Kissu´s escrita por LiLiSaN


Capítulo 15
Yūki




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(Imagem: Pontos turísticos do Japão - Google)

...

Centro - Nagasaki –Sabado - 13:30

“Por que essa ponte se chama Meganebashi?”. Nakuru perguntou apontando para ponte. Estava junta de Eriol, Tomoyo (que filmava tudo, principalmente Sakura) e Sakura, chegavam próximo a ponte. Yue, Yukito e Shaoran, vinham logo atrás. Usavam óculos e chapéus, temiam em ser reconhecidos. Tentavam passar despercebidos pelas pessoas.

“Porque os seus dois arcos e seus reflexos na água criam a imagem de um par de óculos, percebe?”. Eriol apontou para os arcos e os reflexos.

“Aqui diz que ela foi construída pelo monge chinês Mozi do Templo Kofukuji. E é a ponte de pedra em forma de arco mais antiga no Japão”. Sakura lia em um panfleto, era um guia turístico.

Mais cedo, haviam visitado o Parque da Paz de Nagasaki, ficava sobre uma elevação próximo de onde a bomba atômica explodiu. Ficaram maravilhados com a estátua de 10 metros de altura. Segundo o guia turístico, ela representa o desejo dos moradores de Nagasaki: a paz. Foram também ao museu “Nagasaki Atomic Bomb”, e depois a Igreja de Ōura, uma igreja católica romana que resistiu a bomba atômica lançada sobre a cidade, apenas os vitrais tiveram que ser refeitos. Todos ficaram maravilhados com ela, principalmente Sakura que ficou encantada com toda sua extensão e os vidrais. Era linda.

Não falou com Shaoran todo o passeio. Estava o evitando. As palavras dele, de ontem, rodeavam sua cabeça. Ele parecia ser tão sincero... Mas ela tinha medo. Medo de se envolver, medo de se apaixonar, medo de... Medrosa! Era isso o que ela era.

“Tem um restaurante bem ali. Vamos comer alguma coisa?”. Perguntou Eriol.

“SIIIIIMMMM”. A alegria de Nakuru a despertou de seus pensamentos, a fez sorrir. Nakuru pegou em sua mão e a puxou para o restaurante.

...

Saboreavam o prato típico de Nagasaki, chamado Chandon (macarrão com frutos do mar e vegetais). Estavam famintos, o passeio além de proveitoso e empolgante, era cansativo.

“Delicioso!”. Yukito comia sem intervalos.

“Muito, muito!”. Nakuru tinha a habilidade de comer sorrindo.

“Estava verificando na programação que fizemos. O próximo local é...”. Tomoyo olhava uma pequena agenda, havia feito uma lista dos lugares e horários que visitariam aquele dia.

Parque temático Huis Ten Bosch!”. Disse Nakuru com os olhos brilhando.

“Por que você que ir tanto lá Nakuru-chan?”. Perguntou Shaoran.

“É que.. que... Lá é um lugar muito especial para minha irmã. Por isso quero conhecer!”

“A propósito, sua irmã ainda mora na Holanda, né?”. Perguntou Yukito. Yue a olhou, queria saber da resposta.

“Sim, sim!”- Nakuru abriu o largo sorriso- “Talvez, eu vá visitá-la nas nossas férias oficiais!”.

“Vamos de Trem, não é? Aqui diz que a estação é enorme!”. Sakura perguntou empolgada.

“Sim, Sakura-chan!”. Tomoyo respondeu sorrindo com a empolgação dela.

Shaoran olhou Sakura, percebeu que ela ao notar seus olhares, parou de sorrir, olhou para baixo.

Era tudo o que queria: deixá-la desconfortável.

Quanto mais ele demonstrava o seu interesse, mas ela ficava arredia. A sensação que tinha de que ela gostava dele também não passava de uma ilusão. O que ela demonstrava, na verdade, era querer distância dele.

Concluiu que chegou a hora de ser mais direto. Era melhor levar um fora logo do que tudo isso ficar se arrastando.

“Sakura...” - Shaoran e Tomoyo chamaram por ela, ao mesmo tempo. Mas devido ao tom baixo da voz de Shaoran, Tomoyo é que foi ouvida – “E Nakuru, o que acham depois de almoçarmos, irmos juntas a loja do outro lado da rua? Depois de lá podemos tomar um sorvete, o que acham?”.

Sakura e Nakuru olharam a lojinha, pelo letreiro dela, dizia que vendia lembranças de Nagasaki.

“Sim!”. As duas disseram em coro.

....

Dividiram-se: Enquanto Tomoyo e Nakuru olhavam um lado da loja, os chaveiros no balcão chamaram a atenção de Sakura: “Que lindos!”.

Queria dá um presente para todos que a acompanhavam nessa viagem. Até mesmo para ele. Ficaria vermelha e sem jeito, mas deixaria claro que era por consideração... Antes na dúvida, ao ver os diversos chaveiros já soube que presentes daria… Mas não sabia quais chaveiros escolher… Tanta opção. Não sabia se eles gostariam também… Enfim, escolheria. Estava feliz em ter sido convidada e mais feliz pela forma que todos a tratavam.

Minutos atrás, comprou algumas coisas para Naoko, Motoko e Mamoru também. Sentia saudades deles. O chaveiro em formato de trevo, obteve sua atenção. Ela iria pegá-lo, mas sem perceber o rapaz ao seu lado também. As mãos se tocaram.

