemente, com a cabeça dele apoiada contra o seu peito. Ele estava muito quente contra o seu corpo, vestindo apenas o seu pijama de super homem.

— O que aconteceu? - ela perguntou baixinho para para uma das babás que estava ali parada na porta. Noah não parecia mais estar resmungando quando passou os bracinhos pequenos ao redor do pescoço da mãe, tentando se levantar, ainda sonolento.

— Sra. Cullen eu não sabia que a febre tinha voltado.

— Voltado? - Bella perguntou assustada quando se sentou na poltrona de balanço que ela ainda mantinha no quarto dos meninos desde que os amamentava.

Quando a moça pareceu que iria se justificar, Edward apareceu e entrou no quarto.

Ele percorreu o quarto com os olhos até pousá-los em Bella sentada com Noah no colo. Agora ela afastava a franja loira dele com os dedos, querendo aliviar de alguma forma aquilo.

— Você o medicou? - ela perguntou, sem olhar para a babá.

— Sim senhora - a babá respondeu.

Bella ainda não tinha olhado para Edward, imóvel na porta do quarto.

— Devo chamar o Dr. Evan Sr. Cullen, de novo?

Bella estreitou os olhos, mas não pelo fato da babá ter feito a pergunta para Edward, e não para ela, mas sim por causa do final da pergunta.

De novo?

Bella começava a se lembrar das ligações, do celular de Edward vibrando durante a madrugada. Da luz iluminando o rosto dele, dele respondendo uma mensagem e voltando a se deitar ao seu lado.

Ela devia ter pegado o celular dele, devia ter pegado o telefone do hotel e ligado para casa, não ter acredito quando a babá respondia a pergunta de Edward e dizia que estava tudo bem com os meninos. Era por isso que ele não queria fazer ligações pelo Skype - para que ela não pudesse ver os meninos.

Ela deveria ter reparado nos sinais.

No choro de Noah e Benjamin quando eles tinham que desligar.

Aquilo não era manha, diferente do que Edward insistia em dizer.

Eles estavam precisando dela.

Quando Bella ouviu que Edward tinha confirmado a pergunta da babá para ela ligar novamente para o Dr. Evan, o pediatra dos meninos, Bella se levantou apoiando um único braço na poltrona para se erguer. Assim que ela colocou Noah de volta na caminha dele, ele resmungou um pouco, ainda sonolento quando Bella se afastou e foi até Edward, ficando bem próxima a ele.

Se ela estivesse com os malditos saltos, poderia ficar a altura do nariz dele, mas não importava. O que ela tinha pra falar não importaria a altura que ele tinha, pairando sobre a sua cabeça enquanto ele tinha os braços repousados do lado do corpo estático.

— Você estivera tranquilo durante todo o tempo da viagem enquanto o nosso filho estava doente? - Bella perguntou, acusando Edward em voz alta, indicando Noah na cama, se virando, buscando pela mãe.

Quando Edward semicerrou os olhos para ela, a fúria começando ascender Bella se deu conta que ainda estava no quarto dos meninos e que eles podiam acordar com a discussão deles que estava prestes a começar. Então ela preferiu se afastar de Edward, e deu as costas para ele quando este a pegou pelo braço, virando-a novamente para ficar de frente para ele.

— O que deu em você? - ele perguntou, com seus olhos ardendo em fúria.

Não importava a pressão que ele exercia sobre o seus braço. Aquela dor, aquele incomodo que seria apenas uma marca roxa em seu braço no seguinte já não importava mais, não quando os seus filhos precisavam dela; era insignificante.

— Me solta, eu tenho que cuidar dos meus filhos - ela falou estridente, puxando o seu braço e voltando para perto dos meninos.

— É por isso que os meninos são tão mimados - ela ouviu Edward a suas costas, ainda parado perto da porta. - É por isso que eu acho melhor não levá-los para as viagens. Você com certeza ficaria no quarto a qualquer queixa deles. Por que temos tantas babás se não podemos nem sair de casa sem ter um pouco de paz?

Aquela última frase ele tinha elevado o seu tom e voz, e Bella percebeu olhando para os meninos, que os dois ao mesmo tempo se sobressaltaram. Ela acariciou as perninhas deles, se abaixando novamente entre a cama deles. Benjamin completamente adormecido e coberto. Completamente bem, diferente do irmão que continuava resmungando.

