Mistakes escrita por Niina Cullen


Capítulo 11
Capítulo DEZ


Notas iniciais do capítulo

FELIZ 2017! *-* Espero que estejam tendo um ótimo início de ano.



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Capítulo

DEZ

Edward estava observando Isabella. 

Hoje o dia tinha sido cansativo para o multimilionário, e ver como a todo momento Isabella parecia esperar que uma explosão recaísse sobre ela tornou as coisas muito mais interessantes. 

E nesse momento, com a porta do seu escritório sendo fechada atrás de si, ele caminhou tranquilamente para a mesa dela. Ela parecia estar bastante pensativa, mas quando notou a sua presença, parado em frente a sua mesa Edward percebeu o deslumbre naqueles olhos atraentes. Na verdade Isabella não tinha só os olhos que atraia a atenção do empresário e CEO das Indústrias Cullen. Ela tinha um rosto delicado - mesmo tentando recuperar o fôlego perdido no instante em que o viu -, simétrico, nada exagerado. Totalmente o contrário da vadia

No entanto ele não podia esquecer que esse mesmo encantamento trouxe escuridão para a sua vida, raiva e arrependimento

Elas não eram a mesma pessoa.

" - Só não esqueça que elas sãos duas pessoas diferentes."

As palavras de Alice mais cedo, ainda vagavam pelos seus pensamentos. E ele as bloqueou no instante em que suas intenções, os seus planos voltaram a comandá-lo novamente. Não se confiava em mulheres. 

Agora, aos olhos de Isabella ele deveria dissimular e representar a sua aparência abatida, como se estivesse desanimado e só ela pudesse devolver a alegria a ele de volta. 

Colocou as mãos no bolso, sentindo a textura da chave do seu Mercedes Coupé - que só era usado em momentos como aquele, quando ele não queria ser interrompido.

— Hoje não foi um dia bom - sua voz era suave e carregada de determinação quando falou. - E eu vou entender se recusar o meu convite. 

E Isabella não recusou o seu convite.

Quando disse que ela podia escolher o lugar dessa vez, Edward só não esperava que fosse tão atraente a ideia. 

Não precisariam nem deixar o carro para estar no meio de pessoas que poderiam facilmente despistar a atenção da insegura Isabella Swan. Edward gostava como ela parecia não ficar confortável quando estavam em público, como se estivesse fazendo algo errado por estar saindo com o seu chefe. Ela nem sabia como aquilo só a deixava ainda mais desprotegida. 

E mesmo assim, Edward não podia ignorar a péssima e desagradável escolha que ela teve. 

— Eu não conheço muitos restaurantes aqui em New York - Isabella se defendeu quando disse que poderiam ir a um Drive Thru. Mas Edward podia ver o tom de hesitação dela, como se ele pudesse se opor a sua escolha. Ele tinha lhe dado a chance de escolher e não podia contestar àquela altura do campeonato. Estava conquistando a bela moça indefesa. 

Como se ele pudesse se opor aquela altura do campeonato. 

E ela só queria ir a uma imunda lanchonete que oferecia acesso a carros para os clientes que não permaneceriam no repulsivo local. Que utilizava o mesmo óleo para fritar as batatas fritas, com os mesmos funcionários que durante um dia inteiro colocavam as mãos naquele lanche. 

Quando eles deixaram o local, já com os lanches entregues Edward agradeceu por não ter que suportar mais um minuto que fosse do barulho ensurdecedor das pessoas falando ao mesmo tempo, umas com as outras; das crianças pulando e gritando numa espécie esquisita de brinquedo ou ainda a confusão que era feita ali dentro para fazer o pedido e para receber. Sorte que não precisou passar por isso mais tempo. E tudo isso enquanto Isabella nem parecia ter notado ou se importar com aquilo tudo. Para ela deveria ser natural. 

Estava ainda mais exausto do que quando deixou a empresa, mas quando estacionou o carro em uma rua movimentada, mas que lhes dava total privacidade, viu como Isabella parecia estar ansiosa. Talvez com medo de que ele pudesse não gostar, mesmo depois de todo o falso sorriso encorajador que manteve até aquele instante. 

Controlando a sua náusea, levou o hambúrguer a boca dando uma generosa, mas nada agradável mordida, deixando o pedaço de alguma coisa cair sobre o guardanapo estendido sobre o seu colo. Edward apenas tentou pensar em como um dia pôde gostar daquilo. Mas riu dissimuladamente, vendo como Isabella suspirou aliviada com a sua falsa interpretação.