“D-d-d-desculpa!” - Retirou a mão rapidamente. Vermelha, olhou o rapaz, que estava mais vermelho que ela. Aqueles cabelos ruivos... Ela o conhecia! - “T-t-t-touma-kun?!”.

“S-s-sakura?!”.

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“Tomoyo-chan…?”. Nakuru cutucou Tomoyo, ao mesmo tempo em que observava curiosa a cena.

“Sim, Nakuru-chan?”. Estava distraída olhando os vários cartões-postais de Nagasaki.

“Por quê a Sakura e aquele rapaz estão mais vermelhos que pimentões?”. Nakuru apontou na direção deles.

“Kikuchi?!”- Tomoyo se surpreendeu, não o via há muito tempo. Ele havia ido embora de Tomoeda- “Ele não mudou nada”. Sorriu ao olhá-los envergonhados, tentando iniciar uma conversa.

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“Quanto tempo, Sakura-chan!”- O rapaz de 1,80 m, branquinho, de olhos cor mel sorria e cabelos ruivos, sorria envergonhado- “D-desculpe, não nos vemos há tempos, e eu estou sendo íntimo”.

“N-não, n-não Touma, eu não me importo. Quer dizer, Touma-chan!”. Ela sorriu.

“Você mora aqui ou está a passeio?!” - Perguntaram ao mesmo tempo. Riram, sem graça - “A passeio, moro em Tóquio”. Novamente disseram ao mesmo tempo. Agora riram, sem nenhuma vergonha.

“Que legal, você também mora lá?”. Touma indagou surpreso.

“Sim. Faz pouco tempo...” - Custava a acreditar que tinha reencontrado o amigo da adoslecencia. Faz muito tempo que não tinha notícias dele - “Você não mudou nenhum pouco Touma-kun”.

“Você também não. Continua encantadora, com seus lindos olhos verdes!” - Ele ficou vermelho, e desviou o olhar, ao perceber o que tinha dito. Sakura não ficou constrangida pelo elogio, afinal, foram grandes amigos - “Ééér… E como vão todos? Depois que fui embora, perdi o contato”.

“Estão todos bem, a Tom...” - Tomoyo se aproximou- “Já ia falar de você, olha só quem encontrei. Touma, lembra dele?”. Ele abriu um sorriso a vê-la, e cumprimentou Nakuru.

“Claro que sim. Ele era apaixonado por você no fundamental”. Ele e Sakura, se olharam surpresos e ficaram vermelhos. Tomoyo sorriu.

“C-coisa de adolescente Sakura-chan. Não tem porquê ficarmos com tanta vergonha, certo?”.

“C-c-certo!”. Estava surpresa, nunca havia percebido. Eles sempre foram bons amigos.

O que foi que Tomoyo-chan, acabou de fazer?”. Nakuru tentava entendê-la.

….

No restaurante, próximo a lojinha, Shaoran, ao lado dos amigos, esperavam por elas. Decidiram esperar por lá mesmo. Contrariado, Shaoran lembrou-se das palavras de Nakuru: “Voltamos já já”.

“Cadê elas?”. Yue já estava impaciente. Ao seu lado, Yukito devorava o terceiro prato de Chandon feliz da vida.

“Argh… Mulheres e compras: Tão clichê!”. Disse Shaoran, também irritado.

“Lá estão elas...” - Pela vidraça do restaurante, Eriol as viu saindo da loja com sacolas. Abriu um sorriso, mas o tirou do rosto quando o rapaz ao lado delas, pedia, por educação, para segurar as sacolas delas. Não o conhecia- “Quem é aquele?”. Os três olharam.

Shaoran arregalou os olhos, um ciúme cruel estava tomando conta de todo o seu ser. Por que aquele cara estava tão próximo a ela, e por que eles estão rindo tanto? Quem era ele?!

“Aquele não é o...”. Yukito, o reconheceu de pronto.

Kikuchi Touma”. Completou Yue. Viu Nakuru dando um soquinho no ombro de Touma, que o fez ficar vermelho. Isso de ela fazer amizade facilmente, às vezes era bem irritante.

“Quem é?”. Indagou Eriol.

“Ele estudou em Tomoeda. O pai dele era professor e dava aulas lá. Mas ele sofreu um acidente de carro e faleceu. Foi um grande escândalo”. Yukito observava ele sorrindo.

“E por que foi um escândalo?”. Indagou Shaoran, ainda revoltado com tanta proximidade entre eles.

“Uma professora do ensino infantil de Tomoeda, estava junto com ele, diziam que os dois eram amantes”. Respondeu Yukito.

Shaoran refletia sobre o que acabará de ouvir. Comentaria algo com Eriol, mas ao olhar para o lado, só restou o contorno do corpo dele e o dinheiro para pagar a conta. Ele já estava atravessando a rua, se juntado a eles. Ficou boquiaberto: “Que rapidez foi essa?”

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“Kikuchi Touma! Muito prazer! Fico feliz em saber que você casará com Daidouji”. Sakura e Nakuru olhavam incrédulas ainda para Eriol, ao lado de Tomoyo, certamente pela forma que ele chegou falando, minutos antes: “Olá meu nome Hiiragizawa Eriol, noivo da Srta. Daidouji. Tudo bem? Pode me dá as sacolas? Eu seguro”. Não sabiam que o inglês sempre educado, polido e sereno era tão ciumento.