O que Edward tinha dito instantes atrás a chocou por um instante.

Ela faria realmente aquilo, não faria?

Enquanto ela esperava o médico chegar, Edward permaneceu a suas costas e talvez não tivesse se movido um único milímetro sequer durante os minutos que se passaram até a chegada do Dr. Evan, que morava a poucos quilômetros deles. Edward tinha dispensado a babá quando essa trouxe o médico.

Agora ela só voltaria no dia seguinte, quando Bella recusaria a sua ajuda dando um meio sorriso. Se eles tinham uma babá era porque Edward não acreditava na sua capacidade como mãe, ele sempre a acusava de estar mimando os meninos. Aquilo a machucava muito mais do que uma faca enfiada em seu peito.

Ela fazia o que podia pelos filhos, e se para isso ela tivesse que enfrentar o pai deles, era o que ela faria.

***

Já era de manhã, quando Bella acordou com um movimento sobre o corpo.

Logo os meninos acordariam, e Edward tinha rastejado sobre a cama para cima de Bella, depois de ter rastejado sobre ela quando voltou do banheiro. Ele tinha cheiro de menta e do sabonete líquido que usava, o seu cheiro, e agora afastava os lençóis que cobriam o seu corpo. Edward queria sentir o contato do corpo dela contra o seu, enquanto Bella tentava fingir que ainda estava com sono e que tinha acabado de acordar com aquela invasão dele.

— Eu sei que você está acordada.

Ele devia estar feliz por causa da empresa. Os negócios estavam indo bem cada vez mais. Edward sorria mais e por um momento ele esquecia se acusá-la seja lá o que ele podia ter em mente. Ele brincava mais com os meninos, e parecia mais tranqüilo, como se nada pudesse perturbar a sua tranqüilidade.

Aquilo talvez o fazia pensar que ele podia fazer o que bem quisesse com o seu corpo.

— Edward - ela tentou falar quando ele abaixou a boca dele sobre a sua e apoiou os braços, um em cada lado do seu rosto, a impedindo de falar mais.

Ela queria aquilo, queria mesmo, mas não naquele momento, não quando uma semana tinha se passado desde a última discussão deles, antes desse período de lua de mel. Existiam momentos bons, existiam momentos que ela realmente achava que era amada.

Ali, deitada naquela cama, com Edward sobre o seu corpo, sentindo como o corpo dela reagia ao seu, ela não queria ser a mulher amargurada que ficava remoendo discussões passadas, mas era o que ela estava fazendo, droga. Era o que ela sempre fazia.

Mas algo mudou aquilo, porque Bella escutou pequenas batidas na porta.

— Edw - ela tentou novamente, enquanto Edward agora continuava tentando empurrar a sua língua para dentro da sua boca. Ela ergueu as mãos debaixo do corpo dele e a levou para o rosto liso dele, ele tinha feito a barba e Bella ainda não tinha aberto os olhos para ver o resultado.

Ela sentira saudades daquela sensação, do seu rosto liso enquanto não pinicava o seu rosto, o seu pescoço ou o seu corpo enquanto ele a beijava.

— Hmmm - Edward resmungou, também percebendo as batidas na porta.

Ela tentou novamente se afastar de Edward, tentando empurrar o seu corpo forte de cima do dela com muito esforço. Ela precisaria muito mais do que duas mãos em seu peito para afastá-lo.

Quando Bella finalmente conseguiu que ele saísse de cima dela ela saiu da cama, tropeçando no lençol caído no chão. Descalço Bella foi até a porta. Ela se virou para encará-lo, já com as mãos na maçaneta. Edward de repente foi de alegre e excitado para impaciência, pegando a camiseta cinza que estava com ele na noite passada quando eles se deitaram, e a vestiu.

Ele não sorria mais, Edward odiava ser interrompido e Bella odiava contradizê-lo, mas seus filhos em primeiro lugar, sempre.

Tentando afastar a culpa que sentia, Bella soltou um leve sorriso e abriu a porta quando olhou para baixo e viu Noah parado bem ali, coçando os olhinhos com uma das mãos fechadas em punhos, sonolento. Tinha acabado de acordar, em um horário muito oportuno, como sempre. Bella sorriu quando viu que Noah agora erguia os bracinhos para ela, abrindo e fechando as mãozinhas, impaciente para que a mãe o pegasse no colo. Diferente de Benjamin, que ainda devia estar dormindo, Noah era muito dependente da mãe.