Ele ria sim, não pelo tomate que escapou da sua boca, mas sim por ela estar cada vez mais desinibida, sucumbindo rendida a ele. 

Queria saber se um dia, os resultados que estava alcançando deixariam aquela vadia satisfeita por ter lhe sido uma mentora tão competente. Porque sim, ela tinha conseguido transformá-lo em um desconhecido, em uma pessoa sem coração, submerso na escuridão amontoada nos últimos anos, sem sentimento e incapaz de se importar com os sentimentos dos outros, ou daquela garota a sua frente. 

Katherine tinha desmoralizado Edward de diferentes formas. E todas elas mentindo e desprezando o seu amor e os seus esforços para vê-la feliz, somente ela feliz, sem se importar que estava atropelando as pessoas que mais amava na vida no processo. 

Foi um longo tempo até a sua recuperação, mas quando ele se ergueu, já estava transformado

Involuntariamente, Edward percebeu, estava invocando o diabo que sempre parecia arrumar um jeito de lhe infernizar.

— Eu não me lembro da última vez que comi um... - seus pensamentos estavam descontrolados, ele precisava voltar a atenção para aquele momento presente. Levantou a embalagem colocando a bebida gelada que escorregava da sua mão no recipiente do carro que só acomodava sua bebidas mais caras, para concluir o que estava dizendo. - Triple Burguer X Bacon. 

Sério?!

Isabella sorriu com o que ele tinha quase se atrapalhado em dizer. Talvez feliz com a ilusão que não sabia identificar.

— É mesmo? - totalmente despreocupada foi a vez dela de dar uma mordida no seu hambúrguer deixando o katchup escorrer levemente sobre os seus lábios. - Esse é definitivamente um dos melhores. - Ela passou a língua úmida sobre os lábios rosados e Edward ouviu o seu gemido de jovialidade. Satisfeita. 

Edward precisava retomar o controle de não tomá-la para si naquele mesmo instante. Ainda não era hora. Precisava ir com calma com ela se quisesse que seus próprios erros fossem consertados; se quisesse ter controle sobre aquela jovem mulher que estava ao seu lado; se quisesse mostrar que não era mais aquele homem que só recebia ordens do pai e que ainda tinha que suportar as indiretas da esposa dizendo que ele não era capaz de assumir o controle das Indústrias Cullen e muito menos o controle sobre ela. Se não quisesse ver os olhares das pessoas ao seu redor dizendo que só ele não sabia que Katherine o traia, que Katherine só queria o seu dinheiro e que tinha ido embora - com certeza com um novo milionário que ela não precisava fingir ser apaixonada - só para não ter que aturar as suas lamentações e os seus pedidos incessantes de que ela não o abandonasse. 

Nunca era tarde demais para reconsiderar.

Já estavam dentro daquele carro há bastante tempo. Depois das frequentes oscilações entre o silêncio e as risadas quando Edward contou das vezes que comia em Food Trucks ou em fasts food perto da escola no ensino médio. Não tinha mentido sobre nada, mas aquela lembrança já não era motivo de alegria, de uma boa recordação de ótimos momentos, quando antes tudo parecia tão simples como atravessar a rua tentando despistar a irmã gêmea para poder escapar e comer as coisas que ele gostava e não a que ela achava mais saudável. Alice sempre foi e continuava sendo muito irritante. 

Então ele não mentiu, precisava mostrar cuidado com o desprezo que sentia por aquelas lembranças que só o fazia relembrar e perceber como sempre foi uma criança estúpida. Imbecil. 

Isabella não parecia ter notado o seu pequeno desnorteamento. Ela parecia alegre por ele ter-lhe contado aquilo. Ainda sendo iludida. 

Mas a alegria não durou por muito mais tempo.

— Eu posso te fazer uma pergunta? - a voz dela era apenas um sussurro

Edward apenas assentiu, já tinha comido o hambúrguer detestável e agora estava terminando de engolir o resto do líquido escuro e ainda gasoso em seu copo: o que você quiser. 

— Eu vi quando a sua irmã saiu da sua sala. - Sua voz estava trêmula quando ela disse aquilo. - E ela estava chorando.

O CEO das Indústrias Cullen podia ver a confusão que se instaurou no semblante de Isabella. Ela não podia saber que seus músculos estavam contraídos só pelo fato de Alice estar colocando em risco os seus planos. Isabella era muito perspicaz, ele podia ver isso. 

— Alice só veio para me aborrecer. 

Isabella agora parecia estar preocupada e com receio pela sua intromissão, e quando Edward olhou além dela, para fora do carro tentando conter a irritação naquele momento, palavras e momentos que contribuíram para quem era hoje irromperam os seus pensamentos sem a sua permissão, em um acesso de  fúria impetuosa.