Yue, Yukito e Shaoran juntaram-se a eles. Foram apresentados. Touma com o sorriso costumeiro no rosto, cumprimentou a todos, especialmente Yue. Lembrou dele. O professor que virou popstar.

Shaoran não tirou a cara feia ao fitar aquele sorriso... Que cara irritante! O que será que ele significava para Sakura? A distância entre os dois era mínima. Desse jeito, daqui a pouco ele pegaria na mão dela. Pensar nisso, o irritou mais ainda.

“Vamos tomar o sorvete?”. Perguntou Eriol a elas. Nakuru pulou de alegria.

"Quer ir conosco Touma-chan…?” - Sakura ficou vermelha, estava sem jeito por ter convidado. Sua velha timidez - “I-isso se você não tiver pla...”

“Não! Adoraria ir sim!”. Respondeu empolgado pelo convite.

Touma-chan? Shaoran não entendia... Por que drogas, ela ficou vermelha? Por que ela tinha que convidá-lo? Será que ele era um amor antigo? Definitivamente aquele cara era I-R-R-I-T-A-N-T-E. Só faltava um letreiro pregado na testa dele, dizendo isso. Talvez, mandasse fazer um e mandasse entregar no natal pra ele.

...

“E o que você faz em Tóquio?”. Sakura ao tomar um pouco de seu sorvete, perguntou a Touma.

“Estou tentando entrar para a faculdade, pretendo cursar direito!”.

“Sério? Eu também!” -Ficou empolgada ao ouvi-lo – “Quer dizer, eu pretendo fazer Letras, trabalho como camareira em um hotel”.

“Que legal! Eu trabalho no cursinho onde assisto aulas. Ah! Lembrei que você sempre gostou das aulas da Senhora...”

O fato de ele a conhecê-la tanto, estava o incomodando. Apertava o copo do milk-shake de chocolate, mas era o pescoço dele que gostaria de apertar. A cada lembrança do passado que eles falavam, se sentia mais deslocado e com raiva.

“Você largou a música? Lembro que você tinha uma banda”. Indagou Tomoyo.

“Ér.. Não deu muito certo...” - Estava sem graça- “Foi um sonho que deixei no passado” - Ele olhou Yue, e depois os olhou minuciosamente – “Vocês são aquela banda Kissu´s?” - Confirmaram com a cabeça, em sincronia- “É por isso que estão usando os chapéus e os óculos escuros?”- Voltaram a confirmar. Ele sorriu- “Eu escrevo músicas para algumas bandas, já devo ter escrito para vocês”. Eles arregalaram os olhos.

“V-v-você?! Mas...”. Se surpreendeu Nakuru.

“Eu uso um pseudônimo: Mabuchi Kou”. Disse sem jeito.

“Você é o Mabuchi?!” - Nakuru arregalou os olhos e abriu um sorriso – “Não acredito! Você escreveu nossas músicas de maior sucesso! Que Japão minúsculo!”.

Sakura o encarou, enquanto Nakuru falava empolgada sobre o quanto gostava de suas músicas, Eriol participava da conversa. Yue e Yukito, surpresos, apenas ouviam a conversa. Fitou Shaoran, parecia estar incrédulo, não dizia nada. Já Tomoyo acompanhava a conversa. Sakura não sabia, mas ela observava principalmente Touma.

Fitou Touma, e seu sorriso tímido... Ele devia estar rico, praticamente milionário, mas ao mesmo tempo, não transparecia nada disso. Não tinha mudado muita coisa. Sempre foi gentil e humilde. Sentiu muito a sua falta quando ele decidiu ir embora de Tomoeda. Foi um grande amigo.

Lembrou-se do que Tomoyo disse, minutos atrás, sobre ele ser apaixonado por ela. Será que era mesmo verdade? Ela nunca percebeu.

Shaoran fitou os olhares de Sakura para ele. Ela parecia admirá-lo.

“Devo dizer que você escreve bem. Apesar de serem letras totalmente comerciais”. Shaoran o encarou. A mesa se calou, todos olhavam Shaoran com olhares interrogativos, não entendiam a animosidade que ele usou nas palavras.

“Você acha?”. Touma, não se intimidou, também o encarou.

“Sim. Minha opinião”. Deu de ombros, desdenhando.

“Então porque você as cantou?”. Indagou ao tomar o milk-shake de baunilha.

“Como disse, são comerciais. Vendem!”. Voltou a desdenhar.

“Então acho que você não deveria cantar canções que julga que são comerciais. Elas devem tocar a sua alma antes de tocar a de seus fãs. Minha opinião”. Voltou a tomar o milk-shake e depois sorriu de lado. Um sorriso que o nocauteou.

Que droga foi essa?! Então ele não era tão inofensivo como aparentava? Shaoran se sentiu um personagem do clássico jogo de luta “Mortal Kombat”. Acabou de levar um fatallity. Mas sua cabeça não foi arrancada nem seu coração. Apenas seu orgulho. 1x0 pra ele.

Tomoyo aproveitou o clima nada agradável: “Você escreveu uma canção para Sakura-chan, não foi? Uma que declarava os seus sentimentos”. A pergunta de Tomoyo fez Touma cair para trás, assim como Sakura.