— Colo mamãe - sua voz estava rouca e exigente como sempre.

Bella sorriu quando se abaixou para pegá-lo.

Aquele era o seu ritual matinal, era o seu despertador favorito, porque agora ela iria até o quarto com a porta estreaberta por onde Noah tinha acabado de passar e observaria Benjamin ainda dormindo. Acariciaria os seus cabelos da mesma cor acobreada do irmão, herdado do pai, e sorriria enquanto o chamava, sentindo a respiração lenta, mas desperta de Noah em seus pescoço.

Quando ela estava saindo do quarto, Edward falou pra ela não se esquecer da viagem que fariam. Não, não era lua de mel ou algo do tipo.

Era um grande negócio, como Edward vinha falando durante aqueles últimos dias. Eles estavam indo para Dubai e deixariam os meninos com as babás. Tinham muitas, a sua disposição, como Edward gostava de dizer. Podiam escolher.

E Bella sempre dizia a mesma coisa:

— Eu não gosto disso Edward.

Edward estava encostado contra a cabeceira da cama, com uma expressão cansada.

— Não venha com isso de novo - ele passou as mãos pelos cabelos, exasperado. - É eu sei que você gosta de se sentir últil - aquela última palavra ele falou em redenção, mas soo com desprezo enquanto ela ajeitava Noah no colo antes de atravessar o corredor para acordar Benjamin.

— Não é por isso - ela tentou se justificar.

— Eles ficarão bem - Edward disso encerrando o assunto.

Então eles estariam indo para Dubai na sexta feira e voltariam em algumas semanas. Ela ficaria longe dos filhos mais uma vez, mas daquela vez era diferente, não seria por apenas um dia, ou dois. Seriam duas longas semanas longe dos seus pequenos.

Bella tentou afastar a lágrima solitária do seu rosto quando se afastou do quarto e a fechou atrás de si.

— Vamos acordar o Ben? - Bella sorriu para Noah quando este balançou a sua cabeça deitada em seu ombro, concordando.


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Notas finais do capítulo

SINTO FACAS SENDO LANÇADAS PARA A MINHA PESSOA.
*S O C O R R O*

Me tranquilizem e digam que estou sendo exagerada kk.

Deu pra ver que os meninos já nasceram... e não só isso... Mas já estão grandinhos. A idade fica por vocês. Mas não passou tantos anos assim (na minha percepção de escritora e não de leitora). Acho que no próximo eu já menção dos anos. Mas não se apeguem a isso.

Quero que saibam que é muito importante o nascimento desses dois meninos. Não é pra concertar tudo, até porque não tem o que consertar. Estamos falando de vidas aqui.

Já li os comentários do último capítulo, e muitos esperavam que a Bella já tivesse saído dessa, mas de novo... não é fácil. Elá está acordando, e conforme o próximos capítulos forem chegando aqui vocês vão começar a ver que ela não se dá conta até que realmente vai fazer algo... Seus pensamentos são confusos e ela ainda tenta justificar as ações de Edward. No fundo Bella já sabe o que fazer, ela só não quer admitir.

Muitas vítimas de relacionamentos abusivos sentem vergonha além do medo. É um processo árduo e difícil, e sim... Mistakes está na reta final. As coisas serão conectadas aos poucos, e sinto (sim... já estou começando a escrevê-lo) que boa parte do que acontecerá daqui pra frente será baseado muito mais em escolhas do que acertos.

**Tenho mais um capítulo prontinho pra postar.
Posso postá-lo assim que chegarmos aos 15 reviews (aumentei, me julguem). Ou esperar mais um pouco até que o 43 esteja pronto (42 só falta revisar) . Aí será mais 1 ou 2 no máximo de capítulos.

Vocês escolhem sempre.
Comentemmm, Recomendeeeeeeeem *PLISSSSSSSS* :) Nunca gostei de apelar!

P.S.: me falem o que acharam no Ben e do Noah? Adoro personagens crianças (todas as minhas fanfics tem uma pelo menos kk) e nunca sei se está realmente bom *-*