" - Só não esqueça que elas sãos duas pessoas diferentes."

" - Você não está vendo? - gritou se virando para encará-lo, de repente esquecendo de procurar um salto que combinasse com o seu novo vestido de grife. - Ela está fazendo isso para nos separar.

" - Se você continuar acreditando em tudo o que a sua família fala a meu respeito...

" - Não é só a minha família Katherine, e você sabe bem disso."

Edward Cullen lutou vigorosamente para se manter no controle, não conseguia mais manter a sua impassividade sombria. Ele não estava sozinho. 

— Você tem que entender - relaxou, rejeitando toda ou qualquer nova interferência. - Alice é um pouco difícil - seus lábios se esticaram em um sorriso distante que para Isabella poderia parecer genuíno, e franziu levemente o cenho. - Ela acha que pode me dizer  o que eu devo ou não fazer. 

Provavelmente o discernimento que Isabella teve quando Alice saiu da sua sala não fosse o suficiente naquele momento.

— Mas não se preocupe - ainda sorrindo Isabella olhou em seus olhos.

Não se preocupe. Era tudo o que esse Edward precisava. Que Isabella começasse a confiar nele sem desconfiar das suas reais intenções. Ela não podia e nem conseguiria ver através dos seus olhos os fantasmas que ele enclausurava em sua alma. 

Um silêncio se instalou logo em seguida e Edward mudou de assunto, querendo saber algo que não era mais segredo para ele.

— Me conte sobre você - disse. - Sobre a sua família. Sobre o que você quiser. Eu quero só ouvir a sua voz, saber tudo o que você quiser que eu saiba. 

Se Edward fosse um pouco mais atencioso e esquecesse dos seus planos, teria ouvido o coração de Isabella golpeando sob o peito naquele exato momento. 

Ela ainda não tinha noção dos sentimentos que já começavam a envolver Isabella, tomando todo o espaço de um coração tão inocente. 

— Não tem muito sobre a minha vida que vale a pena dizer. 

Então ela lhe contou sobre tudo. Resumidamente. Como foi difícil deixar a faculdade em Seattle logo depois das complicações na saúde do pai. Com a morte da mãe as responsabilidades caíram sobre ela, mesmo que o pai não admitisse que precisava de ajuda. 

— A aposentadoria dele não cobria todos os gastos, sabe? - lamentou, suspirando pesadamente. - Permanecer na SW  mesmo com a bolsa estava caro e eu vi que nem mesmo o meu trabalho de meio período daria conta. Eu precisava vir para New York.

Ouvindo-a com atenção Edward Cullen concordou, mas ela nem desconfiava da natureza daquele assentimento. 

— Eu sinto muito pela sua mãe. Mas quer saber? - ele se aproximou quando já estava bem próximo a ela, pronto para enxugar as lágrimas salgadas que escorriam pelo seu rosto. E aquela cena teria sido tocante para o antigo Edward, não para esse. - Ela deve sentir muito orgulho de você, aonde quer que esteja. 

Edward teve que ser rápido no momento de desordem dela - das lembranças que trouxera a tona. 

Suas mãos circundavam o rosto delicado, e os lábios dela - ainda hesitantes sob os seus - eram doces. Diferente dos beijos com Katherine que eram sempre muito impacientes, aquele lhe dava a permissão para explorar sem preocupação. 

No entanto, com Katherine ainda sendo um parâmetro para alcançar os seus objetivos, Edward já ignorava aquele momento para se deliciar com as emoções que ele sabia que estavam atravessando aquele belo e inocente rosto.

Quando Edward se afastou, deixando-a se recuperar da surpresa e do momento que estava transcrito em seus olhos, ele soube que estava no caminho certo. Que não demoraria muito até que Isabella estivesse completamente entregue a ele. 

— Isso tudo é tão estranho, mas eu sinto que é a coisa certa Isabella. - Mesmo que só ele soubesse o que aquilo realmente significava. - Para nós dois. 

Para nós dois. 

Sorriu logo depois de compreender as suas palavras, parando para contemplar mais um conquista sua, vendo como as faces da pele clara dela estavam ruborizadas e o sorriso que já se formava em seus lábios levemente inchados. Não precisava de mais nada para saber que ela já estava apaixonada por ele.

Cuidadosamente, como se de repente pudesse desmoronar a qualquer momento, ela ainda segurava o copo de suco - dessa maneira podia manter a atenção no recipiente quase vazio enquanto tentava desviar os seus olhos castanhos dos verdes curiosos e vigilantes de Edward. 