Shaoran sentiu seu queixo cair. Se tinha motivos para achá-lo irritante. Agora, então… 2x0. Não estava gostando nenhum pouco dessa, quase, goleada.

“QUÊ?!”. Sakura perguntou vermelha.

D-d-de novo, ela fez isso?”. Indagou-se Nakuru olhando assustada para Tomoyo.

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Shaoran tentava disfarçar o ciúme, mas não conseguia tirar os olhos dos dois. Ao lado dos amigos, esperava por Sakura, um pouco distante deles. Iriam para a estação de trem.

Olhou Tomoyo ao lado de Eriol… Deveria ser mais atenta e estar juntos de Sakura e do compositorzinho! Não estudaram juntos? Devia estar lá ao lado dela se despedindo daquele... daquele... SER IRRITANTE!

Tomoyo sentiu seus olhares de reprovação, e sorriu para ele. Ele revirou os olhos. Não era hora para sorrisos, mas sim que ela o ajudasse.

“Foi bom te ver Sakura-chan. Espero ver você em Tóquio. Vamos manter contato até lá”. Ele havia dado seu número e ela o dela.

“Tudo bem!” – Sakura por segundos hesitou, mas decidiu fazer a pergunta - “Não perguntei... Mas, e sua mãe, como está?”

“Ela está bem. Casou-se novamente. Mora em Osaka. Tenho dois irmãos pequenos”.

“Uau, sério? Fico feliz por você! Lembro que você sempre achou chato ser filho único. Bom te ver com seu sorriso costumeiro”

“Sakura...” - Touma desviou o olhar, suas bochechas coraram - “Nunca tive a oportunidade de agradecer... Sei que está até meio tarde para isso... Mas muito obrigado pelo que você disse antes de eu ir embora”.

“Não precisa agradecer… Não queria que você tivesse ido, mas, no final, eu compreendi”.

“Touma-kun! Até que enfim!”. Dois rapazes se aproximaram deles, e fitaram Sakura com curiosidade.

“Ah... Estes são Tachibana Kishun e Uchimiya Haruhiko, são meus amigos. Moramos todos juntos em Tóquio. Aproveitamos uma folga”- Touma continuou- “Essa é K-k-k-kinomoto Sakura”. Hesitava em dizer o nome dela a eles.

“VOCÊ É A SAKURA?”. Gritaram em coro. Sakura ficou sem entender.

“S-a-a-a-akura-chan, vou indo” - Touma sem graça, saiu empurrando os dois, que ainda a olhavam surpresos- “Até mais!”.

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"Tomoyo-chan...”. Nakuru cochichou em seu ouvido.

“Sim?”

“Por que você fez aquilo?”

“O quê?”.

“Aquilo... ‘Apaixonado pela Sakura’, ‘música para a Sakura’”.

“Só quis ver se Touma-kun, depois de todos esses anos, ainda sente algum carinho especial por ela...”- Fitou Shaoran, ainda com a cara amarrada- “E meio que avisar Shaoran...”. Depois passou a olhar Sakura, que dava tchauzinhos a Touma e seus amigos, que se distanciavam.

“Avisar o quê?”

“Que Touma ainda guarda um carinho por ela”. Nakuru seguiu os olhares de Tomoyo.

Eriol, percebeu Sakura se aproximar deles,: “Acho que já podemos ir! Próxima parada: Parque temático Huis Ten Bosch!”

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Parque temático Huis Ten Bosch

O parque era repleto de hotéis, restaurantes e edifícios em estilo holandês, além de recriar tipicamente as mais belas paisagens da Holanda como os campos de tulipa, os canais e os moinhos.

Nakuru, Yue e Yukito decidiram ficar mais um pouco no local do parque, chamado “Flower Road”, local com moinhos holandeses e jardins de tulipas, numa quantidade de cores e variedades inimagináveis. Eriol, Tomoyo, Shaoran e Sakura decidiram ir na frente, iriam ver as iluminações que decoravam o parque, já que estava escurecendo.

“Oni-chan. Nakuru-chan! Volto já! Acabei de encontrar um conhecido!”. 

“Mas aonde você... Idiota”. Praguejou ao ver o irmão sair correndo, praticamente.

“Foi aqui que...” - Nakuru não se virou, continuava com seu olhar fixo para as Tulipas- “Que Johan, pediu a mão da minha irmã em casamento”

“Hum... Foi bem criativo” - Estava descontraído. Yue cruzou os braços – “Deixe-me adivinhar, e a sua irmã-bruxa, deu gritos, parecidos com os seus?” - Ela nada disse, ele estranhou – “Não está me escutando bruxa?”.

“E-e-eu gosto de você Yue-kun” - Ele arregalou seus olhos levemente. - “Gosto muito. Gosto de você desde a época em que você era professor e eu sua aluna. Mas sempre tive medo de me confessar. Não queria ser rejeitada ou que você achasse que era apenas mais uma aluna boba e exagerada apaixonada por você”.

“Nakuru, eu...”.

“Mas aí, você entrou na banda. Shaoran, Yukito e Eriol ficaram tão felizes. E eu mais ainda. Mas optei por não falar nada. Tinha medo de que você se zangasse com uma pirralha apaixonada se declarando, e caísse fora da banda por minha culpa” - Ela fechou e apertou as duas mãos – “Os dias foram passando... Quando você estabeleceu vínculos com a banda, eu achei que fosse a hora certa de te dizer o que sentia. Mas você apareceu com uma namorada. E eu mais uma vez, guardei comigo esse amor”.

“Logo você, que sempre foi tão falante”.

“É verdade...” - Nakuru o encarou, com uma feição determinada – “Mas agora, eu quero te dizer com todas as letras: Eu gosto de você. Gosto de estar perto de você. Gosto de te ouvir tocar. Gosto quando você sorrir... Gosto dos...”

“Nakuru, não!” - Yue a encarou sério – “Não vou retribuir os seus sentimentos. Agora, fazemos parte de uma banda. Temos obrigações com ela. Se tivermos um relacionamento agora, e não dê certo, ela será a principal prejudicada. Não misturo trabalho com a vida pessoal, me desculpe”.

Ela arregalou os olhos com tudo o que ouvia. Como ele podia ser tão frio? Parece que ele não escutou nada do que ela havia dito. Não percebeu o amor que ela guardou todos esses anos por ele?

“Sei. Entendo!” - Abaixou a cabeça, e permaneceu alguns minutos em silêncio - “Bem, então vamos! Acho que estão esperando pela gente!”. Seu sorriso era forçado. Na verdade, queria chorar.

“Nakuru, e-espera!”. Tentou impedi-la de continuar se distanciando dele.

“Vamos logo, seu ser irritante!”- Nakuru sorriu tristemente - “Não se preocupe. Não vou mais tocar nesse assunto, eu entendi!”. Continuou a andar rápido. Yue ficou parado a vendo ir.

...

Estava correndo, mas não sabia para qual direção. Só queria sair dali. Foi rejeitada.

Esperou anos para finalmente se declarar, para ser rejeitada... Sem saber, Yukito estava em seu caminho. E ao vê-la se aproximando, ele abriu os braços.

Nakuru tomou um susto pelo esbarrão. Mas reconheceu a voz que lhe dizia: “Tudo bem, Nakuru. Não precisa mais correr”.

Ela arregalou os olhos, levemente. E se acomodou em seus braços. Não segurou as lágrimas. E com as mãos apertou as costas dele.

Yue estava ofegante, ela era rápida. Era uma mistura de arrependimento com precipitação o que havia acabado de acontecer. Talvez, se ele explicasse de outra forma, ela entenderia melhor.

Ao ver a cena, deu passos para trás. Yukito o olhou tristemente.

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Tomoyo filmava a face de encantamento de Sakura com a iluminação das lâmpadas na fonte de água do parque. As decorações luminosas eram marca registrada do parque. Diziam que no natal e ano novo era deslumbrante. Tomoyo parou de filmar ao perceber os olhares perdidos de Shaoran para as luzes.

“Eriol-kun! Vamos até aquele local onde os casais juram amor eterno?”. Sakura e Shaoran escutaram Tomoyo, a olharam ao mesmo tempo.

“Hum?” - Eriol, ficou sem entender. Não havia um local lá assim. Tomoyo piscou, então ele entendeu - “Sim, sim! Vamos!”.

“Nós já voltamos!”. Disse olhando para os dois.

“Posso ir com vocês Tomoyo-chan?”. Pediu Sakura. Sem perceber que Shaoran ficou entristecido. Para ele, ela não queria MESMO ficar a sós com ele.

“Daqui a pouco Yukito, Nakuru e Yue voltam, aqui foi o ponto de encontro combinado. E lá é para casais apaixonados, Sakura-chan”.

“T-t-t-tudo bem”. Guaguejou. Percebeu que atrapalharia o momento romântico dos dois. Acenou para eles.

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“Você não perde nenhuma oportunidade, não é?”. Eriol cochichou no ouvido de Tomoyo.

“As coisas entre os dois precisam avançar. Segunda voltaremos para Tomoeda”. Ela segurou em sua mão e caminhavam para longe deles.

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“Senta” - Shaoran sentou-se na beirada da fonte, de costas para a mesma. Pediu a ela, que havia se distanciado dele um pouco, percebeu que ela estava bem tensa - “Senta Sakura, não vou te morder”. Pediu impaciente. Ela sentou-se e ficou calada.

“Shaoran, sobre ontem...”

“Tudo bem Sakura. Eu meio que entendi” - Cruzou os braços e ficou sério- “Não vou ficar mais perturbando você com esse assunto. Pelo menos, eu te disse o que sinto em relação a você”.

“E-e-e-e-espero que você entenda”.

“Sim. Entendi que você não sente o mesmo e está começando a ter medo de mim”. Ele tirou o boné preto. Já estava de saco cheio dele. Passou a mão pelo cabelo.

“Não, não é isso... Eu só...”

“Aquele cara... Você gostava dele?”. A olhou sério.

Gelou com aqueles olhos castanhos a encarando de forma tão intensa: “Hãã?! N-não, Touma-chan e eu estudávamos juntos. Somos amigos ou éramos...”.

“Éramos?”

“É que quando ele foi embora, perdemos contato. Por escolha dele. Ele estava passando por uma fase difícil e decidiu seguir em frente, sem mim”.

“Sem você? Estou vendo que você ficou chateada com isso”. Sakura iria se explicar melhor, mas o grito de uma mulher a assustou.

“Meu Deus! LI SHAORAN!?”- Uma moça, acompanhada pelo namorado, aproximou-se dele. Empolgada, seus gritos chamavam a atenção das pessoas que passavam – “É VOCÊ, É VOCÊ! SOU SUA FÃ! AMO KISSU’S!”. Shaoran ficou sem graça.