Ainda que o poderoso Edward Cullen estivesse impaciente agora, esperando que ela dissesse alguma coisa, ele não podia negar que estava se divertindo com aquilo tudo. 

Edward admirava a resistência de Isabella que aos poucos se dissolvia. Ela parecia um cordeiro que tinha sido atacado por um leão da montanha e que tentava se recuperar do choque. 

Claro que dificilmente um cordeiro sairia ileso de um ataque desse, mas ele - o bichinho indefeso - não precisava saber. 

Por fim, interrompendo o silêncio que se prolongava, Isabella falou, ainda na defensiva:

— Isso não é certo.

Edward podia ver a aflição nos olhos dela quando os ergueu ainda vacilantes. 

— Por que não é certo? - Edward se endireitou no banco de couro escuro para observá-la melhor. 

— Porque nós não nos conhecemos direito, porque você é meu chefe... - Ela parecia que iria continuar, mas de repente só suspirou abatida. 

— É uma lista bem extensa ? - tentou fazer piada, aproveitando a oportunidade.

 Mas Isabella pareceu não compartilhar do mesmo momento e só embrulhou o resto das embalagens e o copo que já estava deixando a sua mão dormente de tanta pressão que ela devia estar exercendo sobre ele desde que o beijo terminou. 

Ela estava tentando desviar a atenção e se Edward não tomasse uma decisão logo ela poderia se distanciar ainda mais. E aquilo não podia acontecer. Aquele progresso simplesmente ruir não podia acontecer. 

— Isabella - chamou, mas em receber resposta de volta Edward estendeu as suas mãos e se inclinou em sua direção. Tentou  encaixar aos mãos pequenas, delicadas e geladas nas suas. A noite tinha mesmo esfriado e com ela Edward estava ainda mais determinado a conduzi-la. - Ei — tentou mais uma vez, soltando uma das mãos para segurar carinhosamente o seu queixo, agora trazendo o rosto dela para ficar cara a cara com o seu, a poucos centímetros como estiveram há instantes. O suficiente para ela o encarar, com os olhos fixos nos seus, mas ainda perdida em pensamentos. 

Ela tinha razão. Muita razão por sinal. 

Mas errou só por um detalhe: ela não o conhecia direito. Mas Edward sim. Era simples e humilde e talvez nem desconfiava das reais intenções do seu chefe, o mesmo cara que paga o seu salário. Além de tudo a vadia da sua esposa também era e subitamente se revelou debaixo dos seus próprios olhos a mulher mais desprezível e imunda que poderia estar ao seu lado. Que o enganou quando dizia que somente ela o amava. Edward não podia evocar aqueles sentimentos - aqueles pensamentos - de novo, não agora. 

Isabella não parecia ter desconfiado do seu repentino silêncio. 

Então ele reassumiu o controle, onde tinha parado, ainda bem próximo a ela. 

— O primeiro motivo eu acho que a gente tá começando bem - sorriu e ele tinha um sorriso torto aos olhos dela. - E quanto ao segundo e os que com certeza virão após esse eu quero que você saiba que eu não me importo - Edward enfatizou bem a última palavra. 

— Eu juro que não vou te decepcionar - murmurou e assegurando sentenciou aquelas palavras como se elas realmente pudessem ser verdadeiras. 

Isabella reagiu da forma que ele gostaria, mas que não esperava: totalmente entregue aos seus braços, ela se jogou sobre o seu peito, sem ressalva alguma e ele sentiu quando os braços finos dela circundaram a sua cintura firmemente enquanto as suas pousaram silenciosas sobre as costas dela. 

— Nós enfrentaremos isso tudo juntos - completou, sobre os seus cabelos. 

Aquela altura os cabelos compridos e ondulados de Isabella já tinham se soltado do coque que ela tinha improvisado mais cedo, e inebriavam os sentidos aguçados do milionário Cullen, enquanto ela descansava a cabeça sobre o seu ombro. Ele estava sorrindo, totalmente divertido por mais um progresso e já pensando nos próximos e na realização final, que seria mostrar como o amor podia destruir uma pessoa e todas as suas esperanças em um único pacote. Mesmo que ela fosse Isabella Marie Swan. E não Katherine May.

Quando Edward Cullen desceu do seu carro luxuoso naquele inicio de madrugada, estacionando ao lado dos demais carros na garagem coberta, ele já tinha esquecido de todo o cansaço que aquele dia trouxe. Quase se sentindo pronto para tirar aquela roupa e tomar um banho, Edward foi acometido por uma lembrança que de repente o fez cerrar os dentes, em cólera. Ele não podia se esquecer do que o transformou na pessoa que era hoje. Do estopim que libertou a pessoa que Edward Cullen era hoje. 