“Ah, obrigado...”. Agradeceu, curvando-se.

“Posso tirar uma foto com você? Por favor!”. Ele assentiu com a cabeça. Ela, timidamente, ficou ao seu lado, e tirou uma selfie.

“É ELE! É ELE!”. Cada vez mais, pessoas se aglomeravam para ver de quem se tratava. E num piscar de olhos, Shaoran estava sendo cercado pelas fãs.

Sorria sem graça, tentando conter as mãos que queriam apertá-lo ou tocar em seu cabelo. Umas se empurravam, para tentar chegar perto dele.

“Por favor, tirarei fotos com todas. Acalmem-se”.

“Shaoran-kun! Nós te amamos! Me dá um pedaço da sua blusa!”. Se assustou, estava acostumado sempre com a calmaria das fãs japonesas. A fã mais histérica continuava a gritar. A situação estava saindo do controle.

“Shaoran, vamos!”. Sakura, conseguiu se desviar de algumas que ficaram na sua frente, segurou em sua mão, o puxando de dentro da roda que o cercava. Ele ficou surpreso, mas foi junto.

“EI PRA ONDE VOCÊ VAI LEVAR ELE?! QUEM É VOCÊ?”. A gritaria começou e algumas, tomadas pelo momento, passaram a correr atrás deles. Os seguranças do parque foram chamados.

...

Não sabia o que estava fazendo. Apenas queria protegê-lo. Segurava forte sua mão, enquanto o ajudava a escapar de uma perseguição de fãs pelo parque.

Avistou um beco com pouca iluminação. Era os fundos de um dos restaurantes do Parque. Por ser um pouco escuro, seria um bom esconderijo. O guiou até lá.

Ambos recuperavam o folego. Sakura virou-se bruscamente: “Você está bem?!”. Ela ainda segurava a sua mão.

“Sim, só a minha mão que está doendo um pouco. Você é bem forte”. Ao perceber que segurava a mão dele, soltou rapidamente.

“Me desculpa, não percebi”.

“Tudo bem. Obrigado pela ajuda. Quer ser minha guarda-costas? Só precisa crescer mais um pouco” - Ele riu. Sakura ficou emburrada, mas aos poucos, foi contagiada pela risada dele. E lá estavam os dois rindo. Ele apreciou aquele momento – “Você fica mais linda, quando rir” – Sakura parou de rir e ficou sem jeito – “Desculpe. Falei poucos minutos atrás que não perturbaria você, e olha só o que volto a fazer. Acho que as despistamos! Podemos voltar!”.

Sakura, fechou os olhos, engoliu seco e o encarou. Ele já não estava na sua frente. Estava andando, saindo dali: “Shaoran… Não é nada educado deixar alguém falando só...”.

“Oi?” - Ele virou-se, surpreso – “Me desculpa, achei que você estivesse vindo junto. Estou um pouco atordoado pelo que aconteceu, foi a primeira vez em anos...”. Ele voltou a andar.

“Li” - Ao ouvir seu sobrenome, ele parou- “A verdade é que tenho medo” - Fitava as costas dele - “Eu nunca vivi essa confusão de sentimento. Meu coração só falta sair pela boca, quando você se aproxima ou quando olho para você. No começo, achei que fosse pelo fato de você ter entrado na minha vida, daquela forma. Praticamente, roubando meu primeiro beijo” - Sorriu sem graça- “Sou totalmente inexperiente. Não sei o que uma pessoa como você, viu em uma garota como eu. Não estou me menosprezando, apenas temos caminhos diferentes. Não sou capaz de andar por eles juntos a você. Não tenho coragem”.

“Do que você tem medo, Kinomoto?”. Ele virou e a encarou.

“Tenho medo de... de... Amar você. Medo de você descobrir que eu era só um encantamento, algo novo que surgiu na sua vida e que depois perdeu graça. Como vamos manter um relacionamento, se nós temos vidas tão diferentes?”.

“Então esse é o seu medo? De me amar?” - Sakura confirmou com a cabeça – “E sabendo disso, você quer que eu simplesmente diga: Ok, tudo bem, até mais?”.

“O que eu quero...”

“Não fuja mais de mim, Sakura. Vamos viver isso o que estamos nutrindo um pelo outro. Vamos enfrentar juntos...” – Ela fitava o chão – “Quando você fugiu aquela vez de mim, eu não pensei duas vezes e corri atrás de você e acabei te beijando. Se você continuar fugindo assim, vou acabar me casando com você, com menos de 1 mês de relacionamento” - Disse em tom descontraído. Ela sorriu – “O que me diz?”

“Shaoran, eu...”

“Quer namorar comigo?” - Ele sorriu com cara de espanto que ela fez- “Não enrola: É sim ou não” - Ela gaguejava na tentativa de falar algo- “Eu sei que disse que queria conhecê-la melhor. Mas já estou satisfeito com o pouco que sei. Responda”.

Um rolo de filme, daqueles bem antigos, passou pela sua cabeça. Tudo se iniciou quando o viu pela primeira vez cantando pela TV junto de Naoko no Hotel. Passou pela perseguição, pela discussão, pelo desencontro, demorou um pouco na lembrança do beijo, no jantar, no templo...