Foi naquela mesma mansão, a mesma que Katherine tinha escolhido e insistido que os dois viessem morar antes de se casarem - depois de dizer que um apartamento não seria o suficiente. Ele já tinha comprado o anel. 

E foi daquele mesmo lugar que Edward viu Katherine pela última vez, entrando em um carro desconhecido, estacionando do lado de fora dos enormes portões, sem olhar para trás. Seus punhos estavam cerrados com aquela lembrança. 

— Senhor Cullen... 

Quando Edward olhou na direção da pessoa que o chamava, ele viu que o motorista parecia estar tentando chamar a sua atenção há bastante tempo.

O motorista era Jasper Hale, um homem franzino que apesar de entender que existia uma distância entre patão e empregado, não parecia se incomodar por sempre ser solícito enquanto Edward o ignorava como qualquer outro empregado. Era por isso que ele não tinha arrumadeiras, passadeiras, empregadas domésticas fixas ou jardineiros na sua casa, só os seguranças que ficavam na entrada do condomínio fechado e Jasper eram os seus funcionários fixos. Sempre mandavam um novo funcionário que era contratado para os serviços domésticos. 

Mas Hale já era seu motorista pouco antes de Katherine ir embora. Ele tinha contratado aquele ex-sargento do exército, que tinha ótimas referências para ser o motorista da sua esposa. Quando Edward começou a desconfiar que as mentiras que a sua família contava podiam ser verdadeiras, e que os olhares cobiçosos para a sua esposa, de repente se transformaram em olhares de pena para o homem que estava sendo enganado e que sempre foram um aviso para o precipício que estava se jogando. 

Foi antes de Edward se tornar o homem amargurado e odiado por todos que era hoje.

Jasper seria um vigia, seria os seus olhos e apesar da sua sensatez, ele aceitou, mas Katherine era esperta e antes mesmo que Jasper tivesse descoberto alguma coisa ela começou a desconfiar. De repente as brigas, as discussões começaram a ser mais frequentes, enquanto ela insistia nas mentiras e ele insistia em acreditar. 

Edward jogou o terno sobre o seu ombro, desabotoando as abotoaduras da sua camisa para arregaçar as mangas. De repente não fazia mais tanto frio assim em New York. 

 - O meu carro precisa ser limpo e jogue aquelas embalagens fora - Edward disse simplesmente.

— Claro Senhor Cullen, amanhã... 

O motorista começou, mas foi interrompido rispidamente.

— Eu quero que o meu carro seja limpo hoje. 

Jasper Hale parecia carregar uma expressão inalterada, tranquila quando Edward fez o caminho para as escadas acinzentadas para entrar na mansão, mas no meio do caminho se lembrou de algo muito importante. Que daria seguimento para os seus planos. 

— Esteja com o carro ligado amanhã mais cedo - falou, de costas, ainda seguindo o seu caminho, despreocupadamente. - Quero estar em um lugar antes de ir para a empresa. 


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Notas finais do capítulo

COMO EDWARD JÁ CONSEGUE MANIPULAR A BELLA, GENTE?! É DE ME FAZER CHORAR. De verdade, é muito difícil desconstruir o Edward que já conhecemos :/ Agora, me falem se esse capítulo não ficou enorme de grande? kk Fiz o que pude, e gostei muito do resultado, e quando vi... Acho que me empolguei, e quem sabe eu não me empolguei no próximo também? ;)
E temos um personagem novo aqui, Jasper ;)

Para o primeiro dia do ano... Eu acho que estou bem, não é mesmo?
Eu sei que não postei nada há duas semanas, mas eu precisava dar uma trabalhada nos próximos capítulos, e aqui está. E tenho ÓTIMAS NOTÍCIAS, porque já tenho o próximo também (ONZE), então me deixem saber o que vocês querem, beleza? Sinto dedos afiados nesse primeiro dia do ANO? É com vocês! =)
Mas por enquanto posso dizer que vou tentar manter um ritmo de 1 capítulo por semana.

**Para quem começar a ler Mistakes agora vai ver que o cara que fez o relatório sobre a vida da Bella, e tirou a foto dela para que o Edward tivesse todas as informações é o Emmett, e não mais Richard (personagem que eu criei inicialmente, mas que não teve ainda a sua aparição física na história). Então esperem muito Emmett por aqui

Beijooo, me contem o que acharam e o que esperam desse próximo capítulo prontíssimooo!!!