O menino encrenqueiro do vídeo estava parado na sua frente. O Shaoran que ela ansiava em conhecer e conviver, estava ali querendo o mesmo dela. Tinha medo, receio, dúvidas... Faltava a tal da coragem.

“Se o que te falta é coragem, eu tenho de sobra. Aceito dividi-la com você”.

Ao ouvi-lo, foi tomada por uma coragem sem precedentes. É como se seu coração estivesse envolto por uma escuridão, tomado pela dúvida e com aquelas palavras, Shaoran trouxe luz. Tudo o que ela precisava.

Com as bochechas vermelhas, disse: “Eu aceito Shaoran” – Ela o olhou, dizendo - “Por favor, cuide de mim”. Curvou-se. Percebeu que ele se afastou dela - “O que foi?”. Notou que ele estava nervoso.

Cruzou os braços, sem jeito, vermelho a respondeu: “É que eu fiquei com uma vontade louca de te abraçar”. Envergonhada, Sakura se aproximou diminuindo a distância entre os dois.

De cabeça baixa e ruborizada, puxou a blusa dele, timidamente, dizendo: “Eu também”. 

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“Cadê eles?”. Tomoyo estava preocupada. Soube do incidente que houve no parque. Seguranças do parque estavam em maior número agora.

“Eles estão bem, Tomoyo-chan”.

“Oiii” - Nakuru chegava apressada junto de Yukito - “Soubemos o que aconteceu. Temos que ir embora. Aonde estão Sakura e Shaoran?”. Antes que eles pudessem responder. Yue se aproximou deles. Nakuru ressentida, evitou olhá-lo.

“Lá vem eles!”. Disse Eriol, aliviado.

Em passos largos, não esperavam que eles se aproximassem, foram até eles: “Vocês estão bem?”. Nakuru foi logo perguntando. Nem notou os sorrisos bobos de Shaoran, que não conseguia esconder a felicidade que irradiava.

“Estamos bem sim! Foi só um incidente. As fãs ficaram empolgadas”. Respondeu Sakura.

“Você conta ou eu conto?”. Shaoran a encarou, as bochechas dela coraram violentamente.

“Shaoran!”. Sakura o repreendeu, por vergonha. Ele não deu bola.

“Nós estamos namorando!”. Mostrava todos os dentes.

“COMO?!”. Nakuru tentava juntar seu queixo do chão. Yukito e Yue ficaram surpresos. Eriol e Tomoyo sorriam.

“P-parabéns!”. Disse Yukito ainda muito surpreso.

“Fico feliz por você Sakura-chan” - Tomoyo a abraçou- “Você seguiu seu coração, então?”. A fitou docemente.

“Sabia que você não ia deixá-la escapar”. Eriol o cumprimentou.

“Você sempre sabe de tudo Eriol-kun”. Bateu nas costas do amigo. Estava feliz.

Yue nada disse. Admirava a coragem deles de assumir o que sentiam.

Gostaria de ter tido a mesma coragem.

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Mansão Yuuko – Domingo- 19h:15min

Fechava a porta do quarto, iria se juntar a todos na sala. Tinha acabado de falar com seu pai, amanhã a noite estaria de volta. Sairiam cedo. Contou um pouco do que fizeram, mas não mencionou que estava… Estava… Na verdade não havia caído a ficha. Estava namorando! Pensou na noite anterior, ele a pedindo em namoro… Parecia um sonho. Ou a cena de um de seus doramas preferidos.

Depois do pedido, não saíram um do lado do outro. Tentavam recuperar o tempo perdido conversando sobre seus gostos, seus sonhos… Soube que ele queria ser pianista quando criança por influência do tio, mas que descobriu um sonho melhor ainda… O de cantar.

Ficou vermelha, ao lembrar que disse a ele que desde criança queria ser professora e escritora… Conversou tantas coisas com, agora, seu namorado… Queria ele se tornasse o primeiro e único. Sentiu a face quente, mas era o que queria.

Contaria ao pai e ao irmão, sobre o namoro quando chegasse. Ficava nervosa só em pensar.

Desceu as escadas, o falatório estava mais alto. Aproximou-se e os viu no extenso sofá preto da sala, ao redor da lareira. Antes de se juntar-se a eles, notou como se tratavam como uma família. Era uma linda cena. A amizade deles era encantadora.

“Não entendo a lógica de vocês, viemos aqui descansar. E o que vocês estão fazendo? Querendo tocar e cantar!”.

“Nós nascemos pra isso! É a única coisa que sabemos fazer Yue-senpai!”. Shaoran divertia-se com a cara emburrada de Yue, ao seu lado. Apertou a bochecha de Yue, para o seu desagrado, Shaoran riu mais ainda. Era fácil tirá-lo do sério.

Nakuru e Eriol, lado a lado, tentavam lembrar de uma canção que escreveram bem no começo da banda, quando ainda ensaiavam na casa de Shaoran, nunca a gravaram. Nakuru, com ajuda de Eriol, a escreveu para seu pai, super rígido e protetor. Eriol tocava alguns acordes, que a cada acerto fazia Nakuru comemorar.

Yukito tocava uma canção para Tomoyo na gaita. Ela apreciava.

Riu com a cena de Yue tentando bagunçar o cabelo de Shaoran, que se debatia. Em uma tentativa de se desvencilhar de Yue, Shaoran movimentou-se para o lado e seus olhares se cruzaram. Ele ficou hipnotizado, Yue percebeu e sorrindo de lado, afastou-se, não atrapalharia a troca de olhares.

Shaoran, arqueou os ombros e estendeu a mão em sua direção, mesmo envergonhada foi até ela e a segurou. Entrelaçaram os dedos um no outro e se olharam com carinho.

Sakura olhou todos, e seus olhar cruzou com os de Tomoyo, que sorriu docemente.

“Você vai ouvir e ver algo muito raro, Sakura”. Disse baixinho.

“Como assim Shaoran?”. Franziu as sobrancelhas.

“Eriol cantando”.

“Eriol-kun canta?!”. Perguntou surpresa. Shaoran apenas sorriu.

“Pronto! Lembramos! Já Yukito-chan!”. Animada, Nakuru batia palmas.

Yukito parou de tocar para Tomoyo, e acenou com a cabeça.

Eriol começou a tocar os primeiros acordes no violão, dedilhando, logo Yukito tocou a gaita. Sakura, maravilhada, balançava a cabeça no ritmo da linda melodia. Sorriu ao ver Eriol. Que voz doce, ele tinha. Não imaginava que ele cantava também e que tinha uma voz tão linda. Nakuru o acompanhava.

Ele cantava uma frase e ela outra.

 

 

Doko ni iru no?

Onde está você?

Mado no soba ni iru yo

Eu estou bem aqui ao lado da janela

Nani wo shiteru no?

O que você está fazendo?

Nani mo shitenai yo

Eu não estou fazendo nada

Soba ni oide yo

Venha aqui ao meu lado

Ima iku kara matte

Eu estarei lá, espera um minuto

Hanashi wo shiyou

Vamos conversar

Ii yo, mazu kimi kara

Tudo bem, você primeiro

 

Olhou Tomoyo que para sua surpresa não tinha em mãos sua filmadora. Quando não estava sendo filmada por ela, Tomoyo filmava Eriol. Talvez ela quisesse gravar a cena que assistia, no coração.

 

Doko ni iru no?

Onde você está agora?

Kimi no soba ni iru yo

Eu estou bem aqui ao seu lado

Nani wo miteru no?

O que você está olhando?

Kimi no koto miteru yo

Estou olhando para você

Doko e iku no?

Onde você vai?

Doko e mo ikanai yo

Eu não estou indo a lugar nenhum

Zutto soba ni iru yo

Eu estarei sempre aqui ao seu lado

 

 

Shaoran soltou sua mão e, delicadamente, colocou seu braço envolta dela. Tímida, olhou Shaoran que, com um sorriso, assistia os amigos.

Ele percebeu, e mais uma vez, seus olhares se cruzaram. Ruborizados, nenhum desviou. Ela sentiu seu coração bater descompassadamente.

Ao olhá-lo sentia que seus sentimentos, finalmente, se entrelaçavam aos deles. Não sabia o que aconteceria daqui para frente, mas desejava do fundo do coração permanecer entrelaçada a ele por muito, muito, muito, muito tempo.

 

 

Sore kara

E depois,

Boku wa kimi wo mitsume

Eu levarei um olhar seu

Sore kara

E depois,

Itsumo onaji hanashi

É sempre a mesma história

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Continua…

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Música do capítulo:

Onaji Hanashi by Humbert Humbert (cover) https://www.youtube.com/watch?v=PgxZl7Agdpc 

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Yūki: Coragem.

~~

Kikuchi Touma: personagem do anime Ao Haru Ride. **OBS: Alguém aí já assistiu ou leu mangá/anime Ao Haru Ride? É uma linda história de amor, recomendo aos amantes de shoujos! O anime vai até certo volume do mangá, por isso recomendo ler o mangá pra saber como termina. Quero fazer um desabafo aqui: Eu antes de ler esta história (Touma aparece mais no mangá), nunca tinha me importado muito com o personagem que surge na história com função de criar um triângulo amoroso.... Mas ao conhecer Touma, foi a primeira vez que torci DESESPERADAMENTE por um personagem assim. Ele é um amorzinho! Gentil, educado, compreensivo, sem neura, sem trauma, sincero, um fofo! Ele é o tipo de menino/menina que idealizamos, mas acabamos nos apaixonando pelo problemático/problemática! Kkkkkkk. Enfim, vou tentar fazer vocês se apaixonarem por ele também. Eu disse: Tentar! Hehehe

Mabuchi Kou: personagem do anime/mangá Ao Haru Ride.

Tachibana Kishun e Uchimiya Haruhiko: personagens do anime/mangá Ao Haru Ride. **OBS: são os melhores amigos de Touma. 


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Notas finais do capítulo

Oiiii, olha eu aqui no fds! Ufa, aliviada! Hehehehe. Finalmenteeee temos um namoro aqui! Shaoran é uma pessoa determinada! Eu escrevo essa personalidade dele, me baseando em Tsubasa Chronicle também. ^^.

Eu antes achava que o Japão se baseava em: Torre de Tóquio, templos, flores de cerejeira, Akihabara. Levo um tapa na cara toda vez que leio uns mangás que me mostram o quanto o Japão não se resume só nisso. Vamos juntar nossas moedinhas e ir visitar o Japão? Hehehehe. Meu sonho! Os locais em negrito, são para jogar no google quem tiver curiosidade! São lindos!

Gostaram? Me deixem saber! =****



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